sábado, 9 de julho de 2022

ATÉ ONDE VAI O MEU COMPROMISSO COM CRISTO?

 ATÉ ONDE VAI O MEU COMPROMISSO COM CRISTO?

Ao tratar de um tema assim, primeiro devemos definir até onde DEVE IR o compromisso de qualquer seguidor de Cristo com o Cristo a quem ele diz seguir. E essa não é uma definição difícil. Até onde deve ir esse compromisso? E a resposta é: ATÉ À RENÚNCIA DA PRÓPRIA VIDA SE PRECISO FOR. Não é assim que Jesus ensinou? Sim! Veja o texto: “Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14:26 RC)

Talvez seja essa uma das razões de eu ainda estar exercendo o ministério pastoral – o compromisso com Cristo.

Então, a resposta é: ATÉ À RENÚNCIA DA PRÓPRIA VIDA.

Mas, definido isso, definido até onde DEVE IR, chegamos à questão que é tema dessa reflexão: até onde tem ido o meu compromisso?

- Como vou chegar à renúncia da própria vida se não tenho disposição nem pra orar?

- Como vou chegar à renúncia da própria vida se não tenho disposição nem pra ler a Palavra de Deus?

- Como vou chegar à renúncia da própria vida se não tenho disposição nem pra estar reunido com os irmãos, como igreja, em culto a Deus?

- Como vou chegar à renúncia da própria vida se não tenho disposição nem pra participar do movimento de evangelização da igreja?

- Como vou chegar à renúncia da própria vida se não tenho disposição nem pra doar alguns poucos reais para a causa de Deus?

- Como vou chegar à renúncia da própria vida se não tenho disposição nem pra renunciar meu “pecado de estimação”?

- Como vou chegar à renúncia da própria vida se não tenho disposição nem pra acordar cedo para a obra de Deus, ir à “casa de Deus”?

A Europa foi o “berço do Cristianismo”, e hoje o que é? É claro que tem pessoas que creem e servem a Deus na Europa, mas não chega “nem aos pés” do que já foi. O ateísmo impera, o mundanismo impera, o materialismo impera, os templos estão sendo vendidos e sendo transformados até em bares, e muitos dos que existem estão vazios...

Por que?

A resposta pode ser complexa, mas certamente inclui o fato de que os crentes foram deixando de lado o seu compromisso com Cristo.

E não se iludam: estamos indo pelo mesmo caminho. Tem muito barulho, muito show, muito “fé interesseira”, mas compromisso com Cristo mesmo, de verdade, do tipo que se dispõe a renunciar até a própria vida se for preciso, existe pouco.

Jesus disse, e Mateus registrou (capítulo 7), que “nem todo o que diz ‘Senhor, Senhor!’ entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”.

E depois Jesus disse que muitos lhe dirão “naquele dia” que profetizaram em seu nome, expulsaram demônios, fizeram maravilhas... E podemos até imaginar outras coisas que muitos dirão que fizeram também: versículos, frases, afirmações de fé, reflexões (como esta) ... postadas nas redes sociais. Mas a muitos destes Jesus dirá: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”.

Até onde vai o meu compromisso com Cristo? É preciso ir além, muito além do que simplesmente fazer algumas coisas como as que citei acima; é preciso ir até ao ponto de estar disposto a fazer grandes renúncias, até da própria vida, como Jesus disse no texto já citado: “Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.”. É preciso ir até ao ponto de poder dizer, sendo de fato verdade e não apenas “frase de efeito”, o que Paulo disse em Gálatas 2:20: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim.” (Gálatas 2:20 RC). É preciso até ao ponto de ter a mesma disposição e atitude de Paulo registrada em Atos 20.22-24. Veja como Eugene Peterson traduziu esse texto: “Mas agora há outra realidade urgente diante de mim. Sinto-me impelido a ir a Jerusalém. Não sei em absoluto o que irá acontecer quando chegar lá. Só sei que não será um mar de rosas, pois o Espírito Santo me alertou de que me aguardam sofrimentos e prisões. Mas isso pouco importa. O que mais me interessa é terminar o que Deus começou: a tarefa de que o Senhor me incumbiu: fazer com que todos com os quais me encontre tomem conhecimento da extraordinária graça de Deus”. A vida de Paulo só tinha valor para ele se e enquanto ele cumprisse o que Deus lhe havia ordenado cumprir.

Até onde vai o meu compromisso com Cristo? Até onde vai o seu compromisso com Cristo? É bom eu e você pensarmos seriamente nisso e deixarmos de pensar que fazendo algumas coisinhas como as que fazemos é mais que suficiente. É preciso apresentar o corpo, a vida toda, em sacrifício vivo, santo e agradável a Ele; é preciso ter disposição de renunciar, até a própria vida, quanto mais outras coisas menores, bem menores, que às vezes nos recusamos a renunciar ou mesmo deixar de lado apenas por um pouco de tempo.

Pensemos nisso; e que Deus tenha misericórdia de nós e derrame sobre nós abundante graça!

Pr. Walmir Vigo Gonçalves – Primeira Igreja Batista em Muqui

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