quarta-feira, 20 de julho de 2022

Sobre a Oração

 

0423 - SOBRE A ORAÇÃO 

TEXTO: Lucas 18.1 – “E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer,” (Lucas 18:1 RC)

TEMA: Sobre a Oração

OBJETIVO: Refletir sobre o fato de que a oração é um privilégio, mas também um dever, e que devemos orar sempre e em todas as circunstâncias, para não desfalecermos.

 

Ø  Hoje quero refletir com os irmãos um pouquinho sobre a oração.

Ø  É claro que é totalmente dispensável aqui entre nós (falo à PIB Muqui) dizer que a oração a que me refiro é a oração a Deus, e não é a qualquer deus, mas ao Deus verdadeiro, Aquele que nos é revelado na Bíblia. Como disse, é dispensável dizer isso aqui entre nós, mas pode se dar o caso de que o que estou dizendo, já que em algum momento poderá gravado e transmitido, caia em outros ouvidos – ouvidos de quem ora, mas não a Deus, e ouvidos de que ora a algum deus, mas não o Deus verdadeiro.

I.             Oração: um privilégio, mas também um dever

Ø  Obviamente que a oração é um privilégio que nós temos

o   É um privilégio por causa de quem nós somos: pecadores indignos

o   É um privilégio por causa de quem Deus é:

§  Ele é o Deus Todo Poderoso

§  Ele é o Deus Onisciente

§  Ele é o Deus Onipresente

§  Ele é o “Senhor dos Exércitos”

o   Então, resumindo, é um privilégio porque a nós, homens pecadores, O Deus Todo Poderoso, Onipresente, Onisciente permitiu, e mais que permitiu, ordenou, falar com Ele em oração. Não é a uma autoridade humana que nós falamos, mas a Deus.

Ø  Porém, mais que um privilégio, orar é um dever.

o   Jesus diz isso aí no texto.

o   O próprio Jesus foi o maior exemplo de oração. Márcio demonstrou isso muito bem quando falou sobre a vida de oração de Jesus na quarta-feira passada (13/07/22)

o   Paulo, a Timóteo, disse: “Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda.” (1 Timóteo 2:8 RC)

o   E, ainda a Timóteo, mesma carta, Paulo exorta a orar “antes de tudo” (primeiro e mais importante que qualquer outra coisa), por todos os homens, inclusive por aqueles que são autoridades sobre nós.

o   “Orai sem cessar” – 1 Ts. 5.17

o   Em Efésios 6 Paulo orienta a, diante da luta contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais, vestirmo-nos de toda a armadura de Deus. E Depois complementa: “Façam tudo isso orando a Deus e pedindo a ajuda dele. Orem sempre, guiados pelo Espírito de Deus. Fiquem alertas. Não desanimem e orem sempre por todo o povo de Deus.” (Efésios 6:18 NTLH)

o   Alguém disse que nem todos os cristãos são chamados para pregar, mas todos nós somos chamados para orar. E essa é uma grande verdade.

o   Paul (David) Young Cho escreveu em um de seus livros: “A primeira prioridade do cristão é a ORAÇÃO. A segunda prioridade é a ORAÇÃO! A terceira prioridade é a ORAÇÃO!” Não é de se admirar, portanto, o crescimento de sua Igreja na Coréia do Sul.

Ø  Então, a oração é um privilégio, mas também é um dever.

II.           Quando devemos orar

Ø  Antes das refeições, para agradecer a Deus pela enorme capacidade da terra em produzir alimentos; pelo homem do campo; pelo homem da ciência dos alimentos; pelos distribuidores dos alimentos produzidos; pelos recursos financeiros que você tem para adquirir alimentos para a sua família; pelas mãos que preparam os alimentos lá na sua casa... Você já parou pra pensar em tudo que foi preciso pra chegar o arroz, o feijão, o fubá, enfim, os alimentos em geral em sua casa e na sua mesa? Então, o hábito de agradecer antes das refeições é um bom hábito.

Ø  Sempre que receber uma bênção, devemos orar para agradecer;

Ø  Diante das grandes lutas, dificuldades e circunstâncias ameaçadoras da vida devemos orar:

o   E. M. Bounds, um homem de oração e que muito escreveu sobre a oração, escreveu em “Homens de Oração” que “a oração sempre traz o Senhor para o seu salvamento e não há nada difícil demais para ele fazer por seu povo”

§  O reverendo H. C. Morrison foi quem contou, há muitos anos, o seguinte fato: O bispo Lambeth e Wainwright tiveram uma grande missão em Osaka no Japão. Certo dia uma ordem veio das autoridades de que a cidade não permitiria mais reuniões de protestantes. Lambeth e Wainwright fizeram tudo que podiam, mas os oficiais eram obstinados e inflexíveis. Eles então se retiraram para o quarto de oração. E algumas coisas da parte de Deus começaram a acontecer, até dois filhos de oficiais terminaram por se converter naquele mesmo dia, na parte da noite. E na manhã seguinte um dos oficiais com autoridade veio para a missão e disse: “continuem com suas reuniões, vocês não serão interrompidos”. E o jornal diário de Osaka fez uma manchete em caixa alta com os dizeres: O DEUS CRISTÃO VEIO PARA A CIDADE NA NOITE PASSADA.

§  Josué orou e “o sol parou” – Josué 10.12-15, na batalha contra os amorreus

§  Ezequias orou quando a Assíria, sob comando de Senaqueribe, invadiu Judá. Senaqueribe envia Rabsaqué para falar ao povo de Judá palavras afrontosas e ameaçadoras, e veja em 2 Reis 19, com destaque para os versos 1 e 14-16. Agora veja nos versos 35 a 37 o resultado da oração de Ezequias: 185.000 soldados assírios mortos; Senaqueribe vai para Nínive; em Nínive é morto pelos seus próprio filhos quando estava prostrado na casa de Nisroque, seu deus.

§  Pense nos muitos exemplos que temos nas escrituras.

Ø  Diante das batalhas espirituais, conforme vimos mais acima, no tópico anterior, além de nos vestirmos de toda a armadura de Deus, devemos orar

Ø  Todos os dias, mais de uma vez, em momentos específicos do dia – Daniel é um exemplo.

Ø  Sempre! É o que diz Jesus aí no texto.

Ø  “Sem cessar” e “antes de tudo”, disse o apóstolo Paulo.

Ø  Quando estamos reunidos e quando estamos sós.

Ø  E não só para “falar” alguma coisa com Deus a nível de agradecimento ou pedido, mas até mesmo para simplesmente estar com Ele e louvá-lo pelas suas obras maravilhosas: o céu, as estrelas, a natureza – O Salmo 8 é um bom exemplo (veja lá)

III.         A alternativa – ou: e se não orarmos?

Ø  Bem, a alternativa está apresentada aí no texto: “desfalecer” (ou “esmorecer”, dependendo da versão, mas é a mesma coisa.

Ø  Um cristão que não ora irá enfraquecer e desanimar. Uma igreja que não ora irá enfraquecer e desanimar.

Ø  Irá enfraquecer e desanimar diante das grandes lutas, dificuldades e circunstâncias ameaçadoras da vida, porque não trouxe o Senhor para a batalha através da oração, e a batalha é grande demais.

Ø  Irá enfraquecer e desanimar porque, operando “no braço da carne”, sem oração, irá se cansar, se deprimir e sucumbir diante da sensação de sua própria impotência.

Ø  Um pastor que não ora irá sucumbir diante do “balido das ovelhas”. Foi Charles Spurgeon quem contou que quando estava para se estabelecer em Londres para pastorear, ouviu algumas “estranhas” orações na reunião de oração, e uma delas foi de um homem que orou para que ele fosse “libertado do balido das ovelhas”. Só depois de algum tempo ele entendeu que às vezes algumas ovelhas “saem fora da melodia” e “balem de forma diferente”, e o pastor precisa tomar cuidado, estar sob oração, pra não ser guiado pelo balido dessas ovelhas e sim pela voz do Grande Pastor, para que ele mesmo possa guiar o rebanho que lhe foi confiado, inclusive as ovelhas que no presente estão “fora da melodia”, balindo diferente.

Ø  Então, a alternativa é desfalecer, e, como não queremos desfalecer, nem como crentes individuais e nem como igreja, então vamos orar, e orar e orar... sempre! Sem cessar!

Conclusão

Ø  Então, a oração é um privilégio e, ao mesmo tempo, um dever, e nós devemos orar sempre em todas as ocasiões e circunstâncias.

Ø  Infelizmente sabemos que não é assim em geral que acontece.

Ø  O Reverendo James Hastings contava que antes da Grande Guerra (a primeira, creio eu, em 1914), houveram muitos sinais de um novo interesse na oração. E os sinais se multiplicaram com a guerra, o que ele considerou a única coisa boa da Grande Guerra.

Ø  Mas a guerra terminou, e não sei se Hastings viveu tempo suficiente para ver que junto com a guerra foi embora também o fervor pela oração.

Ø  É sempre assim. Coisas ruins acontecem e o fervor pela oração aparece. As coisas melhoram e o fervor começa a diminuir.

Ø  Mas não deve ser assim. Jesus disse que nós devemos orar sempre e nunca desfalecer.

Ø  Então, PIB Muqui, estamos convocados, por Jesus, a sermos pessoas de oração.

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

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