COMO
ESCAPAREMOS NÓS?
A vida corre
rápida, com seus compromissos e distrações, e, muitas vezes, nos esquecemos das
coisas que realmente importam. Entre uma tarefa e outra, nos distanciamos das
grandes verdades que um dia nos tocaram de forma tão profunda. Essa sensação de
distanciamento, essa facilidade em deixar para trás o que é essencial, é o
ponto central de uma pergunta que ecoa nas palavras da carta aos Hebreus: "Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão
grande salvação?" (Hebreus 2.3).
Parece uma
pergunta simples à primeira vista, mas ela carrega uma profundidade que nos faz
parar e pensar. O escritor aos Hebreus está nos alertando: há uma verdade que
não pode ser ignorada, uma mensagem que não pode ser deixada de lado, porque
ela foi proclamada pelo próprio Filho de Deus. Mas, no turbilhão da vida, há o
perigo de negligenciá-la.
Pense na força
dessa palavra: "negligenciar". Não se trata de rejeitar abertamente,
mas de deixar de lado, de não dar a devida atenção. Não é necessário odiar a
mensagem da salvação para perdê-la; basta ser indiferente, distraído, ocupado
demais com as coisas que nos cercam. E é assim que, silenciosamente, muitos se
distanciam de Deus, sem perceber que a cada dia se afastam mais e mais da
grande salvação oferecida.
A pergunta
"Como escaparemos nós?" nos leva a um ponto crucial. A salvação
oferecida por Jesus é o maior presente já dado à humanidade. É o cumprimento
das promessas de Deus, confirmada por sinais, milagres e pelo Espírito Santo.
Foi anunciada pelos próprios apóstolos, testemunhada com poder. Não é uma
mensagem qualquer, é a chave para a vida eterna. Como então escapar, se
voltarmos nossas costas para algo tão precioso?
Vivemos em um
tempo onde a distração reina. Estamos sempre conectados, sempre ocupados,
sempre com algo que nos prende a atenção. E, nesse ritmo frenético, a fé pode
se tornar algo secundário, algo que não desperta mais o nosso coração como
antes. Assim, a salvação, que deveria ser o centro de nossas vidas, pode ser
empurrada para as margens. Não porque a rejeitamos de forma deliberada, mas
porque simplesmente a deixamos de lado.
Mas o alerta de
Hebreus nos chama de volta à seriedade da mensagem. Deus nos falou de muitas
maneiras, ao longo dos tempos, através dos profetas, mas, nestes últimos dias,
Ele falou através do próprio Filho (Hebreus 1.1-2). E essa mensagem não é algo
que podemos tratar com descuido. Ela é a âncora para nossa alma, a resposta
para o vazio que existe em nós. E, ao negligenciá-la, estamos, na verdade,
negligenciando a própria vida.
"Como
escaparemos nós?" A resposta implícita é clara: não escaparemos. Não há
outra salvação, não há outro caminho. Se virarmos as costas para Cristo,
estamos virando as costas para a única fonte de vida verdadeira.
Por isso, a
advertência de Hebreus é mais urgente do que nunca: "Convém-nos atentar com mais diligência para as
coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas"
(Hebreus 2.1). A fé é algo que precisa ser nutrido, guardado com zelo, tratado
como a pérola de grande valor que ela é. Não podemos nos permitir negligenciar
essa grande salvação, porque o tempo é curto e a eternidade é certa.
No fim, somos
todos responsáveis pela maneira como lidamos com o que ouvimos. A voz de Deus
continua a chamar, mas a pergunta permanece: "Como escaparemos nós?"
Que não sejamos encontrados entre aqueles que, no dia do encontro com o Senhor,
terão que admitir que negligenciaram o maior presente de todos. Que sejamos
aqueles que atentaram, valorizaram e viveram a grande salvação oferecida por
Cristo.
Pense
nisso!
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por Muqui, visite a Primeira Igreja Batista
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