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sábado, 16 de outubro de 2021

O QUE VALE MAIS

“E, dizendo alguns a respeito do templo, que estava ornado de formosas pedras e dádivas, disse: Quanto a estas coisas que vedes, dias virão em que se não deixará pedra sobre pedra que não seja derribada” (Lc. 21:5-6)

Algumas pessoas estavam falando a respeito do templo, de como ele estava ornado de formosas pedras e dádivas. Exaltavam o templo por causa de sua beleza exterior; admiravam seu tamanho, grandeza arquitetônica e riquíssima decoração. E isso é muito natural. Não é assim que também nos comportamos quando vamos a determinados lugares?

Entretanto, as pessoas que falavam com Jesus sobre o templo não receberam nenhuma resposta positiva. O que foi que Jesus disse? Em momento algum ele pareceu comungar da mesma admiração daquelas pessoas, mas disse simplesmente que não ficaria pedra sobre pedra; tudo seria derrubado, e o foi, daí mais alguns anos.

É difícil imaginar quão estranhas e alarmantes essas palavras soaram aos ouvidos dos judeus. Afinal, foram proferidas a respeito de uma construção que eles reverenciavam com veneração idólatra. Era um edifício que continha a arca da aliança, o Santo dos Santos e a mobília simbólica, feita de acordo com o modelo apresentado pelo próprio Deus (Veja em êxodo, a partir do capítulo 25). Foram proferidas a respeito de uma construção associada aos nomes mais proeminentes da história deles – Davi, Salomão, Ezequias, Josias, Isaías, Jeremias, Esdras e Neemias. Foram proferidas a respeito de uma construção em direção à qual todo judeu piedoso curvava sua fronte, em qualquer lugar do mundo, quando apresentava suas orações diárias – Veja 1 Reis 8.44 e Daniel 6.10.

No entanto, tais palavras foram ditas com sabedoria. Tinham, certamente, como um dos propósitos, o de ensinar que a verdadeira glória de um lugar de adoração não consiste em beleza externa.

A beleza externa, é óbvio, tem a sua importância. Já pensou se todas as janelas do templo em que cultuamos juntos a Deus estivessem quebradas, as paredes todas riscadas e sujas...? Seria ruim, não é? Certamente que logo daríamos um jeito de arrumar tudo. Mas o que é mais importante, e o que mais conta para o Senhor, é se há nesse lugar verdadeira adoração espiritual.

Sem dúvida, é adequado e correto que os edifícios separados para adoração a Cristo sejam dignos do propósito para o qual são utilizados. Tudo o que fazemos para Cristo deve ser bem feito. No prédio em que o evangelho é proclamado, a Palavra de Deus é exposta e orações são dirigidas a Deus, não deve faltar nada que possamos adquirir para que o torne mais agradável. Porém, devemos sempre lembrar que o aspecto material de uma igreja cristã é o menos importante. Tudo isso será sem valor aos olhos de Deus a menos que a verdade esteja sendo proclamada do púlpito e a graça de Deus reine no coração dos que ali se reúnem.

O templo com o qual o Senhor Jesus mais se deleita é um coração quebrantado, contrito e regenerado pelo Espírito Santo. Isso é o que tem mais valor.

Adaptado por Pr. Walmir Vigo Gonçalves

Fonte: Meditações no Evangelho de Lucas – J. C. Ryle

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Santificação

SANTIFICAÇÃO

– sem a qual ninguém verá o Senhor –

 

Prezados, queridos, estimados e preciosos irmãos, eu vos saúdo com a graça e a paz de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

 

Para nossa reflexão hoje consideremos a importante orientação que lemos em Hebreus 12.14: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.

 

É importantíssima essa orientação, então é bom lermos várias vezes, gravar na mente e praticar.

 

Na Bíblia aprendemos sobre um costume da religião judaica chamado “ablução”. Ablução era a “lavagem cerimonial”, isto é, a cerimônia de purificação por meio de água. Havia quatro tipos:

 

1.    A lavagem das mãos – No Velho Testamento não a encontramos explicitamente requerida, mas no Novo Testamento a encontramos sendo requerida pelos judeus. Tornou-se uma prática generalizada cuja não observância era considerada como um grande pecado. Em Mateus 15.2, por exemplo, encontramos alguns escribas e fariseus de Jerusalém questionando Jesus: “Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos quando comem pão.

 

2.    A lavagem dos pés e das mãos, em preparação para o serviço sacerdotal (Veja Êxodo 30:17-21 e 40:31).

 

3.    A imersão do corpo inteiro, que simboliza a purificação do homem inteiro, a fim de poder participar plenamente da adoração ao Senhor. Veja Levítico 16:23 e 24; 8:6; 14:8; 15:5-10 e Números 19:19. Nesses textos encontramos o sumo sacerdote no dia da expiação, Arão e seus filhos, os leprosos e pessoas que tivessem se maculado por causa de contatos proibidos, passando e sendo ordenados a passarem por essa ablução. Os prosélitos (pessoas que aderissem ao judaísmo) também tinham que passar por tal lavagem.

 

4.    E a lavagem dos vasos, casas, vestes e outros itens usados para propósitos religiosos.

 

Estes cerimoniais simbolizavam a preocupação com a pureza apropriada (santidade), de modo a estar isento das contaminações do mundo, e assim poder aproximar-se do Deus Santo.

 

Bem, no Cristianismo não temos mais isso; não temos mais lavagem cerimonial com água das mãos, nem dos pés, nem do corpo inteiro, nem de objetos, nem casas, nem de vestes e nem de quaisquer outras coisas para fins religiosos. MAS continua a necessidade da santificação. Sonos chamados a viver uma vida santificada.

 

E viver uma vida santificada significa viver uma vida separada, em dois sentidos:

 

1.    Primeiro, uma vida separada DAS coisas pecaminosas deste mundo. Nós somos, diz a Palavra, o templo do Espírito Santo, e, se assim o é, não podemos profanar este templo contaminando-o com as coisas pecaminosas deste mundo. E isto é muito sério, apesar de que muitos há que não levam tão a sério assim. Das obras da carne, que são, conforme lemos em Gálatas 5.19-21, prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, coisas como as que, por exemplo, somos exortados a mortificar, em Colossenses 3, destas coisas devemos nos separar.

2.    E, em segundo sentido, uma vida separada PARA Deus. Paulo, aos Coríntios diz que o nosso corpo é templo do Espírito Santo que habita em nós proveniente de Deus, e que não somos de nós mesmos, porque fomos comprados por bom preço, e, sendo assim devemos glorificar a Deus tanto em nosso corpo quanto em nosso espírito os quais, ambos, pertencem a Deus (1 Coríntios 6.19-20)

 

Então, meu querido irmão, preste muita atenção, porque é algo seriíssimo: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

 

Maio 2019

 

FONTES DE CONSULTA:

1)     Dicionário Bíblico Almeida, em A Bíblia Online 2.01 da SBB)

2)     O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, volume 6: Dicionário. Autor: R. N. Champlin, Editora: Candeia.

 

sexta-feira, 3 de maio de 2019

RESTAURAÇÃO PARA CASAMENTOS EM CRISE

RESTAURAÇÃO PARA CASAMENTOS EM CRISE

 

1.   Como os irmãos já sabem, durante todo esse mês de maio, que é o mês da família, estaremos abordando temas relacionados à família. Hoje na parte da manhã vimos, com o Pr. Silvano sobre o tema “Família – criação de Deus”. E agora vamos pensar um pouquinho, brevemente, sobre “Restauração para casamentos em crise”. Utilizo como fonte uma revista sobre família, da Editora Cristã Evangélica, a mensagem que preguei no último casamento que realizei, no dia 27 de Abril, sob o tema “Casamento é para até que a morte os separe”, um ou outro artigo bom da internet, e, ainda, a lição “Cristo e o meu casamento”, da série “Cristo em minha vida diária”, de autoria de Darcy e Nanci Dusilek.

2.   Comecemos por relembrar o fato de que o casamento é uma instituição divina. Veja:

 

“18 E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele. 19  Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome. 20  E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele. 21 Então, o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar. 22  E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão. 23  E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. 24  Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” (Gênesis 2:18-24 RC)

 

3.   Existe uma necessidade inata no homem e na mulher de ter um companheiro que lhe complete física, psíquica e espiritualmente. O homem não é completo sozinho, e nem a mulher, mas o todo se dá numa verdadeira união.

4.   Em gênesis 2.24 lemos:“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” (RC). Este versículo contém toda a base de um casamento saudável planejado por Deus.

a.   Em primeiro lugar: “deixará”. O cordão umbilical de relacionamento dependente com os pais deve ser cortado. Quem assume um novo lar terá de aprender a tomar decisões sem interferência dos pais. Uma consulta ou conselho é uma coisa, mas dependência não. O homem deve assumir o seu papel no novo lar sem estar amarrado ao modo de agir e viver de seus pais.

b.   Outro passo é “unir-se”. Enquanto estiver ligado aos pais, é difícil se unir à mulher. Essa união é resultado de experiências de erros e acertos passados juntos. Quanto mais o casal procura se unir nos ideais e propósitos comuns, mais alicerçado se torna o relacionamento e menos ingerências de fora acontecem.

c.   E o resultado é que serão “uma só carne”. Este é o mistério do casamento, o tornar-se um. Temos visto que casais têm conseguido uma convivência tão madura e equilibrada que alguns chegam até a possuir uma aparência física semelhante depois de muitos anos juntos. Esse tornar-se um não significa que alguém perca sua individualidade, ou seja suplantado pela personalidade dominante do outro. Tornar-se um e manter a individualidade é o segredo dos casamentos bem-sucedidos. Deus deseja que no casamento:

§  Um se realize no outro - É essa a ideia de completação;

§  Um se realize com o outro – É essa a ideia de companheirismo;

§  Um se realize pelo outro – É essa a ideia de ajuda mútua, de tal maneira que...

§  ... um se torne o alter ego do outro, o confessor, o amigo.

5.   Porém, como todos que já somos casados a algum tempo sabemos e os que são recém-casados ou ainda vão se casar saberão, não existe casamento sem crises. Crises graves às vezes e crises nem tão graves assim, mas crises, e como tais, devem ser tratadas para o casamento prosseguir bem ou, no caso daqueles que já não estão bem, ser restaurado.

6.   Mas, como fazemos isso? É isso que vamos ver hoje, brevemente, superficialmente até, diria eu, apenas para nos “despertar” ...

7.   Então, como fazemos? Como lidamos com as crises ou problemas que surgem no casamento? Vamos lá:

 

I. PRIMEIRO: Tomando consciência da existência de problemas.

                                              

1.   Não se deve negar a existência dos problemas quando eles existem de fato; e não se deve simplesmente ignorar os problemas achando que o tempo os resolverá.

2.   Pequenas desavenças que vão se acumulando podem funcionar como uma bomba de retardo. Quando essa bomba explode o prejuízo é grande.

3.   Pesquisando para esse tópico encontrei um artigo bem interessante de um psicólogo chamado Osmar Reis Junior, artigo que tem como título “Regras Para Aprender a Brigar no Casamento”. Vou deixar todas elas aqui, mas a que mais nos interessa nessa palestra é a sexta regra. Veja:

                                                                       

Regras para Aprender a Brigar no Casamento

 

Primeira regra: Saiba que em um casamento sempre acontecem brigas. Desentendimentos, brigas, conflitos, sempre vão acontecer nos relacionamentos. Não dá para evitá-los. O que pode ser evitado é perder-se o controle, apelar, partir para a ignorância. Isso não deve existir nos relacionamentos.

 

Segunda regra: Não se esqueça que você está brigando com uma pessoa amada, não com um inimigo. Muitas pessoas discutem com o cônjuge como discutiriam com um amigo, com um conhecido, ou até em um campo de futebol. As brigas precisam ser de um tipo diferente. No casamento não se enfrenta um adversário, mas uma pessoa a quem você prometeu amar em todas as circunstâncias. Se você não consegue considerar isso quando briga, você precisa de ajuda profissional, pois muito provavelmente estará colocando no outro as suas próprias inseguranças e traumas pessoais.

 

Terceira regra: Treine a você mesmo para falar de maneira tranquila. Você pode discordar, mas não precisa se deixar levar pelos gritos e berros. Muitas pessoas acham que quanto mais alto falarem, mais facilmente sairão vencedoras dos conflitos. Nada poderia ser mais errado. Na verdade, é bem ao contrário. Quanto mais se briga, mais se provoca a outra pessoa a também brigar, e a tentar resolver as diferenças de uma maneira que não deve: na força. Uma pessoa realmente grande, que realmente é forte, é aquela que não deixa a voz sair do controle. Que prefere brigar por causa das ideias, e não por causa da altura dos gritos. Essa pessoa quer resolver realmente a situação, e não simplesmente se afirmar diante da outra pessoa. Manter a calma, mesmo diante de situações de conflito, é um grande passo para realmente transformar os conflitos em pontos positivos para o seu casamento.

 

Quarta regra: “Lave a roupa suja em casa. Não queira continuar a discussão da vida a dois em público. Não leve as diferenças para serem resolvidas em reuniões sociais, com amigos, nem mesmo com parentes (isso inclui pai e mãe). Tem muitos pais que são jogados dentro da discussão pelos filhos, e acabam tentando tomar partido dentro do lar do casal, querendo resolver os problemas. Não é responsabilidade deles. Quando duas pessoas decidem se casar, elas precisam estar cientes que agora começam a resolver as diferenças juntas, e não mais com a ajuda do papai e da mamãe. O ditado de que “roupa suja se lava em casa” não poderia ser mais verdadeiro para pensar essa questão das brigas e conflitos do casal.

 

Quinta regra: Aprenda a reconhecer que algumas desavenças nunca serão resolvidas, e ainda assim você pode continuar amando a pessoa. Eu sei que na hora em que você está na maior pilha, você se encontra mais afetado pela raiva, pelas emoções, você quer de todo o jeito chegar ao final da discussão. E muitas coisas pelas quais brigamos nunca chegarão a um fim. As coisas nem sempre se resolvem. Algumas vezes, precisamos encontrar um ponto em comum, para que possamos conversar. Algumas vezes precisamos deixar para depois, para quando estivermos mais calmos. E algumas coisas precisam ser entendidas como não tendo como ser resolvidas. Por isso, devemos aprender a conviver com elas. Na verdade, muitas das coisas pelas quais brigamos se encaixam nessa última categoria.

 

Sexta regra: Não deixe acumular muito tempo. Se algo incomoda você, não deixe passar, ou não espere simplesmente que com o tempo vai desaparecer. As coisas não funcionam desse jeito. Em geral, aquilo que você deixa ficar por muito tempo acaba crescendo, e se tornando mais forte do que você pode esperar. Por essa razão, acaba prejudicando ainda mais, pois você vai acumulando raiva e ressentimento por muito tempo. Fica parecendo uma bomba relógio, pronta a explodir. E aí, qualquer coisa de menor importância se torna o gatilho para fazer essa grande raiva ser despejada para fora, como se fosse um vulcão em erupção. Trate cada dia com o mal daquele dia, e se você resolver não lidar com o assunto, esqueça-o, tire-o da memória. Não fique pensando nele, pois isso só vai prejudicar a vida a dois.

 

Sétima regra: Não se esqueça que se um ganhar, os dois perdem. O ponto mais importante é que em uma confusão entre marido e mulher, se um dos dois vence o conflito na força, pode saber que os dois perderam. Perderam porque um casamento não é uma corrida em que se compete, para ver quem chega primeiro, mas uma maratona de revezamento, na qual cada um, por sua vez, corre para o bem do time, ou seja, do casal. Não tente vencer, seja o primeiro a propor as pazes, a lembrar o quanto ama a outra pessoa, a buscar a felicidade dos dois, e não apenas buscar estar certo. Lembre-se, a real vitória é aquela em que vocês dois terminam mais unidos do que estavam anteriormente. E isso não se consegue pela força, mas pelo amor expresso em palavras e ações.

 

Que Deus abençoe você e sua família,

 

Osmar Reis Junior

 

Psicólogo do CEAFA

 

Direitos autorais: HTTP://blog.ceafa.com.br

 

4.   Não ignorem, simplesmente, os problemas; não os acumule; tomem consciência deles e resolvam-nos. Não colecionem problemas para “despejar” tudo depois, em um momento de um pouco mais de tensão.

 

II. SEGUNDO: Uma vez tomada a consciência da existência de problemas, há que se considerar os elementos destrutivos e os elementos construtivos, evitando-se uns e cultivando-se os outros.

           

1.    Quais seriam os elementos destrutivos de um relacionamento entre um casal?

2.    Aqui cito apenas alguns, como exercício de percepção. São elementos relacionados com a nossa personalidade e com as nossas atitudes.

a.  Querer, mesmo depois de casado, viver como se fosse solteiro. Logo no início desse estudo lemos em Gênesis 2. E uma das coisas que vemos em Gênesis 2 é que o homem (e a mulher também, obviamente), “deixa”, “une-se” e “torna-se uma só carne”. Deixa pai e mãe, une-se àquele que será seu cônjuge e ambos se tornam uma só carne. E, a partir daí um se realiza “no outro”, “com o outro” e “pelo outro”. Isso é o normal! Mas tem alguns, imaturos talvez, que, mesmo depois de casados, querem viver como se solteiros ainda fossem. Isso é um problema muito sério; é elemento destrutivo do casamento.

b.  Resistência em aceitar as diferenças individuais, diferenças essas que podem ser as mais diversas, como, por exemplo:

- Diferença de opinião sobre determinados assuntos;

- Diferença no jeito de ser e de fazer as coisas;

- Diferença de gosto (comida, lugar de passeio, programa de tv...);

- Diferença no que respeita a sentimentos;

- Diferença política;

- Diferença de torcida;

- E por aí vai...

c.   Tendência de querer mudar o outro a qualquer custo. A resistência em aceitar as diferenças individuais pode levar a essa tendência de querer mudar o outro a qualquer custo.

d.  A atitude de querer sempre apontar as falhas do outro, sem jamais admitir as suas.

e.  A atitude de querer procurar apenas o seu próprio bem-estar.

f.    A atitude de infidelidade

g.  Falta de atenção / tempo / cuidado de um para com o outro

 

Havia uma jovem muito rica que não conseguia conciliar tudo na sua vida, o trabalho e os afazeres lhe ocupavam todo o tempo e a sua vida sempre estava deficitária em alguma área. Se o trabalho lhe consumia muito tempo, ela tirava dos filhos, se surgiam problemas, ela deixava de lado o marido... E assim, as pessoas que ela amava eram sempre deixadas para depois... Até que um dia, seu pai, um homem muito sábio, lhe deu um presente: UMA FLOR caríssima e raríssima, da qual só havia um exemplar em todo o mundo. E disse à ela: "Filha, esta flor vai te ajudar muito mais do que você imagina! Você terá apenas que rega-la e poda-la de vez em quando, e às vezes conversar um pouquinho com ela, e ela te dará em troca esse perfume maravilhoso e essas lindas flores." A jovem ficou muito emocionada, afinal a flor era de uma beleza rara. Mas o tempo foi passando, os problemas surgiam, o trabalho consumia todo o seu tempo, e a sua vida, que continuava confusa, não lhe permitia cuidar da flor. Ela chegava em casa, olhava a flor e as flores ainda estavam lá, não mostravam sinal de fraqueza ou morte, apenas estavam lá, lindas, perfumadas. Então ela passava direto. Até que um dia, sem mais nem menos, a flor morreu. Ela chegou em casa e levou um susto! Estava completamente morta, sua raízes estavam ressecadas, suas flores caídas e suas folhas amarelas. A jovem chorou muito, e contou a seu pai o que havia acontecido. Seu pai então respondeu: "Eu já imaginava que isso aconteceria, e eu não posso te dar outra flor, porque não existe outra igual a essa, ela era única, assim como seus filhos, seu marido, sua família e seus amigos! Todos são bênçãos que o Senhor te deu, mas você tem que aprender a regá-los, podá-los e dar atenção a eles, pois assim como a flor, os sentimentos também morrem. Você se acostumou a ver a flor sempre lá, sempre florida, sempre perfumada, e se esqueceu de cuidar dela." Cuide das pessoas que você ama!

 

3.    Esses são alguns elementos destrutivos; existem outros; e se temos interesse em restaurar nosso casamento já em crise ou nos precaver quanto a possíveis crises, temos que estar atentos a eles.

 

4.    E quais seriam alguns elementos construtivos do relacionamento conjugal?

a.  A conscientização de que pessoa alguma pode satisfazer a todas as necessidades de outrem.

b.  A atitude de em vez de esperar que nossas necessidades sejam satisfeitas, procurar satisfazer as do outro.

c.   A atitude de assumir a culpa de nossos próprios erros, ao invés de lançá-la sobre os outros.

d.  A atitude de nos abrir para uma comunicação honesta e franca com o outro.

e.  Compreensão da diferença que existe entre os gêneros. Pierre Weil, ao escrever sobre as relações humanas na família e no trabalho, fez uma lista com traços característicos do sexo masculino e do sexo feminino. No quadro abaixo alisto alguns desses traços.

 

HOMEM

MULHER

Razão e raciocínio

Intuição e sentimento

Inteligência abstrata

Inteligência concreta

Percepção do conjunto

Percepção dos detalhes

Atividade profissional

Atividade doméstica

Predomínio da força

Predomínio da beleza

Conquistar

Atrair

Proteger

Ser protegida

Quer satisfação sexual rápida

Quer afeto e carinho preliminarmente

 

III. TERCEIRO: fazer dos princípios bíblicos a base sólida sobre a qual fundamentar o casamento.

 

01. A maioria de nós, quando casamos, além do aspecto civil nos preocupamos também com o religioso;

02. então procuramos o pastor ou o padre (em geral) e agendamos uma data...

03. e o que ouvimos no dia?

04. Ouvimos uma mensagem/instrução/conselhos biblicamente embasados (e já sabíamos que íamos ouvir isso quando fomos ao padre ou ao pastor para agendar uma data para a cerimônia) – e muitas vezes gostamos, aprovamos e nos emocionamos até. Mas não embasamos – de verdade – nosso relacionamento conjugal nesses princípios bíblicos, e, talvez até por isso mesmo, não os “evocamos” quando os problemas vêm – e eles vêm!

05. E quais são alguns desses princípios?

a.    O princípio da indissolubilidade do casamento (a não ser em alguns pouquíssimos casos específicos, e, mesmo assim, sem possibilidade, a não ser em apenas um caso, de novo casamento – já vimos textos)

b.    O princípio do pertencer um ao outro (veja 1 Coríntios 7.3-5)

c.    O princípio da fidelidade conjugal (a bíblia é clara ao condenar o adultério)

d.    O princípio da paciência (Gálatas 5.22 – longanimidade)

e.    O princípio do amor (1 Coríntios 13.)

f.     O princípio da mútua submissão

g.    O princípio do servir um ao outro

h.    O princípio do suportar um ao outro (ou, melhor, servir de suporte um para o outro)

i.      E tantos outros que

                                  i.    se a sociedade em geral conseguisse aplicar lhes seriam extremamente benéficos;

                                ii.    quando na igreja os vemos são como remédio para curar diversos tipos de feridas,

                               iii.    e que se houverem no lar, em especial entre o casal, poderão operar verdadeiros milagres.

06. Vamos à última consideração:

                                                              

IV. QUARTO: Tomar consciência da aliança que fizeram – a aliança deve sustentar o amor e não o amor à aliança.

 

01. Você pode ver depois um pequeno vídeo no youtube, de pouco mais de cinco minutos: “Casamento e Amor” (John Piper, Don Carson e Tim Keller)

02. Esse vídeo é o registro de uma conversa entre John Piper, Don Carson e Tim Keller. Todos acima dos 60 anos na época da gravação do vídeo. Todos já com mais de 40 anos de casados hoje. No vídeo eles fazem consideração de uma frase dita por Dietrich Bonhoefer a dois jovens que estavam se casando: “a aliança, a partir deste dia, sustenta o amor, e não o amor à aliança”. E depois Bonhoefer enfatiza que “o romance e a paixão são coisas belas, e se reapaixonar, vez após vez, é importante; mas se apaixonar de novo depois de dificuldades só acontece se você elevar essa aliança acima das afeições e do romance”.

03. A aliança, isto é, o pacto que o casal fez no dia do casamento é que deve sustentar o amor. O amor vai muito bem até que a crise vem; nesse momento de crise, e para resolvê-la, o casal deve evocar à mente a aliança que um dia fizeram, e que essa aliança foi criada por Deus, e que a responsabilidade, portanto, não é apenas de um diante do outro, mas, também, de ambos diante de Deus.

 

CONCLUSÃO

 

01. Então, concluindo, aí estão algumas sugestões para não se deixar abater pelas crises no casamento, e para solucionar essas crises e manter o casamento:

a.   Tomem consciência dos problemas; não os ignore; não os acumule; trate deles.

b.   Prestem atenção nos elementos destrutivos e nos elementos construtivos do casamento. Evitem os destrutivos e cultivem os construtivos.

c.   Façam dos princípios bíblicos a base sólida de seu casamento.

d.   Não se esqueçam da aliança que um dia fizeram, e que em momentos de crise é essa aliança que deve sustentar o amor.

02. Que Deus abençoe todos os casais desta amada igreja.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

 

PIB Muqui – 05 de maio de 2019

 

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