terça-feira, 29 de junho de 2010

TEMPESTADE EM COPO D'ÁGUA

TEMPESTADE EM COPO D'ÁGUA

 

Baseado em/adaptado de "21 Leis da Vida Que Ninguém Devia Quebrar (Nem Você)", escrito por Max Anders

 

1.    Frases:

 

"O grande dever de todos os cristãos é excluir a ira. Ela se desqualifica para o dever... um homem não pode lutar junto com Deus e ao mesmo tempo contender com seu próximo". (Phillip Henry)

 

"A ira é um vento que apaga a lâmpada da mente". (Anônimo)

 

"Uma coisa que melhora quanto mais é controlada é seu gênio". (Anônimo)

 

"Se estiver com raiva, conte até dez antes de falar; se estiver com muita raiva, conte até cem".

Thomas Jefferson

 

2.    Versículos:

 

"Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira." (Efésios 4:26 RC)

 

"Toda... ira... seja tirada de entre vós." (Efésios 4:31 RC)

 

"Mas, agora, despojai-vos também de tudo: da ira..." (Colossenses 3:8 RC)

 

3.    Hoje quero pensar com os irmãos sobre a ira.

4.    Podemos pensar em ira sob duas perspectivas:

a.    Há a ira de Deus, que é Sua reação justa contra o pecado, a qual O leva a castigar o pecador. Por isso é que temos na Bíblia versículos como:

 

Romanos 1:18 – "Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça"

 

Romanos 3:5 – "E, se a nossa injustiça for causa da justiça de Deus, que diremos? Porventura, será Deus injusto, trazendo ira sobre nós?"

 

Romanos 12:19 – "Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor".

 

Efésios 5:6 – "Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência".

 

Colossenses 3:5 e 6 – "Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria; pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência"

 

1 Ts 5:9 – "Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo"

 

Apocalipse 6:17 – "porque é vindo o grande Dia da sua ira; e quem poderá subsistir?"

 

b.    Há a ira do homem, que pode ser analisada sob dois aspectos:

                                  i.    Há a cólera, que pode ser vista como o impulso violento contra o que nos ofende ou fere. Pode ser chamada de fúria.

                                ii.    E há a ira simples, que pode ser identificada como irritação. Essa irritação em si já é uma reação a alguma coisa, mas ela pode levar a outras reações contra o objeto de nossa irritação.

5.    De uma forma geral todos somos bem susceptíveis ao último caso, e muitas vezes isso nos leva a fazermos, como versa uma frase popular, "tempestade em copo d'água".

6.    Isso pode ser muito prejudicial, especialmente para a igreja e para a nossa relação como irmãos em Cristo, e esse é, mais precisamente o nosso assunto dessa manhã.

7.    É "interessante" o fato de que, de uma forma geral, somos inclinados a fazer tempestade em copo d'água.

8.    E mesmo aqueles que não são tão inclinados assim a essa prática, de vez em quando se pegam fazendo, ou, pelo menos, sendo tentados a tal.

9.    Exemplo: Minha experiência no ônibus há alguns anos atrás. Tanto eu quanto o motorista fizemos "uma pequena tempestade em um pequeno copo de água", e, ao final do trajeto (menos de meia hora), tanto eu quanto ele acabamos por pedir desculpas um ao outro.

10. O pior é quando esse tipo de irritação acontece, mas não acontece a reconciliação imediata, e a confusão se estabelece.

11. Infelizmente isso acontece muito dentro da igreja.

12. Por coisas banais confusões são estabelecidas e a interferência de um mediador se faz necessária, geralmente o pastor.

13. Isso é muito prejudicial e precisamos lutar contra, e por isso é importante falar sobre o assunto.

14. Max Anders, em "21 Leis da Vida Que Ninguém Devia Quebrar (Nem Você)", oferece-nos três pontos, que trago para os irmãos nesta manhã.

15. O primeiro ponto é:

 

I. Como Podemos Evitar dar Excessiva Importância às Coisas Pequenas?

 

1.    E a resposta não poderia ser outra: "Precisamos reagir como Jesus".

2.    Em 1 Pedro 2.19-21 lemos:

 

"porque é coisa agradável que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente. Porque que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas, se fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus. Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas".

     

3.    Pense um instante: O que é que te irrita e te "tira do sério"?.

4.    Várias coisas podem fazer isso conosco.

5.    Uma delas pode ser uma pessoa.

6.    Talvez não a pessoa em si, mas as atitudes dessa pessoa.

7.    E talvez até a própria pessoa, a presença da pessoa, por causa de atitudes do passado, te cause uma certa irritação.

8.    Uma vez um irmão se irritou comigo e um outro num culto administrativo da igreja. Estávamos rindo de alguma coisa, e ele achou que fosse dele (ele estava falando sobre um assunto). Mas não estávamos rindo dele, "pelo menos até aquele momento".

9.    Já vi muita gente deixar de freqüentar a igreja por motivos banais.

10. Há muitas coisas pequenas para as quais uma conversa amigável, sincera, de esclarecimento, funciona bem como solução. Mas, se somos susceptíveis a fazer tempestade em um copo de água, essa certamente não será a solução que buscaremos.

11. Mas, como igreja, como membros do corpo de Cristo, precisamos nos disciplinar, e a maneira de nos disciplinar é buscar em Cristo o modelo para as nossas atitudes.

12. Nada pelo que passamos é maior do que o que Jesus teve de suportar quando veio à Terra.

13. Precisamos imitá-lo; mas como vamos fazer isso quando encaramos os mais ínfimos problemas como se fossem maiores que uma montanha?

14. Eis algumas sugestões de Max Anders:

a.    Distinguir o que é grande do que é pequeno – Muitas vezes nos desgastamos com coisas pequenas, dando-lhes mais importância do que têm... Se reconhecermos que elas, na realidade, não têm [nenhum] valor [significativo], deixarão de ser um fardo pesado para nós.

b.    Confortar-nos com o fato de que "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito" (Rm. 8.28) – Nem tudo o que nos acontece é bom. Mas [se amamos a Deus], Deus usa tudo para o nosso bem. Essa verdade [se cremos, de fato, nela] pode nos reanimar.

c.    Aprender a deixar prá lá – Será que... tem tanta importância assim? Será que é o fim do mundo...? Quando analisamos tudo por um ângulo diferente, vemos que é melhor largar pra lá. Essas coisas só nos atrasam o passo porque nos agarramos a elas.

d.    Lembrar que todo mundo passa por coisas assim – Não somos os únicos! Não somos apenas nós que passamos por isso! Acontece com todo mundo o tempo todo. São coisas da vida! Se entendermos que todos passam por frustrações [que elas são comuns], nos sentiremos melhor [não daremos tanta importância a elas, ou à maioria delas].

e.    Tomar a decisão de não deixar que coisinhas pequenas acabem com nossa alegria – [Se, ao invés de agirmos com irritabilidade, agirmos com amabilidade, seremos mais bem-aventurados e felizes. Quem sabe não nos tornaremos, ao invés de "iguais", em "agentes transformadores"? A história é testemunha. Alguém escreveu:

 

"Por um período de aproximadamente trezentos anos, no fim do primeiro e começo do segundo milênio do cristianismo, os que se diziam cristãos organizaram as famosas Cruzadas, que fizeram da Palestina um sangrento campo de batalha, com o objetivo, diziam, de libertar o túmulo de Cristo. De fato, um túmulo vazio. O grito que conclamava os guerreiros cristãos, na voz de Pedro Eremita, era: "Deus o quer!" E, por trezentos anos, o ódio cresceu entre maometanos e cristãos. Embora ganhassem algumas batalhas, os "cristãos" perderam a guerra longa e sanguinolenta. Já nos dias primitivos foi diferente: com amor, orando pelos inimigos que os matavam na arena do circo romano, os cristãos, em período igual de três séculos, conquistavam o Império Romano — pacificamente, e com amor".

 

f.     Ajudar os que passam por frustração e dor – Alguém escreveu acertadamente: "Devemos ser sempre bondosos para com os outros, pois nunca sabemos se eles estão caminhando pela vida feridos".

g.    Decorar versículos que tratam de nossas fraquezas e orar – Peçamos a Deus forças para lidar com essas coisas insignificantes. Todas as vezes que o diabo tentou Jesus, em Mateus 4, ele respondeu com um versículo. Se foi assim que Jesus enfrentou a tentação, quanto mais nós!

15. Passemos ao segundo ponto:

 

II. O Que Fazer Quando Tropeçamos e Caímos?

 

1.    O plano do ponto anterior é bom. Entretanto, ele nos ajudará, mas não nos isentará da possibilidade de uma queda. Mesmo quando nos esforçamos para manter as coisas pequenas sob controle, não permitindo que se acumulem e se tornem enormes, não conseguimos fazê-lo com total perfeição.

2.    O que fazer?

3.    Veja o que diz João:

 

"Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados..." (1 João 2:1-2 RC)

 

4.    Quando, mesmo depois de nos esforçarmos bastante, tropeçamos e caímos (pecamos, portanto), devemos nos arrepender, levantar e começar a caminhar novamente.

5.    E o terceiro e último ponto proposto é:

 

III. Como Devemos Reagir Quando "Derramam Sopa em Nós"?

 

1.    Conta-se que

 

certo homem foi fazer uma entrevista com o vice-presidente de uma grande empresa. Estava se candidatando a um emprego que daria um bom empurrão em sua carreira profissional, além de um excelente aumento em seus rendimentos. Contudo, a função exigia habilidade de julgamento, paciência, sabedoria e bastante jeito para lidar com as pessoas. / Após passar por todas as etapas normais do processo de seleção, saíram para jantar fora. Entretanto, sem que o soubesse, o vice-presidente pagara os garçons para tratá-lo com grosseria. E eles seguiram as instruções à risca. Levaram muito tempo para atendê-los e, quando finalmente o fizeram, trouxeram o pedido errado, deixaram cair sopa nele e erraram na conta. / Durante o ataque inteiro, o candidato ao emprego não perdeu a calma. / Assim que saíram do restaurante, o vice-presidente disse: - "O emprego é seu". / O homem ficou um pouco confuso. Não parecia o momento certo para falar de emprego. / E o vice-presidente explicou: - Está claro que você tem toda a habilidade profissional e experiência que o cargo requer. Já sabíamos disso. Mas precisávamos testar como agiria sob pressão. Esse jantar foi um teste. Se tivesse perdido a paciência ou se irritado, ou se não tivesse reagido de maneira adequada, não lhe daríamos o emprego. Enfrentou os problemas muito bem. O emprego é seu.

 

2.    Como bem se expressa Max Anders, após contar essa história,

 

Na vida, quando "cai sopa em nosso colo", o problema na verdade não é a sopa; é a maneira como reagimos à situação. Deus está esperando para ver. Tudo isso é um teste, e, se passarmos, seremos "promovidos" a um nível de mais maturidade e serviço para Ele. Além do mais, autocontrole também serve para baixar a pressão!

 

Conclusão

 

1.    Quero concluir apelando aos irmãos a que não cedamos jamais à tentação de fazer tempestade em copo d'água. Isso é prejudicial para a pessoa que foi o pivô de tal situação, mas é prejudicial também para quem o faz, e também é prejudicial à igreja e à causa do evangelho.

Que Deu nos ajude!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O QUE É ISSO PARA TANTOS?

O QUE É ISSO PARA TANTOS?

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

 

 

"Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos: mas que é isto para tantos?" (João 6:9 DO)

 

1.    A história é uma velha conhecida nossa. Quem foi criado na igreja conhece essa história desde criancinha. Trata-se do registro do magnífico episódio da multiplicação dos pães e peixes.

a.    Uma enorme multidão – só os homens eram quase cinco mil – por causa dos milagres que haviam visto Jesus realizar, curando enfermos, o seguiu até uma região próxima ao mar da Galiléia.

b.    Jesus desafia seus discípulos a proverem pão para a multidão;

c.    mas onde comprar tantos pães, e quanto dinheiro seria necessário?

d.    Havia apenas um rapaz que tinha levado cinco pães de cevada e dois peixinhos.

e.    E então, a partir desses cinco pães e dois peixes, Jesus realiza o grande milagre da multiplicação desses pães e peixes.

f.     Todos ali se fartam e ainda sobram doze cestos cheios de pedaços.

2.    Essa história, quando estamos vivendo em clima de campanha de Missões, nos faz lembrar de uma multidão muito maior, composta não por milhares, mas por bilhões de pessoas, espalhada pelo mundo inteiro, que está espiritualmente perdida e caminhando a passos largos para a perdição eterna caso não se alimente com o Pão da Vida que é o nosso Senhor Jesus.

3.    Em ambos os casos podemos identificar problemas, mas também a solução, sendo os problemas diferentes, mas a solução a mesma.

4.    Pensaremos hoje um pouco sobre esses problemas e a solução dos mesmos.

 

I. Os problemas e a solução na época e local em que ocorreu o episódio da multiplicação dos pães e peixes.

 

1.1. Os Problemas

 

1.    Havia uma grande multidão para a qual Jesus queria que os seus discípulos provessem pão.

a.    Mas onde encontrar pão para tanta gente?

b.    E quanto ao dinheiro?

c.    Quanto seria necessário?

d.    Havia o suficiente?

2.    Nós vivemos hoje em um tempo de coisas modernas e que se modernizam cada vez mais velozmente, mas experimente tentar comprar para já pão o suficiente para saciar a fome de mais de cinco mil pessoas.

3.    Vamos supor que dez mil pães sejam suficientes.

4.    Mas tem que ser pra hoje, pra hora do almoço.

5.    Você vai ter um grande problema nas mãos.

6.    Vai ter que pedir aos irmãos que têm carro para que saiam a percorrer a cidade comprando pães aqui e ali e, se conseguir os dez mil pães, várias viagens serão necessárias para se trazê-los até aqui.

7.    E o dinheiro?

8.    A padaria mais barata que eu conheço vende pão, tipo francês, por cerca de vinte centavos cada; isso significa que serão necessários R$2.000,00, se todos venderem no mesmo preço (tem lugar que um pão custa 30 centavos).

9.    O povo está aí, querendo comer; vamos juntar o dinheiro que temos aqui pra ver se conseguimos esse total?

10. É certo que para alguns, em algumas regiões, isso não seria tão difícil, mas para nós... Aqui...!?

11. Agora imagine a dificuldade dos discípulos de Jesus (doze) lá no passado, distante da tecnologia que temos hoje para fazer pão, tendo que procurar e trazer tais pães a pé... A dificuldade seria monstruosa!

 

1.2. A Solução

 

1.    Uma solução seria despedir a multidão para que pudesse ir e comprar comida pelas aldeias.

2.    Mas Jesus não queria isso, e nem queria o dinheiro da multidão.

3.    O que ele pediu a seus discípulos, certamente para testá-los e depois manifestar mais uma vez o seu poder, é que eles mesmos dessem de comer à multidão.

4.    Mas isso seria algo quase, se não realmente impraticável, devido à urgência com que essa necessidade carecia de ser atendida.

5.    E aí Jesus se revela como sendo Ele a solução. E como ele agiu, solucionando a questão, todos já o sabemos. Mas não posso deixar de destacar a atitude do rapaz que levara os cinco pães e os dois peixinhos, a atitude de colocar à disposição de Jesus aquilo que ele possuía, ainda que pouco.

6.    O que é isso para tantos? – perguntou André.

7.    Mas foi o suficiente para, nas mãos de Jesus, se transformar em alimento para todos e ainda sobejar.

 

II. Os problemas e a solução hoje, diante dos bilhões que precisam se alimentar do Pão da Vida.

 

2.1. Os Problemas

 

1.    Nesse caso a falta de pão não é um dos problemas.

2.    O Pão existe, e é um só, mas suficiente para todos, sejam quantos forem – o Pão da Vida, que é o nosso Senhor Jesus.

3.    Quais seriam então os problemas?

4.    Vejamos:

a.    Bilhões de pessoas estão perdidas e em franca peregrinação rumo à perdição eterna;

b.    Estes bilhões estão espalhados em uma extensão territorial que abrange o mundo inteiro, sendo muitos desses territórios hostis ao evangelho de Jesus;

c.    Conseqüentemente, ainda que o Pão seja suficiente para todos, para se levá-lo e "oferecê-lo" a todos, muita disposição, muita gente, muitos recursos tecnológicos e financeiros, além de outras coisas, se fazem necessários.

d.    Muitos discípulos de Jesus têm se esforçado bastante, ainda que sempre se possa esforçar um pouco mais, mas

                                  i.    outros nem tanto,

                                ii.    outros quase nada,

                               iii.    e ainda outros literalmente nada.

5.    Apesar dos problemas, a obra tem sido realizada.

6.    Mas a mesma pergunta de André, lá no passado, cabe aqui: "mas o que é isso para tantos?"

7.    Em se tratando de Batistas, ficamos emocionados quando tomamos conhecimento do que tem sido realizado, quando vemos que o quadro de missionários cresceu, que novos projetos têm sido realizado, mas ao olharmos para a multidão, forçosamente temos que nos perguntar: "mas o que é isso para tantos?"

 

2.2. A Solução

 

1.    A solução continua a mesma: Jesus.

2.    A solução está em Jesus multiplicar, no caso, não o Pão, mas os recursos, sejam eles financeiros, tecnológicos, humanos...

3.    Mas algo interessante temos que notar: Jesus multiplica a partir do pouco que liberalmente e por amor colocamos em Suas mãos.

4.    Quando eu digo pouco não o digo em relação àquilo que possuímos, mas em relação à necessidade da multidão.

5.    Cinco pães e dois peixes era pouco em relação à multidão, mas era tudo o que o rapaz possuía no momento; muito, portanto, para ele.

6.    O que estou querendo dizer é que não adianta pegarmos aquelas moedinhas que estavam jogadas em uma gaveta de nossa casa e das quais nem daríamos falta se as perdêssemos, ou aquele tempinho ocioso ou qualquer outra coisa insignificante para nós e darmos a Jesus como se fosse uma esmola, esperando que ele multiplique e descrendo depois se ele não o fizer. O que colocarmos nas mãos de Jesus, seja o que for, temos que colocar com liberalidade, com dedicação, por amor, com interesse de fato pelo Reino de Deus... Quando todos agirmos assim, o mundo será alcançado, pessoas serão abençoadas, salvas... O pouco, em relação à multidão, nas mãos de Jesus é mais que suficiente.

7.    Mas como é que Jesus multiplica?

8.    O nosso Deus é criativo. Ele trabalha de formas as mais diversas.

a.    Ele começou criando o mundo e tudo o que nele há a partir do nada, e depois continuou criando a partir do que já havia criado, e assim fez uma multiplicidade de variedades de plantas, animais, minerais, cores...

b.    Através de Moisés Ele fez sair água da rocha, cair maná do céu, enviou codornizes para prover o povo de carne e preservou até o calçado e as roupas do povo durante os quarenta anos de peregrinação (quanto às roupas e o calçado veja Deuteronômio 29.5).

c.    Através do Profeta Elias, Deus fez com que a farinha da panela e o azeite da botija da viúva de Sarepta não se acabasse enquanto durou a seca (1 Reis 17.10ss). E por aí vai...

9.    Veja agora esse fato interessante e atual inserido no E-book de sermões e ilustrações do Pr. Walter Pacheco:

 

Conta-se que certa vez um menino ouvira uma mensagem sobre o trabalho missionário entre os pagãos. Pelas necessidades daqueles povos que vivem nas trevas, o menino procurou a esposa do pastor e entregou-lhe uma moeda de pouco valor. Aquela senhora estava fazendo um embrulho com roupas, remédios e alimentos para enviar ao oriente. Ela comprou um folheto com aquela pequena moeda e colocou-o dentro do pacote. O folheto caiu nas mãos de um dos chefes da Birmânia, que por meio de sua leitura converteu-se ao evangelho. Mais tarde esse chefe, depois de haver experimentado as alegrias da salvação, falou da sua regeneração a seus amigos. Ao ouvirem seu testemunho, muitos deles também se converteram. Depois, foi organizada uma igreja que por sua vez, solicitou um missionário. Como fruto desse trabalho, quinze mil pessoas, direta ou indiretamente, foram atingidas pelo evangelho. E tudo isso devido a uma pequena moeda!

 

10. Que extraordinário!

11. É assim que Deus trabalha!

12. De forma simples, e também de forma fantástica, de forma diversificada.

13. O irmão acha isso inacreditável?

14. Se não podes crer que Deus pode trabalhar assim, então menos ainda podes crer nos exemplos bíblicos acima e nem na multiplicação dos pães e peixes.

 

Conclusão

 

1.    O que é isso para tantos?

2.    Os recursos de fato são poucos em relação à multidão. Mas quando nós colocamos os recursos à disposição de Jesus e trabalhamos neles e com eles sob a orientação de Jesus, eles se tornam suficientes e podem até sobejar.

3.    Então, não retenha o recurso para a realização da obra de Deus aqui ou acolá que Deus deixou com você. Apresente-os!

a.    Apresente a Deus o que você tem;

b.    apresente a Deus aquilo que você sabe fazer;

c.    apresente-se a si mesmo a Deus para Ele capacitar você e fazer através de você coisas fantásticas e que vão servir para a edificação da igreja, do Reino, e para abençoar a grande multidão carente do Pão da Vida.

 

No Senhor,

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

 

Não Vos Inquieteis

  NÃO VOS INQUIETEIS   Ø   Leia Mateus 6.25-34 Ø   “Não andeis cuidadosos” – inquietos, aflitos, preocupados Ø   Daí o sujeito que e...