NÃO PARE DE CORRER
Naquela manhã, os dois estavam alinhados na pista. Um chamava atenção por sua postura firme, músculos bem definidos e olhar confiante. Todos o admiravam: “Esse, sim, vai chegar longe.”
O outro parecia deslocado: corpo frágil, passos trôpegos, respiração curta antes mesmo da largada. Poucos acreditavam que ele suportaria a primeira volta.
A corrida começou. O forte disparou como uma flecha, o fraco tropeçou já nos primeiros metros. Riram dele, mas ele se levantou, limpou os joelhos e continuou. O forte abria distância, quase desaparecendo no horizonte; o fraco vinha atrás, aos pedaços, caindo de novo, levantando outra vez.
O tempo foi passando. O forte, acostumado a vitórias fáceis, começou a se cansar. Olhou para trás, não viu ameaça, e pensou: “Já fiz o suficiente. Ninguém me alcança.” Então, parou. Achou que podia descansar, que não valia a pena gastar tanta energia. Ali mesmo saiu da pista, convencido de que sua superioridade era garantia de vitória.
Enquanto isso, o fraco continuava. Cada queda era uma dor, mas também uma lição. Cada passo dado, ainda que lento, era um ato de fé. Suas forças eram limitadas, sua velocidade não impressionava ninguém, mas havia nele uma convicção: “Só existe linha de chegada para quem não para de correr.”
E foi assim que, no fim da estrada, quando todos já tinham desistido de esperar algo dele, lá estava a linha de chegada surgindo diante de seus olhos cansados. Ele cruzou, não porque fosse o mais veloz, nem o mais talentoso, mas porque não desistiu.
A vida cristã se parece muito com essa corrida. Não são os dons, a inteligência ou a força que nos levam até o fim, mas a perseverança. Quantos começam bem, impressionam a todos, mas param pelo caminho! E quantos, que parecem frágeis e limitados, seguem adiante com passos firmados na graça de Deus, levantando-se a cada tropeço, e acabam por ver o prêmio preparado para os que perseveram até o fim.
Por isso, não pare de correr. Mesmo que suas pernas tremam, mesmo que o cansaço tente vencer você, mesmo que as quedas sejam frequentes. Levante-se. Continue. Porque a linha de chegada não aparece para quem desiste, mas para aqueles que seguem, com fé, até o último passo, para aqueles que não param de correr.
Pense nisso!
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