segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

EM 2014 DÊ A DEUS OS SEUS ABACAXIS

 

EM 2014 DÊ A DEUS OS SEUS ABACAXIS

           

            Recebi de um grupo virtual do qual participo o seguinte testemunho que, segundo quem o enviou, foi extraído do livro “A Verdadeira Felicidade (estudo sobre As Bem Aventuranças)” de Jaime Kemp - Editora Sepal. Leia o testemunho: "Minha família e eu trabalhamos com pessoas bem no meio da selva de Papua- Nova Guiné. Um dia, resolvi levar para aquela região alguns abacaxis. O povo só tinha ouvido falar de abacaxis (mas nunca tinha visto um abacaxi). Busquei, então, mais de cem mudas de uma outra missão. Contratei um homem da aldeia e ele plantou todas as mudas. Demorou uns três anos. Lá, no meio da selva, você às vezes tem saudade de comer frutas. Não é fácil conseguir frutas. Finalmente, no terceiro ano, pudemos ver surgir abacaxis que davam "água na boca", e só estávamos esperando o Natal chegar, porque é nesta época que eles ficam maduros. No dia de Natal, minha esposa e eu saímos ansiosos para ver se algum abacaxi já estava pronto para ser tirado do pé, mas tivemos uma surpresa desagradável após a outra. Não conseguimos colher nem um só abacaxi. Os nativos haviam roubado todos! Eles os roubavam antes de ficarem maduros. É costume deles roubar as frutas antes que amadureçam para que assim o dono não as possa colher. E aqui estou eu, um missionário, ficando com raiva dessas pessoas. Missionários não devem ficar com raiva, vocês todos sabem disso, mas eu fiquei e disse a eles:

            – Rapazes, eu esperei três anos por esses abacaxis. Não consegui colher um único deles. Agora outros estão amadurecendo e se desaparecer mais um só destes abacaxis fecharei a minha clínica médica.

            Minha esposa dirigia a clínica. Nós dávamos gratuitamente todos os remédios àquela gente. Eles não pagavam nada! Nós estávamos nos desgastando tentando ajudá-los, cuidando de seus doentes e salvando as vidas de suas crianças. Os abacaxis ficaram maduros e, um por um, foram todos roubados! Então achei que deveria me defender deles. Eu simplesmente não podia deixar que fizessem comigo o que queriam... Mas a verdadeira razão não era essa.  (A verdadeira razão é que) Eu era uma pessoa muito egoísta que queria comer abacaxis. Cego de ódio e vingança fechei a clínica. As crianças começaram a adoecer porque a vida era bastante difícil naquela região. Vinham até nós pessoas com gripe, tossindo, pedindo remédio e nós dizíamos:

            – Não! Lembrem-se que vocês roubaram nossos abacaxis.

            – Não fui eu! - eles respondiam - foram os outros que fizeram isso.

            E continuavam tossindo e pedindo. Não conseguimos manter mais a nossa posição. Reabrimos a clínica. Abrimos a clínica e eles continuaram roubando nossos abacaxis. Fiquei novamente louco de raiva e resolvi fechar o armazém. No armazém eles encontravam fósforos, sal, anzóis, etc. Antes eles não tinham essas coisas, por isso não iriam morrer sem elas, pensei. Comuniquei minha decisão:

            – Vou fechar o armazém, vocês roubaram mais abacaxis.

            Fechamos o armazém e os nativos começaram a resmungar::

            – Vamos nos mudar daqui porque não temos mais sal. Se não há mais armazém, não há vantagem para ficarmos aqui com esse homem. Podemos voltar para nossas casas na selva (e se mudaram para dentro da selva)

            E ali estava eu, sentado, comendo abacaxis, mas sem pessoas na aldeia. Minha verdadeira missão estava naufragando, por causa de uns abacaxis, eu estava perdendo as pessoas. Falei com minha esposa:

            – Podemos comer abacaxis nos Estados Unidos, se é só o que temos para fazer aqui.

            Um dos nativos passou por ali, e eu lhe pedi para avisar que, na segunda-feira, abriria novamente o armazém. Pensei e pensei em como resolver o caso dos abacaxis...

            – Meu Deus! Deve haver um jeito. O que posso fazer?

            Chegou o tempo de minha licença e eu aproveitei para viajar e num Curso Intensivo para Jovens. Lá ouvi que deveríamos entregar tudo a Deus. Há uma palavra que diz:  "se você der você terá mais; se quiser guardar para si, perderá tudo" – Dê todas as suas coisas a Deus e Ele zelará para que você tenha o suficiente. Este é um princípio básico. Pensei o seguinte: amigo, você não tem nada a perder. Vou entregar o caso dos abacaxis a Deus... Eu sabia que não seria fácil fazer esse sacrifício! Sacrificar significa entregar gratuitamente algo de que você gosta muito, mas eu decidi dar a plantação de abacaxis a Deus e ver o que Ele faria. Assim, saí para plantação, à noite, e orei:

            – Pai, o Senhor está vendo estes pés de abacaxis? Eu lutei muito para colher alguns. Discuti com os nativos, exigi meus direitos. Fiz tudo errado, estou compreendendo agora. Reconheço o meu erro, e quero entregar tudo ao Senhor. De agora em diante, se o Senhor quiser me deixar comer algum abacaxi, eu aceito; caso contrário, tudo bem, não tem problema.

            Assim, eu dei os abacaxis a Deus e os nativos continuaram roubando as frutas como de costume. Pensei com meus botões:

            – Deus não pôde controlá-los.

            Então, um dia, eles vieram falar comigo:

            – Tu-uan (que significa estrangeiro) o senhor se tornou cristão, não é verdade?

            Eu estava pronto para dizer:

            – Escute aqui, eu sou cristão há vinte anos! - mas, em vez disso, eu perguntei:

            – Por que vocês estão perguntando isso?

            – Porque o senhor não fica mais com raiva quando roubamos seus abacaxis, eles responderam.

            Isso me abriu os olhos. Eu finalmente estava vivendo o que estivera ensinando a eles todos esses anos. Esta era a missão que eu havia me esquecido. Eu lhes tinha dito que amassem uns aos outros, que fossem gentis, que perdoassem, mas eu mesmo fazia o contrário.

            Depois de algum tempo alguém perguntou:

            – Por que o senhor não fica mais com raiva?

            – Eu passei a plantação "adiante", respondi, ela não pertence mais a mim, por isso vocês não estão mais roubando os meus abacaxis e eu não tenho motivos para ficar com raiva.

            Um deles, arriscando, perguntou:

            – Para quem o senhor deu a plantação?"

            Então eu disse:

            – Dei a plantação para Deus".

            – Para Deus? - exclamaram todos. Ele não tem abacaxis onde mora!?

            – Eu não sei se ele tem ou não abacaxis onde mora, respondi. Eu simplesmente lhe dei os meus abacaxis.

            Eles voltaram para a aldeia e disseram para todos:

            – Vocês sabem de quem estamos roubando os abacaxis? Tu-uam os deu a Deus.

            Começaram a pensar sobre o assunto e combinaram entre eles:

            – Se os abacaxis são de Deus, agora não devemos mais roubá-los.

            Eles tinham medo de Deus e os abacaxis novamente começaram a amadurecer.

            Os nativos vieram para me avisar:

            – Tu-uan, seus abacaxis estão maduros.

            – Não são meus, eles pertencem a Deus - respondi.

            – É melhor o senhor comer, pois senão eles vão apodrecer.

            Então colhi alguns, e deixei também uns para os nativos. Quando me sentei à mesa com minha família para comê-los, eu orei:

            – Senhor, estamos comendo Seus abacaxis, muito obrigado por me dar alguns. 

            Durante todos os anos em que estive com os nativos, eles estiveram me observando e prestando atenção às minhas palavras. Eles viam que as duas coisas não combinavam.

            E, quando eu comecei a mudar, eles também mudaram. Em pouco tempo, muitos se tornaram cristãos.

            O princípio da entrega a Deus estava funcionando realmente. Eu quase não acreditei... E mais tarde, passei a entregar outras coisas para Deus".

 

 

            O QUE TEM SIDO ABACAXI NA SUA VIDA ?

 

 

            A história do campo de abacaxis aconteceu na Nova Guiné. Ela durou sete anos. É uma ilustração profunda de um princípio básico, simples e se aplica às lutas que cada um de nós enfrenta todo santo dia. Portanto, em 2014, dê a Deus os seus "abacaxis".

Pr. Walmir

 

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Feliz 2014

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Grande alegria


GRANDE ALEGRIA

- A Alegria dos Magos do Oriente ao Encontrarem o Menino Jesus -

 

1.    Texto inicial: Mateus 2.1-12 (Destaque para o verso 10)

2.    O dicionário bíblico Almeida define alegria como sendo “emoção e estado de satisfação e felicidade”

3.    É nesse estado que aqueles magos ficaram quando encontraram o menino Jesus.

4.    Não temos nenhuma informação maior acerca desses magos.

a.    Não sabemos o que eles pensavam teologicamente acerca do menino que ali estava.

b.    Não sabemos se eles conheciam as profecias acerca do Messias de Israel (e de todo o mundo) e reconheciam aquele menino como sendo esse Messias.

c.    Não sabemos quase nada acerca daqueles homens.

5.    Mas temos a informação de que eles, por revelação divina, sabedores do nascimento do menino Jesus, fizeram uma grande peregrinação a fim de o encontrarem, e, quando o encontraram, a alegria que sentiram foi muito grande e deram a ele preciosos presentes, dignos daquilo que Jesus era: Rei, Sacerdote e Profeta.

6.    Quais poderiam ser, teologicamente, algumas das razões para a alegria que aqueles homens sentiram ao encontrarem o menino Jesus?

7.    Vamos pensar em pelo menos três.

 

1. A PRIMEIRA POSSÍVEL RAZÃO É QUE ELES SABIAM QUE ALI ESTAVA NINGUÉM MENOS QUE DEUS NA PESSOA DO FILHO.

 

1.    Conta-se que certa vez alguém, um homem muito inteligente, mas ateu, subiu em um palanque e começou a desafiar os que ali estavam e criam em Deus a que subissem e mostrassem ou falassem algo que lhe convencesse da existência de Deus. Durante algum tempo ninguém se apresentou, mas, finalmente, um homem muito simples sobe ao palanque descascando uma laranja. Em cima do palanque o homem termina de descascar a laranja e então começa a saboreá-la bem devagar. Ao terminar, vira-se para o ateu e lhe pergunta: - “Que gosto tem essa laranja? Ela é doce ou azeda?”. Diante de tal pergunta o ateu diz: - “Como posso saber, se foi você quem a chupou?”. E então o homem lhe diz: - “Pois com Deus é a mesma coisa! Só sabe de sua existência aquele que O experimentou”

2.    A divindade de Cristo é claramente manifesta nas Sagradas Escrituras, e vamos ver alguns textos que demonstram isso, mas só poderá ter convicção disso aquele que tiver uma experiência de vida com Cristo.

3.    O próprio Jesus disse, ainda que não dele mesmo mas daquilo que ele apregoava como vindo do Pai: “A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo.” (João 7:16-17 DO) – Em outras palavras: “experimentem”.

4.    Agora vamos aos textos. Vamos nos deter apenas em dois tipos de textos:

a.    Textos onde Jesus é reconhecido como Deus:

 

“NO PRINCÍPIO era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (João 1:1 DO)

 

“Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28 DO)

 

“Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tito 2:13 DO)

 

“E sabemos que o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” (1 João 5:20 DO)

 

b.    Textos onde vemos Jesus e aceitando honra e adoração devidas somente a Deus. Em alguns desses textos Jesus está presente em carne, recebendo a honra e a adoração:

 

“E quando outra vez introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.” (Hebreus 1:6 DO)

 

“Então aproximaram-se os que estavam no barco, e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus.” (Mateus 14:33 DO)

 

“Então chegou ela, e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me.” (Mateus 15:25 DO)

 

“E, indo elas, eis que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram os seus pés, e o adoraram.” (Mateus 28:9 DO)

 

5.    Além disso, Jesus possuía poderes e prerrogativas divinas, como a prerrogativa de perdoar pecados...

 

2. A SEGUNDA POSSÍVEL RAZÃO É QUE ELES SABIAM QUE O MENINO QUE ALI ESTAVA SERIA UM DIA AQUELE QUE HAVERIA DE APASCENTAR ISRAEL, E NÃO SÓ ISRAEL, MAS A TODOS QUANTOS QUISEREM SER POR ELE APASCENTADOS.

 

1.    Veja o versículo 6.

2.    O Dicionário Bíblico Almeida define apascentar como sendo o ato de levar ovelhas ao pasto, cuidar delas e protegê-las.

3.    Belém era pequena, insignificante. Seus dirigentes, os que a governavam, eram pequenos. Mas de Belém sairia o Grande Guia, aquele que o seria para todo o povo. Esse é um dos sentidos desse texto.

4.    Entretanto, Jesus é o Grande apascentador, ou o Grande Guia e Protetor também, e principalmente, em sentido espiritual. Não só para Israel, mas para todo aquele que quiser ser apascentado por ele.

5.    E para onde é que Jesus nos apascenta? Veja o seguinte texto:

 

“Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro. E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seu rosto e adoraram a Deus, dizendo: Amém! Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém!  E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles,  porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda lágrima.” (Apocalipse 7:9-17 RC)

 

6.    É um texto apocalíptico, mas a verdade que ele expressa é a mesma para todos em todas as épocas: aquele se deixa lavar pelo sangue do Cordeiro (Jesus) será finalmente apascentado por ele para as fontes das águas da vida e a um estado eterno de não sofrimento de qualquer espécie e/ou proporção.

 

3. A TERCEIRA POSSÍVEL RAZÃO É QUE ELES SABIAM QUE ALI ESTAVA AQUELE QUE VEIO PARA CONCEDER A TODO O QUE O RECEBE O PODER DE SE TORNAR FILHO DE DEUS.

 

1.    O Evangelho de João expressa essa verdade de forma explícita: “a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome” (1:12 RC)

2.    Você já parou pra pensar no significado disso? Vejamos algumas coisas:

 

a.    Ser filho de Deus significa ser novamente aceito pelo Pai

                                  i.    Há uma história que diz sobre um filho que queria voltar para casa, mas não sabia se seria novamente aceito pelos pais. Escreveu uma carta pedindo um sinal: ele passaria de trem e, se na árvore em frente à casa tivesse um pano branco ele entenderia que estava autorizado a voltar. Quando ele passou, não só um pano branco estava pendurado na árvore, mas toda ela estava coberta de lençóis brancos.

                                ii.    A história do filho pródigo também nos mostra esse fato.

 

b.    Ser filho de Deus significa ter a posição de:

                                  i.    Cidadão do céu: “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Filipenses 3:20 RA)

                                ii.    Membro de um sacerdócio santo e real: “também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1 Pedro 2:5 RA) / “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9 RA)

                               iii.    Membro da família de Deus: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus” (Efésios 2:19 RA)

                               iv.    Membro de um povo de propriedade exclusiva de Deus: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9 RA)

 

c.    Ser filho de Deus significa ser co-herdeiro, com Cristo, de uma herança indescritível: “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados”. (Romanos 8:17 RA)

d.    Ser filho de Deus tem um significado tão grande que é-nos impossível expressá-lo em toda a sua extensão, mas o coração de todo o significado está no fato de que podemos gozar de uma comunhão tão íntima com Ele, a ponto de podermos exclamar: “Aba, Pai!”: “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai” (Romanos 8:15 RA)

 

CONCLUSÃO

 

1.    Ali estava ninguém menos que Deus na pessoa do Filho.

2.    O menino que ali estava seria um dia aquele que haveria de apascentar Israel, e não só Israel, mas a todos quantos quiserem ser por ele apascentados.

3.    Ali estava aquele que veio para conceder a todo o que o recebe o poder de se tornar filho de Deus.

4.    Eu não posso afirmar que os magos sabiam desses fatos, sendo daí proveniente a sua grande alegria. Por isso os enumerei como fatos POSSÍVEIS. Entretanto, mesmo que eles não tivessem esse conhecimento, os mesmos permanecem sendo fatos claramente evidenciados pelas Sagradas Escrituras.

5.    Que neste Natal possamos estar com os corações repletos de alegria, por causa desses fatos e de tudo o mais que Jesus representa para cada um de nós.

 

No Senhor,

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Qualidades de um homem de Deus


QUALIDADES DE UM HOMEM DE DEUS

(Baseado no exemplo de Jó)

 

1.    Um jovem foi entrevistado para um lugar numa pequena firma. Ele tinha uma boa aparência e causou uma boa impressão no patrão. Tinha também preparado um excelente currículo no qual referiu o seu pastor, o seu professor da escola dominical, e um diácono da igreja como pessoas a dar referências suas. O dono da firma estudou o seu currículo durante alguns minutos, e depois disse: “Aprecio estas recomendações dos amigos da sua igreja. Mas o que eu realmente gostaria era de ouvir alguém que o conhece e lida consigo durante a semana”.

2.    Como é você durante a semana?

3.    Como é você no trabalho, na escola, no lazer, na vizinhança...?

4.    Não ignore, meu irmão, o valor dessa pergunta e da resposta à mesma. Veja a seguinte história atribuída a Soren Kierkgaard, teólogo Dinamarquês do Século XIX:

 

... um grande circo acampou nas cercanias de uma cidade. Na tarde que antecedeu a estreia, quando saltimbancos, mágicos e trapezistas se preparavam para o espetáculo, começou um incêndio no circo. O palhaço, já trajado e pintado, correu para a cidade em busca de socorro. Desesperado, ele gritava em praça pública, clamando por auxílio. Porém, quanto mais elevava sua voz e corria de um lado para o outro, mais as pessoas se divertiam. Pensavam que ele usava de um ardil excelente para lotar o circo. Exausto e em desespero, caiu de joelhos: "Por Deus, por Deus! Ajudem-nos! O circo está em chamas." O meninos gargalhavam. Os mais velhos se maravilhavam dizendo: "Quão extraordinário ator se mostra o figurante do circo, que sabe chorar para fazer graça". E o circo foi destruído pelas chamas.[1]

 

5.    A moral dessa história é que, se perder o testemunho, a igreja perde também a autoridade para falar.

6.    E quando/como é que uma IGREJA perde o testemunho e a autoridade para falar?

a.    Isso acontece quando seus membros não dão bom testemunho lá fora, por exemplo:

                                  i.    Quando não agem com honestidade;

                                ii.    Quando não cumprem com seus compromissos, especialmente os financeiros [sem apresentar uma razão plausível e se comportando como inteiramente despreocupados quanto a isso];

                               iii.    Quando tratam com desrespeito os seus semelhantes;

                               iv.    Quando se utilizam de palavreado obsceno;

                                v.    Quando fazem uso do recurso da mentira;

                               vi.    Quando se apresentam vestidos em determinados lugares de forma inapropriada para um cristão;

                              vii.    Quando se comportam de forma imoral;

                            viii.    Quando se deixam corromper – especialmente se estão envolvidos na política;

                               ix.    Quando frequentam lugares que não deveriam frequentar e fazem uso de coisas que não deveriam, como a bebida alcoólica, por exemplo;

                                x.    Etc.

7.    Quando os membros da igreja se deixam levar por coisas como estas a igreja perde a sua voz profética e se arrisca a ser sentenciada como algumas da igrejas do Apocalipse seriam.

8.    Por outro lado, como disse alguém acertadamente que “quem vive bem, mesmo calando prega”.

9.    Betty Carlson, autora norte-americana, conta a história de um pai que estava preparando a lição da EBD sobre o tema “As Marcas de Um Verdadeiro Cristão”. Antes de ir ensinar sua classe, decidiu rever os pontos principais com a esposa, quando o filho menor estava por perto. Pediu ao garoto que sentasse e ouvisse por 15 minutos. Quando acabou, o menino estava pensativo. E de repente disse: “Papai, eu acho que nunca vi um cristão em minha vida”.

10. Hoje vamos pensar sobre algumas qualidades de um homem de Deus. Jó será o nosso exemplo.

11. Assim lemos a respeito de Jó, em Jó 1.1: “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a Deus; e desviava-se do mal.” (RC)

12. Obs. – O autor do livro introduz dizendo as palavras acima acerca de Jó, mas o próprio Deus dá esse testemunho também. Veja o verso 8: “E disse o SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero, e reto, e temente a Deus, e desviando-se do mal.”

13. Sinceridade, retidão, temor a Deus e atitude de desviar-se do mal. Quatro excelentes atitudes de um servo de Deus. Vejamos sobre cada uma delas em separado.

14. A primeira é a:

 

I. Sinceridade.

 

1.    Qualquer dicionário comum definirá assim a sinceridade: Lisura (honradez) de caráter.

2.    Na Bíblia Online – dicionário e strongs – encontramos:

a.    Qualidade de ser transparente e honesto, sem fingimento.

b.    Honestidade de mente; virtude de alguém livre de pretensão e hipocrisia; inteireza, integridade.

3.    Charles wallis conta: “Quando os artesãos do mármore, na antiga Roma, faziam, acidentalmente, talhos muito profundos em certas partes das estátuas que estavam esculpindo, procuravam, manhosamente, esconder tais falhas, enchendo os buracos resultantes com pedaços de cera da mesma cor, mascarando assim os defeitos ocasionados pela má execução de suas peças, que eram, no entanto, vendidas como perfeitas. Outros escultores, todavia, desejando vender as suas obras com honestidade, anunciavam no pedestal das mesmas que elas eram “sine cera” (sem cera). De tal prática derivou-se a palavra ‘sincera’ “[2]

4.    Sincero, no sentido em que estamos tratando aqui, no sentido em que Jó o era,

a.    é alguém cuja vida reflete a verdade contida na própria alma.

b.    É alguém em quem não há falsidade nem hipocrisia.

c.    É alguém em quem exteriormente se vê o que há no interior,

d.    alguém cuja lealdade a Deus, demonstrada em atitudes visíveis, é real e não fingida.

e.    É alguém cujo coração não está dividido; alguém que tem os dois olhos fixos em Deus, e não um em Deus e outro em outras coisas.

5.    Na Bíblia temos vários exemplos de pessoas assim, além de Jó, como Noé, Abraão...

6.    Mas temos também exemplos negativos. Veja, por exemplo, Isaías 29.13 e Ezequiel 33.21-33:

 

“Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído;” (Isaías 29:13 RC)

 

“E sucedeu que, no ano duodécimo, no décimo mês, aos cinco do mês do nosso cativeiro, veio a mim um que tinha escapado de Jerusalém, dizendo: Ferida está a cidade. Ora, a mão do SENHOR estivera sobre mim pela tarde, antes que viesse o que tinha escapado; abriu a minha boca, até que veio a mim pela manhã; e abriu-se a minha boca, e não fiquei mais em silêncio. Então, veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, os moradores destes lugares desertos da terra de Israel falam, dizendo: Abraão era um só e possuiu esta terra; mas nós somos muitos; esta terra nos foi dada em possessão. Dize-lhes, portanto: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Com sangue comeis, e levantais os olhos para os vossos ídolos, e derramais sangue! E possuíreis esta terra? Vós vos estribais sobre a vossa espada, cometeis abominação, e contamina cada um a mulher do seu próximo! E possuireis a terra? Assim lhes dirás: Assim disse o Senhor JEOVÁ: Vivo eu, que os que estiverem em lugares desertos cairão à espada, e o que estiver sobre a face do campo, o entregarei à fera, para que o coma, e os que estiverem em lugares fortes e em cavernas morrerão de pestilência. E tornarei a terra em assolação e espanto, e cessará a soberba da sua força; e os montes de Israel ficarão tão assolados, que ninguém passará por eles. Então, saberão que eu sou o SENHOR, quando eu tornar a terra em assolação e espanto, por todas as abominações que cometeram. Quanto a ti, ó filho do homem, os filhos do teu povo falam de ti junto às paredes e nas portas das casas; e fala um com o outro, cada um a seu irmão, dizendo: Vinde, peço-vos, e ouvi qual seja a palavra que procede do SENHOR. E eles vêm a ti, como o povo costuma vir, e se assentam diante de ti como meu povo, e ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra; pois lisonjeiam com a sua boca, mas o seu coração segue a sua avareza. E eis que tu és para eles como uma canção de amores, canção de quem tem voz suave e que bem tange; porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra. Mas, quando vier isto (eis que está para vir), então, saberão que houve no meio deles um profeta.” (Ezequiel 33:21-33 RC)

 

7.    Jó era, em meio a um mundo pecaminoso, um homem bom, de elevada moral, amadurecido, equilibrado, que servia a Deus de verdade – “por fora e por dentro”. Por isso foi reconhecido como um homem sincero (ou íntegro, em algumas versões)

8.    Como servos de Deus nós devemos ser como Jó. Devemos ser por fora o que dizemos ser por dentro, e devemos ser por dentro aquilo que aparentamos exteriormente.

9.    A sinceridade, ou integridade, é parte integrante e essencial do caráter de um homem de Deus.

 

II. Retidão.

 

1.    O versículo diz de Jó que ele foi um homem, além de sincero, reto.

2.    Reto aqui tem a ver com a maneira como Jó vivia, em conformidade com um padrão, no caso, a lei de Deus.

3.    Thayer afirma sobre a retidão que ela é o estado de quem é conforme o que deveria ser.

4.    Isso nos leva à reflexão sobre como, sendo nós servos de Deus, devemos ser. E se o somos, então somos retos.

5.    Como devemos ser? A Bíblia é o nosso manual. Veja o início do Salmo 1:

 

“Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.” (Salmos 1:1-2 RC)

 

6.    Como devemos ser?

a.    De acordo com estes dois versos do Salmo 1 devemos ser, por sermos servos de Deus, pessoas que se mantém afastadas do estilo de vida daqueles que não servem ao Senhor e Dele não têm temor. Então.

                                  i.    Faz parte do estilo / contexto de vida de alguns de meus amigos / colegas / familiares / conhecidos... (exemplos). Mas não faz parte do meu, porque SOU SERVO DE DEUS.

7.    Em Romanos 8.29 temos o alvo de Deus para nós: sermos conformes à imagem de Seu Filho. E este deve ser também o nosso alvo.

8.    Algumas coisas que evidenciam a importância de um viver reto:

a.    A Bíblia diz que Deus ama a retidão – Veja Salmo 11.7, 45.7 e Hebreus 1.9

b.    A Bíblia diz que Deus busca a retidão – Veja Isaías 5.1-7

c.    A Bíblia diz que aqueles que andam em retidão é que são bem-aventurados – Veja Lc. 1.5 e 6 associado ao Salmo 1.2

9.    Um servo de Deus precisa ser alguém reto, isto é, alguém que seja o que deve ser segundo o padrão apresentado POR DEUS em sua Palavra.

 

III. Temor a Deus.

 

1.    Russel N. Champlin, no dicionário de sua obra “O A. T. Interpretado Versículo por Versículo”, fala sobre o temor a Deus (faço um resumo):

a.    Deus é o mais apropriado objeto do nosso temor

b.    O temor a Deus consiste no ódio ao mal

c.    Temer a Deus é um ato de sabedoria

d.    O temor a Deus serve de força santificadora

e.    A grandeza de Deus, sua bondade, suas obras, seu juízo... nos inspiram a temê-lo

f.     O temor a Deus é algo necessário como parte da adoração

g.    Aqueles em que há o temor a Deus O agradam – veja o Salmo 147.11

h.    Aquele que teme ao Senhor é agradável aos Seus olhos – veja Atos 10.35

i.      Aquele que teme ao Senhor é objeto de Sua compaixão e misericórdia – veja o Salmo 103. 11, 13, 17 e Lucas 1.50

2.    Mas o que significa temor?

3.    Segundo o DBA em a Bíblia Online:

a.    Temer a Deus é respeitá-lo e reverenciá-lo, reconhecendo a sua grandeza e santidade. 

b.    Temor a Deus não é medo que faz fugir de Deus (1Jo 4.18); é, antes, respeito (Hb 12.28), amor (Mt 22.37), obediência (Ec 12.13; At 10.35; 2Co 7.1) e adoração a ele (Dt 6.13-15).

4.    Temor aqui não significa medo simplesmente, mas reverência.

5.    Jó era um homem reverente para com Deus e para com as coisas espirituais. Mas no temor de Jó podia estar incluído também um pouco de medo, medo de quebrar as regras morais e espirituais de Deus e ser por este julgado, porque Deus julga – Veja 1 Co. 11.30-32; Salmo 97.

 

IV. Atitude de desviar-se do mal.

 

1.    O que é desviar-se do mal? Como podemos exemplificar?

2.    Veja um exemplo prático meu: quando eu saía de moto, dependendo do horário e para onde estava indo, nem sempre tomava o caminho mais curto...

3.    Na vida cristã funciona assim também. E a nossa vida TODA deve ser cristã. Na há separação entre quando estamos na igreja, em casa, no trabalho, na escola ou no lazer. A vida do cristão é TODA cristã, e deve ser dirigida por princípios cristãos.

4.    Acontece que a vida às vezes nos oferece alguns “atalhos”, “caminhos mais curtos”, mas o mal, o “perigo”, pode estar nesses caminhos. Devemos nos desviar deles.

5.    Lembro-me de uma vez que queria ir a um determinado lugar onde havia alguns pés de amora. Um colega não deixou passar pelo quintal da casa dele (coisa de menino), mas havia outros caminhos. Escolhi ir pelo mais curto, porém visivelmente mais perigoso. Resultado: 55 pontos na perna, muita dor após o efeito da anestesia, alguma injeções antitetânicas (com aquelas agulhas de antigamente) e uma cicatriz bem grande.

6.    Mas o cuidado não se restringe aos atalhos. Os caminhos da vida em geral trazem muitos perigos espirituais. O diabo, diz Pedro, anda em derredor, bramindo como leão, buscando a quem possa tragar.

7.    Um servo de Deus precisa aprender a desviar-se do mal. Veja Hebreus 12.1-2; Romanos 12.1-2; 1 Ts. 5.22; 1 Pedro 3.11; 3 João 1.11 e Judas 1.20-23.

 

Concluindo

 

1.    No que diz respeito à salvação, qualidades não credenciam ninguém para a mesma. Somos salvos única e exclusivamente pela graça de Deus em Cristo Jesus.

2.    Mas qualidades, creio que não há dúvidas sobre isso em nossas mentes, são sinais distintivos de quem é uma determinada pessoa. Não basta eu dizer que sou, eu tenho que viver o que digo que sou.

3.    O que você pensaria de alguém que se apresentasse a você como crente (Você é crente? Eu também sou! Que bom...), e não agisse como tal?

4.    Um crente, dentre outras coisas, deve possuir as qualidades que se disse Jó tinha.

a.    Ele deve ser sincero.

b.    Ele deve ser por fora o que diz ser por dentro, e deve ser por dentro aquilo que aparenta exteriormente.

c.    Ele deve ser reto, isto é, alguém que seja o que deve ser segundo o padrão apresentado por Deus em sua Palavra.

d.    Ele deve ser temente a Deus, isto é, ele deve se portar de maneira reverente, respeitosa diante de Deus, e, de fato, porque conhece o amor, mas também a justiça e a severidade de Deus, temer desviar-se do que Deus propôs para ele.

e.    E deve ser alguém que se desvia do mal, mesmo que este lhe traga alguma vantagem temporal.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

Muqui – Dezembro de 2013



[1] História extraída do E-book de Sermões e Ilustrações distribuído pelo Pr. Walter Pacheco

[2] WALLIS, Charles L., citado em Manancial de Ilustrações, de Moysés Marinho de Oliveira, p. 219

Não Vos Inquieteis

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