0423 - SOBRE
A ORAÇÃO
TEXTO: Lucas 18.1 – “E contou-lhes também uma
parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer,” (Lucas 18:1 RC)
TEMA: Sobre a Oração
OBJETIVO: Refletir
sobre o fato de que a oração é um privilégio, mas também um dever, e que
devemos orar sempre e em todas as circunstâncias, para não desfalecermos.
Ø Hoje
quero refletir com os irmãos um pouquinho sobre a oração.
Ø É
claro que é totalmente dispensável aqui entre nós (falo à PIB Muqui) dizer que
a oração a que me refiro é a oração a Deus, e não é a qualquer deus,
mas ao Deus verdadeiro, Aquele que nos é revelado na Bíblia. Como disse, é
dispensável dizer isso aqui entre nós, mas pode se dar o caso de que o que
estou dizendo, já que em algum momento poderá gravado e transmitido, caia em
outros ouvidos – ouvidos de quem ora, mas não a Deus, e ouvidos de que ora a
algum deus, mas não o Deus verdadeiro.
I.
Oração: um privilégio, mas também um dever
Ø Obviamente
que a oração é um privilégio que nós temos
o É
um privilégio por causa de quem nós somos: pecadores indignos
o É
um privilégio por causa de quem Deus é:
§ Ele
é o Deus Todo Poderoso
§ Ele
é o Deus Onisciente
§ Ele
é o Deus Onipresente
§ Ele
é o “Senhor dos Exércitos”
o Então,
resumindo, é um privilégio porque a nós, homens pecadores, O Deus Todo
Poderoso, Onipresente, Onisciente permitiu, e mais que permitiu, ordenou, falar
com Ele em oração. Não é a uma autoridade humana que nós falamos, mas a Deus.
Ø Porém,
mais que um privilégio, orar é um dever.
o Jesus
diz isso aí no texto.
o O
próprio Jesus foi o maior exemplo de oração. Márcio demonstrou isso muito bem
quando falou sobre a vida de oração de Jesus na quarta-feira passada (13/07/22)
o Paulo,
a Timóteo, disse: “Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar,
levantando mãos santas, sem ira nem contenda.” (1 Timóteo 2:8 RC)
o E,
ainda a Timóteo, mesma carta, Paulo exorta a orar “antes de tudo” (primeiro e
mais importante que qualquer outra coisa), por todos os homens, inclusive por
aqueles que são autoridades sobre nós.
o “Orai
sem cessar” – 1 Ts. 5.17
o Em
Efésios 6 Paulo orienta a, diante da luta contra as hostes espirituais da
maldade nos lugares celestiais, vestirmo-nos de toda a armadura de Deus. E Depois
complementa: “Façam tudo isso orando a Deus e pedindo a ajuda dele. Orem
sempre, guiados pelo Espírito de Deus. Fiquem alertas. Não desanimem e orem
sempre por todo o povo de Deus.” (Efésios 6:18 NTLH)
o Alguém
disse que nem todos os cristãos são chamados para pregar, mas todos nós somos
chamados para orar. E essa é uma grande verdade.
o Paul
(David) Young Cho escreveu em um de seus livros: “A primeira prioridade do
cristão é a ORAÇÃO. A segunda prioridade é a ORAÇÃO! A terceira prioridade é a
ORAÇÃO!” Não é de se admirar, portanto, o crescimento de sua Igreja na
Coréia do Sul.
Ø Então,
a oração é um privilégio, mas também é um dever.
II.
Quando devemos orar
Ø Antes
das refeições, para agradecer a Deus pela enorme capacidade da terra em produzir
alimentos; pelo homem do campo; pelo homem da ciência dos alimentos; pelos
distribuidores dos alimentos produzidos; pelos recursos financeiros que você
tem para adquirir alimentos para a sua família; pelas mãos que preparam os
alimentos lá na sua casa... Você já parou pra pensar em tudo que foi preciso
pra chegar o arroz, o feijão, o fubá, enfim, os alimentos em geral em sua casa
e na sua mesa? Então, o hábito de agradecer antes das refeições é um bom hábito.
Ø Sempre
que receber uma bênção, devemos orar para agradecer;
Ø Diante
das grandes lutas, dificuldades e circunstâncias ameaçadoras da vida devemos
orar:
o E.
M. Bounds, um homem de oração e que muito escreveu sobre a oração, escreveu em “Homens
de Oração” que “a oração sempre traz o Senhor para o seu salvamento e não há
nada difícil demais para ele fazer por seu povo”
§ O
reverendo H. C. Morrison foi quem contou, há muitos anos, o seguinte fato: O
bispo Lambeth e Wainwright tiveram uma grande missão em Osaka no Japão. Certo dia
uma ordem veio das autoridades de que a cidade não permitiria mais reuniões de
protestantes. Lambeth e Wainwright fizeram tudo que podiam, mas os oficiais
eram obstinados e inflexíveis. Eles então se retiraram para o quarto de
oração. E algumas coisas da parte de Deus começaram a acontecer, até dois
filhos de oficiais terminaram por se converter naquele mesmo dia, na parte da
noite. E na manhã seguinte um dos oficiais com autoridade veio para a missão e
disse: “continuem com suas reuniões, vocês não serão interrompidos”. E o jornal
diário de Osaka fez uma manchete em caixa alta com os dizeres: O DEUS CRISTÃO
VEIO PARA A CIDADE NA NOITE PASSADA.
§ Josué
orou e “o sol parou” – Josué 10.12-15, na batalha contra os amorreus
§ Ezequias
orou quando a Assíria, sob comando de Senaqueribe, invadiu Judá. Senaqueribe
envia Rabsaqué para falar ao povo de Judá palavras afrontosas e ameaçadoras, e
veja em 2 Reis 19, com destaque para os versos 1 e 14-16. Agora veja nos versos
35 a 37 o resultado da oração de Ezequias: 185.000 soldados assírios mortos;
Senaqueribe vai para Nínive; em Nínive é morto pelos seus próprio filhos quando
estava prostrado na casa de Nisroque, seu deus.
§ Pense
nos muitos exemplos que temos nas escrituras.
Ø Diante
das batalhas espirituais, conforme vimos mais acima, no tópico anterior, além
de nos vestirmos de toda a armadura de Deus, devemos orar
Ø Todos
os dias, mais de uma vez, em momentos específicos do dia – Daniel é um exemplo.
Ø Sempre!
É o que diz Jesus aí no texto.
Ø “Sem
cessar” e “antes de tudo”, disse o apóstolo Paulo.
Ø Quando
estamos reunidos e quando estamos sós.
Ø E
não só para “falar” alguma coisa com Deus a nível de agradecimento ou pedido,
mas até mesmo para simplesmente estar com Ele e louvá-lo pelas suas obras
maravilhosas: o céu, as estrelas, a natureza – O Salmo 8 é um bom exemplo (veja
lá)
III.
A alternativa – ou: e se não orarmos?
Ø Bem,
a alternativa está apresentada aí no texto: “desfalecer” (ou “esmorecer”,
dependendo da versão, mas é a mesma coisa.
Ø Um
cristão que não ora irá enfraquecer e desanimar. Uma igreja que não ora irá
enfraquecer e desanimar.
Ø Irá
enfraquecer e desanimar diante das grandes lutas, dificuldades e circunstâncias
ameaçadoras da vida, porque não trouxe o Senhor para a batalha através da
oração, e a batalha é grande demais.
Ø Irá
enfraquecer e desanimar porque, operando “no braço da carne”, sem oração, irá
se cansar, se deprimir e sucumbir diante da sensação de sua própria impotência.
Ø Um
pastor que não ora irá sucumbir diante do “balido das ovelhas”. Foi
Charles Spurgeon quem contou que quando estava para se estabelecer em Londres
para pastorear, ouviu algumas “estranhas” orações na reunião de oração, e uma
delas foi de um homem que orou para que ele fosse “libertado do balido das
ovelhas”. Só depois de algum tempo ele entendeu que às vezes algumas ovelhas “saem
fora da melodia” e “balem de forma diferente”, e o pastor precisa tomar cuidado,
estar sob oração, pra não ser guiado pelo balido dessas ovelhas e sim pela voz
do Grande Pastor, para que ele mesmo possa guiar o rebanho que lhe foi confiado,
inclusive as ovelhas que no presente estão “fora da melodia”, balindo diferente.
Ø Então,
a alternativa é desfalecer, e, como não queremos desfalecer, nem como crentes
individuais e nem como igreja, então vamos orar, e orar e orar... sempre! Sem
cessar!
Conclusão
Ø Então,
a oração é um privilégio e, ao mesmo tempo, um dever, e nós devemos orar sempre
em todas as ocasiões e circunstâncias.
Ø Infelizmente
sabemos que não é assim em geral que acontece.
Ø O Reverendo
James Hastings contava que antes da Grande Guerra (a primeira, creio eu, em
1914), houveram muitos sinais de um novo interesse na oração. E os sinais se
multiplicaram com a guerra, o que ele considerou a única coisa boa da Grande
Guerra.
Ø Mas
a guerra terminou, e não sei se Hastings viveu tempo suficiente para ver que
junto com a guerra foi embora também o fervor pela oração.
Ø É
sempre assim. Coisas ruins acontecem e o fervor pela oração aparece. As coisas
melhoram e o fervor começa a diminuir.
Ø Mas
não deve ser assim. Jesus disse que nós devemos orar sempre e nunca desfalecer.
Ø Então,
PIB Muqui, estamos convocados, por Jesus, a sermos pessoas de oração.
Pr. Walmir Vigo
Gonçalves