sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Crônica Sobre o Culto de Oração

 

CRÔNICA SOBRE O CULTO DE ORAÇÃO

Há um lugar na igreja que muitos conhecem, mas poucos frequentam com regularidade: o culto de oração. É aquele encontro modesto, às vezes numa quarta ou quinta-feira, onde os bancos são mais vazios, o louvor é mais suave, e a presença de Deus parece tocar os corações de forma íntima e poderosa. Mas há crentes que, sem motivo realmente justificável, simplesmente não vão.

Eles até dizem que a oração é importante, que a comunhão é vital, mas as desculpas são sempre as mesmas: cansaço, compromissos, a rotina da vida. Parece que todo crente tem uma desculpa no bolso para não aparecer naqueles encontros simples, mas profundos, em que os céus se abrem e o Senhor se inclina para ouvir as súplicas de Seus filhos.

Mas o que esse crente perde? Talvez ele não perceba, mas as bênçãos que fluem de um culto de oração são como uma chuva que fertiliza o solo do coração. Ali, é onde o fardo da vida pode ser lançado aos pés de Cristo; onde as lágrimas encontram consolo e a fé, renovo. O crente que se ausenta sem motivo legítimo perde o crescimento espiritual, a fortaleza que vem da comunhão com outros irmãos, e as respostas de Deus que muitas vezes chegam na quietude da oração conjunta.

Mais triste ainda é imaginar que um dia esse crente pode sentir uma enorme vontade de voltar. Pode ser que a saúde decline, que a vida mude de tal forma que os cultos se tornem mais escassos para ele. Quem sabe o arrependimento venha tarde demais, quando o corpo já não pode suportar o esforço de sair de casa, quando a distância para o templo se torne longa demais e as oportunidades tenham passado.

Esse crente talvez se lembre com saudade daqueles cultos de oração que negligenciou, daqueles momentos de graça e poder que ele simplesmente ignorou. E quem sabe ele olhe para trás com tristeza, sabendo que, se tivesse dado valor a esses encontros, teria colhido frutos muito mais abundantes em sua caminhada com Deus.

Por isso, ainda há tempo. Ainda há cultos, ainda há oração, ainda há oportunidade de receber as bênçãos que o Senhor tem preparado. Mas não por muito tempo. Que o crente não espere até que seja tarde demais, pois o culto de oração não é apenas mais um evento da igreja, mas uma janela aberta para o céu, uma oportunidade para tocar o coração de Deus. Quem sabe quando essa janela se fechará?

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