sexta-feira, 3 de abril de 2015

FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM... O QUE RELEMBRAR?


FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM... O QUE RELEMBRAR?

 

“Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.  Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.” (1 Coríntios 11:23-25 RC)

 

1.    Fazei isto... "em memória de mim"

2.    O termo grego para "em memória" é anamnhsiv (anamnesis). "ANA" = trazer de novo e MNESIS = memória – "trazer de novo à memória"

3.    "Tragam de novo à memória", é o que disse Jesus; e de novo... de novo... de novo... "todas as vezes que o fizerdes".

4.    A palavra hebraica, no Antigo Testamento, para Memorial, é zikkaron, e um zikkaron serviria para o povo de Israel lembrar-se dos atos de Deus para com ele no passado, mas não uma lembrança qualquer, um mero "pensar", e sim um sentimento de participação com as gerações passadas através dos atos históricos de Deus. Sendo assim, a Ceia do Senhor é uma ocasião solene e propícia para a igreja sentir a participação de todos os membros com Jesus em sua morte. Na Ceia não estamos simplesmente pensando que um dia Jesus morreu por nós, mas estamos também nos colocando lá, juntamente com ele, na cruz – "todos que fomos batizados (mergulhados) em Cristo Jesus fomos batizados (mergulhados) em sua morte... fomos, pois, sepultados juntamente com ele na sua morte..." (Romanos 6)

5.    Então estamos aqui hoje para "trazer de novo à memória", porém, nos colocando lá também, juntamente com Cristo. O Senhor morreu por nós e nós morremos juntamente com Ele e também juntamente com Ele ressuscitamos para uma novidade de vida.

6.    Então vamos recordar algumas coisas que aprendemos nas Escrituras:

 

I. TEMOS UM SENHOR – SOMOS SERVOS E NÃO SENHORES

 

1.    Parece que algumas vezes nos esquecemos disso, e, então precisamos fazer uma "anamnese", isto é, "trazer de novo à memória" que somos servos e não senhores.

2.    Irmãos "normais" às vezes se esquecem disso;

3.    Pastores às vezes se esquecem disso...

4.    João, em sua terceira carta, fala de um tal Diótrefes, que queria, na igreja, ter a primazia, isto é, ser o primeiro, ser obedecido, mandar e desmandar...

5.    Obviamente que precisa haver, na igreja, uma relação de respeito à função que cada qual ocupa – o pastor deve ser respeitado como tal, o diácono deve ser respeitado como tal, os ministros e líderes de departamentos devem ser respeitados com tais, mas isso visando ordem e organização para que o trabalho seja melhor realizado... nenhum destes é senhor dos demais, e nenhum destes pode abusar de sua função como se ela lhe desse algum poder para isso. Só há um Senhor: JESUS.

6.    No Novo Testamento encontramos dezenas de textos para mostrar que Jesus é O Senhor, mas nos bastam três:

 

FILIPENSES 2.4-11: “4 Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. 5 De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, 6 que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. 7 Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; 8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. 9 Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” (RC)

 

Jesus tornou-se servo, mas agora é, novamente, SENHOR...

 

APOCALIPSE 17.12-14: “12 E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão o poder como reis por uma hora, juntamente com a besta. 13 Estes têm um mesmo intento e entregarão o seu poder e autoridade à besta. 14 Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, eleitos e fiéis.” (RC)

 

APOCALIPSE 19.11-16: “11 E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. 12 E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito que ninguém sabia, senão ele mesmo. 13 E estava vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. 14 E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro. 15 E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-poderoso. 16 E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.” (RC)

 

7.    O termo Senhor nestes e em muitos outros texto é kuriov (kurios) e significa aquele a quem uma pessoa ou coisa pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão” (BO 3.0 – SBB)

8.    Nós pertencemos a Jesus! Somos povo de sua propriedade exclusiva! Ele tem (ou deveria ter) poder de decisão sobre nós. Em muitas coisas em nossa vida quem deve decidir não somos nós, e sim o Senhor. Romanos 6 nos diz que somos servos, “... ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça...". De qualquer forma somos servos. O "livre arbítrio" é, no mínimo, relativo. Quando decidimos nós mesmos, contrários à vontade de Jesus, estamos sendo servos do pecado. Dizemos que Jesus é o nosso Senhor, mas quem é que decide por nós? Deus alertou a Caim sobre o que ele estava para fazer, e Deus lhe disse que ele deveria dominar o seu desejo, mas Caim não ouviu Deus, resolveu agir por si próprio e matou a seu irmão Abel. Quem é que decide por nós?

a.    Quem é que decide por você sobre como você vai tratar aqueles que se comportam como seus inimigos?

b.    Quem é que decide por você sobre como você vai agir em uma situação em que o mais correto, para quem serve a Jesus, seria renunciar alguma coisa que lhe é muito "cara"" ou querida"? Um emprego, um(a) namorado(a), dinheiro, fama, poder, carreira, conforto...

c.    Quem é que decide por você sobre como você vai tratar as pessoas: um funcionário, um patrão não muito legal, as pessoas que são atendidas por você através de seu trabalho (principalmente se você é funcionário público no Brasil);

d.    Quem é que decide por você sobre a quem amar, com quem ter comunhão, se você vai ou não contribuir para a causa do Senhor...

e.    Enfim, quem é que decide por você em todas as situações em que o honrar ou não a Jesus está em jogo?

9.    Quem é que decide por nós? Circunstâncias? Situações? Nós mesmos? Ou Jesus, de quem dizemos ser nós os servos e Ele o Senhor?

10.  Participar da Ceia do Senhor, portanto, deve nos fazer recordar que não somos de nós mesmos. Se “fomos comprados por bom preço” (1Co. 6.20), então somos daquele que nos comprou, de Jesus, e se dele somos a ele pertence e deve ser concedido o poder de decisão sobre as nossas questões.

11.  Mas também devemos recordar que:

 

II. ESSE SENHOR SE FEZ CARNE POR NÓS, HABITOU ENTRE NÓS PARA SOFREU AS NOSSAS DORES E MORREU POR NÓS.

 

1.    O Senhor se fez carne. Vemos isso em João 1.14: "O Verbo se fez carne"

2.    Em Jesus Deus se fez carne.

3.    Ora, Deus não é "carne", sabemos disso! Deus é Espírito! À mulher Samaritana, em João 4, Jesus disse, dentre outras coisas, que "Deus é Espírito..."

4.    Mas, em Jesus, "Deus se fez carne". Ora, Deus não deixou de ser Deus, mas tornou-se "Deus em carne humana".

5.    O Verbo, que, conforme lemos no verso 1 de João 1, "era" desde o princípio e que estava com Deus e que era o próprio Deus, "transforma-se, agora, num evento temporal, num ponto da história, limitado à circunstância do tempo... Ele, através de quem toda a criação ganhou existência, torna-se, agora, uma criatura finita". Ele continuou 100% Deus, mas também tornou-se 100% homem. O infinito sujeitou-se à finitude, o Eterno conformou-se ao tempo, o Sobrenatural reduziu-se ao natural, o Verbo preexistente esvaziou-se de Sua glória divina tornando-se homem e tomando o lugar de servo; a Majestade Divina foi encoberta pela carne.

6.    E ele fez isso por nós! Ele não fez isso por alguma necessidade Sua própria, mas por uma necessidade nossa!

7.    Deus, no Antigo Testamento, havia feito muitas promessas de demonstrar misericórdia a nós através de um varão para isto destinado. E quem dentre os homens poderia ser esse varão? Ninguém!!! E, por isso e para isso, Jesus se fez carne, para confirmar as promessas de Deus em nosso favor.

a.    Cristo se fez carne para destruir as obras do diabo, derrotar, como homem, a satanás... “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo.” (1 João 3:8 RA) / “Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo,” (Hebreus 2:14 RA)

b.    Cristo se fez carne para, na carne, nos dar exemplo de uma vida santa, consagrada a Deus.

c.    Cristo se fez carne e habitou entre nós para ser o portador de uma nova aliança entre nós e Deus...

8.    O Verbo Divino humilhou-se a Si mesmo por nós.

9.    Ma, mais ainda: O Senhor habitou entre nós e sofreu as nossas dores.

10. Vemos isso no mesmo João 1.14.

11. Jesus "armou tenda" entre nós.

12. Isso nos faz lembrar que Deus uma vez já "armou tenda" entre seu povo, porém de forma apenas "gloriosa", "Majestosa". Em Êxodo 25 Deus dá instruções a Moisés sobre algumas coisas para o povo fazer, dentre elas, construir um tabernáculo para que Ele – Deus – pudesse habitar entre eles. Em êxodo 40, depois de o tabernáculo ficar pronto, lemos que "uma nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo".

13. Em Cristo, Deus novamente "armou tenda" ou "tabernaculou" entre nós. Porém, desta vez, além de glória, houve humilhação e sofrimento. Deus, em Cristo, sofreu as NOSSAS dores. Vimos isso de forma profética em Isaías 53.1-7, profecia já cumprida.

14. E mais: O Senhor morreu por nós.

15. Vemos isso em 1 Coríntios 15.3

16. Cristo morreu por nós para sancionar, tornar legal o testamento divino favorável a nós.

17. Veja Hebreus 9.16-17: “Porque, onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador; pois um testamento só é confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador.”

18. A morte de Cristo foi vicária, isto é, substitutiva, em nosso lugar, e satisfez a justiça divina que exigia a nossa condenação. A morte de Cristo foi um ato Redentor.

19. Esse SENHOR, o nosso SENHOR, se fez carne, habitou entre nós, sofreu as nossas dores e morreu por nós.

20. O Salmista que escreveu o Salmo 126 louva a Deus dizendo "Grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres". "Estamos alegres! Estamos tomados por uma grande euforia! O nosso coração está cheio de júbilo! Estamos como que sonhando!...". Por que? "É porque o nosso Senhor fez grandes coisas por nós!". Em que o Salmista estava pensando? O que ele estava recordando? Os versos iniciais nos dizem que ele estava recordando o fato de Deus ter trazido de volta a Sião aqueles que estavam em cativeiro – Uma situação muito, muito, muito ruim, muito difícil, mas puramente humana, inteiramente restrita a esta vida. Ora, meus amados irmãos, de quão maior cativeiro o nosso Senhor, pelo fato de ter-se feito carne, ter habitado entre nós, sofrido as nossas dores e morrido por nós nos livrou! Um cativeiro não restrito a essa vida. Nosso júbilo e nossa dedicação então devem ser muito, muito, muito maiores.

21. A celebração da Ceia do Senhor nos traz isso à memória.

 

III. ENTÃO, NÓS TEMOS UM SENHOR, ESSE SENHOR SE FEZ CARNE, HABITOU ENTRE NÓS, SOFREU AS NOSSAS DORES E MORREU POR NÓS. MAS, TAMBÉM DEVEMOS NOS LEMBRAR, ESSE SENHOR RESSUSCITOU AO TERCEIRO DIA.

 

1.    Assim lemos em Atos 2.32-36: "Deus ressuscitou este Jesus, e todos nós somos testemunhas deste fato. Exaltado à direita de Deus, Ele recebeu do Pai o Espírito Santo prometido e derramou o que vós agora vedes e ouvis. Porquanto, Davi não foi elevado aos céus, mas ele mesmo declarou: ‘O Senhor disse ao meu Senhor: Senta-te à minha direita até que Eu ponha os teus inimigos como estrado para os teus pés’. Sendo assim, que todo o povo de Israel tenha absoluta certeza disto: Este Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Messias!”

2.    O dia de Pentecostes havia chegado.

3.    Os apóstolos de Jesus estavam todos reunidos em um mesmo lugar em Jerusalém, quando Jesus cumpre a promessa que ele lhes fizera sobre a vinda do Espírito Santo.

4.    E o Espírito Santo se manifestou a eles de uma maneira espetacular, conforme vemos nos versos 1-13.

5.    Alguns se maravilharam e outros se puseram a zombar, diante do quê Pedro prega um sermão ousado e tremendamente revelador. E nesse sermão ele fala sobre o acontecimento mais importante da história da humanidade: a ressurreição de Jesus, o Messias prometido, o Cristo.

a.    Ele disse: Israelitas, escutai estas palavras: Jesus de Nazaré, homem aprovado por Deus diante de vós por meio de milagres, feitos portentosos e muitos sinais, que Deus por meio dele realizou entre vós, como vós mesmos bem sabeis, este homem vos foi entregue por propósito determinado e pré-conhecimento de Deus; mas vós, com a cooperação de homens perversos, o assassinaram, pregando-o numa cruz. Contudo, Deus o ressuscitou dos mortos, rompendo os laços da morte, porque era impossível que a morte o retivesse. (Atos 2.22-24 KJA)

b.    Ele também mostrou que Davi profetizara sobre a ressurreição do Cristo, Jesus: Caros irmãos, concedei-me a licença de falar-vos com toda franqueza que o patriarca Davi morreu e foi sepultado, e o seu túmulo está entre nós até o dia de hoje. Todavia, ele era profeta e sabia que Deus lhe prometera sob juramento que colocaria um dos seus descendentes em seu trono. Antevendo isso, profetizou sobre a ressurreição do Cristo, que não foi abandonado no sepulcro e cujo corpo não sofreu decomposição. (Atos 2.29-31 KJA)

c.    E depois disse: Deus ressuscitou este Jesus, e todos nós somos testemunhas deste fato. Exaltado à direita de Deus, Ele recebeu do Pai o Espírito Santo prometido e derramou o que vós agora vedes e ouvis. Porquanto, Davi não foi elevado aos céus, mas ele mesmo declarou: ‘O Senhor disse ao meu Senhor: Senta-te à minha direita até que Eu ponha os teus inimigos como estrado para os teus pés’. Sendo assim, que todo o povo de Israel tenha absoluta certeza disto: Este Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Messias!” (Atos 2.32-36 KJA)

6.    A ressurreição de Jesus é o fato mais importante da história da humanidade.

a.    Sem ela as Escrituras se tornariam inválidas, apócrifas.

                                  i.    Isso seria assim porque as Escrituras profetizavam essa ressurreição.

1.    No Salmo 22 Davi fala claramente sobre o triunfo do Messias.

2.    O capítulo 53 de Isaías fala sobre o sofrimento e morte (sepultura) do Messias, mas fala também sobre sua glória, sobre ver o trabalho de sua alma.

3.    E o evangelista Lucas registra as palavras do próprio Jesus, depois de ressuscitado: “Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dos mortos.”(24:46)

b.    Sem ela não haveria perdão de pecados.

                                  i.    “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.” (I Co. 15:17)

c.    Sem ela não haveria a justificação.

                                ii.    “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação.”(Rm.4:25) “Quem nos condenará? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.” (Rm.8:34)

d.    Sem ela não haveria esperança para a eternidade.

                               iii.    “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” (I Co.15:19)

e.    Sem ela a nossa pregação, e a própria fé, seriam vãs, inúteis.

                               iv.    “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.” (I Co.15:14)

f.     Todo o Evangelho está firmado sobre a ressurreição; se ela não tivesse acontecido o evangelho cairia por terra.

7.    Mas Jesus ressuscitou.

8.    Pedro caminha para o término de seu discurso de uma maneira enfática e confrontante. Ele enfatiza ousadamente: “Saiba, pois, com certeza, toda a casa de Israel, que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo”.

9.    Desta forma, com muita “insolência”, ele estava dando-lhes a entender:

a.    Vós o crucificastes; Deus o ressuscitou.

b.    Vós o desaprovastes e odiastes; Deus o amou e o recebeu.

c.    Vós o rejeitastes; Deus o pôs à Sua mão direita.

d.    Vós o lançastes no opróbrio, na cruz; Deus o glorificou por meio da ressurreição e glorificação.

e.    Vós o tratastes como um escravo; Deus o elevou à mais elevada honraria, pois acha-se à mão direita do Pai.

f.     Para vós ele não era o Senhor; mas agora ele é O Senhor universal.

g.    Tudo isso é verdade quanto a esse mesmo Jesus, a quem vós conhecestes, mas rejeitastes.

10. Pedro traspassa a alma de seus ouvintes com essas palavras, e muitos clamam, pedem, perguntam sobre o que fazer.

11. Eles não esperam que Pedro lhes faça um apelo insistente para que se convertam; eles é quem tomam a iniciativa de clamar por solução quanto à sua miséria espiritual.

12. E nós? Reconhecemos nossa miséria?

a.    Nós também matamos o Cristo!

b.    Nós também o crucificamos!

c.    A Bíblia diz que ele morreu por todos, e, sendo assim, todos somos responsáveis por sua morte.

13. Mas ele não ficou morto, ele ressuscitou! E hoje nós podemos ir a ele e sermos grandemente beneficiados por este fato.

14. A ressurreição de Jesus é o fato mais importante da história da humanidade.

15. É esse fato, planejado na eternidade, e ocorrido na história, no tempo, que propicia a nós oportunidade de sermos reconciliados com o Criador, com Deus, e gozarmos de todas a bênçãos que acompanham essa reconciliação, e que nós havíamos perdido.

16. Quando celebramos a Ceia do Senhor, devemos trazer isso também à nossa memória.

 

Concluindo

 

1.    Temos um Senhor – Somos servos e não senhores;

2.    Esse Senhor se fez carne, habitou entre nós, sofreu as nossas dores e morreu por nós;

3.    E esse Senhor Ressuscitou ao terceiro dia.

4.    Quando celebramos a Ceia do Senhor trazemos essas lembranças à memória.

5.    E também devemos nos lembrar que tudo Ele fez *por nós*.

6.    Diante disso, qual deve ser a nossa reação?

7.    A resposta é simples: "devemos nos dar àquele que se deu por nós", devemos "nos apresentar a ele em sacrifício *vivo*..."

8.    Se Deus, na Pessoa do Filho, se fez carne, habitou entre nós, sofreu as nossas dores e morreu por nós, o mínimo que podemos fazer é viver por ele e por sua causa; devemos viver de forma tal para ele que seja também nossa a expressão de Paulo "Não sou mais eu quem vivo, mas Cristo vive em mim..."

9.    Nada que fizermos poderá ser considerado grande demais, como bem se expressou o atleta inglês C. T. Studd: "Se Jesus é Deus e morreu por mim, nenhum sacrifício meu por ele é grande demais". Isaac Watts também expressou a mesma verdade quando escreveu: "Amor tão admirável e sublime requer meu coração e minha vida, tudo o que tenho e sou".

10. Tem sido essa a nossa reação?

11. Quero desafiar você nesta manhã a decidir-se por reagir assim diante de tal amor e sacrifício; quero desafiar você a se dar mais, e mais, e mais, e mais... por Cristo e pela causa de Cristo, considerando que nada é custoso demais diante daquilo que Cristo fez por você.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

prwalmir@hotmail.com

Primeira Igreja Batista em Muqui

05 de Abril de 2015 – Culto da Ressurreição / celebração da Ceia do Senhor

 

Um comentário:

  1. Olá, penso dessa forma também, devemos trazer a memória não apenas para lebrar-mos Dele na cruz, mas para nos colocar-mos disponível se preciso for em morrermos como Ele e seus discípulos morreram.

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