Domingo, 07 de
agosto de 2022
Pr. Walmir Vigo Gonçalves
ATÉ
QUE VENHA
TEXTO: 1 Coríntios
11.23-26
TEMA: ATÉ QUE VENHA
OBJETIVO: Entender que,
através da celebração da Ceia nós “mostramos” a morte de Cristo e o seu
significado, bem como entender que esta é uma celebração que deve ser feita por
aqueles para quem ela faz sentido, isto é, aqueles que já foram alcançados
pelos benefícios da morte de Cristo e que, para isso devem estar reunidos como igreja.
E também entender que a celebração deve ser realizada “até que Cristo venha” e
que devemos, antes, examinarmo-nos como igreja e como crentes individuais para
não celebrarmos de forma indigna.
INTRODUÇÃO
Ø Hoje
vamos, mais uma vez, celebrar a Ceia do Senhor.
Ø Quantas
vezes você já participou dessa celebração?
Ø Alguns
de nós já participaram algumas dezenas de vezes, outros centenas e outros já
participamos algumas milhares de vezes; e se vivermos mais cinquenta anos vamos
participar mais algumas milhares de vezes. E é assim que tem que ser. Jesus
ordenou que assim o fosse. Essa participação intensa é o normal; anormal é não
se importar em participar.
Ø E
precisamos participar com entendimento, e, por isso, mesmo não sendo necessário
todas as vezes proferir uma mensagem sobre o assunto, de vez em quando o
fazemos, como será o caso hoje, para adquirirmos ou recordarmos o entendimento.
Ø Então
hoje veremos,
o primeiro,
o que fazemos;
o depois,
o que mostramos;
o em
terceiro lugar quem deve mostrar,
o e,
por último, quando devemos fazer isso.
Ø Então
vamos lá. Em primeiro lugar:
O QUE FAZEMOS?
Ø O
que fazemos? – Nós “anunciamos”.
Ø Ou
talvez fosse melhor dizer que nós “mostramos”,
o através
dos elementos simbólicos, “memoriais”, colocados sobre a mesa,
o porém,
muito mais, através da cerimônia que se pratica em torno desses
elementos.
Ø E
isso é de extrema importância, porque um grande evento ou acontecimento, como
foi o da morte de Cristo, e a razão dele, deve ser mantido em nossas mentes, e
não há meio mais eficaz de se manter em mente do que as cerimônias relativas ao
evento ou acontecimento.
Ø O
povo de Israel, assim como todos os povos, era dado a “memoriais”. Às vezes
monumentos eram erguidos em memória de algum acontecimento. Mas as cerimônias
realizadas em datas específicas, mesmo havendo os elementos memoriais, são bem
mais eficazes. Por exemplo, quando Deus disse que os filhos de Israel deveriam
se lembrar sempre de que Ele os tirara do Egito com mão forte, com braço
estendido e com grandes sinais, ordenou a prática de uma cerimônia: a “Pessach”
(Páscoa). Havia o cordeiro que deveria ser morto, mas fazia parte da
cerimônia. Se eles simplesmente matassem o cordeiro e não fizessem a cerimônia,
com o passar do tempo, nas futuras gerações muitos nem saberiam porque se faz
isso.
Ø Então,
esta é uma cerimônia para “mostrar”, ou “anunciar mostrando” através dos
elementos simbólicos. “Mostrar” aqui significa declarar, testemunhar,
representar, expor, tornar manifesto, chamar a atenção.
Ø É
isso que nós estamos fazendo aqui hoje.
Ø Mas
não tem sentido fazer isso se não cremos. Por isso tenho que lhe perguntar:
“você crê?”.
Ø Se
você não crê, não perca tempo tentando mostrar algo em que você não crê; não prossiga.
Mas se você crê, então prossiga.
Ø Porém,
deixe eu lhe dizer uma coisa, a você que crê: ESTA é a cerimônia
estabelecida por Jesus, uma ordenança do nosso Mestre, mas não existe apenas
essa maneira de anunciar aquilo que Deus fez por nós em Cristo, até porque
essa cerimônia não é para ser realizada todos os dias e em todos os lugares
indiscriminadamente; essa é a cerimônia da igreja reunida; esse é um “mostrar”
muito mais para nós que já cremos do que para aqueles que ainda permanecem na
incredulidade. Não substituem a cerimônia da Ceia do Senhor, mas existem outras
maneiras de anunciar, e uma delas é “pregar”, “falar de Jesus” às outras
pessoas; falar sobre quem ele é, falar da sua encarnação, seus sofrimentos, sua
morte e sua ressurreição em nosso favor; falar que “Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crer não
pereça, mas tenha a vida eterna”; falar que ele “veio para buscar e
salvar o que se havia perdido”; falar que é preciso crer nele, porque “quem
crê nele não será condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não crê
no nome do Unigênito Filho de Deus”; falar que “o salário do pecado é a
morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso
Senhor”. É preciso falar. Jesus nos mandou falar. Aprouve a Deus salvar o
homem pela “loucura da pregação” (pregar é falar de Jesus). Você não vai
querer deixar que seu pai, sua mãe, seu filho, sua filha, seu avô, sua avó, seu
amigo... vá para a perdição eterna sem que você tenha, de alguma forma, falado
de Jesus para ele.
Ø Então,
esse é o primeiro ponto, a primeira consideração: nós “mostramos” – “anunciamos
mostrando” através desse memorial.
Ø Vamos
ao segundo ponto:
O QUE MOSTRAMOS?
Ø Mostramos
“a morte do Senhor”. Está aí no texto: “Todas as vezes que comerdes este pão
e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha”.
Ø Obviamente
não se trata de apenas mostrar que um dia um homem chamado Jesus andou por
aqui, fez algumas coisas importantes e depois morreu.
Ø A
morte de Cristo é repleta de significado, e quando “mostramos”, através da
Ceia, que Cristo morreu, estamos mostrando também a razão porque ele morreu e o
significado de sua morte.
Ø Quando
os Israelitas atravessaram a pés enxutos o rio Jordão para entrar na terra
prometida, foi-lhes ordenado levar 12 pedras do meio do Jordão e coloca-las em
determinado lugar, para que no futuro, quando alguém perguntasse o significado
daquelas pedras, lhe fosse contada a história de como Deus fizera, de forma
maravilhosa, o povo passar o Jordão.
Ø Assim
também é com a morte de Cristo. Mostramos a morte através da celebração da ceia,
mas também a sua razão e o seu significado.
Ø Mostramos,
por exemplo:
o
Que a morte de Cristo foi em nosso lugar, no
lugar de pecadores.
É claro e
evidente que Cristo não morreu por seu próprio pecado – ele não o tinha. Veja:
“Quem
dentre vós me convence de pecado? E, se vos digo a verdade, por que não
credes?” (João 8:46 RC)
“Porque
não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas;
porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” (Hebreus 4:15 RC)
Lemos em
todo lugar que ele morreu pelo pecado de outros, e esses outros somos nós.
Veja:
“Mas ele
foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos
sarados. Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo
seu caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.”
(Isaías 53:5-6 RC)
“Porque
primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos
pecados, segundo as Escrituras,” (1 Coríntios 15:3 RC)
“levando
ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para
os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes
sarados.” (1 Pedro 2:24 RC)
Então,
mostramos isso, mostramos a morte de Cristo e que a morte de Cristo foi em nosso
lugar, no lugar de pecadores.
Já faz uns
dias que vem voltando à minha mente uma história. Deve ser pra eu conta-la
novamente. E ela cabe muito bem aqui:
Conta-se
que Ciro, rei da Pérsia, certa ocasião sagrou-se vitorioso numa das suas
batalhas e transportou para o seu país todos os inimigos que puderam ser
capturados. Entre os inúmeros prisioneiros, estava também um príncipe, com sua
esposa e filhos. Estes, por causa da linhagem real, foram levados à presença do
rei.
Ao vê-los
humilhados à sua frente, o soberano persa, com desmedida ironia, perguntou ao
príncipe vencido:
- Quanto me
darás em troca da tua liberdade?
- Dar-te-ei
a metade do meu reino - respondeu o príncipe imediatamente.
- Diante de
tamanha disposição, vejo que tens a vida por preciosa! E se eu, por deferência
especial, conceder também a liberdade a teus filhos, o quanto receberei por
recompensa?
- Eu
entregarei a sua alteza todo o meu reino - falou o príncipe.
-
Oferecendo-me em troca da tua liberdade pessoal e a dos teus filhos todo o teu
reino, o que me poderás oferecer então pela liberdade da tua esposa?
Certamente, ela representará muito para ti.
Só então o
príncipe se deu conta de que havia sido precipitado, ao oferecer tudo o que
possuía em apenas dois lances daquele jogo de interesses tão bem arquitetado
pelo rei persa. Todavia, meditando por um rápido momento, disse com decisão:
-
Entrego-me eu mesmo a ti, pela liberdade da minha esposa.
O grande
conquistador, apesar de toda a sua crueldade e frieza, sentiu-se esmorecido
naquele momento. Então, diante de uma resposta tão cheia de altruísmo e
abnegação, acabou por conceder liberdade imediata a toda a família, sem exigir
nada em troca.
No percurso
de volta ao seu reino, o príncipe indagou da esposa se ela, por acaso, havia
observado o quanto era belo e imponente o semblante do rei dos persas. A essa
indagação, a princesa respondeu com ternura:
- Não olhei
para nada, absolutamente, porque, tinha a minha atenção voltada e os meus olhos
fixos naquele que estava pronto a dar-se a si mesmo, em pagamento pela minha
liberdade.
Cristo
deu-se a si mesmo, morreu, “por nós”. E agora, livres, onde estamos pondo os
nossos olhos? Isto é, em que estamos mais interessados? A que estamos mais nos
dedicando? Deveríamos estar mais interessados e nos dedicando àquele que deu a
vida por nós; deveríamos estar como os nossos olhos voltados para ele;
deveríamos estar mais interessados e nos dedicando em buscar, como ele mesmo
nos orientou, em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça. E isso deveríamos
fazer com firmeza de propósito e olhando somente para ele.
Vamos em
frente.
Mostramos:
o
Que a morte de Cristo foi para a nossa
redenção;
Redenção
significa “libertação mediante um pagamento”. Cristo, com sua morte, pagou o
preço do nosso resgate.
“sabendo
que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados
da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas
com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,
o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do
mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós;” (1 Pedro
1:18-20 RC)
Mostramos:
o
Que a morte de Cristo foi para nos
reconciliar com Deus e estabelecer a paz;
“Assim
que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram;
eis que tudo se fez novo. E tudo isso
provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o
ministério da reconciliação, isto é, Deus estava em Cristo reconciliando
consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da
reconciliação.” (2 Coríntios 5:17-19 RC)
“Sendo,
pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo;”
(Romanos 5:1 RC)
Mostramos:
o
Que a morte de Cristo foi para propiciação
“Porque
todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados
gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual
Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua
justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;”
(Romanos 3:23-25 RC)
Propiciação
significa “tornar alguém favorável a outro”. Deus, que era inimigo do homem
perdido e estava irado contra ele, se torna agora favorável ao homem e ao
relacionamento com ele.
Ø Então
é isso que mostramos.
Ø Visto
isso, passemos adiante:
QUEM DEVE MOSTRAR?
Ø Primeiro
precisamos fazer uma “delimitação”.
Quem deve
mostrar?
Qualquer
pessoa, em qualquer situação?
Não!
Obviamente,
devem demonstrar aqueles que já foram alcançados pelos benefícios da morte de
Cristo.
Quando
estudamos o sermão da montanha e chegamos à parte em que Jesus diz que “vós
sois o sal da terra e a luz do mundo”, fizemos também essa “delimitação. Foi
assim:
Jesus disse
“vós sois o sal... a luz...”, mas “vós” quem?
- Vós que
sois humildes de espírito;
- Vós que
lamentais por causa do pecado;
- Vós que
sois mansos;
- Vós que
tendes fome e sede de justiça;
- Vós que
sois misericordiosos;
- Vós que
sois limpos de coração;
- Vós que
sois pacificadores;
- Vós que
por minha causa sois perseguidos e não se abalam;
- Enfim, e
resumindo: vós que realmente sois de Cristo.
VÓS – e
somente vós!
É o mesmo
caso aqui.
Quem deve
mostrar?
Aqueles que
já foram alcançados pela obra de Cristo. Aqueles que, por crerem na obra
redentora de Cristo, já se arrependeram de seus pecados e a ele se entregaram.
Estes e
SOMENTE estes.
Ø Então,
precisamos fazer essa “delimitação”.
Ø Mas
também precisamos fazer uma “coletivização”.
Quem deve
mostrar? Aqueles que já foram alcançados pela obra de Cristo. Aqueles que, por
crerem na obra redentora de Cristo, já se arrependeram de seus pecados e a ele
se entregaram. Estes e somente estes, porém, JUNTOS COMO IGREJA.
A Ceia do
Senhor é uma cerimônia da igreja reunida.
Os batistas
não costumam levar a ceia do Senhor para alguém que esteja acamado, em uma casa
de repouso para idosos, hospital, etc. Pode-se até fazê-lo, mas esse tipo de
prática individual é excepcional, não a norma bíblica. Por quê? Não é por
“maldade” ou por “desinteresse”. É porque entendemos que a celebração é para a
igreja reunida. Todas as passagens bíblicas que citam a ceia contemplam a
igreja reunida. Ceia é “comunhão”. Se você não sabia disso, agora já sabe, e
pode responder se alguém de outra igreja, sem nenhuma ética cristã, for na sua
casa e levar a ceia e perguntar porque o seu pastor não tem o costume de levar.
Eu já levei
a ceia para irmãos em casa, mas na maioria das vezes procurei ter junto mais
irmãos, para não ser algo tão individual.
Ø E
por último:
QUANDO DEVEMOS FAZER ISSO?
Ø Não
é dito quando.
Ø Não
é dito que deve ser toda semana.
Ø Não
é dito que deve ser uma vez por mês no primeiro domingo do mês no culto da
manhã, como nós aqui na PIB Muqui normalmente praticamos.
Ø Essa
é uma decisão de cada igreja.
Ø Mas
é dito que devemos fazer isso depois de examinarmo-nos a nós mesmos para não
comermos o pão ou bebermos o cálice do Senhor indignamente. Examinar,
arrepender, pedir perdão, dispor-se a “acertar” e assim comer e beber.
o Um
exame no sentido “coletivo” – vamos participar da comunhão da mesa do Senhor
como igreja do Senhor. A igreja de Corinto celebrava indignamente porque não
havia amor e comunhão. Veja:
“Nisto,
porém, que vou dizer-vos, não vos louvo, porquanto vos ajuntais, não para
melhor, senão para pior. Porque, antes de tudo, ouço que, quando vos ajuntais
na igreja, há entre vós dissensões... cada um toma antecipadamente sua própria
ceia... um tem fome e outro embriaga-se... envergonhais os que nada têm...
nisso não vos louvo” (trechos de 1 Co. 11.17-22).
Então ela
tinha de examinar-se a si mesma quanto a isso.
Bem, não
temos esse problema hoje entre nós, até porque nossa celebração é diferente,
não é uma “festa ágape” com muita comida. Mas mesmo assim temos que nos
examinar nos quesitos amor e comunhão – ver se nosso coração é grande o
bastante para caber todos da igreja.
o E,
certamente também, um exame no sentido individual, seguido por arrependimento e
confissão de pecados, se necessário, e “assim coma desse pão e beba desse cálice”.
Aliás, esse é um exame que devemos fazer sempre, e não apenas no dia da ceia.
Ø Mas
é dito também “até que venha” – e isto significa que enquanto Cristo não voltar
a igreja deve permanecer firme na prática da celebração da Ceia do Senhor como
ordenança de Jesus.
CONCLUSÃO
Ø Então
vamos celebrar, entendendo que, através da celebração da Ceia nós “mostramos” a
morte de Cristo e o seu significado, bem como entendendo que esta é uma
celebração que deve ser feita por aqueles para quem ela faz sentido, isto é,
aqueles que já foram alcançados pelos benefícios da morte de Cristo e que, para
isso devem estar reunidos como igreja, conforme estamos nós reunidos aqui. E
também entendendo que a celebração deve ser realizada “até que Cristo venha” e
que podemos e devemos, antes, examinarmo-nos como igreja e como crentes
individuais para não celebrarmos de forma indigna.
Ø Vamos
então fazer um momento de oração “introspectiva”? Qual pecado você ainda não
confessou? No seu coração cabe todas as pessoas? Há disposição para o perdão?
Há pelo menos uma busca em Deus por essa disposição? Cada um ore por si mesmo...
Pr. Walmir Vigo
Gonçalves
FONTES DE CONSULTA:
Ø Pregando
a Bíblia com Charles Spurgeon – vol VI
Ø Palestras
em Teologia Sistemática – Henry Clarence Thiessen
Ø www.igrejaredencao.org
Ø Strongs
– em Bíblia Online módulo 3.0