terça-feira, 23 de outubro de 2018

MOVIDO PELA GRAÇA SEJA JESUS PARA ALGUÉM


MOVIDO PELA GRAÇA SEJA JESUS PARA ALGUÉM

 

1.    Movidos pela graça! Esse foi o tema da campanha de Missões Nacionais 2018, promovida pela nossa Junta de Missões Nacionais da CBB.

2.    A divisa foi 2 Coríntios 4.15. No contexto Paulo falava sobre seu ministério, que era o de apregoar não a si mesmo, mas a Cristo Jesus. Cristo Jesus era “O Senhor”, e Paulo era “Servo”, duas vezes servo:

a.    servo de Jesus, responsável por pregar o Seu evangelho (o de Jesus),

b.    e servo dos homens, especialmente dos crentes, obviamente por ser a favor dos homens e não de anjos que ele trabalhava em seu ministério de anunciar a Jesus.

3.    E no seu ministério Paulo passou por diversas situações difíceis, mas não desfalecia nunca, por amor daqueles que já haviam se convertido e de muitos que ainda precisavam se converter. Para que? Resposta no verso em questão: “... para que a graça, multiplicada [assim] por meio de muitos, faça transbordar as ações de graças para a glória de Deus”. (2 Coríntios 4:15).

4.    Então, “Movidos Pela Graça” foi o nosso tema de missões Nacionais.

5.    Na campanha anterior, a de Missões Estaduais, o tema, muito sugestivo por sinal, foi “Seja Jesus Para Alguém”. A divisa foi Mateus 9.36, mas eu quero ler com os irmãos a partir do 35 até o 38, que diz que “Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. E, vendo a multidão, teve compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos seus discípulos: a seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara”

6.    Hoje eu quero juntar os dois temas para pensar com você: MOVIDO PELA GRAÇA SEJA JESUS PARA ALGUÉM.

7.    Ser Jesus para alguém, movido pela graça, é missão de vital importância para nós, porque fazer isso é fazer missões, e fazer missões é um dos propósitos para o qual uma igreja existe, e um dos mais importantes. Como bem disse alguém, identificado como MacDaniel, “tire-se de uma igreja a ideia missionária, e ter-se-á uma vida sem objetivo, uma árvore estéril, uma casa vazia sobre cuja porta está escrito icabode (foi-se a glória de Israel – no caso, foi-se a glória da igreja).

8.    Então precisamos “ser Jesus para alguém”, levar Jesus a alguém e alguém a Jesus, e isso precisamos ser e fazer movidos / animados / estimulados / motivados pela graça. Pela graça fomos alcançados, e, motivados pela graça vamos levar a graça a outras pessoas.

9.    Mas como/quando eu sou Jesus para alguém?

10. Algumas respostas a essa pergunta estão aí em Mateus 9.35-38:

 

I. Eu sou Jesus para alguém quando lhe anuncio o evangelho

 

1.   O texto diz que Jesus percorria todas as cidades e aldeias ensinando e pregando o evangelho, dentre outras coisas. Então, se eu vou ser Jesus para alguém, faz muito sentido que eu comece por aí.

2.   Como bem disse alguém sobre o evangelismo, ele é um mandamento, uma necessidade e deve ser uma prioridade.

a.   Um mandamento porque Jesus ordenou: “ide e fazei discípulos”;

b.   uma necessidade porque estamos rodeados de um número enorme de pessoas que ainda carecem do evangelho que salva e transforma (e quantas dessas pessoas você conhece?);

c.   e uma prioridade porque o que está em causa é por demais precioso para ser subestimado – o que vale mais que uma alma?

                                  i.    Em sua primeira carta o Apóstolo Pedro, logo no primeiro capítulo, bendiz a Deus, pela razão de ele nos “gerar de novo em Cristo” para uma esperança viva pela ressurreição de Cristo, para uma herança incorruptível, incontaminável e que não se pode murchar. Por isso devemos ser sóbrios, esperar na graça, sermos filhos obedientes... enfim, sermos santos em toda a nossa maneira de viver e andar neste mundo em temor a Deus, porque fomos resgatados de nossa vã maneira de viver não com coisas como a prata e mesmo o ouro, preciosas, porém, corruptíveis, e, sim, com o precioso sangue de Jesus.

                                ii.    O que vale mais que uma alma? Quanto vale uma alma? Uma alma custou o precioso sangue de Jesus. O sangue de Jesus foi o preço por todas as almas, mas se uma só se salvasse o preço seria o mesmo.

3.   Então, eu sou Jesus para alguém, eu represento Jesus para alguém, quando como Jesus eu saio pelas aldeias e cidades, ou pela minha cidade, ou pelo meu bairro ou por onde quer que seja e anuncio o evangelho para as pessoas.

4.   Segundo:

 

II. Eu sou Jesus para alguém quando lhe levo cura/alívio

 

1.   O texto diz que Jesus, além de ensinar e pregar o evangelho, curava todas as enfermidades e moléstias entre o povo.

2.   Bem, não sei se eu posso fazer isso; não sei se posso curar todas as enfermidades e moléstias das pessoas; acho que não. Sei que posso orar pelas pessoas, mas se elas vão ser curadas ou não é só Deus quem sabe. Eu creio que Ele pode, mas se Ele vai ou não é outra coisa. Paulo queria ser aliviado de algo que ele chamava de “espinho na carne”; e Paulo cria que Deus podia livra-lo (e podia mesmo); e Paulo orou, três vezes, para Deus livra-lo; mas Deus não o livrou; “a minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”, foi a resposta que Deus lhe deu.

3.   Mas de uma coisa eu sei: eu posso, de alguma forma, levar alívio a alguém.

4.   Conheci alguém que acompanhou, de certa forma e dentro de suas limitações, um irmão doente de câncer em fase terminal. Esse alguém orou muitas vezes pela cura do irmão, mas aprouve a Deus levar o irmão através daquela enfermidade. Entretanto, esse alguém, apesar de não ter conseguido levar a cura àquele irmão, através de sua atitude de estar presente para orar e de servir àquele irmão inclusive se colocando a si mesmo e seu veículo à disposição para ele ser locomovido sempre que precisasse e a qualquer hora que precisasse para algum hospital, levou muito alívio à ele e à sua família. Eles precisaram várias vezes, porque o câncer obstruía o intestino do irmão e ele se sentia muito mal e tinha que ser levado ao hospital. Muitas dessas vezes foram no horário da madrugada, e lá estava esse alguém. Levava, esperava pelos procedimentos, e conduzia o irmão e a esposa novamente para a sua casa. Isso foi, segundo o testemunho deles mesmos, de muito alívio para a família. No momento da dificuldade, das lutas, alguém chegou para eles e disse: “contem comigo; com as minhas orações e com as minhas ações”, e deu, de fato a assistência que ofereceu. O alívio ainda vive na lembrança daquela irmã que, quando o assunto é trazido à tona o comentário é sobre como aquele alguém foi bênção em sua vida a na de sua família. O que aquele alguém fez, pra ele não foi nada, não chegou nem a ser um sacrifício, mas para aquela família foi algo muito grande. Ele foi Jesus para eles, porque lhes levou alívio no momento que precisaram.

5.   Há muitas maneiras de levarmos alívio a alguém, maneiras simples até, maneiras que não nos custam nada, mas que para as pessoas, devido à fragilidade em que elas se encontram, são grandes demais. E quando fazemos isso, estamos seguindo o exemplo de Jesus e estamos sendo Jesus para alguém.

6.   Mas também, em terceiro lugar:

 

III. Eu sou Jesus para alguém quando olho para ele com compaixão

 

1.   “Jesus”, diz o texto, “vendo a multidão, teve compaixão...”

2.   Compaixão por causa da situação difícil em que se vive – situação de enfermidade, situação de pobreza, situação de desemprego, situação de dependência química... enfim, qualquer situação desumana e aviltante. Infelizmente essas são situações muito presentes; pra todo lado que olhamos encontramos essas situações. Precisamos olhar para essas situações, essas pessoas, com compaixão, e a compaixão nos fará agir em favor delas levando-lhes um pouco de alívio.

3.   Bem isso é o mesmo ou quase o mesmo que levar cura ou alívio, e isso, muito ou pouco, os irmãos têm feito; de forma pessoal ou através dos órgãos de nossa denominação, os irmãos têm feito (enfatizo que é muito importante ajudar alguém de forma pessoal). Mas eu incluo esse ponto para falar da compaixão por outra razão:  a compaixão por alguma pessoa por causa de sua situação de alguém que vive sem Deus e sem esperança de salvação.

4.   É interessante notar no texto que Jesus em sua missão de percorrer todas as aldeias e cidades encontrava muitas pessoas acometidas por enfermidades e moléstias, e as curava, levava-lhes alívio. Mas, ao falar da compaixão de Jesus por eles, a razão apresentada não foi a presença de enfermidades e moléstias que tornavam miserável a vida daquelas pessoas. Ainda que saibamos que Jesus se compadecia delas por isso também, o motivo apresentado no texto é que “andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor”. Então, quando Jesus vai dizer aos seus discípulos que eles deveriam orar por aquelas pessoas, o motivo não foi as enfermidades e moléstias deles, mas o fato de que era grande a seara e eles deveriam rogar ao Senhor da seara para enviar mais ceifeiros, porque os que tinham/tem eram/são poucos. A gente entende bem essa linguagem e sabe que Jesus estava falando da salvação daquelas pessoas. É preciso mais “gente de Deus” olhando para as pessoas perdidas com compaixão e pregando o evangelho da salvação para elas.

5.   Pense numa situação como a situação do rico e Lázaro na parábola contada por Jesus. Imagine um homem muito rico, de barriga bem cheia enquanto tem um mendigo faminto esperando cair um pedaço de alguma coisa da mesa desse rico para que ele possa comer. Ou imagine aquela cena clássica que a gente vê no Natal, que a gente quase chora só de imaginar, de uma criança bem pobre na calçada, sujinha, desnutrida, com um brinquedinho bem surrado na mão, olhando por uma vidraça para dentro de algum lugar cheio de pessoas bem vestidas, com leitões e perus assados sobre a mesa, além de muitas frutas, e com crianças sorrindo ao desembrulhar presentes caríssimos recém-ganhados. De quem a gente tem compaixão? Eu imagino qual a resposta que os irmãos têm aí na mente; é a que está na minha também. E não digo que os irmãos estejam errados; mas, será... será... será que é essa mesma a pessoa que mais precisa de compaixão? Bem, pode ser que sim, mas na parábola do rico e Lázaro não...

a.   Lázaro não tinha casa, mas tinha Deus;

b.   Lázaro não tinha mesa, mas tinha Deus;

c.   Lázaro não tinha as melhores roupas, mas tinha Deus;

d.   Lázaro não tinha a melhor comida, mas tinha Deus;

e.   O rico tinha todas essas coisas, mas não tinha Deus;

f.     E quando ambos morreram, quando cessou para ambos as “circunstâncias temporárias” e chegou a “circunstância eterna”, Lázaro estava no paraíso e aquele rico no inferno.

g.   Então, quem é que mais carecia de compaixão? Dessa compaixão por causa de as pessoas andarem errantes, perdidas, desgarradas como ovelhas que não têm pastor?

6.   Meus irmãos, como nós somos mundanos até em nossa compaixão! Quanta facilidade nós temos de sentir compaixão por alguém que sofre com sofrimentos que são só deste mundo; e não está errado, está certíssimo; mas quanta dificuldade em sentir compaixão por causa de as pessoas estarem indo para o inferno. Às vezes até oramos para que Deus dê alívio a alguém que está sofrendo com alguma enfermidade... Não ousamos dizer: “Deus, encerre a vida de fulano”, mas às vezes é isso que entendemos como sendo “aliviar o sofrimento”; MAS O SUJEITO É PERDIDO! NÃO RECEBEU A JESUS AINDA! É QUASE UM ATEU! Como é esse “alívio de sofrimento”? De que sofrimento estamos falando? Dos sofrimentos físicos temporais ou do sofrimento eterno que vai se seguir a este?

7.   Eu preciso olhar para as pessoas com compaixão. Eu preciso ter compaixão delas quando elas estiverem sofrendo os sofrimentos físicos deste mundo, mas muito mais eu preciso ter compaixão e paixão pelas almas dessas pessoas, e dar testemunho para elas; apresentar o evangelho para elas; fazer alguma coisa que seja uma contribuição para arrebata-las do inferno.

8.   Quando eu ajo assim, quando eu olho para as pessoas com essa compaixão, compaixão pelo fato de elas estarem perdidas e condenadas ao inferno, então eu estou sendo jesus para elas.

9.   E, por último,

 

IV. Eu sou Jesus para minha cidade, para o meu estado, para o meus país e para o mundo quando me preocupo e oro e convoco ou incentivo outros a orarem

 

1.   “Rogai ao Senhor da seara...” – rogar é orar com insistência.

2.   Por que eu devo orar e incentivar outros a orarem?

3.   Bem, devo orar e incentivar outros a orarem por tudo.

a.   Pelas autoridades, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada – 1 Timóteo 2.2

b.   Pelos aflitos, os que estão sofrendo, para que eles recebam o alívio da aflição – Tiago 5.13

c.   Pelos enfermos, para que sarem – Tiago 5.14

d.   Pelos que nos maltratam e nos perseguem – Mateus 5.44

e.   Enfim, por todos os homens em todas as suas necessidades.

4.   Mas muito mais por aqueles que são quais ovelhas desgarradas e sem pastor, para que Deus envie pessoas que preguem a eles o verdadeiro evangelho: “rogai, pois, ao Senhor da seara, para que envie mais trabalhadores para a sua seara”.

5.   Fazendo isso, se movido pela graça, eu estarei sendo Jesus para alguém.

 

Concluindo

 

1.   Movido pela graça, seja Jesus para alguém:

a.   Anunciando o evangelho;

b.   Levando cura/alívio;

c.   Olhando com compaixão para os perdidos;

d.   Orando e incentivando outros a orarem, especialmente para que Deus levante mais pessoas para pregar o evangelho.

2.   Enfim, seja Jesus para alguém fazendo por esse alguém o que Jesus faria e agindo para com esse alguém como Jesus agiria.

 

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

ALGUMAS RAZÕES PORQUE MUITA GENTE NÃO SEGUE A JESUS

ALGUMAS RAZÕES PORQUE MUITA GENTE NÃO SEGUE A JESUS

 

“E quem não toma a sua cruz e não segue após mim não é digno de mim.”

(Mateus 10:38 RC)

 

01. Seguir a Jesus, sabemos disso, não é algo muito fácil. Pelo menos para uma boa quantidade daqueles que o seguem, a grande maioria com certeza, não é assim tão fácil.

02. Pedro achou que seria fácil. Jesus avisou a Pedro que quando ele, Jesus, fosse preso, Pedro o negaria. E qual foi a reação de Pedro diante desse “aviso” de Jesus? Pedro disse que não, que ele não negaria o mestre, e que até morreria com ele se preciso fosse. Mas depois ele descobriu que não seria tão fácil assim seguir o Mestre naqueles momentos “escuros”. Ele negou a Jesus três vezes naquela ocasião. Depois se arrependeu e foi restaurado por Jesus, mas naquela ocasião não foi até o fim com Jesus; ficou no meio do caminho.

03. Foi o próprio Jesus quem disse que não seria fácil segui-lo. A porta que dá acesso ao caminho por onde Jesus anda e que é onde nós devemos andar também, se vamos segui-lo, é estreita, e o próprio caminho é apertado.

04. “No mundo tereis aflições”, disse Jesus a seus discípulos; e Jesus não estava se referindo às aflições normais da vida, mas aflições pelo fato de eles serem seus seguidores. Poderiam ter “bom ânimo”, porque seriam vencedores assim como Jesus, mas as aflições aconteceriam. E as aflições aconteceram e continuam a acontecer, pequenas e grandes.

05. Mas não é só por causa das aflições que seguir a Jesus não é algo muito fácil. Há também os apelos do mundo, da carne e do diabo que nos assediam todos os dias tentando nos fazer cair. O diabo, diz a Palavra, anda em derredor como um leão feroz, faminto, rugindo em busca de alguém para tragar.

06. O famoso Thalles Roberto (famoso tanto positiva quanto negativamente) canta uma música que não sei se é de sua autoria, em cuja letra ele diz que escolhe Deus, escolhe ser amigo de Deus, escolhe Cristo todo dia, morreu pra sua vida e agora vive a vida de Deus, etc. Mas na música também tem aquilo que podemos chamar de uma confissão de como é difícil viver uma vida assim: “Mas todo dia o pecado vem, me chama; todo dia as propostas vêm, me chamam; todo dia vêm as tentações, me chamam”.

07. Paulo uma vez fez uma confissão parecida com essa: “... eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho, então, esta lei em mim: que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus. Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor...” (Romanos 7:18-25 RC)

08. E talvez o “Graças a Deus por Jesus Cristo...” seja também por aquilo que ele escreveria logo a seguir: “... nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus...” (8.1)

09. Além disso há também as renúncias de todo tipo que às vezes precisamos fazer: boates, baladas, fim de tarde ou fim de semana no bar bebendo com os amigos... Paulo chama isso de despojar-se do velho homem e revestir-se do novo. Veja: “... quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso sentido, e vos revistais do novo homem, que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade. Pelo que deixai a mentira e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros. Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo. Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da redenção. Toda amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmias, e toda malícia seja tirada de entre vós. Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo. Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados...” (Efésios 4:22-5:1 RC) – Você pode ler depois a continuação dessas palavras.

10. E às vezes, se Jesus, além de segui-lo, nos chama para uma tarefa específica, há outras renúncias bem difíceis que precisam ser feitas. Ainda não me esqueci, apesar de já terem passado muitos anos, das palavras de um irmão e amigo, missionário no continente africano, quando dentro de seu sermão falou de alguns acerca dos quais Paulo se lamentava dizendo que eles o haviam abandonado porque “amaram o presente século”. E depois ele falou da sua própria dificuldade imposta por algumas renúncias acerca de coisas do “presente século” que teve que fazer, e que era e é também a dificuldade de muitos missionários que estão nos campos. Qual é essa dificuldade? É a dificuldade de ver amigos com quem conviveu, um exercendo a medicina, outro a advocacia, outro alguma área da engenharia, etc., e todos tendo já conquistado ou conquistando aquilo que as pessoas em geral consideram como normais e desejáveis e muito necessárias neste mundo, enquanto que ele, mesmo sendo tão capaz quanto seus amigos, teve que renunciar todas essas “regalias” para seguir a Jesus cumprindo a missão para a qual foi chamado.

11. E veja o que Jesus diz em Mateus 10: “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz e não segue após mim não é digno de mim. Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á.” (Mateus 10:37-39 RC)

12. Então, são muitas as razões pelas quais o caminho é estreito; são muitas as razões pelas quais é difícil ser um seguidor de Jesus nesse mundo que jaz no maligno. Por um lado, é fácil, mas por outro lado, é bem difícil.

13. Mas o fato de ser difícil não significa que não vale a pena. Vale a pena! E como vale! E eu vou dizer pra você, a seguir, porque vale muito a pena.

14. Todos nós que vivemos neste mundo somos aqui peregrinos indo em direção a algum lugar na eternidade. Mais cedo ou mais tarde chegaremos lá. Se Jesus voltar enquanto ainda estivermos vivos, todos nós, chegaremos todos juntos. Mas se ele se demorar algumas décadas mais, então alguns de nós vamos chegar primeiro do que os outros. Alguns talvez daqui a cinco anos, outros dez, outros 20 anos e assim por diante; mas todos chegaremos lá. E quando chegarmos, quando diante de nós estiver o “portal” de passagem para a eternidade e nós tivermos de entrar, somente nós entraremos, somente a pessoa entrará; seu carro não entrará, sua casa não entrará, suas joias não entrarão, seu dinheiro não entrará, enfim, somente você entrará e todas as suas coisas ficarão e outras pessoas usufruirão delas. Você só terá, daí para frente, aquilo que houver na realidade eterna a que você adentrar. O que houver lá é o que você terá, e agora não mais por 50 anos ou 100 anos ou 1.000.000 de anos, mas “para sempre”; a partir daí, seja o que for que você encontrar, é para a eternidade. E o que você vai encontrar? O que você vai ver e ter quando adentrar a essa eternidade? Bem, isso vai depender de se você seguiu a Jesus ou não. Se você seguiu a Jesus o que você terá é descrito como céu, lugar de alegria sem fim, lugar onde não haverá mais nenhum tipo de sofrimento e todas as lágrimas serão enxutas, e você, que seguiu a Jesus aqui, continuará seguindo-o, continuará sendo apascentado por ele às fontes das águas da vida. Bem, é mais ou menos esta a linguagem bíblica para nos dar um pequeno vislumbre das delícias celestiais. Mas se você chegar à eternidade sem Jesus, o que você vai ver e ter lá é o que é descrito como sendo “inferno”.

15. Então, pergunto: vale a pena seguir a Jesus, mesmo sendo difícil? Bem, eu penso que vale.

16. Porém, mesmo assim, há muita gente que não o segue. E, tristemente interessante, há gente até mesmo nas igrejas que não o seguem; dizem que seguem, mas não o seguem, porque se ele vai em uma direção e a pessoa vai em outra, como é que o segue? Se ele vai em direção ao amor e a pessoa vai em direção ao ódio, como é que o segue? Se ele vai em direção à santidade de vida e a pessoa vai em direção à carnalidade, à imoralidade e outros pecados mais, como é que o segue?

17. E por que essa gente não o segue? Quais seriam algumas razões? Pensemos em algumas possíveis razões:

 

a.   Essa gente não o segue porque a matéria não deixa – a matéria vem em primeiro lugar.

                     I.        Foi o caso do Mancebo de qualidade, história registrada em Mateus 19

b.   Essa gente não o segue porque a família não deixa.

                     I.        Houve um que queria seguir a Jesus, mas só depois que o seu pai morresse. Mateus 8 registra essa história.

                    II.        Há quem permaneça em uma determinada situação para não ofender a família.

                  III.        Mas Jesus disse que quem amar pai, mãe, irmãos, mais do que a ele não é digno dele. Obviamente ele não estava dizendo que para segui-lo a pessoa tem que, necessariamente, abandonar a família; mas, no caso de se ter que fazer uma escolha, então ele deve vir em primeiro lugar.

c.   Essa gente não o segue porque o conforto pessoal não deixa.

                     I.        O mesmo Mateus 8 também registra quando um escriba foi ter com Jesus e disse que queria segui-lo por onde quer que fosse. Jesus o alerta, não exatamente nessas palavras, mas era isto o que ele queria dizer àquele escriba: Se você valoriza seu conforto pessoal acima de qualquer coisa então não vai me seguir, porque as raposas têm os seus covis e as aves dos céus os seus ninhos, mas o filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.

                    II.        Seguir a Jesus às vezes “dá trabalho”...

d.   Essa gente não o segue porque a indiferença não deixa.

                     I.        Foi Jesus mesmo quem disse isso quando disse que os últimos dias seriam como os dias anteriores ao dilúvio. As pessoas estavam vivendo para si mesmas, indiferentes a Deus, indiferentes a Noé, indiferentes ao que Noé estava fazendo; “comiam, bebiam, casavam-se e davam-se em casamento... até o dia em que veio o dilúvio e os tragou a todos”.

                    II.        Quanta gente indiferente existe hoje! Sabem da verdade, mas não estão “nem aí pra ela”. Vivem para si. SUA casa, SEU carro, SEU lazer, SEU negócio, SUA vida, SUA satisfação pessoal...

e.   Essa gente não o segue porque a incredulidade não deixa.

                     I.        Incredulidade no sentido de não crer mesmo em Deus e em Jesus;

                    II.        Mas incredulidade também no sentido de que, mesmo crendo em Deus, não crê que Ele vai mesmo mandar pessoas para a perdição. Então, pra que todo esse trabalho de seguir a Jesus? Quanto engano! Uma espécie de “luz falsa”, “luz” que, na verdade, é “treva”, e “se a luz que em ti há são trevas”, disse Jesus, “quão grandes serão tais trevas”.

f.     Essa gente não o segue porque os conceitos errados não deixam.

                     I.        Conceito errado sobre igreja; conceito errado sobre evangelização; conceito errado sobre a salvação...

g.   Essa gente não o segue porque a ignorância não deixa.

                     I.        Ignoram completa e deliberadamente aquilo que a Bíblia diz.

h.   Enfim, essa gente não o segue porque o pecado não deixa.

                     I.        Erram o alvo, e pecar é errar o alvo.

 

18. Essas são algumas possíveis razões e talvez existam muitas outras, mas sejas quais forem as razões, não seguir a Jesus é condenar-se a si mesmo à miséria eterna. Apocalipse 20.14 e 15 dizem que a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo... e também aqueles cujos nomes não foram achados inscrito no livro da vida. Como ter o nome inscrito no livro da vida? Só tem um jeito: Seguindo a Jesus!

19. Arrependa-se hoje mesmo de seus pecados e creia em Cristo para ser salvo!

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

Igreja Batista em Muqui – outubro de 2018

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

NÃO NOS CANSEMOS DE FAZER O BEM


NÃO NOS CANSEMOS DE FAZER O BEM

 

1.   Leia Gálatas 6.1-10

2.   São dez versículos apenas, mas nestes apenas dez versículos encontramos lições por demais preciosas para nós.

3.   Vamos ver algumas coisas de que nos fala a Palavra de Deus através de Paulo nesses versos?

 

Nos fala sobre tratar os que falham (os que cometem algum deslize ou desvio) com espírito de mansidão (brandura, gentileza, bondade) e tomando cuidado pra eu não falhar também.

 

1.   Foi o que fez aquele garoto “desengonçado” por conta de uma paralisia cerebral quando estava num acampamento de meninos. Os demais gostavam de imitar seus gestos descontrolados e dar risadas. Numa das noites do acampamento um dos garotos teria que proferir um pequeno sermão, e ele foi o escolhido pelos outros, que planejavam dar muitas risadas naquela noite. Mas, qual não foi a surpresa deles quando, na hora do “sermão”, aquele menino de gestos descontrolados diz: “Eu tenho três coisas para lhes dizer nessa noite: 1) Eu sei que Deus ME ama; 2) Eu sei que Deus ama VOCÊS; 3) E, então, se Deus me ama e ama vocês, EU os amo também.” Não houve risadas; houve lágrimas, arrependimento e espírito quebrantado.

2.   Em outra passagem, 1 Coríntios 5.9-11, Paulo diz: “Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros; refiro-me, com isto, não propriamente aos impuros deste mundo, ou aos avarentos, ou roubadores, ou idólatras; pois, neste caso, teríeis de sair do mundo. Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais.” (1 Coríntios 5:9-11 RA).

 

Veja bem o que Paulo orienta aqui: Com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro ou avarento ou idólatra ou maldizente ou beberrão ou roubador, isto é, com alguém que se diz crente, mas VIVE nessas práticas completamente carnais e mundanas, não vos associeis. Mas em Gálatas 6:1 ele manda tratar com brandura. Por que? A resposta é bem simples: é porque em 1 Coríntios ele fala de pessoas supostamente crentes cujas “práticas constantes” não são de crentes; mas aqui em Gálatas 6 ele se refere a crentes de verdade que não vivem nessas práticas carnais e mundanas, mas que podem, em algum momento, cometer algum deslize. É bem diferente! Cometer o deslize de fazer uma fofoca ou falar mal de alguém é bem diferente de SER fofoqueiro e maldizente.

3.   Vamos adiante. De que mais fala o texto?

 

Fala de levar as cargas uns dos outros – carga é qualquer coisa que “pesa”: problemas, preocupações, necessidades.

 

1.   Tem muitos irmãos que são “especialistas” em ajudar outros a levarem cargas. Surge um problema ou alguma necessidade e a pessoa não tem muita ideia de como resolverá esse problema ou agirá diante dessa necessidade. Então alguém que tem ideia de o que fazer se oferece para ajudar e em pouco tempo a situação está resolvida.

2.   Recentemente tivemos um exemplo aqui mesmo em nossa igreja (IBMuqui). Alguém, uma irmã, me procurou com uma grande necessidade. Depois de analisar e considerar resolvi pedir a ajuda dos irmãos numa contribuição coletiva para que pudéssemos ajudar a irmã. Vários deram a contribuição e o dinheiro está guardado comigo com o nome de todos os contribuintes anotados. Mas uma outra irmã, que tem entendimento na área do problema, se aproximou e me disse que talvez tudo pudesse ser resolvido com recursos municipais (lícitos) e que ela sabia o que fazer. Pois bem, a coisa já está se resolvendo e ainda temos o dinheiro para ajudar a irmã em o que faltar ou devolver aos contribuintes. O que estava “pesado”, o que era uma “carga” para a irmã, já não é mais, pelo menos já não é mais tão pesado.

3.   Levar a carga uns dos outros é algo que pode exigir ações concretas, grandes ou pequenas, mas também é algo que pode exigir apenas conversa e oração. Você não imagina (ou imagina) o valor que tem para alguém enfermo você estar presente com ele para conversar e orar (e às vezes se oferecer para levar ao hospital). Irmão Ibrahim, já falecido há vários anos, sentia uma alegria imensa, uma “leveza” quando chegava o dia de eu ir visita-lo. Ele tinha um câncer mortal. Ele dizia para sua esposa, também já falecida: “faz um café, Zulmira, que daqui há pouco o pastor chega por aí”. O que eu fazia? Nada demais. Apenas estava cumprindo minha obrigação de pastor e tudo o que eu podia fazer era me sentar e conversar e orar com ele; e ali eu ficava um bom tempo ouvindo suas histórias. Só isso. Pra mim não era nada, mas pra ele era uma espécie de ajuda em levar aquela carga que pesava sobre ele e sua família.

4.   É preciso levar as cargas uns dos outros, meus irmãos! Não precisamos ficar preocupados de ter que fazer algo que não conseguimos fazer, é só ajudar no que conseguimos, no que podemos, mesmo que seja só emprestar os ouvidos e orar. Eu fico imaginando o valor que tem para alguns irmãos encontrar alguém que os ouça contar as suas histórias. Fico me lembrando de irmã Malvina, quando ainda andava e conversava; chegou um tempo em que a gente já não entendia mais o que ela dizia; ela começava com uma história e ia “emendando” uma na outra. Mas ter alguém ali para ouvi-la, tenho absoluta certeza, era de valor inestimável para ela. Não é porque a gente não entende mais o que uma pessoa diz que vamos relega-la ao silêncio. Esse gesto simples é também uma espécie de levar a carga.

5.   Então ajude os outros em suas cargas... do jeito que você puder... no que você puder...

6.   E o que mais? Veja aí:

 

Nos fala de levar a própria carga.

 

1.   E agora? O que Paulo está querendo dizer? Porque um pouco antes ele disse para levarmos as cargas uns dos outros, mas agora ele diz que cada um levará a sua própria carga.

2.   O que acontece é que essa carga aqui é diferente da primeira. A primeira é carga no sentido de “dificuldades da vida”. Aqui é carga no sentido daquilo que “você é quem tem que fazer” (aquilo que Cristo lhe chamou para fazer, por exemplo) e também pode ser no sentido de você ser responsável por sua maneira de agir – eu posso lhe ajudar a levar algum tipo de carga, mas não posso ser responsabilizado por SUA maneira de agir.

3.   Um exemplo: Deus me chamou para pastorear; e eu recebo bastante ajuda quando cada irmão cumpre a sua função; mas a “carga” de pastorear é minha; sou eu quem vai prestar contas diante de Deus pelo rebanho que Ele confiou a mim e pelo meu pastoreio.

4.   Outro exemplo possível: pessoas que insistem em viver no pecado – a “carga” da responsabilidade é delas.

5.   E ainda outro exemplo: gente que abandona a igreja e não vai para outra igreja, vai viver no mundo e de acordo com o mundo (abandona a Cristo, portanto). Há muito dessa gente que põe a culpa na igreja ou em alguma pessoa da igreja (às vezes o pastor). Essa gente está enganada se pensa que vai poder chegar diante de Cristo no dia do juízo final e ser “desculpado” ao explicar que viveu assim por causa da igreja tal ou do irmão tal ou do pastor tal. Isso não vai servir de desculpa; vai ter que levar essa carga; e talvez ouvir de Jesus: “Não vos conheço”.

6.   Vamos a mais uma coisa:

 

Fala que o que é instruído na Palavra deve repartir os seus bens com aquele que o instrui.

 

1.   Bem, isso os irmãos entendem, e já fazem, não é? Sim!!! É claro que fazem! Quem entrega ofertas e dízimos na igreja está fazendo isso, porque, além de com várias outras coisas, atividades e necessidades da igreja, está contribuindo para o sustento do Ministério da Palavra.

2.   E, de vez em quando, além disso, há ainda quem presenteie com uma fruta que sua propriedade produz, com algo que faz em casa (um pão, por exemplo), com uma oferta para fins pessoais, etc. Conquanto não seja necessário, uma vez que a família pastoral já é sustentada pela igreja, há quem haja assim (não estou fazendo nenhuma sugestão, apenas comentando o texto. Rssss).

3.   Então a IBMuqui cumpre essa orientação.

4.   Mas há quem seja contrário a isso e que pensa que todo o ministério pastoral deva ser desenvolvido voluntariamente e que essa orientação bem como outras que encontramos acerca do sustento missionário e pastoral não se aplicam. E até há igrejas que caminham nessa direção.

5.   Bem, precisamos respeitar essas opiniões, especialmente os pastores sérios e sinceros, até mesmo para não sermos confundidos com mercenários e com quem quer enriquecer às custas do ministério ou quer fazer do ministério apenas um meio de ganhar dinheiro para se sustentar.

6.   Entretanto é preciso esclarecer que se uma igreja quiser caminhar nessa direção ela até poderá fazê-lo, mas precisa estar ciente de que não poderá exigir de seu pastor (especialmente se for uma igreja de porte médio para grande) o cumprimento na íntegra daquelas que são funções pastorais, já que ele tem que dividir o seu tempo entre a igreja e a busca do sustento de sua família. Ou então deverá buscar um pastor que não tenha esposa e filhos, como Paulo (já que ele é algumas vezes citado como quem “fazia tendas”) ou que seja aposentado.

7.   Mas o normal é o que está escrito nesse e em outros textos (Obviamente que de acordo com a possibilidade de cada igreja)

8.   Mais uma coisa bem importante, bem séria que o texto nos diz:

 

Diz que Deus não se deixa escarnecer, isto é: que de Deus não se zomba – aquilo que se planta (num presente contínuo) é o que se colhe.

 

1.   Um pouco antes Paulo escreveu sobre as obras da carne e o fruto do Espírito; quem semeia na carne, isto é, quem vive na prática das obras da carne que são a imoralidade sexual, a impureza, as ações indecentes, a idolatria, as feitiçarias, as inimizades, as brigas, as ciumeiras, os acessos de raiva, a ambição egoísta, a desunião, as divisões, as invejas, as bebedeiras, as farras e outras coisas parecidas com essas, colherá o que essas coisas produzem. Mas quem semeia no Espírito, que vive o fruto do Espírito, que é o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade e o domínio próprio, colherá o que essas coisas produzem. Não tem como plantar mamão e colher goiaba.

2.   Numa mensagem do Dr. Russel Shedd, sobre disciplina, numa parte onde ele diz que a disciplina serve para produzir o “temor do Senhor”, ele conta de quando ele era criança na Bolívia num local onde se falava muitos palavrões; então seu pai, que era missionário naquele local, mostrou para ele e seu irmão um chicote e lhes disse que se eles falassem palavrões iriam levar uma chicotada. Depois o pai perguntou se eles haviam entendido e se iriam falar palavrões; e a resposta foi, de olho no chicote, que sim, que haviam entendido perfeitamente e que nunca iriam falar palavrões. Russel Shedd diz que o chicote nunca foi usado, mas serviu para produzir uma espécie de “temor do senhor” (no caso o “senhor” seu pai – houve risos). TEMOR DO SENHOR é algo que precisamos ter; saber que de Deus não se zomba e que aquilo que semearmos é o que ceifaremos... de verdade! Temor do Senhor significa, digamos assim, 80% reverência, mas 20% temor mesmo, medo, por sabermos que Deus não está brincando, que Ele fala sério. E se quisermos ver como Deus fala sério é só pensarmos em alguns episódios bíblicos:

a)   Pense em Moisés. Moisés foi o homem escolhido por Deus para, por intermédio dele, libertar Israel do Egito e conduzi-lo pelo deserto, com muitos e extraordinários sinais e maravilhas. Quando pessoas se rebelaram contra Moisés Deus as puniu severamente, com lepra e até com morte. Mas quando Moisés desobedeceu a Deus, fez diferente de como Deus havia orientado, colheu a desventura de só poder ver a terra prometida de longe, mas não entrar.

b)   Pense em Davi quando pecou com Bate-Seba, filha de Eliã, contra Urias o Heteu, esposo dela e militar do exército de Davi. Dentre as consequências está a morte do filho gerado no ato do adultério.

c)   Pense em Hananias e Safira que mentiram ao Espírito Santo de Deus e morreram. Não foi Pedro quem os matou, foi Deus. Como bem observou o Dr. Russel Shedd, aquela foi uma morte “milagrosa”.

3.   Então, Deus não se deixa escarnecer; de Deus não se zomba; aquilo que o homem semear, isso ceifará. E Deus fala sério. Ele é longânimo, paciente, misericordioso, perdoador, mas se o homem persiste no erro e não se arrepende, colhe conforme o que plantou.

4.   E, por último:

 

Diz para não nos cansarmos de fazer o bem... a todos, mas principalmente aos domésticos da fé... e se não desanimarmos chegará o tempo em que colheremos.

 

1.   Novamente: aquilo que se planta é o que se colhe. Então, façamos o bem a todos; aos domésticos da fé principalmente; incansavelmente. O bem, sempre o bem, e nunca o mal. Colheremos o bem.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

Igreja Batista em Muqui – Outubro de 2018

É já a última hora

  É JÁ A ÚLTIMA HORA   “Filhinhos, é já a última hora...” (1 João 2.18)   Ø   “Última hora”, que é isso? Ø   Última hora é uma man...