sábado, 27 de novembro de 2021

Atitudes Positivas em Relação ao Evangelho

 

ATITUDES POSITIVAS EM RELAÇÃO AO EVANGELHO EM ROMANOS 1.14-16

 

01. Hoje vamos pensar nas atitudes positivas de Paulo em relação ao evangelho em Romanos 1.14-16.

02. Antes de mais nada, então, leiamos o texto:

 

“14  Eu sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes. 15  E assim, quanto está em mim, estou pronto para também vos anunciar o evangelho, a vós que estais em Roma. 16 ¶ Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.” (Romanos 1:14-16 RC)

 

03. Os irmãos conseguem ver aí três atitudes positivas? São 3, uma em cada versículo:

a.    No verso 14: a atitude de reconhecer-se devedor ... da pregação do evangelho;

b.    No verso 15: a atitude de prontidão para anunciar o evangelho;

c.    E no verso 16: a atitude de não se envergonhar do evangelho.

04. Pois bem, vamos pensar nesta oportunidade nestas três atitudes de Paulo, aplicando-as a nós como crentes individuais e como igreja do Senhor Jesus.

05.  

 

I. O reconhecimento de que devemos ao mundo a pregação do evangelho

 

“Eu sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes”

 

01. “Eu sou devedor...”, admitiu Paulo.

02. O que é uma dívida? Uma dívida é uma obrigação, um dever que precisa ser cumprido.

03. Paulo, então, reconhece que tinha um dever a ser cumprido, e esse dever era a pregação do evangelho.

04. A quem Paulo era devedor da pregação do evangelho? “... tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes”.

05. Quando Paulo se expressa dizendo que devia a pregação do evangelho tanto a grego quanto a bárbaros, ele estava se utilizando de uma divisão convencional feita pelos gregos em relação à humanidade: “gregos” eram... os gregos; e “bárbaros” eram todos os demais homens. Então, o que Paulo estava dizendo é que a pregação do evangelho ele a devia a toda a humanidade e não só a alguns.

06. Mas Paulo também diz “... sábios e ignorantes...”. Nas palavras de Champlin:

 

Paulo não sentia obrigação de anunciar Cristo somente aos universitários de sua época, mas, com igual disposição pregava seu Senhor nos antros e nas favelas de seu tempo. Paulo não foi enviado somente aos filósofos e literatos, como também não foi enviado somente às pessoas sem cultura e educação. Sua dívida se aplicava igualmente a todos.

 

07. Então, Paulo, numa atitude positiva, reconhece que deve

a.    a todas as pessoas

b.    de toda a humanidade

c.    toda a pregação do evangelho.

08. Agora, aplicando a nós, esse reconhecimento de Paulo deve ser o nosso reconhecimento também, como crentes individuais, mas especialmente como igreja do Senhor Jesus. Jesus deixou sob a responsabilidade da igreja a pregação do evangelho. O textos são por demais conhecidos, e, dentre eles, Mateus 28:19-20 tem sido usado como divisa de nossa campanha de Missões Mundiais neste ano (2017).

09. Então, a primeira atitude positiva em relação ao evangelho, que encontramos aqui em Romanos 1.14-16, é a atitude de reconhecer que devemos a pregação do evangelho...

a.    a todas as pessoas indistintamente – ricos e pobres, doutores e iletrados, sãos e doentes, receptivos e hostis, sóbrios e ébrios, heterossexuais e homossexuais, honestos e corruptos, trabalhadores e mendigos, ... todos! Nós não sabemos a quem Deus vai salvar, então temos que pregar a todos.  

b.    em todas as partes do mundo – até lá onde estão mais concentrados os integrantes do Estado Islâmico; até no interior das mais densas florestas... até aos confins da terra.

10. Bem, isso é relativamente fácil, pois Jesus ordenou que isso fosse feito e até disse que o Espírito Santo conferiria poder para sermos testemunhas dele em Jerusalém, Judéia, Samaria e até aos confins da terra – todos os lugares e todas as pessoas. RECONHECER é fácil; mas o texto não para no reconhecimento e põe em evidência uma outra atitude positiva em relação ao evangelho, que é...

 

II. A prontidão para anunciar o evangelho a todos em todo o mundo

 

“... estou pronto para também vos anunciar o evangelho, a vós que estais em Roma”

 

01. Estou pronto! Assim que Deus, pela Sua vontade, me oferecer boa ocasião de ir ter convosco, ocasião pela qual oro sempre (v. 9 e 10), eu vou.

02. À pergunta divina “a quem enviarei e quem há de ir por nós? ”, a resposta imediata de Isaías foi “eis-me aqui, envia-me a mim”.

03. Se, conforme dissemos anteriormente, reconhecer que devemos ao mundo a pregação do evangelho é fácil, estar pronto para atender ao chamado divino para fazer algo para que esse evangelho seja de fato pregado a todos em todo o mundo pode não ser algo tão fácil assim.

a.    Pode não ser tão fácil, por exemplo, a prontidão para ir

                                          i.    Pessoalmente pode não ser tão fácil a prontidão para ir

Ø  Às vezes porque o local e o povo do local oferecem alguma hostilidade àquele que foi chamado para lá ir.

ü  Locais de conflitos bélicos

ü  Locais de extrema pobreza onde há falta do mais básico para a subsistência

ü  Locais onde se vai estar sujeito a contrair os mais diversos tipos de enfermidades e moléstias

ü  Locais onde o evangelho não é bem quisto e onde se pode morrer por pregá-lo

ü  Etc.

Ø  Às vezes porque Deus pode nos mandar para um local e um povo para quem não queremos pregar.

ü  Jonas

ü  O jovem pastor que ministrava um curso do qual participei e que se referiu ao incômodo que sentia da parte de Deus em seu interior para ir na cadeia visitar e pregar para a pessoa que havia violentado a sua família.

                                        ii.    Corporativamente, como igreja, pode não ser tão fácil ir.

Ø  Os exemplos neste caso não precisam ser de fora, podem ser os nossos mesmos. Salvaguardando aqueles que realmente têm dificuldades, pela idade, pela saúde ou por outra razão qualquer realmente justificável, quantos e quem somos os que participamos dos cultos evangelísticos nos lares, dos cultos evangelísticos ao ar livre, do evangelismo com folhetos que acontece 1 hora ou menos antes do ar livre?

b.    Pode não ser tão fácil a prontidão para sustentar a obra e aqueles que tem prontidão e coragem para ir.

                                          i.    Qual é o nosso alvo de Missões Mundiais nessa campanha 2017? Nosso alvo financeiro é R$16.600.000,00. Vamos alcançar? Talvez! O mais provável, baseando-se em experiências anteriores, é que quase alcance, mas não alcance. Mas como pode não alcançar se esse valor representa apenas cerca de 11,00 por batista brasileiro no período de um ano? Pois é, se cada batista brasileiro contribuísse para Missões Mundiais com 24,00 POR ANO (2,00 por mês), mais que dobraríamos o alvo e poderíamos fazer muito mais. Mas isso não acontece. E porque não acontece? Porque muitos, talvez a maioria, não contribuem. E porque não contribuem?

Ø  às vezes porque não têm nenhuma condição mesmo;

Ø  às vezes porque não são incentivados, talvez nem tomando conhecimento da campanha;

Ø  às vezes porque não estão muito interessados, estão indiferentes, tanto fazendo “a água correr pra cima quanto correr pra baixo”;

Ø  às vezes para fazer “oposição”;

Ø  às vezes simplesmente porque não querem mesmo.  

ü  Observação: não diminua a sua contribuição para a média, porque a falta de contribuição de muitos outros precisa ser compensada.

c.    Pode não ser tão fácil a prontidão até para orar corporativamente, como igreja reunida, pela pregação do evangelho a todos em todo o mundo...

04. Então, a prontidão, conforme Paulo nos dá o exemplo, pode não ser tão fácil assim, mas é atitude positiva e que deveria haver de nossa parte assim como houve da parte do Apóstolo Paulo. Se não podemos ir a um campo distante, não fomos chamados para isso, podemos dar testemunho do evangelho aqui e podemos orar e contribuir para que aqueles que foram chamados possam ir aos campos distante.

05. Então, prontidão! Precisamos estar prontos para agirmos para que o evangelho seja pregado a todos em todo o muno.

06. E a terceira e última atitude é:

 

III. A atitude de não se envergonhar do evangelho

 

“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é ...”

 

01. A razão de Paulo enfatizar essa sua atitude talvez residisse no fato de que em alguns lugares, especialmente na capital da Grécia e na capital do império romano, o evangelho era ridicularizado como produto do fanatismo religioso, não sendo levado a sério especialmente no tocante à doutrina da ressurreição.

02. Bem, o tempo passou e a história não mudou; o evangelho continua sendo ridicularizado por muitos em muitos lugares e necessário é que não deixemos de anuncia-lo por alguma espécie de vergonha ou timidez.

03. Mas, se estamos em um meio, talvez numa faculdade por exemplo, em que o evangelho é altamente ridicularizado, como vamos fazer para conseguir não ficar tímidos para anunciá-lo? Paulo dá a resposta ao expressar a sua convicção acerca do evangelho. Eu não me envergonho dele, disse Paulo, porque, conquanto o achem uma insensatez, eu sei que ele é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê.

04. A resposta, se não toda, pelo menos em parte, está na convicção. Para termos a mesma atitude de Paulo, a atitude positiva de não se envergonhar do evangelho, precisamos ter convicção de que ele é o poder de Deus para a salvação de todo o que vier a crer.

05. Veja esse interessante comentário de Champlin:

 

Grande parte da atividade humana visa obter poder, e, após essa aquisição, o uso do poder. Aqueles que têm poder de autoridade são os governantes, os senhores da sociedade humana. Existem muitas formas de poder, como o poder físico, o poder mental e o poder espiritual. Os homens, de forma geral, não têm vergonha do poder; mas, bem pelo contrário, ufanam-se do mesmo. Um homem fisicamente vigoroso, ao lado de um homem fisicamente débil, não sente vergonha por ser o mais forte; mas, antes, sente certo orgulho físico, sem importar se diz isso ou não. Uma nação poderosa, sem importar se esse poder decorre de suas riquezas ou de suas forças armadas, ou mesmo de suas realizações científicas, não se envergonha disso, mas, antes, se enche de brios. Nenhuma dessas formas de poder humano, entretanto, pode transformar uma alma segundo a imagem de Cristo, que é o verdadeiro alvo da existência humana, bem como a grande mensagem central do evangelho cristão. Portanto, vendo (e crendo) Paulo que era o apóstolo do poder mais extraordinário de todos, o poder de Deus, que tem origem divina, e não natural, não se envergonhava.

 

06. Pesquisando um pouquinho sobre atitudes positivas encontrei um artigo escrito por alguém de nome Miguel Lucas no site Psicologia Positiva. O artigo tem como título: “5 Passos Para Conseguir uma Atitude Positiva na Vida”, e os cinco passos apontados por ele são:

a.    Tome consciência de que ter atitudes positivas é uma escolha;

b.    Livre-se da negatividade;

c.    Olhe para o lado positivo da vida;

d.    Reforce a positividade em si;

e.    Partilhe a sua felicidade com os outros.

07. Bem, o objetivo dele e outro, e, talvez, para o objetivo pelo qual ele escreveu esse artigo esses conselhos sejam muito bons, mas para o nosso objetivo aqui, o objetivo de se conseguir a atitude positiva de não se envergonhar do evangelho, o que precisamos é de convicção. 

08. CONVICÇÃO! É preciso tê-la. Convicção de que o evangelho é o poder de Deus para a salvação; convicção de que não há outro recurso para a salvação do homem a não ser o evangelho.

09. No Novo Testamento encontramos algumas palavras diferentes, mas que podem, todas elas, serem, no português, traduzidas por “poder”. Vejamos[1]:

a.    dunamiz (dúnamis) Indica obras poderosas (milagres). É encontrada mais de cem vezes em o Novo Testamento.

b.    exousia (Exousia) Indica poder como autoridade para realizar alguma coisa. Também aparece cerca de cem vezes em o Novo Testamento. Um bom exemplo é este: “Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado...” (João 19:11 RC)

c.    kratoz (Krátos) – Poder no sentido de domínio, força. Aparece 12 vezes em o Novo Testamento.

10. Dúnamis é a Palavra usada por Paulo aqui. O evangelho é o poder de Deus para realizar o grande milagre, a poderosa obra da salvação.

11. Se tivermos essa convicção não vamos nos envergonhar do evangelho de Cristo.

12.  Alguém escreveu um jogral com essa afirmação de Paulo de que ele não se envergonhava do evangelho de Cristo. Em uma parte assim lemos:

 

Roubos, mentiras, adultérios, homicídios, perversão e idolatria. Para onde foram os bons costumes? Onde está o senso de moral? O mundo encontra-se hoje numa situação vergonhosa e desesperadora, no entanto, os seus habitantes não têm vergonha do que fazem e dizem. Mas, em meio a tudo isto, está um povo diferente. Um povo que não corre a mesma carreira que o mundo, um povo que tem uma firme esperança, um povo que espera em santidade a vinda do seu Senhor!  Este povo é a igreja, a Igreja que não se envergonha de viver em santidade, que não se envergonha de sofrer por amor ao seu Senhor, uma igreja que não se envergonha do Evangelho de Cristo!

 

13. Mas tem um “evangelho” sendo pregado em nosso meio do qual temos que nos envergonhar. Um “evangelho” que é pregado como sendo evangelho, mas que é falso, como bem falou Solano Portela em “O evangelho que envergonha”.

a.    Um evangelho recheado de fetiches pagãos;

b.    Um evangelho de fórmulas de felicidade e prosperidade;

c.    Um evangelho que apregoa uma graça barata e não bíblica que leva conforto ao pecador em seu pecado ao invés de leva-lo ao arrependimento;

d.    Um evangelho que tem linguajar cristão, mas que considera a Bíblia um mero registro cheio de falhas;

e.    Um evangelho que deixa de lado as escrituras e se apega à tradição e a “novas revelações”;

f.     Um evangelho de teólogos relacionais que pregam um deus impotente, sujeito às maquinações humanas e às leis da natureza, que não tem um plano, mas vive sujeito à frustração da busca de um relacionamento com um homem soberano;

g.    Um evangelho que transforma um homem em um “quase deus”;

h.    Um evangelho que faz da fé um grande negócio – o evangelho daqueles dos quais Pedro alertou no capítulo 2 de sua segunda carta, que viriam, mas que são falsos doutores que introduzem encobertamente heresias de perdição e que, por avareza, com palavras fingidas, “farão negócio de vós”, ao quais muitos seguirão e pelos quais será blasfemado o caminho da verdade;

i.      Um evangelho “adaptado” para nele caber certos tipos de comportamento que são condenados pelas Escrituras puras, sem “adaptações”;

j.      E, talvez, até o evangelho de quem tem o verdadeiro evangelho, mas que com a vida que vive dá “sinal incerto”... Honra ao Senhor com a boca, mas a vida... o testemunho...

14. Mas do verdadeiro evangelho não! Desse não devemos nos envergonhar, assim como Paulo não se envergonhava.

 

Conclusão

 

01. Reconhecer que somos devedores, estar prontos para agir para que o evangelho seja pregado e não se envergonhar desse evangelho, sabendo que ele é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que vier a crer.

02. São três atitudes positivas em relação ao evangelho que Paulo exemplifica aqui em Romanos 1.14-16.

03. Mas é preciso que nós sigamos o exemplo de Paulo; é preciso que estas atitudes de Paulo sejam nossas atitudes também.

04. Tiago escreveu: “22 Sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. 23 Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural; 24 porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de como era. 25 Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.” (Tiago 1:22-25 RC)

05. Que sejamos nós, IBMuqui, não somente ouvintes, mas cumpridores da Palavra. Que reconheçamos a dívida que temos para com todos, a dívida da pregação do evangelho, e que estejamos prontos para agir para que o evangelho seja pregado, pregando nós mesmos onde pudermos e orando e contribuindo para que seja pregado onde nós mesmos não podemos; e não nos envergonhemos, pois sabemos que o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que vier a crer, até mesmo para a salvação daquele que no presente possa ser um escarnecedor, se ele vier a crer.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves



[1] Informações extraídas do volume 7 (dicionário) da coleção O A. T. Interpretado Versículo Por Versículo, de R. N. Champlin, editora Candeia, e de A Bíblia Online 2.01 da SBB

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

LIÇÃO DE VIDA

 LIÇÃO DE VIDA

        

Dizem que se você colocar um falcão em um cercado com um metro quadrado e inteiramente aberto por cima, o pássaro, apesar de sua habilidade para o voo, será um prisioneiro. A razão é que um falcão sempre começa seu voo com uma pequena corrida em terra. Sem espaço para correr, nem mesmo tentará voar e permanecerá um prisioneiro pelo resto da vida nessa pequena cadeia sem teto. O morcego, criatura notavelmente ágil no ar, não pode sair de um lugar nivelado; se for colocado em um piso completamente plano, tudo que ele conseguirá fazer é andar de forma confusa, dolorosa, procurando alguma ligeira elevação de onde possa se lançar. Um zangão, se cair em um pote aberto, ficará lá até morrer ou ser removido. Ele não vê a saída no alto; por isso, persiste em tentar sair pelos lados, próximo ao fundo. Procurará uma maneira de sair onde não existe nenhuma, até que se destrua completamente, de tanto atirar-se contra o fundo do vidro.

Bem, é o que dizem... E parece que é assim mesmo.

Porém, mesmo que não seja assim com esses animais, é assim com muitas pessoas: atiram-se obstinadamente contra os obstáculos, sem perceber que a saída está logo acima.

Se você está como um zangão, um morcego ou um falcão, cercado de problemas por todos os lados, olhe para cima! Deus é a solução de TODOS os problemas.

Creia em Jesus e no poder redentor da Cruz. O Senhor morreu para que você tenha vida abundante. Nunca duvide disso.

Olhe para o alto, busque a Deus. Dobre seus joelhos e derrame seu coração aos pés da cruz.

Deus nunca deixa de responder àqueles que vão até Ele.

"Clama a mim e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas que não sabes." (Jeremias 33:3)

“EXTRAÍDO”

A LÍNGUA

 A LÍNGUA

 

“A língua dos sábios adorna a sabedoria, mas a boca dos tolos derrama a estultícia.” (Provérbios 15:2 RC)

 

“As palavras do sábio tornam o conhecimento atraente, mas o tolo só diz bobagens.” (Provérbios 15:2 NTLH)

 

            A língua é, segundo definição encontrada no dicionário Michaelis, além de outras coisas, um órgão oblongo, achatado, musculoso e móvel da cavidade bucal e que é o órgão principal da deglutição, do gosto e, no ser humano, da articulação das palavras. No nosso caso aqui o que interessa a respeito da língua é o fato de ela ser o órgão que nos permite articular as palavras, ou, em dizer simples: falar.

            Quando pensamos na língua humana como sendo o órgão que o capacita a falar e nas muitas “falas” que ouvimos/lemos por aí, não podemos deixar de pensar que há gente cuja língua deve ser preservada, mas outras há cuja língua deveria ser amputada. A língua pode ser uma bênção, mas também uma maldição; pode ser um instrumento abençoador, mas também um instrumento portador de infortúnio, desventura, inverdades e outras coisas mais. Veja a seguinte e interessante história:

 

Há mais de dois mil anos existiu um rico mercador grego que tinha um escravo chamado Esopo. Um escravo corcunda, feio, mas de sabedoria única no mundo. Certa vez, para provar as qualidades de seu escravo, o mercador ordenou:

- Toma, Esopo. Aqui está esta sacola de moedas. Corre ao mercado. Compra lá o que houver de melhor para um banquete. A melhor comida do mundo!

Pouco tempo depois, Esopo voltou do mercado e colocou sobre a mesa um prato coberto por fino pano de linho. O mercador levantou o paninho e ficou surpreso:

- Ah!! Língua? Nada como a boa língua que os pastores gregos sabem tão bem preparar. Mas por que escolheste exatamente a língua como a melhor comida do mundo?

E O escravo de olhos baixos, explicou sua escolha:

- O que há de melhor do que a língua, senhor? A língua é que nos une a todos, quando falamos. Sem a língua não poderíamos nos entender. A língua é a chave das ciências, o órgão da verdade e da razão. Graças à língua é que se constroem as cidades, graças à língua podemos dizer o nosso amor. A língua é o órgão do carinho, da ternura, do amor, da compreensão.  É a língua que torna eterno os versos dos grandes poetas, as idéias dos grandes escritores. Com a língua se ensina, se persuade, se instrui, se ora, se explica, se canta, se descreve, se elogia, se demonstra, se afirma. Com a língua dizemos "mãe", "querida" e "Deus". Com a língua dizemos "sim". Com a língua dizemos "eu te amo"! O que pode haver de melhor do que a língua, senhor?

O mercador levantou-se entusiasmado:

- Muito bem, Esopo! Realmente tu me trouxeste o que há de melhor. Toma agora esta outra sacola de moedas. Vai de novo ao mercado e traz o que houver de pior, pois quero ver a tua sabedoria.

Mais uma vez, depois de algum tempo, o escravo Esopo voltou do mercado trazendo um prato coberto por um pano. O mercador recebeu-o com um sorriso:

- Hum... já sei o que há de melhor. Vejamos agora o que há de pior...

O mercador descobriu o prato e ficou indignado:

- O quê?! Língua? Língua outra vez? Língua? Não disseste que a língua era o que havia de melhor? Queres ser açoitado?

Esopo encarou o mercador e respondeu:

- A língua, senhor, é o que há de pior no mundo. É a fonte de todas as intrigas, o início de todos os processos, a mãe de todas as discussões. É a língua que separa a humanidade, que divide os povos. É a língua que usam os maus políticos quando querem nos enganar com suas falsas promessas. É a língua que usam os vigaristas quando querem trapacear. A língua é o órgão da mentira, da discórdia, dos desentendimentos, das guerras, da exploração. É a língua que mente, que esconde, que engana, que explora, que blasfema, que insulta, que se acovarda, que mendiga, que xinga, que bajula, que destrói, que calunia, que vende, que seduz, que corrompe. Com a língua dizemos "morre", "canalha" e "demônio". Com a língua dizemos "não". Com a língua dizemos "eu te odeio"! Aí está, senhor, porque a língua é a pior e a melhor de todas as coisas! 

 

Em provérbios 15.4 lemos que “Uma língua saudável é árvore de vida, mas a perversidade nela quebranta o espírito”.

Reflita: sua língua é saudável, ou há perversidade nela? Sua língua é do tipo que deve ser preservada ou do tipo que melhor fora se fosse amputada?

Cuidado com a língua; cuidado com aquilo que você anda falando por aí. Que aquilo que a sua língua articula seja qual uma deliciosa refeição a trazer refrigério para a alma das pessoas e não infortúnio. Caso contrário... melhor que ela seja amputada.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

terça-feira, 23 de novembro de 2021

IDE E PREGAI

IDE E PREGAI

 

Ø  Foi o nosso Senhor Jesus Cristo quem ordenou: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”. E, desde então, isso tem sido feito. Às vezes mais diligentemente e às vezes mais lentamente, às vezes com mais dificuldades e às vezes com menos dificuldades, às vezes sob muita perseguição e às vezes com menos perseguição.... Mas tem sido feito. Não tenho conhecimento de algum momento da história em que esta missão tenha sido completamente abandonada ou mesmo desvirtuada. Ao contrário, temos informação de manifestações de Deus trazendo discernimento e avivamento em tempos de grandes crises de fé. E o que acontece quando Deus assim se manifesta? Veja algumas coisas que acontecem:

 

o   Uma nova visão da Majestade de Deus;

o   Um novo discernimento acerca de o quão terrível é o pecado, acompanhado de um grande temor de pecar e ofender a Deus;

o   Uma renovada dependência de Deus;

o   Uma intensa alegria pela salvação;

o   Uma intensa manifestação do fruto do Espírito;

o   E, para não me delongar muito, uma nova disposição para realizar a obra do Senhor.

 

Ø  Tem sido feito... Nunca parou. Que não sejamos nós aqueles que vão parar, e nem mesmo aqueles que vão ser responsáveis pela lentidão do avanço.

Ø  Agora convido você a que abra sua Bíblia em Atos 8.1-4 e 11.19-26, onde veremos algumas coisas importantes para que essa obra de ir e anunciar o evangelho, em nossas mãos nesse tempo, avance.

 

“E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e da Samaria, exceto os apóstolos. E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto. E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.  Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.” (Atos 8:1-4 RC)

 

“E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus. E havia entre eles alguns varões de Chipre e de Cirene, os quais, entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor. E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé até Antioquia, o qual, quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou e exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor. Porque era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor. E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e, achando-o, o conduziu para Antioquia. E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.” (Atos 11:19-26 RC)

 

Ø  A narrativa é de Lucas, o médico amado, companheiro de Paulo, primeiro historiador da história da igreja e que escreveu o evangelho que leva seu nome e também esse livro de Atos. Dessa narrativa podemos tirar boas lições no que respeita à necessidade de irmos e anunciar o evangelho.

 

A primeira lição é sobre as dificuldades para a realização da obra – nenhuma dificuldade deve nos impedir de avançar.

 

Ø  Veja novamente o que está escrito: “E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e da Samaria, exceto os apóstolos. E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto. E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.  Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.”

 

“E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus. E havia entre eles alguns varões de Chipre e de Cirene, os quais, entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus.

 

Ø  Houve uma perseguição. E nesse tempo de perseguição os cristãos eram “assolados”, isto é, postos em grande aflição e agonia; as casas eram invadidas e seus moradores eram arrastados para fora e postos na prisão. E não devemos nos esquecer de Estêvão, que foi morto e de como foi morto.

Ø  Por causa da perseguição houve uma dispersão. Caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia – cidades situadas a centenas de quilômetros de Jerusalém. Mas, enquanto iam, anunciavam o evangelho, ainda que só aos judeus. Em Antioquia, alguns varões de Chipre e de Cirene anunciaram o Senhor Jesus aos Gregos.

Ø  A perseguição não os calou, e isso nos traz a lição de que as dificuldades não devem nos calar, não devem nos impedir de avançar.

Ø  Existem as dificuldades reais “fora de nós”

o   Dificuldades advindas de perseguições – Como as acima e hoje como nos países islâmicos;

o   Dificuldades porque há lugares isolados, difíceis de chegar, e às vezes até com povos hostis a estranhos;

o   Dificuldades advindas às vezes de proibição total ou restrições e controles à pregação do evangelho;

Ø  Existem as dificuldades reais nossas

o   Nosso comodismo;

o   As limitações que pensamos ter, como as que pensavam ter até alguns grandes homens de Deus na Bíblia:

§  Moisés era “pesado de língua”;

§  Gideão era da tribo menor e o menor da tribo;

§  Jeremias era muito jovem ainda – uma criança – Veja que bonito o chamado de Jeremias em 1.4-10:

 

“Assim veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:  Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta.  Então, disse eu: Ah! Senhor JEOVÁ! Eis que não sei falar; porque sou uma criança.  Mas o SENHOR me disse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás.  Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR.  E estendeu o SENHOR a mão, tocou-me na boca e disse-me o SENHOR: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca.  Olha, ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares, e para derribares, e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares.” (Jeremias 1:4-10 RC)

 

Ø  E existem aquelas dificuldades como sendo “muros mentais” que nós mesmos “construímos”. Um exemplo é quando colocamos dificuldades dizendo: “Essa cidade é muito difícil... muitas religiões diferentes...”. E por aí vai...

 

Ø  Dificuldades existem, mas nenhuma delas deve nos impedir de ir e anunciar o evangelho.

 

A segunda lição é que o Senhor quer ver interesse de nossa parte, disposição de ir anunciando, e quando Ele o vê, então as coisas acontecem, a vitória é certa.

 

Ø  Veja novamente uma parte dos textos de Atos: “E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor”.

Ø  A mão do Senhor ser com eles quer dizer que o poder e a presença de Deus se manifestavam entre eles. A presença de Deus não era apenas parte da crença deles, era uma presença manifesta, sentida e, de certo modo, podemos dizer, “visualizada”.

Ø  Existe uma heresia denominada Deísmo, que, falando bem resumidamente, reconhece a existência de um criador, mas que esse criador abandonou a sua criação às leis pré-estabelecidas e que nada acontece, seja positivo ou negativo, por motivo da ação de sua vontade. Mas o que vemos aqui não é Deísmo, e sim Teísmo, a verdade de que Deus não só é o criador, mas também é quem sustenta e dirige a Sua criação, se manifesta.

Ø  Deus se manifesta; a mão do Senhor é conosco; o Seu poder e Sua presença são manifestos quando nós nos dispomos a fazer aquilo que Ele nos ordenou a fazer.

Ø  Veja a seguinte história: JOHN GEDDIE: MISSÃO ENTRE CANIBAIS

 

Em 1606, foi "descoberta" por Fernandez de Quiros da Espanha, uma cadeia de dezoito ilhas no Pacífico Sul, a nordeste da Austrália e ao sudeste de Nova Guiné, que foram chamadas de Novas Hébridas. Hoje formam a nação de Vanuatu. Mais de dois séculos depois, em 1839, dois cristãos enviados pela Sociedade Missionária de Londres aportaram por lá. Era o século das missões. Ásia, África e Oceania estavam sendo visitados por dezenas de jovens missionários que desejavam anunciar o amor de Deus aos seus moradores. Ocorre, que os dois missionários foram mortos e devorados por canibais que habitavam em uma das ilhas, chamada Eromanga, apenas poucos minutos após aportarem. Foi um batismo de sangue para as Ilhas Hébridas... A mesma sociedade missionária enviou outra equipe em 1842, desta feita, para a ilha de Tana. Estes não foram mortos, mas expulsos em sete meses. Os resultados, aparentemente negativos, não tiraram o ímpeto dos que desejavam ver pessoas de cultura tão distinta aos pés de Cristo. Foi, então, que em 1848 John Geddie (da igreja presbiteriana da Nova Escócia), acompanhado de sua esposa, Charlotte McDonald, e dois filhos, chegou à ilha de Anatom. Pouco tempo após sua chegada, Geddie escreveu em seu diário, em 09 de fevereiro de 1849: "Na escuridão, degradação, poluição e miséria que me rodeia, vou olhar para a frente na visão de fé para o momento em que alguns desses pobres ilhéus se unirão na música triunfante de almas resgatadas Àquele que nos amou e nos lavou dos nossos pecados em Seu próprio sangue”.

 

Depois de anos de paciente semeadura e cultivo, o missionário começou a colher alguns frutos preciosos. Ele relata com alegria quando a ordenança da Ceia do Senhor foi observada pela primeira vez na ilha. "Esta é a primeira vez", diz Geddie em uma carta, "que o amor do Redentor foi comemorado nesta terra escura. Oh! Que o tempo pode chegar em breve, quando muitos mais dos seus habitantes degradados devem se juntar a nós nesta portaria do amor”.

 

Sua oração foi finalmente atendida. Um dia, um nativo chamado Yakanui veio até o missionário. Yakanui era o maior canibal da ilha, odiado pelo povo, pois o temiam por sua ferocidade e porque também acreditavam que ele possuía poderes misteriosos que poderiam trazer ruína sobre eles.

 

Por volta de 1854 ele, que já tinha companhia de John Inglis, que chegou em 1852, escreveu com júbilo: "cerca de 3.500 selvagens [mais da metade da população] jogaram fora seus ídolos e renunciaram a seus costumes pagãos, e todos confessaram-se adoradores de verdadeiro Jeová Deus".

 

John Geddie, o "pai" das missões presbiterianas nas Ilhas dos Mares do Sul, faleceu em 1872. No seu memorial está escrito: Numa grande igreja, com capacidade para 1.000 pessoas, há uma placa comemorativa do trabalho de John Geddie, com os seguintes dizeres: 'Quando ele chegou aqui, em 1848, não havia nenhum crente; e quando ele saiu, em 1872, não havia mais incrédulos'".  

 

A terceira lição é sobre a necessidade de nunca deixarmos nossos pés se distanciarem da presença e da vontade do Senhor – Permanecer com firmeza de coração na presença do Senhor.

 

Ø  Assim diz parte do nosso texto base: E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé até Antioquia, o qual, quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou e exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor.

Ø  Barnabé exortou sobre a necessidade de que permanecessem no Senhor com firmeza de coração. Se quisermos avançar  a missão de ir e anunciar o evangelho é assim que tem que ser. Essa é a mensagem de Jesus em João 15. Veja lá os versos 1-5:

 

Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.  Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.  Vós estais limpos pela palavra que vos tenho falado.  Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.  Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer.” (João 15:1-5 RC)

 

Ø  E ademais, verdadeiras ovelhas de Jesus são as pessoas que o ouvem e o seguem, isto é, creem nele e permanecem nele – Veja João 10:22-30:

 

“E em Jerusalém havia a Festa da Dedicação, e era inverno.  E Jesus passeava no templo, no alpendre de Salomão.  Rodearam-no, pois, os judeus e disseram-lhe: Até quando terás a nossa alma suspensa? Se tu és o Cristo, dize-no-lo abertamente.  Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo tenho dito, e não o credes. As obras que eu faço em nome de meu Pai, essas testificam de mim.  Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas, como vo-lo tenho dito.  As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem;  e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos.  Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai.  Eu e o Pai somos um.” (João 10:22-30 RC)

 

Ø  E com essa atitude, além de sermos bem sucedidos em nossa obra, veja o testemunho de Davi no Salmo 16.11: “... na Tua presença há abundância de alegrias; na Tua mão direita há delícias perpetuamente”.

 

A quarta lição é sobre a necessidade de vivermos de uma forma tal que a presença de Cristo seja percebida e reconhecida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença.

 

Ø  Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos. Por que foram chamados assim? Não há outra razão senão a sua identificação prática com a pessoa de Cristo.

Ø  Ser identificado com Cristo é a vontade do Pai para nós – Veja Romanos 8.29: “Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”.

Ø  O Apóstolo Paulo nos ensinou isso na prática – Veja Gálatas 2.20: estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim”.

Ø  A presença de Cristo é percebida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença quando somos cristãos em tempo integral e não só no tempo em que estamos na igreja;

Ø  A presença de Cristo é percebida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença se, conforme disse John Piper, nós morremos com Ele na cruz, tendo o nosso pescoço quebrado, nosso topete derrubado, nosso coração de pedra trocado por um coração de carne, nosso orgulho mortificado, e se nossa vida agora é conduzida por Jesus Cristo.

Ø  A presença de Cristo é percebida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença quando manifestamos o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.

Ø  A presença de Cristo é percebida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença quando pensamos nas e buscamos as coisas que são de cima, quando mortificamos nossa carne com suas paixões e concupiscências e nos revestimos das preciosas virtudes do reino celestial.

Ø  A presença de Cristo é percebida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença quando deixamos de nos guiar pela nossa própria cabeça para sermos guiados por ele.

Ø  Enquanto escrevia me lembrei de uma parte do compromisso dos Embaixadores do Rei: “Prometo: Ser leal a Jesus Cristo, viver para Ele e servi-lo sempre. Terei uma vida pura, direi sempre a verdade, corrigirei os meus erros, seguirei a Cristo, o Rei..”, e o finalzinho é assim: “... Se assim não for, para que nasci?”

Ø  Se vivermos assim, “iremos”, faremos a obre que nos compete fazer, nossa vida terá sentido e saberemos para que nascemos.

 

Concluindo...

 

Ø  Meus irmãos, Jesus nos ordenou ir e anunciar o evangelho, e, então, precisamos “ir”.

Ø  Tem dificuldades? Sim! Mas elas não podem nos impedir porque o Deus a quem servimos é maior que todas elas. Quando o povo de Israel estava encurralado com o mar vermelho à frente e o exército de Faraó atrás o que foi que Deus disse? “Moisés, diga aos filhos de Israel que marchem! E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco”. E o que aconteceu? O mar se abriu e o povo passou, e o exército de Faraó, querendo passar também, sucumbiu sob as águas.

Ø  Quando eu olhava esse texto acima fiquei pensando em como Deus se ri do fato de muitos homens imaginarem que tem algum poder contra Ele e contra a obra que Ele quer realizar. Pense no próprio Moisés, por exemplo; qual a “arma” que Deus lhe deu? Uma vara. Pense em Josué quando Deus o mandou conquistar Jericó:

DEUS: “Josué, reúna o povo e vá derrubar as poderosas muralhas de Jericó”.

JOSUÉ: “Sim, Senhor, mas como vamos derrubá-las?”

DEUS: “No grito” – Vocês vão rodear a cidade cercando-a uma vez a cada dia durante seis dias. No sétimo dia vocês vão rodeá-las sete vezes e na sétima vez os sacerdotes tocarão buzinas e o povo vai gritar, e as muralhas vão cair”

 

            Agora pense em Gideão quando Deus o chamou para libertar Israel das mãos dos Midianitas.

 

GIDEÃO: Senhor, reuni um exército para a Missão, trinta e dois mil homens. Mas tá difícil Senhor, é muito soldado experiente (ele falava do exército inimigo); a proporção é de uma para mais de 4.

DEUS: É verdade, Gideão, é muita gente, vamos diminuir, vamos dar um jeito de mandar embora um pouco dessa gente que você ajuntou.

GIDEÃO: Mas, Senhor, eu disse muito soldado no exército inimigo.

DEUS: Não Gideão, seu exército é que está grande demais.

E Deus foi diminuindo – de 32.000 para 10.000 e de 10.000 para 300 homens. Uma proporção agora de 1 para cada 440. Mas o que aconteceu? Os 300 venceram os 132.000. Porque? Porque eles avançaram no poder de Deus e para Deus não há dificuldades.

 

Ø  Então, Jesus nos manda ir e anunciar o evangelho, e há dificuldades, mas nossa atitude deve ser a de permanecer na presença do Senhor com firmeza de coração e a de vivermos de uma forma tal que a presença de Cristo seja percebida e reconhecida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença, e avançarmos. Seremos vitoriosos porque Deus é quem pelejará por nós.

Ø  Jesus nos manda ir! Vamos, então!

Ø  Amém?

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves


É já a última hora

  É JÁ A ÚLTIMA HORA   “Filhinhos, é já a última hora...” (1 João 2.18)   Ø   “Última hora”, que é isso? Ø   Última hora é uma man...