quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Nunca só


NUNCA SÓ
por Jehozadak Pereira

Outro dia eu ouvia um hino, cuja letra diz que nunca caminharemos sozinhos. Fiquei a imaginar o nosso privilégio como diletos filhos de Deus. O de nunca caminhar sozinhos. Jamais!

Lembro de Estevão, na sua hora mais aguda a adormecer sereno e tranquilo para estar no instante seguinte diante do seu Senhor.
Como esquecer de Gideão e a sua maior conquista? Como poderiam trezentos homens derrotar um exército inteiro?

Recordo-me de José, vendido como um traste velho por qualquer trocado, depois de ser jogado na cova e de ouvir a fria conspiração dos seus irmãos. Ou ainda de Neemias, triste diante do rei por causa da situação da sua cidade querida. A tarefa de Neemias era impossível diante dos olhos humanos, mas na graça e no poder do Senhor, e enfrentando toda a sorte de provocação e escárnio, saiu-se vitorioso.

Estes e tantos outros um dia depararam-se com situações extremamente inusitadas, e as venceram todas porque ao seu lado estava o Senhor.

Você mesmo, querido leitor, quantas vezes já não se sentiu sozinho? Olhou ao seu lado e não viu ninguém, e por isso se achou desamparado. Ou ainda diante de certas circunstâncias como a da viúva de Naim, caminhando para sepultar o seu único filho. Porém, a Esperança estava no seu caminho, e as suas lágrimas transformaram-se em alegria e regozijo. O Senhor lhe devolvera o filho amado. Já pensaram no privilégio desta mulher, e que esta podia ser a sua história? 

Quantas vezes nos pegamos a pensar ou mesmo a buscar um modo de sair de situações embaraçosas, caóticas, delicadas...

Quantas vezes nos vemos em meio a conflitos pessoais, indecisos entre fazer ou não fazer, hesitantes entre ir ou ficar.

Quantas vezes na nossa viagem desejamos estar em Casa já ao lado do Senhor, contudo ainda temos caminho a trilhar.

Quantas vezes sentimo-nos solitários, como que querendo uma explicação ou mesmo um pequeno vislumbre de luz a nos mostrar que embora sentindo-nos solitários, jamais estaremos sozinhos, pois Ele, Ele mesmo, o Senhor estará conosco...

As histórias contadas destes homens, personagens reais, buscam mostrar-nos que diante de qualquer situação por pior que seja, sempre haveremos de encontrar o Senhor a nos amparar, sempre...
     
... o nosso Deus, a pelejar por nós.

Só a Deus Glória!!!

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

A FELICIDADE DOS JUSTOS E A INFELICIDADE DOS ÍMPIOS


A FELICIDADE DOS JUSTOS E A INFELICIDADE DOS ÍMPIOS
Salmo 01

Hoje quero pensar nesse salmo com os irmãos usando como tema “A felicidade dos justos e a infelicidade dos ímpios”.

Um esboço, na ordem do texto, poderia ser:

Ø  Quem é o justo e quem é o ímpio?
Ø  O justo é bem aventurado diante de Deus.
Ø  O ímpio não é bem aventurado diante de Deus.
Ø  O Senhor “conhece”.

Meu esboço inclui todas essas proposições, mas quero inverter a ordem só um pouquinho, fazendo da terceira a segunda e da segunda a terceira.

O autor não é revelado no salmo, sendo, portanto um Salmo anônimo. Se você pensava que era de Davi, como é comum pensar sobre a autoria dos salmos, você pode estar certo, mas também pode estar errado. Mas isso não importa tanto quanto as preciosas lições que podemos tirar dele.

Então, comecemos a pensar pela pergunta:

I.       QUEM É O JUSTO E QUEM É O ÍMPIO?

Quem é o JUSTO?

Num sentido puramente humano poderíamos dizer que justo é aquele que “está com a razão”, isto é, é aquele que diante de uma causa, seja esta causa judicial ou não, tem razão. É alguém que é honesto, respeitador, cumpridor das leis, de bom caráter...

Mas, no sentido espiritual, bíblico, justo é aquele que está corretamente relacionado com Deus pela fé, e, por isso, procura nos seus pensamentos, motivos e ações obedecer àquilo que Deus, em sua Palavra, estabelece como modelo de vida (Dicionário Almeida).

Note bem o que eu disse: é aquele que está “corretamente relacionado com Deus pela fé”.

Agora vejamos alguns versículos bíblicos comprobatórios:

TITO 3.3-7: “... nós éramos, noutro tempo, insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros. Mas, quando apareceu a benignidade e caridade de Deus, nosso Salvador, para com os homens, não pelas obras de justiça que houvéssemos feito {isto é, não pelo fato de sermos humanamente justos, fazedores de boas obras}, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador, para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna”.

ROMANOS 3.22-26: “... a justiça de Deus é pela fé em Jesus Cristo [e é] para todos e sobre todos os que creem; porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.”

Creio que não tem necessidade de ser mais claro que isso. Você é “justo”, no sentido bíblico da palavra? Diante de Deus?

Ø  Sim, se você está corretamente relacionado com Deus pela fé;
Ø  Sim, se você foi justificado por Deus, pela graça, pela redenção que há em Cristo Jesus;
Ø  Mas não, se você está confiando em si mesmo, em seus méritos pessoais, em sua própria justiça.

Quem é o ÍMPIO?

Corretamente poderíamos dizer que ímpio é aquele que é insensível, cruel, desumano, ruim. Essa é uma das definições dos dicionários para impiedoso ou impiedade.

Entretanto, os mesmos dicionários também definem ímpio como sendo pessoa que não tem fé, incrédulo...

A palavra ímpio, na Bíblia, tem esses dois sentidos. Veja esses versículos:

PROVÉRBIOS 5.21-23: “Porque os caminhos do homem estão perante os olhos do SENHOR, e ele aplana todas as suas carreiras. Quanto ao ímpio, as suas iniquidades o prenderão, e, com as cordas do seu pecado, será detido. Ele morrerá, porque sem correção andou, e, pelo excesso da sua loucura, andará errado”.

PROVÉRBIOS 17.23: “O ímpio tira o presente do seio para perverter as veredas da justiça”.(RC) – Ou, num sentido mai claro: “O perverso aceita suborno secretamente para perverter as veredas da justiça”.(RA)

PROVÉRBIOS 28.15: “Como leão bramidor e urso faminto, assim é o ímpio que domina sobre um povo pobre”.

PROVÉRBIOS 29.2: “Quando os justos se engrandecem, o povo se alegra, mas, quando o ímpio domina, o povo suspira”

MALAQUIAS 3.18: “Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve.”

Biblicamente, então, ímpio não é apenas a pessoa má, socialmente falando. Qualquer pessoa que não tenha a qualidade de fé apresentada pela Bíblia, fé essa que faz de Jesus o seu Salvador e Senhor, é um ímpio.

Em Lucas 13.1ss. temos um episódio interessante. O texto não diz claramente, mas deixa implícito, e, por inferência podemos dizer, algumas pessoas estavam conversando sobre a morte trágica de outros e considerando-a como um castigo da parte de Deus por causa de suas impiedades. Entretanto, o que diz Jesus? Veja o que o Mestre diz: “Cuidais vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas? Não...”. “E aqueles dezoito sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados {ou devedores} do que todos quantos homens habitam em Jerusalém? Não...”

Todos nós somos, enquanto a graça de Jesus não se manifestar sobre nós e não nos justificar, mediante a nossa fé, ímpios, e, como tais, separados de Deus.

Passemos à próxima proposição:

II.      O ÍMPIO NÃO É BEM AVENTURADO DIANTE DE DEUS

Aquele que não está corretamente relacionado com Deus pela fé, diz Deus em Sua Palavra, neste Salmo, não é bem aventurado diante Dele. E porque não é?

Ø  Porque ele não é como o grão que será recolhido no celeiro, e, sim, como a moinha que o vento espalha.

O Salmista se utiliza aqui de uma figura muito conhecida. Quando o cereal, especialmente o trigo passava pela eira, para ser limpo, ou descascado, a palha, ou moinha, que não tinha serventia, era levada pelo vento, enquanto que os grãos dos cereais eram guardados nos celeiros.

João Batista, em Mateus 3.10-12, se utiliza mais ou menos da mesma figura ao falar de Jesus como aquele que vem para segar e limpar a eira. Veja: “E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará.” (Mateus 3:10-12 RC)

Então, essa é uma das razões pelas quais o ímpio, aquele que não se entrega a Deus por intermédio de Jesus, não é bem aventurado. Você pode vê-lo muito bem “aqui e agora”, mas a vida não se resume a “aqui e agora”; além do “aqui e agora” há um “depois”, e mais ainda, há uma “eternidade”. Há algum tempo escrevi um pequeno texto pensando em alguém próximo, da família. Não é crente e nem é de Muqui. O texto vale para todos e diz assim:

ISSO PASSA

Tudo... ou quase tudo... passa
O prazer de um dia de curtição passa;
A sensação de liberdade e êxtase proporcionado por algumas cervejas ou o uso de uma droga qualquer passa;
A saúde pode passar a qualquer momento;
A juventude passa;
A vida passa.
E quando a última coisa, a vida, passar, você vai ao encontro de algo que não passa : A ETERNIDADE.
E da forma como você está lidando com essas coisas que são passageiras, da forma como você está vivendo a vida, onde você acha que vai viver a eternidade?
Moço, moça, viva com Jesus aqui, para poder viver com ele na eternidade.

Ø  Ainda o ímpio não é bem aventurado porque ele não subsistirá no juízo e nem quando os justos forem congregados na presença de Deus. Veja (ou imagine) a cena: “E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” (Apocalipse 20:11-15 RC)

Isso é muito ruim, não é? É sim, muito ruim. E, por isso mesmo eu quis dizer antes, pra não omitir, mas também pra acalmar o seu coração com a boa notícia de que:

III.    O JUSTO É BEM AVENTURADO DIANTE DE DEUS

Essa é uma boa notícia!

Mas preste atenção! Quero lhe dizer logo de início: é uma boa notícia apenas para aquele que já foi ou for justificado em Cristo, conforme já vimos hoje.

Mas, por que o justo é bem aventurado diante de Deus?

Ø  Porque ele não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores e nem se assenta na roda dos escarnecedores. Isto é:
o   Ele não se guia pelas opiniões do ímpio; pelo menos não “toda e qualquer” opinião.
o   Ele não imita a vida prática do ímpio; pelo menos não aquelas práticas que Deus desaprova;
o   E ele evita estar na companhia do ímpio quando este está falando ou fazendo impiedades, coisas que desrespeitam a Deus.
Ø  Porque ele tem prazer na lei do Senhor, isto é, em toda a Palavra do Senhor. A Palavra do Senhor é lâmpada para os seus pés e luz para os seus caminhos neste mundo de trevas; a palavra do Senhor é para ele uma fonte de bênçãos infindas; na Palavra do Senhor ele encontra promessas maravilhosas para ele por ele estar em Cristo; então ele medita nela em todo tempo e procura praticá-la em seu viver diário.
Ø  E porque, por não andar no conselho dos ímpios, não se deter no caminho dos pecadores, não se assentar na roda dos escarnecedores e ter prazer na lei do Senhor, ele será como uma árvore plantada junto aos ribeiros de águas, que dá fruto na estação própria e cujas folhas não caem.
o   Observe que ele é como árvore “plantada”. Ele foi “plantado”, ele não se “autoplantou”; não é mérito dele, é mérito de Jesus.
o   Ele é plantado junto aos ribeiros de águas – O Espírito Santo é uma fonte de águas vivas que jorra de seu interior...
o   Há um fruto que ele produz, ou, podemos dizer, que é produzido nele, e esse fruto é um fruto bom e viçoso, é o Fruto do Espírito: Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.
o   A sua folha não murcha – o seu testemunho é sempre “viçoso”.
Ø  E também porque na “congregação dos justos” ele estará presente. Ele ouvirá: “vinde, bendito de meu Pai, possuí por herança o reino que está preparado desde a fundação dos séculos” (Mateus 25.34). “E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque as primeiras coisas são passadas.” (Apocalipse 21:4 RC). E ele se encontrará numa cidade, a cidade celestial, onde “nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão. E verão o seu rosto, e na sua testa estará o seu nome. E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumia, e reinarão para todo o sempre.” (Apocalipse 22:3-5 RC)

Você não gostaria de ser bem aventurado assim?

IV.   O SENHOR CONHECE

O salmo termina dizendo que o Senhor conhece o caminho dos justos. O caminho dos ímpios perecerá, mas o caminho dos justos o Senhor “conhece”.

Obviamente temos que pensar no termo “conhecer” aqui de uma forma diferente da qual normalmente nós pensamos. “Conhecer” aqui não é simplesmente “saber qual é o caminho”, porque nesse sentido o Senhor conhece todos os caminhos, tanto os dos justos quanto os dos ímpios.

“Conhecer” aqui traz o sentido de “aprovar”. O Senhor conhece e aprova o seu caminho, se você já foi justificado em Cristo e tem comportamento de justo.

Mas por que o Senhor “conhece e aprova” esse caminho? A resposta é simples e objetiva: É porque o caminho que o justo trilha é o caminho que “ELE” (Deus) indicou para “ele” (o justo) seguir. Então o Senhor conhece, aprova e esse caminho tem continuidade na eternidade. Já o caminho do ímpio... este perecerá... como o caminho do “rico” na parábola do rico e Lázaro.

CONCLUSÃO

Eu preciso lhe perguntar, e você precisa ser sincero com você mesmo, para o seu bem estar espiritual: Você já é um bem aventurado diante de Deus?

Se ainda não é, pode ser, e deveria considerar ser. Você pode ser voltando-se para Cristo, como fez o filho pródigo da parábola contada por Jesus ao voltar para a casa de seu pai.

Se o caminho que você está trilhando hoje o está levando ao inferno, à eterna “mal aventurança”, eu o convido a render-se a Cristo e mudar o seu caminho para a direção do céu e da eterna “bem aventurança”. Jesus é o caminho; ele veio buscar e salvar o que se havia perdido; ele tem as palavras de vida eterna; nele, e somente nele, é possível.

Pr. Walmir Vigo Gonçalves
Fevereiro de 2020
PIB Muqui

Visões que Mudaram a Vida de Paulo


Visões que Mudaram a Vida de Paulo

Fonte de pesquisa: Material de Diogo Ross

Hoje vamos pensar em quatro “visões” que Paulo teve e que fizeram toda a diferença em sua vida. E essas visões de Paulo precisam ser as nossas visões também. Não precisa ser uma “visão” literal conforme Paulo teve, mas uma “visão” no sentido de percepção de que “isso é necessário e requerido por Deus”. Vamos a essas visões.

I.       VISÃO DO CRISTO VIVO – Atos 9.3ss. e Atos 26.14ss.

A visão do Cristo Vivo foi a visão que resgatou Paulo do caminho pecaminoso, do caminho de trevas, do caminho de perdição em que ele estava, para o caminho de salvação e de uma nova posição diante de Deus. Paulo era perdido e perseguidor do evangelho, mas, a partir do momento em que Cristo se revelou a ele, passou a ser salvo e proclamador do evangelho.

Nós precisamos dessa “visão” do Cristo Vivo. Não precisa ser necessariamente uma “visão sobrenatural”, mas a visão no sentido de reconhecimento de que aquilo que a Bíblia diz é verdade: Cristo é o Filho de Deus que veio a este mundo em forma humana para nos buscar e salvar; Cristo é aquele que tem as palavras de vida eterna; Cristo é aquele cujo nome é o único em quem podemos encontrar a salvação.

Se quisermos a salvação, se quisermos viver a eternidade no céu e não no inferno, precisamos dessa visão.

Você já teve essa “visão”?

II.      VISÃO DA OBRA MISSIONÁRIA – Veja Atos 16.9

Paulo teve uma visão em que um homem dizia: “passa à Macedônia e ajuda-nos”. Essa é a visão da obra missionária. A obra missionária deve abrange todo lugar em que há gente. E Paulo, tocado por essa visão, e, obviamente, porque havia sido comissionado por Jesus para essa missão, tornou-se um grande missionário.

Nós também precisamos dessa “visão”, e, na verdade, já a temos, precisando apenas talvez desenvolvê-la um pouco mais... e sempre mais até Jesus Cristo voltar.

Cristo já nos deu a visão porque ele nos deu a incumbência de pregar o evangelho em todo o mundo, a todos os povos, tribos, raças e nações. E essa visão precisa mudar as nossas vidas. Como? Eis algumas formas:

Ø  Tornando-nos missionários, se temos condições de ir a outros lugares distantes de nós para pregar o evangelho;
Ø  Tornando-nos intercessores pelos missionários que estão nos campos distantes. Podemos orar, por exemplo, pela proteção deles, pela saúde deles, pelas famílias deles, pelo sustento deles e para que a porta da pregação do evangelho se lhes esteja sempre aberta e que eles tenham sabedoria e ousadia para falar. Paulo, escrevendo aos Efésios, no capítulo 6, depois de orientar aos irmãos a que se revestissem de toda a armadura de Deus, diz que eles deveriam orar por todos, e pede oração por ele também; veja o motivo de oração que Paulo apresenta: “para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho...”
Ø  Tornando-nos contribuintes financeiros para a obra missionária.

III.    VISÃO DA NECESSIDADE DE PREGAR O EVANGELHO – Veja Atos 18.9

Parece igual ao ponto anterior, e de certa forma é. Mas é também diferente, porque no ponto anterior quis enfatizar a obra missionária que nós não podemos fazer pessoalmente; já neste ponto enfatizo a obra missionária que nós mesmos podemos e devemos fazer, no lugar em que estamos.

Aqui em Muqui temos que pregar o evangelho... muito! Quanto mais melhor!. A ordem de Jesus em visão a Paulo serve para nós também: “Não temas, mas fala e não te cales”.

Temos que pregar no templo, nas praças, nas casas, no hospital para os enfermos que correm o risco de “partir” sem salvação, em todo e qualquer lugar, a tempo e fora de tempo.

Essa visão precisa mudar as nossas vidas, precisa mudar os nossos conceitos, precisa mudar as nossas prioridades. Em Mateus 6.33 Jesus nos orienta a buscar em primeiro lugar o reino de Deus. “Primeiro lugar” nesse texto é a tradução de uma palavra que traz consigo um sentido no mínimo triplo: “antes de tudo”, “mais importante que tudo” e “acima de tudo”. E quando pregamos o evangelho e uma pessoa se converte, o reino de Deus é estabelecido o coração e na vida dessa pessoa.

IV.   VISÃO DO PARAÍSO – Veja 2 Coríntios 12.4

A Bíblia fala sobre o céu. Mesmo que Deus não nos dê, como deu a Paulo, e a João, e a outros, uma visão sobrenatural do paraíso, do céu, nós já temos uma “visão bíblica” que nos é suficiente por agora.

Você é capaz de citar alguma informação do céu a partir da “visão bíblica”? Que tal:

Ø  2 Coríntios 4.16-5.2
Ø  Apocalipse 21.1-7
Ø  Apocalipse 22.1-5

Pensar no céu, meditar nas passagens que falam sobre o céu, deve fazer parte de nossa ocupação e causar mudanças em nossa vida, mudanças que nos tornem mais dedicados a Deus enquanto ainda vivemos aqui na terra. Podemos até usar música, aliadas à Palavra de Deus, para nos ajudarem a meditar e trazer conforto para o nosso coração. Belas músicas como, por exemplo, esta, cantada pelo Arautos do Rei, que diz:

Sei que o céu é lindo, eu quero lá morar.
Pois quero estar com meu Jesus no lar de eterna luz.
Eu vou ao lar, vou ao lar, onde é meu lugar.

Quando eu estiver no lar, a cristo adorarei.
Ali (viverei) serei feliz.

Quando a vida é triste e me encontro só,
O meu consolo é pensar que aqui não vou ficar.
Eu vou ao lar, onde é meu lugar.

Quando eu estiver no lar, a cristo adorarei.
Ali (viverei) serei feliz.

E se um dia a morte vier e me levar,
Tranquilo estou pois sei que nesse lar eu vou morar.
Eu vou ao lar, vou ao lar, onde é meu lugar.

Eu vou morar nesse lar, vou morar.
Nesse lar, vou morar.

CONCLUSÃO

Relembrando, vimos quatro “visões”:

1) A visão do Cristo vivo – Cristo não está morto, Cristo está vivo. Nós é que às vezes nos parecemos com aquele samaritano caído à beira do caminho: “violentados” de alguma forma pelos ardis de satanás nos prostramos e ficamos caídos “meio mortos”. Isso não deve ser assim. Nosso Cristo está vivo e, mesmo que satanás em algum momento consiga nos ferir, o nosso Cristo pode nos curar e nos fazer prosseguir anunciando que ele está vivo, e nós também.

2) A visão da obra missionária – Devemos passar à “Macedônia” e ajudar, pregando o evangelho. Quero dizer: devemos, tomados pela “visão” da obra missionária, nos esforçar, fazer a nossa parte, indo, orando, contribuindo, para o evangelho chegue com poder “onde houver gente”.

3) A visão da necessidade de pregar o evangelho – NÓS temos que pregar aqui onde Deus nos plantou.

4) A visão do Paraíso – No mundo somos peregrinos. Nosso lar é o céu. Devemos manter viva essa visão em nossas mentes.

Pr. Walmir Vigo Gonçalves
PIB Muqui – quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020
São Gabriel - quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Esboço de Diogo Ross (só o esboço)

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Vivendo Pela Fé


VIVENDO PELA FÉ

Hebreus 11 e 12

É pela fé que sabemos que o que é foi feito a partir do que não era

É pela fé que sabemos que aquilo que ainda não é virá a ser porque Deus prometeu

É pela fé que agradamos a Deus

É pela fé que nos tornamos vencedores onde aparentemente não há nenhuma possibilidade de vitória

É a fé em Deus que, além de nos fazer vencedores, nos possibilita ficar firmes quando coisas ruins... muito ruins às vezes... nos acontecem. Permanecemos firmes porque sabemos, como nos diz o verso 13, que neste mundo somos estrangeiros e peregrinos caminhando em direção à pátria que Deus tem preparada para nós

Vivemos pela fé deixando o pecado
> Quem furtava não furta mais
> Quem vivia no adultério não vive mais
> Quem mentia não mente mais
> Quem se embriagava não se embriaga mais
> ETC – só alguns exemplos

Vivemos pela fé nos livrando de todos os embaraços
> A versão atualizada diz “desembaraçando-nos de todo peso”. E a linguagem de hoje diz: “deixando de lado tudo o que atrapalha”. Está tudo certo.
> Embaraço é aquilo que talvez não seja pecaminoso em si mesmo, mas atrapalha, é “pesado de se levar”. Uma coisa que talvez para você não seja pecado, mas que escandaliza as pessoas, que dá a elas motivos para falar mal do evangelho e da igreja, por exemplo, pode ser um embaraço.
> Achei bem interessante esse comentário de alguém chamado Bruno de Oliveira:

Este peso, apesar de não ser pecado, é tudo aquilo que diminui a velocidade da carreira que está proposta ao cristão. É como se um atleta da corrida de 100 metros competisse com uma mochila pesada nas costas! Cheia de barras de cereais, uma garrafa d’água, uma caixinha de primeiros-socorros, um protetor solar, um tablet, um GPS, um sanduíche natural e um suco de laranja com acerola! Tudo isso é muito bom, mas torna a corrida extremamente adversa e quase impossível ser concluída em tempo hábil!

Para alguns cristãos, pode ser o tempo que passam em frente à TV assistindo a telejornais, esportes, documentários, seriados, etc. Para outros pode ser o uso do celular, da internet, do cartão de crédito ou do cheque. Ainda para outros pode ser a paixão pelo futebol, pela pescaria, churrasco, vídeo grame, trabalho, estudos, entre outros.

Definitivamente, NADA do que foi mencionado acima é pecado, não obstante, SE PARA VOCÊ algum desses exemplos tornou-se algo que lhe dificulta a CORRER livremente a carreira que lhe foi proposta, sugiro que siga o conselho bíblico e se desembarace logo!

Temos apenas uma vida para oferecermos a Deus e precisamos vive-la da melhor maneira possível!

Vivemos pela fé seguindo na vida cristã olhando para Jesus
> Para quem ou para o que estamos olhando?
> Pedro desviou o olhar de Jesus para as ondas e afundou.
> Se desviarmos o olhar de Jesus e ficarmos olhando para as imperfeições da igreja e das pessoas corremos o risco de afundar. Especialmente corremos o risco de afundar quando desviamos o nosso olhar de Jesus e focamos nos erros das pessoas para justificar os nossos próprios erros.

Pr. Walmir Vigo Gonçalves
PIB Muqui – Fevereiro de 2020

Persevera e Prega


“PERSEVERA NA” E “PREGA A” PALAVRA DE DEUS, A SÃ DOUTRINA

Leitura bíblica – 2 Timóteo 3.10 – 4.5

É uma exortação de Paulo a Timóteo, para que ele perseverasse na sã doutrina e que pregasse a palavra em todas as ocasiões.

Porém, em se tratando de uma palavra não simplesmente de Paulo, mas de Deus por intermédio do Espírito Santo, ela não foi válida apenas para Timóteo naquela ocasião; ela é válida para mim e para você. Eu sou Timóteo; você é Timóteo; a igreja é Timóteo; e, como tal, deve ser perseverante na sã doutrina e na pregação da Palavra de Deus em todas as ocasiões.

E Paulo tinha uma razão para essa exortação. A razão está aí no verso 3 do capítulo 4, que, na versão Linguagem de Hoje lemos assim: “Pois vai chegar o tempo em que as pessoas não vão dar atenção ao verdadeiro ensinamento, mas seguirão os seus próprios desejos. E arranjarão para si mesmas uma porção de mestres, que vão dizer a elas o que elas querem ouvir...”

Pois eu penso que já estamos vivenciando esses tempos. Está acontecendo! E com muita facilidade. Na verdade, já está acontecendo há muitos séculos, até mesmo antes de Paulo dizer essas palavras, até mesmo no tempo dos profetas do Antigo Testamento já acontecia – Veja 1 Reis 22. E talvez a semente dessa atitude humana já esteja presente no Éden, quando nossos primeiros pais resolveram que a sugestão de satanás, na forma da serpente, era melhor e mais agradável do que o que Deus dissera... Só que nos últimos tempos isso acontecerá de forma muito mais abundante e evidente, como já começa ou começou a acontecer em nossos dias, bem diante de nossos olhos.

Jesus disse a seus discípulos: “No mundo tereis aflições”. Certamente que ele também disse: “tende bom ânimo, eu venci o mundo”. Mas ele disse “tereis aflições”, e a forma como ele venceu o mundo não foi sendo livre das aflições, mas não cedendo quando atingido por elas; ele venceu o mundo na cruz. Mas é muitos mais agradável, obviamente, ao invés de ouvir “tereis aflições”, ouvir “não tereis nenhuma aflição e nenhuma enfermidade e tereis tudo o que quiserem para seu deleite pessoal”.

Tenho um conhecido que sempre viveu uma vida de altos e baixos, talvez mais baixos do que altos. Mas hoje me parece que ele está bem contente, não porque tenha se consertado, mas porque encontrou um lugar que apoia suas práticas erradas, onde não há uma pregação que lhe confronte em seus pecados, pelo menos não naqueles de que ele não quer se livrar. Ele buscou para si mestres que lhe dizem o que ele quer ouvir.

Muitas pregações hoje são antropocêntricas ao invés de teocêntricas, isto é, colocam o homem ao invés de Deus no centro. Tudo gira em torno do homem, do bem estar do homem, e até da glória do homem. Fala-se até em o homem perdoar a Deus, como se Deus lhe tivesse feito alguma injustiça.

Diante disso, Paulo exorta, e nós devemos tomar essa exortação para nós hoje:
1)    Persevera na sã doutrina – onde encontramos a sã doutrina?
2)    Prega A PALAVRA DE DEUS em todas as ocasiões...

Pr. Walmir Vigo Gonçalves
PIB Muqui – fevereiro de 2020

É já a última hora

  É JÁ A ÚLTIMA HORA   “Filhinhos, é já a última hora...” (1 João 2.18)   Ø   “Última hora”, que é isso? Ø   Última hora é uma man...