sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

SER CRENTE É TER COMPROMISSO


SER CRENTE É TER COMPROMISSO

Há uma música do grupo Logos, de 1996, que fala sobre compromisso. Nessa música o autor fala de gente crente que vive igual vivem as pessoas em geral no mundo, às vezes até vacilando em sua fé e testemunho, e que diz, como que se desculpando ou redimindo a si mesmo: “a vida é assim!”. E a essa fala, a essa tentativa de se auto redimir o autor responde, num refrão que não poderia ser mais verdadeiro: “A vida não é assim! Ser crente é ter compromisso! Se você está brincando com isso, jamais viu a Deus...”

É isso aí meus irmãos! Ser crente é ter compromisso! Quando você foi alcançado pela graça de Deus em Cristo Jesus nosso Senhor para a salvação você assumiu algumas obrigações, e você tem que ser comprometido, e eu quero apresentar algumas coisas com as quais você, crente, tem que ser comprometido. Alisto-as de forma aleatória, sem pretender uma ordem de importância, até porque todas são muito importantes. Vou precisar de alguns boletins para conseguir comentar todas, mas já vou alistá-las a princípio para irmos refletindo. Procure ler e refletir, e, se você concordar com o que está escrito, compartilhe com mais alguém, se tiver essa oportunidade. Pode até fazer cópias se achar conveniente.

Primeiro, então, vamos à lista. Não vai estar tudo aí, mas vão estar algumas coisas que pensei. Quais são os compromissos que devemos ter como crentes, ou, com o que devemos estar comprometidos? Eis a lista:

1)    Presença;
2)    Testemunho;
3)    Trabalho;
4)    Oração;
5)    Contribuição financeira;
6)    Palavra de Deus;
7)    Buscar em primeiro lugar o reino de Deus.

Agora vamos a algumas considerações sobre cada uma dessas coisas.

Em primeiro lugar, conforme a lista acima, eu quero dizer que você, crente, tem que ser comprometido com a PRESENÇA nos cultos da igreja. Crente ausente só se for por motivo muito justificável. A Bíblia ensina assim, pois quando os crentes começaram a faltar às reuniões de culto da igreja, o autor aos Hebreus os repreendeu dizendo que não deveriam deixar a congregação, isto é, o costume de se congregarem, o costume de se reunirem como a igreja de Cristo; deveriam estar presentes para animarem uns aos outros. Está em Hebreus 10.25.

Então, sua presença, meu irmão, é importante, para você e para toda a congregação; sua presença é desejada, porque sua presença contribui para maior animação e alegria no culto; sua presença tem um valor inestimável. Se até então você não sabia disso, agora você já sabe. Então procure não faltar por qualquer motivo. Não deixe que a chuva lhe atrapalhe (a não ser que seja uma tempestade); não deixe que o calor lhe atrapalhe; não deixe que um entretenimento qualquer lhe atrapalhe; não se entregue ao desânimo, antes, como diz Hebreus,12.12, “tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados...”; enfim, não se deixe atrapalhar por nada que não seja realmente justificável. Juntos nós somos melhores e mais fortes; juntos aquecemos uns ao outros; juntos mantemos uns aos outros acesos – brasa fora do braseiro corre o risco de apagar. Que sejamos todos comprometidos com a PRESENÇA.

Em segundo lugar quero dizer que você, crente, tem que ser comprometido com o TESTEMUNHO. O crente precisa esforçar-se por ter um correto proceder neste mundo. Foi Jesus quem disse que nós somos o sal da terra e a luz do mundo. Foi Jesus quem disse que é melhor amarrar uma pesada pedra no pescoço e se lançar ao mar do que não ter um correto preceder e escandalizar as pessoas. O apóstolo Pedro, falando da vinda do Senhor Jesus, diz que nós, os que cremos, aguardamos neste tempo novos céus e nova terra em que habita a justiça e que estão sendo preparados para nós, e que, por isso mesmo, devemos nos esforçar por sermos encontrados por Jesus, em sua vinda, em paz, imaculados e irrepreensíveis. Paulo, escrevendo a Tito, diz que a graça pela qual fomos salvos também nos ensina a vivermos neste mundo, enquanto aguardamos o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas e também sóbria, justa e piedosamente. Então o crente tem que ser comprometido com o testemunho, o bom testemunho. Crente não pode sair por aí “passando a perna nos outros”; crente não pode sair por aí falando mal dos outros; crente não pode sair por aí contraindo dívidas irresponsavelmente e se tornando “devedor na praça”; crente tem que tomar cuidado com aquilo que expõe nas mídias sociais; crente não pode sair por aí cobiçando o que é dos outros; crente no trânsito, no futebol e em qualquer outro lugar, até mesmo na “arena das disputas políticas” não pode se deixar dominar por um espírito de ira; crente não pode sair por aí falando palavrão; crente não pode se deixar corromper; crente tem que ser sal da terra e luz do mundo; crente tem que ser comprometido em dar bom testemunho. Que nós da PIB Muqui sejamos comprometidos em esforçarmo-nos o máximo possível para darmos um bom testemunho onde quer que estejamos.

Em terceiro lugar quero dizer que você, crente, tem que ser comprometido com o TRABALHO para o Senhor. O crente precisa fazer alguma coisa para o seu Senhor. Jesus contou uma parábola que ficou intitulada como “a parábola dos talentos”. Está em Mateus 25, no contexto do sermão profético. Jesus está falando sobre o reino dos céus, e ele diz que o reino dos céus é como um homem que, partindo para fora de sua terra, chamou os seus servos e entregou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, cada um segundo a sua capacidade. Eles deveriam trabalhar com esses talentos; o senhor, quando voltasse, quereria ver algum “lucro”. Não exigiria de nenhum deles mais do que a capacidade que tinham, mas queria algum fruto do trabalho deles. Dois trabalharam e foram chamados de “servo bom e fiel”; mas um não trabalhou, e foi chamado de “servo inútil”. Jesus espera que nos esforcemos no desenvolvimento de seu reino, e cada crente tem que ser comprometido com isso.

Então, meu irmão, o seu trabalho é importante e requerido, não só pela igreja, mas pelo próprio Jesus. Você pode levar um folheto ou um convite para alguém? Faça isso! Você pode ficar na porta da igreja recebendo bem as pessoas? Faça isso! Você pode tocar algum instrumento nos cultos da igreja? Faça isso! Você pode dirigir um pequeno grupo de estudos bíblicos em sua casa e convidar seus vizinhos e amigos? Leve ao conhecimento da igreja e faça isso! Você pode ajudar no evangelismo da igreja? Faça isso! Você pode ajudar no departamento infantil? Faça isso! Tem um evento na igreja? Ofereça sua ajuda! O que mais você sabe e pode fazer e que pode ser útil na obra do Senhor? Faça! Irmã Carmem é uma bênção na Congregação em São Gabriel; não precisou nem pedir e ela tomou para si a responsabilidade de limpar a Congregação; como ela mora lá perto, considerou que aquela poderia ser uma responsabilidade sua.

Georg Brinke fez um esboço sobre como devemos servir ao Senhor. É assim:

Ø  Com integridade e fidelidade;
Ø  De todo o coração;
Ø  Num andar digno e perfeito;
Ø  Sem cessar;
Ø  Com juízo e em santidade;
Ø  Sem temor;
Ø  Com motivação sincera e espiritual;
Ø  De modo agradável a Deus;
Ø  Constrangidos pelo amor de Cristo.

Sejamos todos comprometidos em trabalhar assim na obra do Senhor.

Em quarto lugar quero dizer que você, crente, tem que ser comprometido com a ORAÇÃO. “Orai sem cessar”, é o que lemos em 1 Tessalonicenses 5.17. Em Lucas 18 Jesus conta uma parábola para falar sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer. A necessidade de o crente ser perseverante na oração é tema recorrente em todas as cartas de Paulo. Escrevendo a Timóteo, ele, Paulo, o orienta que Timóteo, antes de tudo, ore, inclusive pelas autoridades constituídas; e “antes de tudo” significa que a primeira, a mais importante e a melhor coisa a se fazer por alguém ou diante de alguma situação, é orar. Então você, se você é crente, tem que ser comprometido em orar. Ore pela sua igreja; ore pela conversão das pessoas; ore pelos enfermos; ore pela situação do país; ore pelos nossos governantes; ore pelos missionários; ore pelos desempregados; ore pelos encarcerados; ore pelo irmão que você viu cometendo algum pecado; ore por você; ore por seus filhos; ore por seus pais; ore antes da prova; ore depois da prova; ore antes de ir à consulta médica e ore depois que sair, inclusive lembre-se de orar pelo médico. Nunca esmoreça na oração. Ore sozinho sim, em seu “lugar secreto de oração”, mas ore junto com os irmãos também; participe dos momentos de oração de sua igreja, ou pelo menos de um. Irmãos estão orando no templo todos os domingos de 8hs00min às 8hs20min; as mulheres em sua reunião fazem um momento de oração todas as terças-feiras às 16hs00min no templo; tem culto de oração na Congregação Betel toda terça-feira às 19hs30min, toda quarta-feira na Sede e toda quinta-feira na Congregação em São Gabriel; na quinta-feira à noite algumas mulheres estão vindo orar pela igreja e pelas famílias. Crente tem que ser comprometido com a oração, em falar com Deus “todos os dias”, “sem cessar”.

Em quinto lugar quero dizer que você, crente, tem que ser comprometido FINANCEIRAMENTE. Todo membro de igreja deveria se sentir responsável pelo sustento financeiro de sua igreja. Em outro boletim incluí um editorial que escrevi sobre o dízimo. Não sei se você ainda tem o boletim para consultar o texto na íntegra, mas vai aqui um resumo do que escrevi:

Ø  O dízimo não é nosso – Essa parte da renda com a qual Deus nos abençoou pertence a ELE.
Ø  O dízimo tem a serventia de sustentar a obra de Deus através da igreja.
Ø  A entrega do dízimo é sim uma atitude que move o coração de Deus a nos abençoar.
Ø  A entrega ou não do dízimo, dependendo do motivo, é um demonstrativo do valor que a obra de Deus tem para nós.
Ø  A entrega do dízimo honra a Deus (veja Provérbios 3).
Ø  A entrega do dízimo é uma resposta de gratidão à graça de Deus em Cristo Jesus.
Ø  A NÃO entrega do dízimo prejudica a obra de Deus através da igreja.

E aqui acrescento, sobre isso, algo interessante que ouvi de um pregador que relacionou o dízimo à redenção, fazendo menção da “espécie de redenção” que o povo egípcio experimentou no tempo de José. Eles, os egípcios, foram resgatados da morte, morte pela fome que se abateu no Egito de então. José os comprou para Faraó. Veja em Gênesis 47. Primeiro José comprou os animais deles; depois José comprou a terra deles e a eles próprios; e eles reconheceram: “a vida nos tens dado; achemos graça aos olhos de meu senhor e seremos servos de Faraó”. E tem algo interessante aí que geralmente nos passa despercebido: Depois de compra-los e a tudo o que eles possuíam, apesar de eles agora com tudo o que tinham pertencerem a Faraó, José não lhes põe sobre os ombros um jugo muito pesado. Não! José lhes dá sementes e lhes manda voltar e cultivar a terra e devolver a Faraó um quinto apenas de tudo o que produzissem, ou seja, 20%, certamente que para a manutenção do reino. Os outros quatro quintos, 80%, seriam para eles, para a manutenção do campo produzindo e para o sustento deles e de suas famílias. E certamente que eles, ao devolverem aquele percentual a Faraó, o faziam com alegria relembrando que se não fosse por aquela “redenção” eles provavelmente estariam mortos com toda a sua família. “A vida nos tens dado... seremos servos de Faraó”.

Hoje devolvemos para a obra de nosso Redentor, o Senhor Jesus, aquilo que ainda chamamos de “dízimo”, e podemos considerar que esse dízimo que entregamos não tem a ver apenas com a lei, como querem alguns na intenção de serem “desculpados” por não contribuírem; dízimo também tem a ver com redenção. Jesus nos remiu. Iríamos morrer em nossos delitos e pecados e o inferno estava nos aguardando, mas Jesus nos resgatou. E porque ele nos resgatou nós pertencemos a ele cem por cento e devemos ser dedicados e fiéis a ele cem por cento. Mas no que respeita aos recursos financeiros ele não exige de nós mais do que um dízimo, uma décima parte, para a manutenção da sua obra. O restante somos livres para usar no sustento nosso e de nossos familiares. Ao invés de ficarmos procurando razões, até na própria bíblia, para não entregarmos, deveríamos entregar com alegria e com a mesma expressão que um dia foi dos egípcios da época de José: “a vida nos tens dado, seremos teus servos”.

O crente tem que ser comprometido “em tudo” com a obra de Deus, inclusive financeiramente.

Em sexto lugar quero dizer que você, crente, tem que ser comprometido em conhecer a Deus através da PALAVRA.

A Bíblia, a Palavra de Deus, é, no que respeita ao conceito cristão acerca de Deus, nossa única fonte de informação. O teólogo Batista A. B. Langston, em seu “Esboço de Teologia Sistemática”, diz sobre Deus que: “Deus é Espírito pessoal, perfeitamente bom, que, em santo amor, cria, sustenta e dirige tudo”. E esta definição envolve:

Ø  a natureza de Deus, ao dizer que Ele é Espírito pessoal;
Ø  o caráter de Deus, ao dizer que Ele é perfeitamente bom;
Ø  a relação de Deus para com o Universo, ao dizer que ele cria, sustenta e dirige tudo;
Ø  e o motivo de Deus em suas relações para com tudo quanto existe, ao dizer que ele cria, sustenta e dirige tudo em santo amor.

Onde Langston aprendeu isso? A resposta é: na Bíblia, na Palavra de Deus.

É na bíblia também que aprendemos acerca de Deus que Ele é um só, mas que se manifesta em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

É também na bíblia que aprendemos sobre muitos dos atributos de Deus, como, por exemplo, a Onipotência, a Onipresença, a Onisciência, a Autoexistência, a Autossuficiência, a Transcendência, a Infinitude, e muitos outros mais.

Alguém disse certa vez que a coisa mais importante que possuímos é o que, no profundo do nosso ser, pensamos sobre Deus. Então, para construirmos um pensamento correto sobre Deus, precisamos ser comprometidos em estudar a Sua Palavra, por que é nela que Ele se revela.

Sendo assim, não negligencie a leitura e o estudo da Palavra de Deus. Faça isso sozinho em seu “lugar secreto” de encontro com Deus, mas faça isso também reunido com outros irmãos. Participe da EBD, participe dos cultos de pregação da Palavra. Tenha o propósito de isso fazer e não perca o foco. Assente em seu coração: “uma das primeiras coisas que eu vou fazer todos os dias é abrir a minha bíblia e, em oração, ler e meditar; e também vou ser mais comprometido em me reunir com os meus irmãos na igreja para estudar a santa Palavra de Deus”.

E em sétimo (e último) lugar, quero dizer que você, crente, tem que ser comprometido em BUSCAR O REINO DE DEUS EM PRIMEIRO LUGAR. Pensar nas coisas que são de cima e buscar as coisas que são de cima.

Não é assim que nos ensina a Palavra de Deus? Jesus disse e Mateus registrou: “Buscai primeiro o reino de Deus e a Sua justiça e todas essas coisas (as demais coisas) vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33)

O Apóstolo Paulo escreveu: “Portanto, se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra; porque estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” (Colossenses 3:1-3 RC)

Então, meu irmão, seja dedicado, seja comprometido com “as coisas de Deus”.

E quando você, crente, é assim comprometido, isso significa que você está “cuidando das coisas do Senhor”. E sabe o que acontece? “O Senhor cuida das suas coisas”

Ser crente é ter compromisso! Pensamos aqui em sete “áreas de compromisso”, a saber:

1)    Presença;
2)    Testemunho;
3)    Trabalho;
4)    Oração;
5)    Contribuição financeira;
6)    Palavra de Deus;
7)    Buscar em primeiro lugar o reino de Deus.

Obviamente há muito mais áreas em que, como crentes, devemos ser comprometidos, mas que essas sirvam para nos despertar e fazer de nós crentes comprometidos, guerreiros dedicados do Senhor, militantes fiéis no reino de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

Para a Primeira Igreja Batista em Muqui

Dezembro de 2019

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Celebre a Vida

CELEBRE A VIDA

1.    “O preço já foi pago, celebre a vida”, esse foi e continua sendo o sugestivo tema proposto pelo nosso MEVAM para a campanha de missões Estaduais deste ano, 2019. A divisa é 1 João 5.12, uma “comunicação” de que quem tem “aquele que pagou o preço”, isto é, “Jesus”, o Filho de Deus, tem a vida, mas quem não tem o Filho não tem a vida.
2.    O objetivo, creio eu, é incentivar as igrejas a que comuniquem elas mesmas essa verdade àqueles que ainda “não sabem” ou que “vivem como se não soubessem”, e também incentivar estas mesmas igrejas a contribuírem para que mantenhamos os missionários e projetos que já temos e que possamos ter mais missionários e mais projetos para que mais pessoas sejam alcançadas com essa verdade ampla e deliberadamente ignorada.
3.    O Pr. Marcelo Aguiar contou uma história bem sugestiva no boletim da Igreja Batista Mata da Praia, boletim de 02 de junho de 2019. A história é a seguinte:

Um escritor disse que, certa vez, estava fazendo um curso na Alemanha. Naquela ocasião ele ficou hospedado em um convento na Bavária. A irmã encarregada de cuidar do seu quarto tinha oitenta e quatro anos. Apesar da idade, ela trabalhava incansavelmente.

Certo dia, ao encontrá-la de joelhos encerando o chão, ele não se conteve, e lhe disse:

“Schwester, Sie arbeiten zuviel!” (“Irmã, você trabalha demais!”).

A velha senhora endireitou o corpo e, ainda ajoelhada, olhou fixamente para ele, como se quisesse repreendê-lo. Então, com um ar muito sério, respondeu:

“Der Himmel ist nicht billig!” (“O céu não é barato!”).

4.    É verdade! O céu não é barato! Mas o que aquela senhora ignorava e que é o que muitos ignoram, talvez deliberadamente, ou talvez por estarem “presos” pelas cordas de sua “religiosidade”, é que “apesar de o céu não ser barato, o preço já foi pago”. E se o preço já foi pago só nos resta celebrar. O nosso trabalho agora, que deve ser abundante, visa não pagar um preço, mas comunicar às pessoas que esse preço já foi pago por Jesus, para que elas possam celebrar e glorificar a Deus pela vida eterna em Cristo Jesus.
5.    Então, creio ser esse o objetivo principal desse tema: falar “aos outros” que ainda não se deram conta de que o preço Jesus já pagou.
6.    Mas o tema é também sugestivo a nós, àqueles que já sabem que Jesus pagou o preço, que já se renderam a ele, e já receberam a vida. Mesmo a nós pastores o tema é sugestivo, porque ele nos leva a refletir em “como” ou “quando” é que podemos celebrar a vida de uma maneira verdadeiramente significativa, porque temos visto pessoas supostamente já alcançadas pela graça de Deus em Cristo mas que, parece, não estão conseguindo celebrar de verdade. Alguns estão até procurando “lá fora”, “no mundo”, ou em “algumas ofertas do mundo”, e no “ceder a algumas concupiscências carnais”, um alívio para os seus corações já quase vazios de Deus e das “coisas de Deus”, mas cheios das ansiedades deste e por este mundo.
7.    E muitos pensamentos me vieram à mente sobre esse assunto, sobre esse “problema”, mas eu selecionei três, para compartilhar com os irmãos. Três pensamentos em que nós podemos refletir para nós mesmos, mas que também podemos usar para compartilhar com aqueles que estão ao nosso redor, até mesmo com aqueles que já não precisam mais serem avisados, porque já sabem, que o preço já foi pago. E quais são esses três “pensamentos”?
8.    Vamos ao primeiro:

PRIMEIRO – Podemos celebrar assim a vida, de forma significativa, SE fomos alcançados pela graça de Jesus para a salvação.

1.    É claro que sei que isso é algo comum a nós, afinal estou falando para pastores.
2.    Mas seu não poderia deixar esse primeiro pensamento de fora porque ele é o principal, sem o qual não haveria os outros.
3.    Então, tendo sido nós alcançados pela graça de Deus em Cristo para a salvação, podemos celebrar. Por quê? Eis alguma razões:
a.    Porque não resta para nós mais nenhuma condenação (Romanos 8.1)
b.    Porque o dom gratuito de Deus, a vida eterna, é o que agora faz parte do contexto de nossas vidas, e não o “salário do pecado”.
c.    Porque a ira de Deus não permanece mais sobre nós.
d.    Porque recebemos o poder de sermos filho de Deus, e, como filhos somos herdeiros de Deus, co-herdeiros juntamente com Cristo.
e.    Porque a glória que em nós há de ser revelada não pode nem de longe ser comparada com as aflições pelas quais passamos neste tempo presente.
f.      Porque Deus já nos abençoou com toda sorte de bênçãos nos lugares celestiais em Cristo Jesus, e como se isto não bastasse, ainda vai mostrar a nós, nos “séculos vindouros”, “as abundantes riquezas da sua graça, ou ‘a suprema riqueza da sua graça’, pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus” (Efésios 2) – SUPREMA RIQUEZA D SUA GRAÇA – Deus vais “extravasar”... É como está escrito: “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam.” (1 Coríntios 2:9 RC)
4.    Então, primeiro, podemos celebrar a vida SE fomos alcançados por Cristo. (Devo fazer um apelo agora? Rssss)
5.    Vamos ao segundo pensamento:

SEGUNDO – Para celebrar assim a vida, de forma significativa, depois de alcançados pela graça precisamos fazer o que somos orientados a fazer em Hebreus e Romanos 12.1 e 2.

1.    Hebreus 12.1 e 2 nos fala para deixar o pecado – o pecado que nos rodeia, que tenazmente nos assedia.
a.    Talvez a referência aí seja ao pecado de forma geral, porque o pecado de forma geral “está aí”, “sempre”, em suas diversas formas de manifestação, assediando sempre e continuamente.
b.    Mas não seria errado também pensarmos “naquele pecado em particular” que parece estar “impregnado” em nós e não quer sair de forma alguma.
c.    Qual é “esse” pecado “em mim”? Qual é esse pecado “em você”?
d.    Deixe esse pecado, abandone esse pecado, lute varonilmente contra esse pecado, porque o pecado, em nós que somos servos de Deus, “anuvia” o nosso espírito, entristece, gera incertezas, e, como vamos ter condições de celebrar a vida dessa forma? Davi perdeu a alegria da certeza da salvação por causa do pecado.
2.    Hebreus 12.1 e 2 também fala para nos desvencilharmos dos embaraços
a.    Embaraço ou peso é qualquer coisa que atrapalha, atrasa, mesmo não sendo em si mesmo um pecado.
b.    Embaraço pode ser muitas coisas. Embaraço pode ser, por exemplo, um número excessivo de atividades e compromissos pesando sobre os nossos ombros e desviando o nosso foco das coisas principais que realmente competem a nós. O episódio da instituição dos diáconos é um bom exemplo aqui.
3.    E, ainda, Hebreus 12.1 e 2 nos fala para corrermos perseverantemente a carreira que nos foi proposta olhando para Jesus
a.    Mais uma vez creio que, assim como em relação ao pecado, há aqui uma “referência geral”, isto é, uma referência à carreira cristã de forma geral, mas nada nos impede de pensar na carreira específica, além da geral, de cada um de nós. Qual foi a carreira que Deus propôs a VOCÊ? Qual é a missão que Deus deu a VOCÊ? Cumpra essa missão. Cumpra ESSA missão. Acontece que quando a missão é grande e envolve muito sucesso e muita fama, não temos muita dificuldade em termos emocionais, de autoestima; corremos até um grande risco de nos autoglorificarmos. Mas quando a missão é “pequena”, menor e com potencial menor que a do outro para nos por em evidência, há o risco de nos sentirmos “meio pra baixo” – espero que não seja esse o caso de nenhum de nós, mas é possível, e assim fica difícil celebrar. Se ambicionarmos “vestir a camisa do outro” porque “a camisa do outro” é “melhor”, podemos nos frustrar, porque a camisa dele foi feita pra ele e não pra nós; e, frustrados, fica difícil celebrar.
b.    Então, temos que ir adiante, em nossa carreira cristã, a carreira que Deus nos propôs; tanto a “carreira geral” quanto a “carreira específica”. E como é que temos que seguir essa carreira?
                                  i.    Com “paciência” ou “perseverança”. A palavra no grego é uma palavra que indica constância e estabilidade, a característica de uma pessoa que não se desvia de seu propósito e de sua lealdade.
                                ii.    E olhando PARA JESUS.
4.    E romanos 12.1 e 2 nos fala
a.    Para nos apresentarmos, nos “ofertarmos” inteiramente a Deus
b.    Para não nos conformarmos a este mundo
c.    Para nos transformarmos pela renovação do nosso entendimento
d.    E que, então, experimentaremos a vontade de Deus manifesta em nossas vidas, vontade esta que é boa, agradável e perfeita.
5.    E assim, livres de pecados, livres de embaraços, seguindo com perseverança a carreira que nos foi proposta olhando somente para Jesus, entregues a Deus, conformados a Jesus e não a este mundo, como nosso entendimento renovado, podemos celebrar a vida de forma significativa.
6.    E terceiro:

TERCEIRO – Para celebrar assim a vida, de forma significativa, precisamos estar plenamente satisfeitos e confiantes em Deus.

1.    Raymond C Ortlund em o livro “Senhor, Faça de Minha Vida um Milagre”, diz algo interessante. Ele não está falando para pastores, mas nos ajuda nessa reflexão:

Você naturalmente quer uma vida cristã significativa. O que irá ajudá-lo a ter uma vida assim? Você pode dizer: “bem, irei a uma igreja boa, sadia. Certamente este é o caminho para obter propósito e realização”. Você descobre uma igreja e fica entusiasmado. As coisas começam a acontecer. Um espírito iluminado, alegre, se encontra ali. Deus está operando, e você diz: “É isto!” Você passa a fazer parte de comitês, quadros administrativos e aulas da escola dominical, mas depois de um ou dois anos pensa: “Ora, grande parte dessas pessoas não é melhor do que eu, e algumas delas têm problemas piores do que os meus”. Neste ponto você começa a sentir-se de novo inquieto. Isso não quer dizer que vá deixar a igreja, mas você começa a procurar algo mais, algo mais profundo... Você ouve falar de uma doutrina especial aceita por certas pessoas que se reúnem numa casa ... e pensa: “Por que não ouvi falar disso antes? Como é que ninguém me disse nada a respeito?” E você diz: “Alma, alegre-se! Sua busca terminou. É isto que estava procurando!” Sua vida concentra-se então nesta nova doutrina, nesta especialização. E ela é maravilhosa, é bíblica. Mas logo você descobre que a mesma não abrange tudo, e sua alma se inquieta. Você se sente seco e vazio. Certo dia então, um amigo que parece cheio de alegria lhe diz: “O que você realmente precisa é uma certa experiência cristã”. Você pensa: “Isso deve ser verdade. É exatamente o que eu preciso”. Você vai então ao lugar onde as pessoas estão tendo a experiência em apreço, e todos parecem felizes e jubilosos – que maravilha de lugar. E você diz: “Aleluia! É isto!” Você tenta obtê-la também, e todo o grupo o anima. Eles estão torcendo por você – e dizem: “Você precisa de mais fé. Liberte-se! Deixe tudo de lado! Relaxe!” Finalmente você a alcança. Você passa por essa grande experiência e diz: “Tem de ser isto. Deve ser isto!” Mas, eventualmente, a velha inquietação volta. Por quê? É PORQUE TODO O TEMPO VOCÊ ESTEVE PROCURANDO “ALGO” E NÃO “ELE”. Veja bem, a igreja em si jamais deve ser a parte principal e o centro de sua vida. Nem uma experiência – você não pode concentrar-se na experiência. Uma especialização, ou uma doutrina boa e verdadeira não podem ser centrais. O próprio Deus é que deve ser o centro”.

2.    Há muita gente em nossas igrejas procurando “alguma coisa” e não “a Deus”. E enquanto essas pessoas continuarem à procura de algo e não de Deus, terão muita dificuldade de celebrar a vida de forma verdadeira e significativa.
3.    Paulo é um grande exemplo de alguém que estava plenamente satisfeito e confiante em Deus.
a.    Quando ele se refere às aflições do tempo presente e diz que elas são incomparavelmente menores que a glória que em nós há de ser revelada, ele demonstra essa satisfação e confiança;
b.    Quando em outra parte ele fala das tribulações como sendo leves e momentâneas e produtoras de um peso eterno de glória mui excelente, ele demonstra essa satisfação e confiança;
c.    Quando ele diz estar experimentado em todas as situações e circunstâncias da vida, fáceis e difíceis, e que pode conviver com todas elas porque quem o fortalece é Cristo, ou Cristo é quem o reveste de força, ele demonstra essa satisfação e confiança.
d.    Então ele pode celebrar e dizer “para mim o viver é Cristo e o morrer é ganho”.
4.    Habacuque, o profeta, quando aprendeu que podia ter plena satisfação e confiança em Deus, disse:
“... ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no SENHOR, exultarei no Deus da minha salvação. JEOVÁ, o Senhor, é minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas” (Habacuque 3:17-19 RC)

5.    Ismael é um missionário da JOCUM no continente africano em cuja consagração tive o privilégio de ser o orador. Está lá já há muitos anos. Em uma de suas mensagens no Brasil ele disse que uma das dificuldades de muitos missionários que estão em determinados campos, e esse talvez fosse o caso dele, é voltar ao seu país de origem para alguma atividade, como promoção missionária, por exemplo, e ver que muitos de seus amigos de juventude agora são médicos, engenheiros, advogados, empresários, e têm suas casas muito bem edificadas, carros na garagem, enquanto que eles não. A tentação de “amar o presente século” e abandonar tudo para “prosperar na vida terrena” é grande. Mas Ismael está lá, firme, com sua esposa e filhas já moças, uma delas nascida lá, resistente aos apelos deste mundo, e sempre mandando com muita alegria notícias dos feitos nos campos missionários, celebrando. Por quê? Não há outra explicação senão porque ele está plena e confiantemente satisfeito em Deus.
6.    Não tem como celebrarmos a vida se não estivermos plena e confiantemente satisfeitos em Deus; contentes nele.

CONCLUSÃO

1.    O preço já foi pago e você já foi alcançado pela graça de Deus em Cristo para a salvação, então:
a.    Deixe todo e qualquer pecado;
b.    Se livre de embaraços;
c.    Siga perseverantemente a carreira que Deus lhe propôs, a geral e a específica, não olhando para nada e nem ninguém além de Jesus;
d.    Apresente-se a Deus como uma oferta a Ele;
e.    Conforme-se a Jesus e jamais a este mundo;
f.      Deixe que Ele renove o seu entendimento;
g.    Viva plena e confiantemente satisfeito em Deus;
h.    E: CELEBRE A VIDA

Pr. Walmir Vigo Gonçalves
Agosto de 2019

segunda-feira, 17 de junho de 2019

O tempo de semear é agora

O TEMPO DE SEMEAR É “AGORA”

 

1.    O profeta Isaías numa parte de seu livro à qual alguém intitulou “O Servo do Senhor é a Luz dos Gentios” – o capítulo 49 – diz a certa altura (versos 8 e 9) que “Assim diz o SENHOR: No tempo favorável, te ouvi e, no dia da salvação, te ajudei, e te guardarei, e te darei por concerto do povo, para restaurares a terra e lhe dares em herança as herdades assoladas; para dizeres aos presos: Saí; e aos que estão em trevas: Aparecei. Eles pastarão nos caminhos e, em todos os lugares altos, terão o seu pasto”

2.    O apóstolo Paulo, escrevendo sua segunda carta aos Coríntios, cita a primeira parte deste trecho e acrescenta: “... eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação”. Em outras palavras: o Servo do Senhor que viria para ser luz para todos, inclusive para os gentios, já veio, é Jesus, e então hoje, agora é o tempo de se receber a Salvação.

3.    Geralmente usamos esse trecho quando estamos pregando uma mensagem evangelística ou quando estamos evangelizando alguém. Aplicamos o trecho, então, àqueles que precisam ser e estão sendo evangelizados. Entretanto, o texto é perfeitamente aplicável àqueles que, já evangelizados e convertidos, agora têm sobre si a responsabilidade de evangelizar, de fazer conhecida a mensagem do evangelho.

 

a.    E quem são estes? NÓS! EU: WALMIR.

b.    E quando é que precisamos fazer isso? AGORA! É a resposta correta.

 

O tempo de semear é hoje, é agora; e eu, e você, nós precisamos semear a boa semente do evangelho hoje.

 

4.    Quais são algumas razões para semearmos hoje, agora? As razões são as mesmas pelas quais as pessoas precisam converter já:

 

a.    A vida humana pode findar-se a qualquer instante. Muitas almas estão sendo ceifadas a cada segundo do dia todos os dias;

b.    O retorno de Jesus é iminente – Ele virá “como o ladrão de noite”.

 

5.    Veja Ezequiel 33.1-9:

 

“E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, fala aos filhos do teu povo e dize-lhes: Quando eu fizer vir a espada sobre a terra e o povo da terra tomar um homem dos seus termos e o constituir por seu atalaia;  e, vendo ele que a espada vem sobre a terra, tocar a trombeta e avisar o povo;  se aquele que ouvir o som da trombeta não se der por avisado, e vier a espada e o tomar, o seu sangue será sobre a sua cabeça.  Ele ouviu o som da trombeta e não se deu por avisado; o seu sangue será sobre ele; mas o que se dá por avisado salvará a sua vida.  Mas, se, quando o atalaia vir que vem a espada, não tocar a trombeta, e não for avisado o povo; se a espada vier e levar uma vida dentre eles, este tal foi levado na sua iniquidade, mas o seu sangue demandarei da mão do atalaia.  A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca e lha anunciarás da minha parte.  Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniquidade, mas o seu sangue eu o demandarei da tua mão.  Mas, quando tu tiveres falado para desviar o ímpio do seu caminho, para que se converta dele, e ele se não converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniquidade, mas tu livraste a tua alma.” (Ezequiel 33:1-9 RC)

 

6.   Isso nos diz alguma coisa?

7.    Vou contar uma história da qual eu não gosto muito, por colocar uma carga pesada demais sobre os ombros de um garoto apenas, mas que serve bem como ilustração para o que estamos tratando aqui:

 

Há muitos anos uma certa família possuía um rádio, que era o único em vários quilômetros da redondeza. Certa feita ouviram que um vendaval muito forte tinha surgido e se dirigia para aquele lugar. O pai chamou seu filho pequeno e disse-lhe para ir correndo avisar uma outra família, de sobrenome Silva, da aproximação do vendaval e aconselhá-los a se refugiarem no porão da casa, onde ficariam guardados do mal. O garoto saiu correndo, mas a algumas centenas de metros da casa, viu um passarinho num galho de árvore. Como já fizera muitas vezes, apanhou uma pedra para atingir o passarinho. Errou. Mas ficou esperando e, quando minutos depois, o pássaro voltou, jogou outra pedra. Dessa vez acertou e o passarinho caiu no chão. Segurou o passarinho e aí, ouviu um terrível estrondo: era o vendaval. Tinha-se abatido sobre a casa dos Silva e o menino, aterrorizado, viu quatro corpos serem lançados como folhas secas para longe, junto a mata. O garoto jogou o passarinho ferido para o lado e correu para casa. O pai, na porta, esperava. Ele havia visto a destruição na casa vizinha. Disse ao filho: "Filho você teve tempo de sobra. Por que não avisou os Silva?" O menino contou a história do passarinho. O pai o interrompeu: "Meu filho, que mancha de sangue é essa na sua mão?" O menino respondeu: "É do passarinho, papai." "Não", corrigiu o pai: "é o sangue da família Silva que você não avisou". Esta é uma emocionante ilustração de Ez 33.8.

 

8.    Meus irmãos, precisamos avisar as pessoas do perigo que elas correm de continuarem vivendo suas vidas sem Jesus. Façamos isso diligentemente, sem preguiça, a tempo e fora de tempo; saiamos de nossas “zonas de conforto”. Se houvesse uma tragédia em Muqui, uma revolta da natureza que derrubasse casas, inundasse tudo e deixasse muitas pessoas desabrigadas, tenho certeza que sairíamos de nossas casas para ajudar; receberíamos as pessoas nesse espaço que temos na igreja e recolheríamos alimentos e faríamos comida para elas e ficaríamos cansados, mas extremamente realizados por poder ajudar. Bem, essa tragédia, graças a Deus, não tem acontecido, mas uma tragédia muito maior se abate sobre a nossa cidade: as pessoas estão perdidas, vivendo sem Jesus e sujeitas a irem para o inferno onde sofrerão eterno tormento e onde nossas mãos já não mais as alcançarão para ajudá-las. Então, façamos a obra enquanto é tempo! Trabalhemos enquanto é dia, pois a noite vem, quando ninguém mais pode trabalhar.

9.    As almas vão continuar sendo ceifadas e Jesus pode voltar a qualquer instante, mas que nós tenhamos a nossa consciência limpa da mesma forma que Paulo a tinha por não deixar de anunciar o evangelho – Veja Atos 20.17-27:

 

“De Mileto, mandou a Éfeso chamar os anciãos da igreja.  E, logo que chegaram junto dele, disse-lhes: Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, como em todo esse tempo me portei no meio de vós,  servindo ao Senhor com toda a humildade e com muitas lágrimas e tentações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram;  como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar e ensinar publicamente e pelas casas,  testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.  E, agora, eis que, ligado eu pelo espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que lá me há de acontecer, senão o que o Espírito Santo, de cidade em cidade, me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações.  Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.  E, agora, na verdade, sei que todos vós, por quem passei pregando o Reino de Deus, não vereis mais o meu rosto.  Portanto, no dia de hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos; porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus.” (Atos 20:17-27 RC)

 

10. Que Deus derrame sobre nós, sobre nossa igreja, a bênção de sermos usados poderosamente na obra de anunciar o evangelho em Muqui, para a salvação daqueles que ainda se encontram perdidos.

11. Amém?

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

PIB Muqui

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