LEVANDO
PESSOAS A JESUS
1. O tema no qual quero refletir com os
irmãos hoje é um tema de extrema importância para a vida da igreja, e,
principalmente para as pessoas que serão o objetivo daquilo que o tema apregoa.
O tema é: “Levando Pessoas a Jesus”.
2. Quero começar essa reflexão com uma
história engraçada, mas que é capaz de nos levar a refletir sobre nossa missão
de levar pessoas a Jesus.
Foi
em Campinas-SP, há muitos anos, conta Assis: O missionário saiu de férias e o
irmão Austiclínio ficou tomando conta da casa. Uma galinha fugiu para o quintal
da portuguesa dona Olímpia. O Austiclínio foi atrás da fujona. “Dá licença,
vizinha?” “Pois, não, pode entrar”. “Uma galinha minha passou para o seu
quintal. Vim procurá-la”. Aproveitando o ensejo, Austiclínio perguntou a Dona Olímpia
se já tinha ouvido o Evangelho e convidou-a à Primeira Igreja. Ela aceitou o
convite, foi e se converteu. O livro dos provérbios diz que quem ganha almas
sábio é. A galinha criou a oportunidade e o sábio obreiro aproveitou a
oportunidade.[1]
3. Essa história, como disse, é capaz de
nos levar a refletir sobre a nossa missão de levar pessoas a Jesus.
4. A história nos faz lembrar, dentre
outras coisas, do fato de que essa missão não é para ser cumprida em dias e
horários marcados apenas, mas sempre que surgir uma oportunidade, em qualquer
dia, em qualquer horário e em qualquer lugar (sem nos esquecermos, entretanto,
que às vezes precisamos “cavar” essas oportunidades). É certo que algumas
pessoas têm uma capacidade maior do que outras de agir dessa forma (Laurindo é
um exemplo), e o fazem naturalmente, mas todos nós temos que nos esforçar nessa
ação evangelizadora.
5. Além disso, nesse intento de levar
pessoas a Jesus, há algumas coisas as quais a igreja deve observar.
6. Tomando como texto Marcos 2.1-12,
imaginando os quatro amigos do paralítico como sendo uma figura da igreja em
ação, vamos ver três coisas que a igreja precisa observar e/ou cultivar, e
ainda veremos algo que a igreja precisa almejar.
7. Antes de mais nada, entretanto, leiamos
o texto:
“E, alguns dias depois,
entrou outra vez em Cafarnaum, e soube-se que estava
8. O que podemos aprender à luz da Bíblia
como um todo, tomando essa passagem como base e imaginando os quatro amigos do
paralítico como sendo uma figura da igreja em ação no intento de levar pessoas
a Jesus? Vejamos:
I. A Igreja Precisa Ter Unidade
de Propósito
1. Aqueles quatro amigos tinham um mesmo
propósito: levar o paralítico a Jesus.
a. Cada um em sua posição,
b. cada um em seu lado,
c. mas indo em direção a um mesmo objetivo.
2. Assim também é na igreja; há várias
posições, vários ministérios com os quais se ocupar, mas todos devem caminhar
em direção a um objetivo comum, que é o de levar pessoas a Jesus.
3. Bill Hybels, pastor titular da Willow
Creek Community Church, Ilinois, EUA, em seu livro “Liderança Corajosa”, conta
que no princípio sua igreja enfrentou uma grande dificuldade, uma “lacuna”,
segundo ele, causada justamente pelo afastamento desse item tão importante que
é a unidade de propósito. Me sinto tentado a inserir aqui todo o capítulo em
que ele trata desse assunto, mas, resistindo à tentação, vou colocar apenas um
trecho bem pequeno:
Ao longo dos anos,
algumas coisas haviam mudado na igreja. Sem que eu tivesse consciência disso, a
Willow tinha gradualmente deixado de ser uma igreja coesa, identificada em
torno de um só objetivo, que procurava funcionar dentro de uma estrutura
bíblica, para se tornar uma federação de sub-ministérios descentralizados, que
se relacionavam sem a coesão necessária, e que não tinham uma mesma identidade...
Tínhamos de dizer às equipes: “Isto é uma igreja. Somos uma só organização.
Somos uma comunidade cujo funcionamento se baseia na Bíblia. Não somos um agrupamento
de planetas em volta de um planeta maior”. Em outras palavras: “É isso que diz
em Atos 2. É isso que significa ser uma igreja. É isso que precisamos fazer
para desenvolver uma próspera e radiante noiva de Cristo. Todos nós temos de
participar do desafio de nos alinhar sob a mesma orientação. Como poderemos
proclamar que somos membros de um único corpo, se não formos na mesma direção e
perseguirmos os mesmos objetivos? ...[2]
4. A igreja tem muitas coisas a fazer, tem
muitos ministérios a desenvolver, mas não pode perder o foco, não pode perder
de vista o objetivo comum que é o de levar pessoas a Jesus. Todos nós temos que
estar unidos nesse intento.
II. A Igreja Precisa Ter Perseverança
1. Os amigos do paralítico dão-nos um bom
exemplo de perseverança. Veja no texto o que eles tiveram de fazer para
conseguir levar o paralítico até Jesus.
a. O que estamos fazendo para levar pessoas
a Jesus?
b. Quais as dificuldades nós temos enfrentado?
c. Já desanimamos ou continuamos
perseverantes?
d. Diz-se de Willian Carey que ele pregou
por mais de dez anos até que houvesse a primeira conversão no país onde ele
servia como missionário[3].
2. Precisamos orar pelos nossos amigos e familiares
não crentes, e quarta-feira é um bom dia para fazermos isso juntos, mas além de
orar precisamos fazer algo mais no intento de levá-los a Jesus.
3. Precisamos avançar cada vez mais,
utilizando algumas estratégias e até mesmo desenvolvendo outras, no intuito de
levar pessoas a Jesus.
4. Não podemos desanimar... Não podemos
deixar que os obstáculos, as dificuldades, nos vençam. Há vidas em jogo...
III. A Igreja Precisa Ter
Fé
1. Mais um exemplo que os amigos do
paralítico nos dão: o de fé.
2. Eles criam que Jesus podia, de fato, curar
o paralítico e, por isso, fizeram o que fizeram.
3. O próprio Jesus, diz o texto, reconheceu
a fé deles.
4. Diz-se de Jorge Muller que ele
... não pedia auxílio a
outros, pedia somente a Deus. Diz-se que ele por mais de vinte mil vezes foi-se
deitar, à noite, sem ter nada em casa para comer nem ele nem os seus órfãos.
Quando alguém lhe perguntou se conseguia dormir nessas circunstâncias, ele
respondeu: "Todas as vezes”. E nunca faltou comida no dia seguinte para
ele e para os órfãos que chegaram a dois mil. Quando um amigo quis conhecer o
segredo de tanta fé, Jorge Muller, levantou a Bíblia e disse: “Tenho lido este
livro inteiro cem vezes. Conheço o Livro e conheço o Deus do Livro”[4]
5. Você crê que Jesus pode salvar qualquer
pessoa?
6. Tendo visto, então, as três coisas que a
igreja precisa observar, vejamos agora algo que a igreja precisa almejar.
IV. A Igreja Precisa
Almejar, desejar Ver o Resultado de Seu Trabalho Feito com Unidade de Propósito,
Perseverança e Fé.
1. Fico imaginando a alegria daqueles
amigos do paralítico quando o viram andando, levando ele mesmo a sua cama.
2. Ele veio carregado e saiu carregando.
3. O resultado, sabemos, pertence a Deus.
Quem dá o crescimento é Deus. Mas não há nada de errado em almejarmos ver o
resultado de nosso trabalho, trabalho esse feito com unidade de propósito, com
perseverança e fé.
4. Se o resultado é pessoas salvas, então
eu almejo ver.
5. Quero ver uma igreja repleta com
centenas, milhares, dezenas de milhares de pessoas salvas.
6. Mas notem bem: pessoas salvas.
7. Uma igreja pode ter a adesão de um
bilhão de pessoas, mas se essas pessoas não forem salvas...
Conclusão
1. Quem eram aqueles amigos do paralítico?
2. Quais eram os nomes deles?
3. Não o sabemos!
4. Mas eles nos dão esses grandes exemplos.
5. Amados irmãos, a nossa igreja local aqui
em Muqui precisa trabalhar unida nesse propósito de levar pessoas a Jesus. Esse
é o nosso primeiro objetivo para esta vida. E, visando esse objetivo,
precisamos trabalhar
a. com perseverança – transpondo todos os
obstáculos;
b. com fé – isto é, crendo que Jesus pode
salvar e, portanto, em total dependência dele e sempre sob sua direção;
c. e desejosos de ver os resultados, sendo
estes resultados não simplesmente pessoas para encher o templo, mas pessoas
realmente redimidas, tantas que necessitemos “ampliar as tendas”.
Pr. Walmir Vigo Gonçalves