"QUANDO JESUS VOLTAR, ACHARÁ FÉ NA TERRA?"
Essa pergunta, feita pelo próprio Cristo, ecoa ao longo dos séculos, atingindo os ouvidos e os corações de cada geração. Ela não é uma pergunta qualquer; ela tem um peso que nos leva a refletir sobre a essência do que significa crer.
Nos dias atuais, a fé parece cada vez mais um artigo raro. Em meio a tanta informação, ciência, e correria do cotidiano, muitos já não encontram tempo para acreditar. Talvez a fé, aos olhos de alguns, tenha se tornado algo ultrapassado, uma relíquia de tempos antigos. As igrejas, que deveriam ser refúgios de fé viva, muitas vezes estão cheias de pessoas cujas convicções são superficiais, condicionadas por circunstâncias e conveniências.
Olhe ao redor. Vemos um mundo onde a esperança se esvai, onde os valores se confundem e a verdade se dilui em opiniões. A fé verdadeira, aquela que move montanhas, parece estar encurralada em um canto da sociedade, silenciosa, quase esquecida. As pessoas, de modo geral, depositam sua confiança em coisas palpáveis: tecnologia, dinheiro, poder. Crer no invisível, no impossível, tornou-se um desafio grande demais para muitos.
E então surge a pergunta: se Jesus voltasse hoje, agora, acharia Ele fé na Terra?
Talvez Ele encontrasse pequenos focos de luz. Um punhado de corações que, contra todas as probabilidades, ainda creem. Pessoas que, em meio ao caos e à confusão, ainda se ajoelham e buscam a Deus. Elas existem, mesmo que raras. São aqueles que não negociaram sua fé por conveniências, que não se deixaram abater pelas dúvidas que o mundo impõe. São aqueles que, mesmo em silêncio, continuam a acreditar em um Deus que não se vê, mas que é tão real quanto o ar que respiram.
Mas, ao mesmo tempo, há de se reconhecer que, em muitos lugares, a fé já se apagou. Não porque Deus deixou de ser Deus, mas porque os corações se esfriaram. Jesus, que prometeu voltar, talvez encontre uma Terra mais descrente, mais cínica, mais resistente à ideia de uma esperança que vai além deste mundo.
Ainda assim, a pergunta de Cristo é um convite à reflexão. Ela não é uma sentença definitiva, mas uma chamada à ação. Ainda há tempo para reacender a fé. Ainda há espaço para acreditar. Pois, quando Jesus voltar, não virá em busca de grandes conquistas humanas, de riquezas ou status. Ele virá à procura de corações que confiam nEle, que O aguardam com perseverança, mesmo que o mundo lhes diga o contrário.
A pergunta de Cristo não deveria nos assustar, mas nos
motivar. Que a resposta não seja um silêncio desconfortável, mas uma
proclamação de fé viva, encontrada nos corações daqueles que, até o fim,
mantiveram sua esperança no Salvador.
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