terça-feira, 23 de novembro de 2021

IDE E PREGAI

IDE E PREGAI

 

Ø  Foi o nosso Senhor Jesus Cristo quem ordenou: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”. E, desde então, isso tem sido feito. Às vezes mais diligentemente e às vezes mais lentamente, às vezes com mais dificuldades e às vezes com menos dificuldades, às vezes sob muita perseguição e às vezes com menos perseguição.... Mas tem sido feito. Não tenho conhecimento de algum momento da história em que esta missão tenha sido completamente abandonada ou mesmo desvirtuada. Ao contrário, temos informação de manifestações de Deus trazendo discernimento e avivamento em tempos de grandes crises de fé. E o que acontece quando Deus assim se manifesta? Veja algumas coisas que acontecem:

 

o   Uma nova visão da Majestade de Deus;

o   Um novo discernimento acerca de o quão terrível é o pecado, acompanhado de um grande temor de pecar e ofender a Deus;

o   Uma renovada dependência de Deus;

o   Uma intensa alegria pela salvação;

o   Uma intensa manifestação do fruto do Espírito;

o   E, para não me delongar muito, uma nova disposição para realizar a obra do Senhor.

 

Ø  Tem sido feito... Nunca parou. Que não sejamos nós aqueles que vão parar, e nem mesmo aqueles que vão ser responsáveis pela lentidão do avanço.

Ø  Agora convido você a que abra sua Bíblia em Atos 8.1-4 e 11.19-26, onde veremos algumas coisas importantes para que essa obra de ir e anunciar o evangelho, em nossas mãos nesse tempo, avance.

 

“E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e da Samaria, exceto os apóstolos. E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto. E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.  Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.” (Atos 8:1-4 RC)

 

“E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus. E havia entre eles alguns varões de Chipre e de Cirene, os quais, entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor. E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé até Antioquia, o qual, quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou e exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor. Porque era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor. E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e, achando-o, o conduziu para Antioquia. E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.” (Atos 11:19-26 RC)

 

Ø  A narrativa é de Lucas, o médico amado, companheiro de Paulo, primeiro historiador da história da igreja e que escreveu o evangelho que leva seu nome e também esse livro de Atos. Dessa narrativa podemos tirar boas lições no que respeita à necessidade de irmos e anunciar o evangelho.

 

A primeira lição é sobre as dificuldades para a realização da obra – nenhuma dificuldade deve nos impedir de avançar.

 

Ø  Veja novamente o que está escrito: “E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e da Samaria, exceto os apóstolos. E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto. E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.  Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.”

 

“E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus. E havia entre eles alguns varões de Chipre e de Cirene, os quais, entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus.

 

Ø  Houve uma perseguição. E nesse tempo de perseguição os cristãos eram “assolados”, isto é, postos em grande aflição e agonia; as casas eram invadidas e seus moradores eram arrastados para fora e postos na prisão. E não devemos nos esquecer de Estêvão, que foi morto e de como foi morto.

Ø  Por causa da perseguição houve uma dispersão. Caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia – cidades situadas a centenas de quilômetros de Jerusalém. Mas, enquanto iam, anunciavam o evangelho, ainda que só aos judeus. Em Antioquia, alguns varões de Chipre e de Cirene anunciaram o Senhor Jesus aos Gregos.

Ø  A perseguição não os calou, e isso nos traz a lição de que as dificuldades não devem nos calar, não devem nos impedir de avançar.

Ø  Existem as dificuldades reais “fora de nós”

o   Dificuldades advindas de perseguições – Como as acima e hoje como nos países islâmicos;

o   Dificuldades porque há lugares isolados, difíceis de chegar, e às vezes até com povos hostis a estranhos;

o   Dificuldades advindas às vezes de proibição total ou restrições e controles à pregação do evangelho;

Ø  Existem as dificuldades reais nossas

o   Nosso comodismo;

o   As limitações que pensamos ter, como as que pensavam ter até alguns grandes homens de Deus na Bíblia:

§  Moisés era “pesado de língua”;

§  Gideão era da tribo menor e o menor da tribo;

§  Jeremias era muito jovem ainda – uma criança – Veja que bonito o chamado de Jeremias em 1.4-10:

 

“Assim veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:  Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta.  Então, disse eu: Ah! Senhor JEOVÁ! Eis que não sei falar; porque sou uma criança.  Mas o SENHOR me disse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás.  Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR.  E estendeu o SENHOR a mão, tocou-me na boca e disse-me o SENHOR: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca.  Olha, ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares, e para derribares, e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares.” (Jeremias 1:4-10 RC)

 

Ø  E existem aquelas dificuldades como sendo “muros mentais” que nós mesmos “construímos”. Um exemplo é quando colocamos dificuldades dizendo: “Essa cidade é muito difícil... muitas religiões diferentes...”. E por aí vai...

 

Ø  Dificuldades existem, mas nenhuma delas deve nos impedir de ir e anunciar o evangelho.

 

A segunda lição é que o Senhor quer ver interesse de nossa parte, disposição de ir anunciando, e quando Ele o vê, então as coisas acontecem, a vitória é certa.

 

Ø  Veja novamente uma parte dos textos de Atos: “E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor”.

Ø  A mão do Senhor ser com eles quer dizer que o poder e a presença de Deus se manifestavam entre eles. A presença de Deus não era apenas parte da crença deles, era uma presença manifesta, sentida e, de certo modo, podemos dizer, “visualizada”.

Ø  Existe uma heresia denominada Deísmo, que, falando bem resumidamente, reconhece a existência de um criador, mas que esse criador abandonou a sua criação às leis pré-estabelecidas e que nada acontece, seja positivo ou negativo, por motivo da ação de sua vontade. Mas o que vemos aqui não é Deísmo, e sim Teísmo, a verdade de que Deus não só é o criador, mas também é quem sustenta e dirige a Sua criação, se manifesta.

Ø  Deus se manifesta; a mão do Senhor é conosco; o Seu poder e Sua presença são manifestos quando nós nos dispomos a fazer aquilo que Ele nos ordenou a fazer.

Ø  Veja a seguinte história: JOHN GEDDIE: MISSÃO ENTRE CANIBAIS

 

Em 1606, foi "descoberta" por Fernandez de Quiros da Espanha, uma cadeia de dezoito ilhas no Pacífico Sul, a nordeste da Austrália e ao sudeste de Nova Guiné, que foram chamadas de Novas Hébridas. Hoje formam a nação de Vanuatu. Mais de dois séculos depois, em 1839, dois cristãos enviados pela Sociedade Missionária de Londres aportaram por lá. Era o século das missões. Ásia, África e Oceania estavam sendo visitados por dezenas de jovens missionários que desejavam anunciar o amor de Deus aos seus moradores. Ocorre, que os dois missionários foram mortos e devorados por canibais que habitavam em uma das ilhas, chamada Eromanga, apenas poucos minutos após aportarem. Foi um batismo de sangue para as Ilhas Hébridas... A mesma sociedade missionária enviou outra equipe em 1842, desta feita, para a ilha de Tana. Estes não foram mortos, mas expulsos em sete meses. Os resultados, aparentemente negativos, não tiraram o ímpeto dos que desejavam ver pessoas de cultura tão distinta aos pés de Cristo. Foi, então, que em 1848 John Geddie (da igreja presbiteriana da Nova Escócia), acompanhado de sua esposa, Charlotte McDonald, e dois filhos, chegou à ilha de Anatom. Pouco tempo após sua chegada, Geddie escreveu em seu diário, em 09 de fevereiro de 1849: "Na escuridão, degradação, poluição e miséria que me rodeia, vou olhar para a frente na visão de fé para o momento em que alguns desses pobres ilhéus se unirão na música triunfante de almas resgatadas Àquele que nos amou e nos lavou dos nossos pecados em Seu próprio sangue”.

 

Depois de anos de paciente semeadura e cultivo, o missionário começou a colher alguns frutos preciosos. Ele relata com alegria quando a ordenança da Ceia do Senhor foi observada pela primeira vez na ilha. "Esta é a primeira vez", diz Geddie em uma carta, "que o amor do Redentor foi comemorado nesta terra escura. Oh! Que o tempo pode chegar em breve, quando muitos mais dos seus habitantes degradados devem se juntar a nós nesta portaria do amor”.

 

Sua oração foi finalmente atendida. Um dia, um nativo chamado Yakanui veio até o missionário. Yakanui era o maior canibal da ilha, odiado pelo povo, pois o temiam por sua ferocidade e porque também acreditavam que ele possuía poderes misteriosos que poderiam trazer ruína sobre eles.

 

Por volta de 1854 ele, que já tinha companhia de John Inglis, que chegou em 1852, escreveu com júbilo: "cerca de 3.500 selvagens [mais da metade da população] jogaram fora seus ídolos e renunciaram a seus costumes pagãos, e todos confessaram-se adoradores de verdadeiro Jeová Deus".

 

John Geddie, o "pai" das missões presbiterianas nas Ilhas dos Mares do Sul, faleceu em 1872. No seu memorial está escrito: Numa grande igreja, com capacidade para 1.000 pessoas, há uma placa comemorativa do trabalho de John Geddie, com os seguintes dizeres: 'Quando ele chegou aqui, em 1848, não havia nenhum crente; e quando ele saiu, em 1872, não havia mais incrédulos'".  

 

A terceira lição é sobre a necessidade de nunca deixarmos nossos pés se distanciarem da presença e da vontade do Senhor – Permanecer com firmeza de coração na presença do Senhor.

 

Ø  Assim diz parte do nosso texto base: E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé até Antioquia, o qual, quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou e exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor.

Ø  Barnabé exortou sobre a necessidade de que permanecessem no Senhor com firmeza de coração. Se quisermos avançar  a missão de ir e anunciar o evangelho é assim que tem que ser. Essa é a mensagem de Jesus em João 15. Veja lá os versos 1-5:

 

Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.  Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.  Vós estais limpos pela palavra que vos tenho falado.  Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.  Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer.” (João 15:1-5 RC)

 

Ø  E ademais, verdadeiras ovelhas de Jesus são as pessoas que o ouvem e o seguem, isto é, creem nele e permanecem nele – Veja João 10:22-30:

 

“E em Jerusalém havia a Festa da Dedicação, e era inverno.  E Jesus passeava no templo, no alpendre de Salomão.  Rodearam-no, pois, os judeus e disseram-lhe: Até quando terás a nossa alma suspensa? Se tu és o Cristo, dize-no-lo abertamente.  Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo tenho dito, e não o credes. As obras que eu faço em nome de meu Pai, essas testificam de mim.  Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas, como vo-lo tenho dito.  As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem;  e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos.  Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai.  Eu e o Pai somos um.” (João 10:22-30 RC)

 

Ø  E com essa atitude, além de sermos bem sucedidos em nossa obra, veja o testemunho de Davi no Salmo 16.11: “... na Tua presença há abundância de alegrias; na Tua mão direita há delícias perpetuamente”.

 

A quarta lição é sobre a necessidade de vivermos de uma forma tal que a presença de Cristo seja percebida e reconhecida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença.

 

Ø  Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos. Por que foram chamados assim? Não há outra razão senão a sua identificação prática com a pessoa de Cristo.

Ø  Ser identificado com Cristo é a vontade do Pai para nós – Veja Romanos 8.29: “Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”.

Ø  O Apóstolo Paulo nos ensinou isso na prática – Veja Gálatas 2.20: estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim”.

Ø  A presença de Cristo é percebida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença quando somos cristãos em tempo integral e não só no tempo em que estamos na igreja;

Ø  A presença de Cristo é percebida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença se, conforme disse John Piper, nós morremos com Ele na cruz, tendo o nosso pescoço quebrado, nosso topete derrubado, nosso coração de pedra trocado por um coração de carne, nosso orgulho mortificado, e se nossa vida agora é conduzida por Jesus Cristo.

Ø  A presença de Cristo é percebida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença quando manifestamos o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.

Ø  A presença de Cristo é percebida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença quando pensamos nas e buscamos as coisas que são de cima, quando mortificamos nossa carne com suas paixões e concupiscências e nos revestimos das preciosas virtudes do reino celestial.

Ø  A presença de Cristo é percebida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença quando deixamos de nos guiar pela nossa própria cabeça para sermos guiados por ele.

Ø  Enquanto escrevia me lembrei de uma parte do compromisso dos Embaixadores do Rei: “Prometo: Ser leal a Jesus Cristo, viver para Ele e servi-lo sempre. Terei uma vida pura, direi sempre a verdade, corrigirei os meus erros, seguirei a Cristo, o Rei..”, e o finalzinho é assim: “... Se assim não for, para que nasci?”

Ø  Se vivermos assim, “iremos”, faremos a obre que nos compete fazer, nossa vida terá sentido e saberemos para que nascemos.

 

Concluindo...

 

Ø  Meus irmãos, Jesus nos ordenou ir e anunciar o evangelho, e, então, precisamos “ir”.

Ø  Tem dificuldades? Sim! Mas elas não podem nos impedir porque o Deus a quem servimos é maior que todas elas. Quando o povo de Israel estava encurralado com o mar vermelho à frente e o exército de Faraó atrás o que foi que Deus disse? “Moisés, diga aos filhos de Israel que marchem! E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco”. E o que aconteceu? O mar se abriu e o povo passou, e o exército de Faraó, querendo passar também, sucumbiu sob as águas.

Ø  Quando eu olhava esse texto acima fiquei pensando em como Deus se ri do fato de muitos homens imaginarem que tem algum poder contra Ele e contra a obra que Ele quer realizar. Pense no próprio Moisés, por exemplo; qual a “arma” que Deus lhe deu? Uma vara. Pense em Josué quando Deus o mandou conquistar Jericó:

DEUS: “Josué, reúna o povo e vá derrubar as poderosas muralhas de Jericó”.

JOSUÉ: “Sim, Senhor, mas como vamos derrubá-las?”

DEUS: “No grito” – Vocês vão rodear a cidade cercando-a uma vez a cada dia durante seis dias. No sétimo dia vocês vão rodeá-las sete vezes e na sétima vez os sacerdotes tocarão buzinas e o povo vai gritar, e as muralhas vão cair”

 

            Agora pense em Gideão quando Deus o chamou para libertar Israel das mãos dos Midianitas.

 

GIDEÃO: Senhor, reuni um exército para a Missão, trinta e dois mil homens. Mas tá difícil Senhor, é muito soldado experiente (ele falava do exército inimigo); a proporção é de uma para mais de 4.

DEUS: É verdade, Gideão, é muita gente, vamos diminuir, vamos dar um jeito de mandar embora um pouco dessa gente que você ajuntou.

GIDEÃO: Mas, Senhor, eu disse muito soldado no exército inimigo.

DEUS: Não Gideão, seu exército é que está grande demais.

E Deus foi diminuindo – de 32.000 para 10.000 e de 10.000 para 300 homens. Uma proporção agora de 1 para cada 440. Mas o que aconteceu? Os 300 venceram os 132.000. Porque? Porque eles avançaram no poder de Deus e para Deus não há dificuldades.

 

Ø  Então, Jesus nos manda ir e anunciar o evangelho, e há dificuldades, mas nossa atitude deve ser a de permanecer na presença do Senhor com firmeza de coração e a de vivermos de uma forma tal que a presença de Cristo seja percebida e reconhecida em nós ao ponto de sermos identificados por essa presença, e avançarmos. Seremos vitoriosos porque Deus é quem pelejará por nós.

Ø  Jesus nos manda ir! Vamos, então!

Ø  Amém?

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves


sexta-feira, 19 de novembro de 2021

ADORADORES

ADORADORES

Os dicionários em geral definem adorador como sendo aquele que rende culto a alguma divindade. No caso dos cristãos, estes são conhecidos como pessoas que rendem culto a Deus, o Deus da Bíblia, que é um só, mas que se manifesta em três pessoas distintas: o Pai, o Filho (Jesus) e o Espírito Santo.

Mas a grande questão é: será que todos os cristãos, de fato adoram a Deus? – Ou: será que a adoração, o culto que oferecemos a Deus lhe é agradável, aceitável?

Em João 4, em seu diálogo com a mulher samaritana, Jesus revela algo interessante: o Pai está à procura de verdadeiros adoradores. Não basta ter o título de cristão para ser um verdadeiro adorador; é necessário ter uma vida de cristão. Pensemos nisto!

O professor Anísio Renato de Andrade, falando sobre a “Condição Espiritual do Adorador”, escreveu:

Existem diversos elementos relacionados à qualidade e ao poder do louvor: a música, a letra, sua origem e seu propósito. Entretanto, ainda que determinada composição musical seja feita sob a unção do Espírito Santo e contenha todas as características desejáveis, sua aceitação diante de Deus vai depender também de quem está cantando, ou seja, sua situação espiritual. Uma linda obra de arte pode ser destruída se estiver em mãos erradas ou em mãos sujas.

"Aos retos fica bem o louvor" (Salmo 33.1). Deus não quer o louvor do ímpio, nem do cristão que estiver em pecado (Salmo 50.16-17). O que o Senhor deseja nesses casos é a conversão e o arrependimento. Se um filho ofendeu ao pai, deverá se reconciliar antes de tentar agradá-lo com palavras.

Se estivermos sujos diante de Deus, nossa oferta se tornará abominável aos seus olhos, ainda que ela represente um sacrifício para nós (I Sm.15.22; Is.1.13; Mt.5.23-24). Toda espécie de oração que fizermos será rejeitada (Pv.28.9), a não ser aquela que venha trazer nossa confissão de pecado. Nossa música se tornará um barulho insuportável aos ouvidos de Deus (Am.5.23). Assim, o louvor será apenas um rito religioso vazio.

Aquele que louva e adora ao Senhor precisa estar puro, a fim de não contaminar e inutilizar a sua oferta. Isto é válido para todos os cristãos e especialmente para os que se dedicam ao ministério na casa de Deus. "Purificai-vos, vós que levais os vasos do Senhor" (Is.52.11).

O profeta Malaquias disse que Deus, como um lavandeiro e um ourives, purificaria os levitas para que trouxessem ofertas aceitáveis diante do altar (Leia Mal. 3.1-4). Vemos, nessa passagem, dois processos purificadores:

1.    O lavandeiro trabalha com sabão e água, que é um símbolo da palavra de Deus (João 15.3; Ef.5.26). Isso significa que quando pecamos, O Senhor nos fala amorosamente para que tomemos atitudes de conserto.

2.    O ourives trabalha com fogo, que simboliza a tribulação e a ira de Deus (I Pd.1.6-7; Jr.4.4). E isso significa que quando não damos ouvidos à palavra, entramos em tribulações. O fogo age mais profundamente, destruindo impurezas que a água não conseguiu tirar. Muitas tribulações poderiam ser evitadas se tomássemos as atitudes certas no tempo certo. Quando somos atribulados, nossa consciência se desperta para o reconhecimento do pecado.

Então, precisamos receber a palavra de Deus e corrigir as nossas ações antes que venha o fogo do ourives. O arrependimento, a confissão e o conserto farão com que o nosso louvor seja puro e suba diante de Deus como oferta suave e aprazível.

No Senhor,

Pr. Walmir Vigo Gonçalves 

A NOSSA HABITAÇÃO FORTE

A NOSSA HABITAÇÃO FORTE

 Leia o Salmo 71

Durante o tempo em que vivi em Foz do Iguaçu passei por várias experiências relacionadas às moradias que ali tive. Algumas das experiências dizem respeito à resistência das casas. Da primeira eu me mudei principalmente devido à pouca resistência de um assoalho de madeira que havia em algumas partes. Pouco elevado do chão e com pouca circulação de ar, a madeira enfraquecera devido à umidade elevada, e já estava me causando alguns transtornos. Na segunda o problema, em termos de resistência, foi com o teto. Ele era muito velho, e as telhas, que eram de amianto de 4 mm, estavam enfraquecidas. Para “ajudar”, uma vez caiu uma árvore bem em cima de onde era o meu escritório. Estava chovendo e eu passei um grande aperto.

Confesso que às vezes ficava pensando em como seria bom morar em uma casinha simples, mas de laje, resistente! (Casa de laje é coisa rara por lá). E ao mesmo tempo que pensava em mim, também pensava nos outros. Não podia deixar de pensar em tantos cujas casas eram bem menos resistentes que a minha. Quem dera, pensava eu, haver uma habitação forte para cada família de Foz do Iguaçu, uma habitação que lhes protegesse das intempéries e dos perigos que rondam a cidade.

Olhando agora por outro prisma, podemos construir uma frase que parecerá, não sendo no entanto, um paradoxo em relação ao que foi dito anteriormente. A frase é: “Todos os filhos de Deus têm uma habitação forte!”. ...

“Onde está a minha?”, você pode perguntar. E o rei Davi responderá a essa pergunta prá você.

O Salmo 71 é um salmo, ainda que anônimo, atribuído, por alguns, a Davi. Nesse Salmo Davi expressa a sua confiança em Deus, ao mesmo tempo que roga por Sua proteção. Chamou-me a atenção, em especial, o versículo 3, onde Davi ora pedindo ao Senhor: “Sê tu a minha HABITAÇÃO FORTE, à qual eu possa recorrer continuamente”. Essa versão é a Almeida Revista e Corrigida. Outras versões dizem a mesma coisa com outras palavras. Por exemplo: “Sê Tu para mim uma ROCHA HABITÁVEL em que sempre me acolha” (ARA) e “Peço-te que sejas a minha ROCHA DE REFÚGIO para onde eu sempre possa ir” (NVI)

A nossa Habitação Forte é Deus! É nele que vamos encontrar constante refúgio!

Como está a sua vida? Como está você?

·         Perseguido?

·         Abatido?

·         Desanimado?

·         Deprimido?

·         Doente?

·         Fraco na fé?

·         Enfrentando uma “tempestade muito forte”?

·         O seu “chão” está ruindo?

·         O seu “teto” está desabando?

·         Sua vida está cheia de “frestas” por onde tem entrado “água”, “vento” e “frio”?

Faça como Davi! Busque refúgio em Deus! mas busque de verdade, busque com determinação. Faça com Deus o mesmo compromisso que Davi fez: “Mas eu esperarei continuamente e te louvarei cada vez mais. A minha boca relatará as bênçãos da tua justiça e da tua salvação todo o dia, posto que não conheça o seu número. Sairei na força do SENHOR Deus; farei menção da tua justiça, e só dela.” (Salmos 71:14-16 RC)

“Também eu te louvarei com o saltério, bem como à tua verdade, ó meu Deus; cantar-te-ei com a harpa, ó Santo de Israel. Os meus lábios exultarão quando eu te cantar, assim como a minha alma que tu remiste.  A minha língua falará da tua justiça todo o dia; pois estão confundidos e envergonhados aqueles que procuram o meu mal.” (Salmos 71:22-24 RC)

Você, então, descobrirá que tem uma Habitação Forte, uma Rocha Habitável, uma Rocha de Refúgio.

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

CONSTRUIR, GUARDAR, DESFRUTAR E PRESERVAR

 CONSTRUIR, GUARDAR, DESFRUTAR E PRESERVAR

 Pr. Walmir Vigo Gonçalves / PIB Muqui

Fontes de consulta:

Comentário Bíblico Expositivo – Warren W. Wiersbe

Comentário Histórico-Cultural da Bíblia – Novo Testamento – Craig S. Keener

 

SALMO 127:

Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam;

Se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono.

Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre, o seu galardão. Como flechas na mão do valente, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.


INTRODUÇÃO


1.    A bênção de Deus precisa estar sobre o Seu povo. O povo de Deus trabalha em vão se não contar com a bênção do Senhor. Essa é a mensagem central desse Salmo. E já poderíamos parar por aqui e começar a orar diligentemente para que a bênção do Senhor esteja sobre nós que estamos lutando na continuidade da edificação desta igreja (PIB Muqui) que já caminha para o seu centenário. “Ebenézer”, “até aqui nos ajudou o Senhor”! Mas precisamos continuar contando com essa ajuda, com essa bênção, e, então, temos que orar, orar e orar.

a.    Termos nosso coração quebrantado e orar;

b.    arrependermo-nos de nossos pecados e orar;

c.    nos santificarmos e orar para que não aconteça um “icabô” entre nós, isto é, que a glória da presença de Deus não se vá de entre nós e com ela a bênção de que tento precisamos para que a igreja seja edificada.

d.    A bênção de Deus precisa estar sobre nós, e isso depende, pelo menos em parte, de nós mesmos.

2.    O Salmo parece se encaixar no contexto do período de Neemias após o exílio, quando a população de Jerusalém estava bastante reduzida, os edifícios precisando ser reparados e alguns reconstruídos, para abrigar as famílias. Caso contrário, a nação judaica não teria futuro. Também nesse contexto, os muros precisavam ser reparados e fortificados e vigias precisavam ser colocados, porque Jerusalém estava cercada de inimigos. Porém, muito mais importante que tudo isso era a bênção de Deus. Se o Senhor não abençoasse, todo o trabalho seria em vão.

3.    E este salmo pode muito bem ser aplicado a nós hoje, nos lembrando, segundo bem apontou Wiersbe, de pelo menos quatro atitudes necessárias de nossa parte como povo de Deus: construir, guardar, desfrutar e preservar.

4.    Vamos pensar nelas?

 

I.             CONSTRUIR/EDIFICAR

 

Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam;

 

1.    “Destruir”, em muitos casos, é algo relativamente fácil.

2.    Quanto tempo é necessário para se construir uma casa? Bastante tempo, não é? Meses! E quanto tempo é necessário para destruir/demolir? Com os instrumentos certos tudo vem abaixo num tempo bem curto.

3.    Destruir é bem mais fácil que construir. E essa regra/proposição/verdade (escolha o termo que você quiser) é válida para muitas coisas: casa, empresa, reputação, vida, vida cristã... e também uma igreja (local, obviamente).

4.    Então, destruir é bem mais fácil, mas Deus não nos chamou para destruir, e, sim, para “construir”. Construir é mais difícil, mas foi para isso que Deus nos chamou.

5.    E o que Deus nos chamou para construir / edificar? Deus nos chamou para construir/edificar a nossa vida, nosso lar, nossa igreja e o reino de Deus ao redor do mundo.

a)    Deus nos chamou para construir/edificar a nossa vida e não a destruir, mas tem muita gente, a exemplo do filho pródigo antes de retornar à casa do pai, que está destruindo a sua vida vivendo dissolutamente, vivendo fora dos propósitos e da vontade de Deus.

§  Ei, você que está vivendo a sua vida dissolutamente, no adultério, nas drogas, no alcoolismo, nas “farras da vida”, volte! Faça como o filho pródigo: volte! O Pai te recebe de braços abertos e cuida de você: troca sua “roupa” manchada do pecado por “roupas” limpas, a melhor roupa – a roupa do próprio pai; põe um anel em seu dedo, isto é, reintegra-o à família; e ainda dá uma festa.

§  Ei, você que está vivendo, ainda que não uma vida totalmente dissoluta, mas fora dos propósitos e da vontade de Deus, volte! Pare de “passear” pelo mundo, pare de “flertar” com o mundo; se você é filho de Deus, volte!

b)    Deus nos chamou para construir/edificar o nosso lar e não o destruir. A mentira tem potencial para destruir o lar; o adultério tem potencial para destruir o lar; viver dissolutamente, além da vida pode destruir também o lar; a falta de amor e perdão pode destruir o lar; a falta de oração pode destruir o seu lar; então pare de mentir, abandone o adultério, deixe de viver dissolutamente, ame, perdoe e ore pelo seu lar, ore pelo seu cônjuge, ore pelos seus filhos, ore pelos seus pais. Tenha o propósito de edificar e não de destruir o seu lar.

c)    Deus nos chamou para participar na construção/edificação de Sua igreja. É nosso dever nos esforçarmos nisso, em edificar a igreja da qual fazemos parte, orando por ela, nos fazendo presentes na vida dela, não dando motivos para as pessoas se escandalizarem dela, sendo ativos e não passivos, buscando, como somos orientados pela Palavra, os melhores dons para, através deles, servirmos, edificando assim a igreja, contribuindo financeiramente... É para isso que Deus nos chamou.

d)    Deus nos chamou para participar da construção/edificação de Seu reino; da EDIFICAÇÃO e não da demolição. Infelizmente tem muito crente com atitude demolidora, mas entre nós não deve ser assim; Deus nos chamou para edificar então vamos ser ativos na edificação.

6.    Agora, finalizando esse ponto, é preciso “enfatizar o que é enfático” aí no texto: O SENHOR precisa edificar a casa. Se O SENHOR não fizer isso, em vão trabalham os edificadores. Isso significa que precisamos ser ativos, diligentes, mas debaixo de muita oração e dependência do Espírito Santo de Deus.

7.    Amém?

8.    Passemos adiante.

 

II.            GUARDAR

 

Se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

 

1.    Como foi dito na introdução, o salmo parece se encaixar no contexto do tempo de Neemias no período pós exílio. As casas em Jerusalém estavam sendo reparadas e reedificadas, então os muros também precisavam ser reparados e fortificados e vigias precisavam ser colocados, porque Jerusalém estava cercada de inimigos. Construir e guardar, isto é, proteger aquilo que construímos.

2.    Jesus disse algo muito importante que eu vou dizer aqui em ordem inversa: Ele, Jesus, veio para nos dar vida em abundância, mas o ladrão (satanás e suas hostes malignas e seus mensageiros humanos e quem e o que mais estiver sob seu comando) sempre vem para roubar, matar e destruir. Roubar, matar e destruir aquilo que estamos, sob as ordens e orientação divinas, construindo: a nossa vida, o nosso lar, a igreja e o Reino de Deus, e tudo mais que é bom e tem virtude.

3.    E é nosso dever guardar; construir e guardar ou guardar enquanto vamos construindo. E o que a gente pode fazer para guardar?

a.    Levar a sério a Palavra de Deus – “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra, e luz para os meus caminhos” (Salmo 119.105). “Os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados. Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.” (2 Timóteo 3:13-17 RC)

b.    Levar a sério a oração – “Orai sem cessar” – 1 Ts. 5.17

c.    Vestirmo-nos de toda a armadura de Deus – “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus, orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Efésios 6:13-18 RC)

d.    Resistir ao diabo – “Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” (Tiago 4:7 RC)

e.    Trabalhar para progredir em nossa santificação – “Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação.” (1 Ts 4:7 RC)

f.     Evitar prover para nossa carne no tocante às suas concupiscências – “... revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.” (Romanos 13:14 RA)

g.    Não abandonar a nossa congregação – “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.” (Hebreus 10:24-25 RA)

h.    Assentar em nosso coração não nos contaminarmos – “E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto, pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar.” (Daniel 1:8 RC)

i.      Em suma: viver a integralidade da vida cristã

4.    Assim, guardamos a nossa vida, a qual estamos edificando na presença do Senhor; guardamos o nosso lar, o qual nos esforçamos para edificar na presença do Senhor; guardamos a nossa igreja e guardamos o Reino de Deus.

5.    Mas, finalizando esse ponto, como já disse no ponto anterior, é preciso “enfatizar o que é enfático” aí no texto. E o que, dessa vez, é enfático? É o seguinte: O SENHOR precisa vigiar “a cidade”. Se O SENHOR não fizer isso, em vão vigia a sentinela. Isso significa que precisamos ser ativos, diligentes em guardar, mas debaixo de muita oração e dependência do Espírito Santo de Deus.

6.    Podemos ir adiante?

7.    Então vamos:

 

III.          DESFRUTAR

 

Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono.

 

1.    Vamos ler de novo esse verso...

2.    Será que é errado trabalhar bastante para comer um pão que seja fruto de nosso intenso labor?

3.    Obviamente que não. Mas se a vida se resumir a isso, que graça tem? É preciso desfrutar um pouco.

4.    Assim também precisamos “desfrutar” da vida cristã

 

IV.          PRESERVAR

 

Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre, o seu galardão. Como flechas na mão do valente, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

 

1.    De que adiantaria construir e guardar se não houver gerações futuras para herdar e dar continuidade? Era preciso preservar não apenas o que estava sendo reparado, construído e vigiado, mas também o próprio povo, a própria nação de Israel. Então, “gerem filhos”...

2.    No que respeita à igreja hoje, nós a estamos construindo, nós a estamos guardando e nós estamos desfrutando dela no presente; mas é preciso que “geremos filhos”, que “frutifiquemos” para que essa igreja possa continuar existindo quando nós “formos”.

 

E PRA ENCERRARMOS, UMA PALAVRA FINAL:

 

1.    Tratamos desse salmo enfatizando que O SENHOR precisa edificar a casa e vigiar a cidade, para que quem edifica e quem vigia não trabalhe em vão. Mas agora quero falar na ordem inversa e fazer uma “chamada de atenção”:

 

a)    O SENHOR precisa edificar a casa e guardar a cidade. Se O SENHOR não fizer isso, em vão trabalham os edificadores e em vão vigiam as sentinelas. Essa é a mensagem desses dois versos do salmo. Entretanto, podemos ver aí também, e não nos deve passar despercebido, que o fato de O SENHOR edificar e vigiar não isenta os edificadores e as sentinelas de fazerem o seu trabalho.

2.    Aplicando à igreja: a igreja é a casa e a cidade, e precisamos deixar que O SENHOR a edifique e guarde, mas precisamos também, como edificadores e sentinelas, fazer a nossa parte.

3.    Acontece que:

 

a)    Muitos edificadores e sentinelas estão dormindo sossegados

b)    Muitos edificadores e sentinelas estão “de férias”, “viajando” pelo mundo

c)    Muitos estão trabalhando em vão porque se esqueceram DO EDIFICADOR e SENTINELA, e trabalham sob suas próprias orientações e não sob a orientação divina

 

4.    E há aqueles que estão acordados, em plena atuação e sob orientação divina, mas, muitas das vezes sobrecarregados, porque além de se preocupar com a obra em si, têm que se preocupar com os dorminhocos, os viajantes e os que não querem ouvir a orientação divina.

  

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

PIB Muqui – outubro de 2021

terça-feira, 19 de outubro de 2021

NÃO DEIXE DE CONTRIBUIR COM SEU TRABALHO E TAMBÉM FINANCEIRAMENTE

Meus irmãos, se há uma coisa que todos nós sabemos é que nenhuma organização, e isso inclui a igreja local, subsiste sem trabalho, isto é, sem fazer o que lhe é devido fazer. Por exemplo, pra que serve um hospital que se omite de cuidar dos enfermos que ali chegam? Pra que serve uma organização de assistência social que não trabalha com afinco para cuidar daqueles que necessitam de tal assistência? Não serve pra nada, não é verdade? Assim também é com a igreja. Pra que serve uma igreja que não desenvolve as atividades próprias de uma igreja? Pra que serve uma igreja que não ora, que não prega o evangelho dentro e fora de suas portas, que não atende ninguém, que não se reúne...? Pra que serve uma igreja que não trabalha? A igreja precisa trabalhar, e É JUSTO que TODOS da igreja se envolvam de alguma forma. Então ore, evangelize, participe das reuniões de sua igreja... ENVOLVA-SE NA VIDA DE SUA IGREJA. Isso é justo e agrada a Deus.

E ainda outra coisa que todos sabemos é que nenhuma organização, e isso também inclui a igreja, sobrevive neste mundo sem dinheiro. Infelizmente a igreja sempre precisa de dinheiro. Mesmo que uma igreja resolva viver da forma mais simples possível, até reunindo-se ao ar livre e sem nenhum tipo de instrumento pra não ter que manter estrutura, ela vai precisar de algum recurso financeiro. Se não houver levantamento de dízimos e ofertas, alguém vai, uma hora ou outra, ter que doar alguma coisa. Como essa igreja do ar livre vai celebrar a ceia sem o pão, o suco da uva e os cálices? Como essa igreja vai atender alguém que chega necessitando de uma assistência social? Como essa igreja vai participar da obra missionária “até os confins da terra”? E muitas coisas mais que poderia citar. Então, por menos que seja, toda organização necessita de algum recurso financeiro, e, no caso da igreja, que evita receber dinheiro de políticos e dos governos pra não se ver presa a qualquer tipo de aliança, nada mais justo que esse recurso venha da contribuição de TODOS. Todos devemos contribuir. Cada um de acordo com a sua possibilidade, mas ninguém deveria se omitir. É justo, e, além de ser justo, agrada a Deus e atrai bênçãos – aquilo que plantamos, colhemos.

E ainda devo lembrar que, em nossa igreja (falo da PIB Muqui), apesar de incentivados e orientados, e até de fazermos algum apelo a esse respeito, NINGUÉM é “obrigado” a contribuir. Há algumas igrejas em que existe essa obrigação, mas aqui preferimos que quem contribui o faça por amor, por fidelidade a Deus e não à organização PIB Muqui, e também porque acha que vale a pena contribuir pelo que fazemos e pretendemos fazer aqui.

“Fazei tudo para a glória de Deus...” (1 Coríntios 10.31)

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

REAFIRME O SEU COMPROMISSO COM DEUS

 

Assim como nem tudo o que acontece tem uma razão “espiritual”, também nem tudo o que acontece é “normal” ou “natural”. Uma doença, uma dificuldade financeira, uma escassez, uma revolta da natureza, uma peste, uma epidemia ou pandemia, ou alguma outra dificuldade qualquer que nos sobrevém, às vezes tem como motivo a nossa indiferença para com Deus e Sua causa.

Várias vezes vemos isso na história do povo de Deus, e uma dessas vezes eu li hoje (18/10/2021), no livro do profeta Ageu. Vou citar apenas um verso, mas é bom ler o livro todo, que é composto de apenas dois capítulos com 38 versículos no total. O verso que vou citar é o 17 do capítulo 2, onde Deus diz: “Feri-vos com queimadura, e com ferrugem, e com saraiva, em toda a obra das vossas mãos; e não houve entre vós quem voltasse para mim, diz o SENHOR.” (Ageu 2:17 RC). A queimadura se refere ao crestamento do cereal plantado, causado provavelmente por ventos muito quentes; a ferrugem é uma praga nas plantas e a saraiva é chuva de pedras.

Que coisa! O próprio Deus tentando chamar a atenção do povo, tentando chamar o povo de volta a Si, e o povo “nem aí”.

Quem sabe Deus, através de alguma dificuldade que porventura estejamos vivenciando (qual é a sua?), não nos está tentando chamar a atenção para nos voltarmos para Ele? Quem sabe?

É tempo de ouvir a Deus! É tempo de nos voltarmos para Ele! É tempo de nos santificarmos! É tempo de reafirmarmos e cumprirmos o compromisso que temos com Ele e Sua causa. Não deixemos que a “ferrugem” e a “saraiva” ou qualquer outra coisa consuma a obra de nossas mãos antes que dela tiremos proveito; não deixemos que, por causa de nossa indiferença esse mal nos aconteça. SE CREMOS, voltemo-nos hoje, agora, decididamente, para Deus.

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

A EXPLOSÃO QUE ASSUSTA MAIS DO QUE A PEDRA

A EXPLOSÃO QUE ASSUSTA MAIS DO QUE A PEDRA   Na obra de Deus sempre haverá pedras no caminho. Às vezes pequenas, outras grandes, mas todas...