A EXPLOSÃO QUE ASSUSTA MAIS DO QUE A PEDRA
Na obra de Deus sempre haverá pedras no caminho. Às vezes pequenas, outras grandes, mas todas podem ser removidas com paciência, oração e esforço conjunto. O que nunca pode faltar é a consciência de que a força maior está na união dos braços e na harmonia dos corações.
Entretanto, há quem, ao se deparar com a pedra, ache que o melhor jeito de resolver seja lançar mão de dinamite. Grita, exige, pressiona, coloca todos contra a parede. No momento da explosão, parece que algo realmente foi feito: o barulho é alto, o impacto assusta, a poeira sobe. Mas, quando o pó baixa, percebe-se que a pedra muitas vezes continua firme no lugar. O que mudou, de fato, é que agora os trabalhadores se afastaram, feridos pela violência da explosão.
É triste ver ministérios que poderiam florescer sendo esvaziados não pela dificuldade em si, mas pelo jeito de quem lidera. A língua, afiada em críticas e acusações, fere mais do que constrói. A rigidez, travestida de zelo, acaba por transformar companheiros de obra em servos de um projeto pessoal. A verdade, dita sem amor, torna-se pedra de tropeço em vez de alicerce.
Jesus nunca liderou assim. Ele não gritou com os cansados, não esmagou a cana quebrada, não apagou o pavio que fumegava. Pelo contrário, reuniu, curou, restaurou, chamou para perto. Sua liderança era firme, mas cheia de graça; clara, mas compassiva.
Meu irmão, não esqueça: a obra não é nossa, é do Senhor. O maior inimigo não é a pedra no caminho, mas o coração endurecido que expulsa os trabalhadores que deveriam estar lado a lado. Melhor uma pedra sendo carregada devagar por muitos ombros, do que uma dinamite que faz barulho, assusta, e deixa apenas silêncio e solidão.
Se você lidera alguma coisa, pense nisso. Me expresso a partir de um contexto eclesiástico, mas o princípio pode se aplicar a algumas outras áreas também.
Passando por Muqui, visite a Primeira Igreja Batista
Nenhum comentário:
Postar um comentário