domingo, 8 de outubro de 2023

TIAGO – A FÉ EM AÇÃO - 4/17

 

TIAGO – A FÉ EM AÇÃO

 

Estudo 04

Para esse estudo usei o Comentário Bíblico Expositivo de Warren W. Wiersbe.

Apenas para estudo com a igreja – não postar, mesmo citando a fonte

Estudo adaptado para estudar junto à PIB Muqui

 

COMO LIDAR COM A TENTAÇÃO

 

Ø  No estudo anterior vimos que, diante das dificuldades que passamos na vida, há algumas coisas muito valiosas para Deus, que possuímos, e que devemos valorizar e nas quais devemos pensar:

1)    A nossa posição em Cristo. Qual é? Está lá em Romanos 5.1, dentre outros textos: Justificados!

2)    O nosso nome estar escrito no livro da vida, e não no documento de um carro, ou de uma casa ou de o que quer que seja nesta vida. Nem no poder que Deus às vezes nos concede, até para subjugar demônios, nós devemos pôr nossa alegria – veja Lucas 10.1-20

3)    O termos sido feitos, conforme lemos em 1 Pedro 2.9-10: geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido e que tem o propósito de anunciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. Podemos ser pobres, perseguidos, sofredores, provados... mas temos uma linhagem divina, acesso contínuo à presença de Deus, o cuidado do Pai, o privilégio de anunciar as coisas santas de Deus.

Ø  Hoje veremos sobre como lidar com a tentação.

 

Ø  Para tanto, leiamos Tiago 1.13-18

 

Ø  O crente maduro, experimentado, é paciente em meio às tribulações. Por vezes as tribulações apresentam-se na forma de provações exteriores, e, por vezes, são tentações interiores. As tribulações podem ser provas enviadas por Deus ou tentações enviadas por satanás e estimuladas pela nossa própria natureza decaída. É desse segundo aspecto das tribulações – as tentações interiores – que Tiago trata nesses versos.

Ø  No texto mais amplo Tiago mistura, associa as duas coisas; e podemos perguntar: por que? Qual a relação entre as tribulações exteriores e as tentações interiores? E segundo Wiersbe, a relação é simples de entender: se não tivermos cuidado, tribulações exteriores podem tornar-se tentações interiores. Ao vivenciar circunstâncias difíceis podemos nos pegar murmurando contra Deus, questionando Seu amor e resistindo à sua vontade. Nesse ponto, satanás aparece com a oportunidade de escapar das dificuldades. Essa oportunidade constitui uma tentação.

Ø  Há diversas ilustrações dessa verdade ao longo de toda a bíblia.

Ø  Por certo, Deus não quer que caiamos em tentação; no entanto, não nos poupa da experiência de sermos tentados, até porque, crescemos quando passamos por provações e tentações e saímos vencedores.

Ø  Pelo menos três fatos nós devemos considerar ao lidar com as tentações, a fim de superá-las:

 

I.                 PRIMEIRO FATO – O JULGAMENTO DE DEUS (vs. 13-16)

 

Ø  Veja na versão “a mensagem”, de Eugene Peterson: “Ninguém que esteja passando por lutas pode ter a cara de pau de dizer: É Deus que está me tentando. Deus não tem nada a ver com isso, e ele nunca põe o mal no caminho de ninguém. Ceder à tentação é decisão nossa. Culpar Deus é malandragem A tentação nasce dos impulsos incontroláveis dentro de nós. Se cedermos a esses impulsos, logo o pecado mostrará sua cara. E, quando o pecado toma conta da situação, o resultado é a morte.”

Ø  “Quando o pecado toma conta da situação, o resultado é a morte

Ø  Deus nos põe à prova, mas ele não nos tenta para que pequemos. Nós é que transformamos ocasiões de prova em tentações.

Ø  Às vezes a tentação é uma oportunidade de realizar algo bom de maneira errada, fora da vontade de Deus. Por exemplo, não é errado querer passar em uma prova, mas colar para conseguir esse algo bom faz parte do campo da tentação e é pecado. Ganhar dinheiro é necessário, e é bom, mas se corromper para ganhar dinheiro faz parte do campo da tentação e é pecado. E são muitos os exemplos possíveis.

Ø  Mas Tiago diz que chega um momento em que o julgamento de Deus vem. É uma espécie de processo: desejo (cobiça, concupiscência) – engano (atração) – desobediência (pecado) – morte.

1)    DESEJOS – Os desejos normais da vida foram dados por Deus e não são, em si, pecaminosos. Desejar comer, beber água, descansar e outros desejos mais são perfeitamente normais. Mas quando procuramos satisfazer esses e outros desejos de maneiras fora da vontade de Deus, aí a coisa complica. Comer é normal, mas gula é pecado. Dormir é normal, mas preguiça é pecado. Muitos desejos são normais, mas podem levar ao pecado se não os controlarmos. Não se trata de reprimir, mas de controlar, pelo menos no que respeita a muitos deles. Os desejos devem ser nossos servos e não nossos mestres. Mas é aí que tudo começa.

2)    ENGANO – O engano é a isca sobre a armadilha, “a isca que esconde o anzol”. “Parecia tão bom” ... O engano (a isca) impede de ver as consequências do pecado.

3)    DESOBEDIÊNCIA – O próprio pecado.

4)    MORTE – O pecado dá à luz a morte, não a vida. Pode levar anos, mas o resultado, se não houver arrependimento, é a morte.

Ø  E o fato de crer na Palavra de Deus, em toda ela, incluindo crer quando ela nos fala sobre as consequências ruins do pecado, que é o caso aqui, ajuda a superar e vencer as tentações.

Ø  O diabo sabe disso, e, por isso mesmo, ele trabalha para nos distrair quanto a isso, para nos cegar; e, por isso, às vezes pecamos deliberadamente sem pensar nas consequências. Davi se deixou distrair não pensou nas consequências de pecar contra Deus e contra Urias no caso de Bate-Seba, mas elas vieram. Saul se deixou distrair e não pensou nas consequências de fazer o que Deus havia dito para não fazer, mas elas vieram.

Ø  Não nos deixemos distrair quanto a isso. A justiça de Deus, mesmo sendo ele amor, exige o julgamento do pecado.

 

II.               SEGUNDO FATO – A BONDADE DE DEUS (v. 17)

 

Ø  A bondade de Deus é uma grande proteção para não cedermos à tentação. Uma vez que Deus é bom, não precisamos pecar para suprir as nossas necessidades.

Ø  Se começamos a duvidar da bondade de Deus, as ofertas de satanás se tornam atraentes, e os desejos naturais dentro de nós abocanham a sua isca. Moisés advertiu o povo a não se esquecer da bondade de Deus; precisamos da mesma advertência hoje.

Ø  Tiago apresenta quatro fatos sobre a bondade de Deus:

1)    Deus nos dá apenas boas coisas. Até o espinho na carne de Paulo era bom.

2)    O modo de Deus dar é bom, porque Deus dá com amor e por amor. É possível dar algo sem amor. É possível dar algo apenas por “constrangimento” (como ir a uma festa de aniversário sem levar um presente?). Mas o que Deus nos concede Ele concede com amor e graça. Tanto o que ele concede quanto o modo como concede são bons.

3)    Ele nos dá constantemente. Note a expressão “descendo do Pai das luzes”. “Descendo” está no gerúndio, e indica algo constante, contínuo. As dádivas de Deus não são ocasionais; Ele as envia constantemente, mesmo quando não as vemos ou não prestamos atenção a elas.

4)    Deus não muda. Não há mudança e nem sombra de variação nele, e, por isso, Ele é constantemente Bom.

Ø  Foi exatamente a bondade de Deus, demonstrada pelas mãos do patrão de José que refrearam José num momento em que foi tentado. Veja Gênesis 39.8-9.

Ø  As dádivas de Deus são sempre melhores que as barganhas de satanás. O inimigo nunca dá coisa alguma; sempre pagamos caro por aquilo que recebemos dele.

Ø  Quando vierem as tentações, boa coisa é meditarmos na bondade de Deus.

 

Ø  Então, a primeira barreira contra a tentação é negativa: o julgamento de Deus. A segunda é positiva: a bondade de Deus.

 

Ø  Mas tem a terceira, um terceiro fato que devemos considerar:

 

III.             TERCEIRO FATO – A NATUREZA DIVINA DENTRO DE NÓS (v. 18)

 

Ø  Na primeira barreira à tentação, Deus diz: “Olhe adiante e guarde-se do julgamento!”

Ø  Na segunda barreira ele diz: “Olhe ao redor e veja como tenho sido bom para você!”

Ø  E na terceira barreira ele diz: “Olhe para dentro de si e entenda que você nasceu do alto e possui a natureza divina!” – “Segundo a Sua vontade Ele nos gerou pela palavra da verdade...”

Ø  Em 1 João 3.9 lemos: “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.” (1 João 3:9 RA)

Ø  Essa natureza divina que passamos a possuir após o novo nascimento deve ser considerada para nos ajudar a vencer a tentação.

Ø  Alguém disse certa vez: “Dois homens vivem dentro de mim: o antigo Adão e Jesus. Quando a tentação bate à porta, alguém precisa atender. Se eu deixar Adão atender, cairei em pecado; assim, eu peço que Jesus atenda. Ele sempre vence!

 

CONCLUSÃO

 

Ø  Então, está aí como devemos lidar com a tentação, os fatos que temos que considerar quando formos tentados: o julgamento de Deus, a bondade de Deus e a natureza divina dentro de nós.

Ø  Agora, que Deus nos ajude a fazermos essas considerações e cairmos o menos possível diante das tentações.


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