QUEM É COMO O SENHOR NOSSO DEUS?
Salmo 113
Ø O
Salmo 113, conforme traduzido na versão ARC, abre e fecha com a expressão: “Louvai
ao Senhor!” (em hebraico, Hallelujah! – Aleluia! – Já assim
traduzido em outras versões, como a ARA).
Ø Trata-se
de um convite ao povo de Deus para reconhecer a majestade, a grandeza e a
bondade do Senhor.
Ø O
autor humano do Salmo 113 é desconhecido.
Ø O
Salmo faz parte do chamado “Hallel Egípcio”, nome dado a um conjunto de
salmos que vai do Salmo 113 ao Salmo 118. Hallel é uma palavra hebraica
que significa louvor. É a mesma raiz de “Aleluia” (louvai ao
Senhor). E é chamado “Egípcio” porque esses salmos eram cantados
pelos judeus como um louvor comunitário especialmente na festa da Páscoa,
quando os judeus recordavam a libertação do Egito.
Ø Quanto
ao autor humano, conforme já disse, o texto não nos informa.
o O
título do salmo não traz o nome de quem o escreveu.
o A
tradição judaica, em alguns casos, atribui o Hallel a Davi, mas não há provas
textuais disso.
o Assim,
o mais correto é dizer que o autor é anônimo, embora inspirado por Deus.
Ø Portanto:
o O
autor divino é o Espírito Santo, que inspirou o salmista.
o O
autor humano é desconhecido — não temos registro específico (diferente
de salmos atribuídos a Davi, Asafe, Moisés, etc.).
Ø Agora
observe que o salmista, seja ele quem for, levanta uma pergunta retórica
poderosa no verso 5: “Quem é como o Senhor nosso Deus?”
Ø Essa
pergunta não precisa de resposta, pois a resposta é óbvia: ninguém!
o Por
que o Egito não pôde segurar o povo de Deus por mais tempo do que o próprio
Deus determinou? É porque ninguém é como o nosso Deus.
o Por
que os leões não estraçalharam o profeta Daniel, como queriam e “trabalharam
para” os seus inimigos? É porque Deus era favorável a Daniel e ninguém é
como o nosso Deus.
o Por
que Hananias, Misael e Azarias não foram consumidos pelo fogo da fornalha de
fogo ardente onde foram lançados? É porque Deus era favorável a eles e ninguém
é como o nosso Deus.
o Por
que Pedro, estando tão bem “guardado” na prisão para ser morto em ocasião
propícia foi liberto de forma tão “sobrenatural” que nem os guardas e nem ele
mesmo a princípio, perceberam? É porque Deus era favorável a Pedro, e tinha
planos para ele, e ninguém é como o nosso Deus.
o Por
que você não precisa ter medo de nada se você é servo de Deus? É porque ninguém
é como o nosso Deus. Só vai acontecer com você aquilo que Ele permitir.
Você sabe por que João foi exilado na ilha de Patmos, onde recebeu a revelação
(Apocalipse)? Não está relatado na Bíblia, mas tanto Tertuliano, como Jerônimo,
nos dão conta de que os inimigos de João teriam tentado matá-lo lançando-o em
um caldeirão de óleo fervente, como uma forma de execução pública. Porém,
de maneira milagrosa, João saiu ileso, sem ferimentos. Esse milagre
teria demonstrado a proteção divina sobre sua vida. E como não conseguiram
matá-lo, João foi então exilado para a ilha de Patmos, onde recebeu as
revelações que escreveu no Apocalipse. E depois, com a morte do
imperador Domiciano, ele foi liberto, tornou-se pastor e ancião de Éfeso e
morreu em boa velhice de causas naturais. Com outros não foi assim, porque o
propósito de Deus era outro; mas o propósito de Deus para a vida de João, que
incluía ser o portador da “Revelação”, ninguém pôde impedir, nem tentando
fritá-lo num caldeirão de óleo fervente.
Ø Quem
é como o nosso Deus? NINGUÉM!
Ø E
aqui no salmo, o salmista expõe quatro aspectos que evidenciam essa
singularidade da grandeza e da bondade de Deus. Vamos contemplá-las e, ao
final, terminar como o salmista: em louvor.
Ø Então
vamos lá:
1) ELE HABITA NAS ALTURAS (V.4-5)
Ø É
como se o salmista estivesse dizendo, às nações vizinhas e distante, que tinham
“deuses”, que o nosso Deus não é um deus local, como os ídolos destas nações;
Ele está acima de todos.
Ø Ele
não apenas reina sobre Israel, mas sobre todas as nações.
Ø Sua
glória ultrapassa o mais alto céu.
Ø Isso
mostra que Deus é transcendente: Ele está acima de tudo, é infinito, eterno,
incomparável.
Ø Você
crê nisso?
Ø Então
não precisa temer nada, a não ser o próprio Deus. Se o nosso Deus está acima de
tudo, então podemos descansar: não há poder humano, político ou espiritual que
se compare a Ele.
2) ELE SE CURVA PARA VER O QUE ESTÁ NOS CÉUS E NA TERRA (V.6)
Ø Aqui
está um contraste maravilhoso: o Deus que é infinitamente alto, também é
infinitamente atencioso.
o Ele
é tão grande e está tão acima que tem que “se curvar” para olhar. A linguagem é
poética, mas nos ajuda a ver quão elevado Ele é em relação à criação.
o Ele
tem tanto interesse em nós, suas pequenas criaturas, que faz isso: se inclina,
olha, observa, cuida.
Ø Não
somos insignificantes para Ele. O Deus dos céus inclina-Se para enxergar a
nossa vida.
Ø Talvez
você ache que Deus não se importa com sua dor ou necessidade, mas este salmo
garante: Ele se inclina para olhar, Ele se importa.
3) ELE DO PÓ LEVANTA O PEQUENO E DO MONTURO ERGUE O NECESSITADO (V.7-8)
Ø O
Senhor não apenas olha de longe, Ele age.
Ø Ele
levanta o pobre do pó – aquele que não tem recursos.
Ø Ele
ergue o necessitado do monturo – o lixo, monte de cinzas, monte de refugo,
pilha de estrume, o lugar de rejeição e vergonha.
Ø E
não apenas o tira da miséria, mas o coloca entre príncipes.
Ø Esse
é o coração do nosso Deus: Ele transforma destinos!
o José
foi tirado da prisão para o palácio;
o Davi
foi tirado do campo para o trono;
o E
nós fomos tirados do pecado para a glória em Cristo.
Ø O
evangelho é exatamente isso: Deus nos levantou do monturo do pecado e nos fez
assentar com Cristo nas regiões celestiais (Ef 2.6).
4) ELE FAZ COM QUE A MULHER ESTÉRIL HABITE EM FAMÍLIA E SEJA ALEGRE MÃE DE FILHOS (V.9)
Ø Naquele
contexto, a esterilidade era sinônimo de vergonha, dor e exclusão.
Ø Mas
Deus se mostra como Aquele que transforma vergonha em alegria, desespero em
esperança.
Ø Ele
cuida até das áreas mais íntimas e dolorosas da vida.
Ø Sara,
Ana, Isabel – todas experimentaram a intervenção do Senhor.
Ø O
nosso Deus é especialista em transformar impossibilidades em testemunhos. Não
há área da nossa vida fora do alcance da graça dEle.
5) ENTÃO: LOUVAI AO SENHOR! (V.1-3, 9)
Ø O
salmo começa e termina com louvor: “Louvai ao Senhor!”
Ø Quando
contemplamos quem Ele é e o que Ele faz, a única resposta possível é adoração.
Ø Louvemos
a Ele pelo que é em Si mesmo (grande, elevado, transcendente).
Ø Louvemos
a Ele pelo que faz por nós (se inclina, levanta, transforma, dá alegria).
Ø O
texto nos leva a sair daqui com os lábios cheios de gratidão e com a vida
marcada por louvor.
Ø Que
em nossa rotina, em nossos lares, em nossa igreja, possamos ecoar a pergunta do
salmista: Quem é como o Senhor nosso Deus? – e responder com nossa
adoração: Ninguém! Ele é único, exaltado, e digno de todo louvor.
CONCLUSÃO
Ø O
Salmo 113 nos apresenta o Deus exaltado e ao mesmo tempo próximo. Ele é grande
demais para ser comparado, mas amoroso o suficiente para se importar com os
pequenos. Ele se inclina, levanta, transforma, e enche de alegria.
Ø Diante disso, só nos resta dizer: Louvado seja o nome do Senhor, desde agora e para sempre!
Pr. Walmir Vigo
Gonçalves
PIB Muqui,
quarta-feira, 10 de setembro de 2025
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