sexta-feira, 7 de setembro de 2018

O Fruto do Espírito–parte 4 de 10–Paz

O FRUTO DO ESPÍRITO
Gálatas 5.22-23
Pr. Walmir Vigo Gonçalves


Parte 4 de 10 – Paz 


PAZ – O fruto do Espírito é... paz...

1.    O terceiro gomo do Fruto do Espírito é a paz.
2.    Mas não se trata de uma paz que é dependente das circunstâncias em que estamos vivendo. É uma paz que se faz presente mesmo quando tudo parece desabar sobre nossa cabeça.
3.    No Dicionário Aurélio assim lemos sobre paz:
a.    Ausência de lutas, violências ou perturbações sociais; tranquilidade pública; concórdia, harmonia: O respeito às leis assegura a paz de uma comunidade.
b.    Ausência de conflitos entre pessoas; bom entendimento; entendimento, harmonia: Vive em paz com os vizinhos e colegas.
c.    Ausência de conflitos íntimos; tranquilidade de alma; sossego: Goza de paz absoluta.
d.    Situação de um país que não está em guerra com outro: Grandes são os benefícios das épocas de paz.
e.    Ausência de agitação ou ruído; repouso, silêncio, sossego: “a paz do campo”.
4.    Mas não é essa a paz que o Espírito produz em nós. Essa paz é dependente das circunstâncias; ela é dependente de algumas “ausências”, como vemos nas definições, ou, talvez melhor dizendo, ela é a própria ausência dessas circunstâncias desfavoráveis, e se porventura a “ausência” der lugar à “presença”, foi-se embora a paz.
5.    A paz fruto do Espírito não depende de circunstâncias. Por que? Eis algumas razões:
a.    Porque os que a têm sabem que estão sob o cuidado de um Deus que sabe de todas as suas circunstâncias e que nada escapa ao Seu poder de agir.
                                  i.    E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos.” (Mateus 10:30-31 RC)
                                ii.    Jó, depois de passar por grandes provações permitidas por Deus, e posteriormente pela experiência de Deus se manifestar a ele e falar com ele, reconheceu: “Bem sei que tudo podes e nenhum de Teus planos pode ser frustrado”.
                               iii.    Os planos dele de libertar Israel do Egito por intermédio de Moisés da forma com libertou, demonstrando seu grande poder, não puderam ser frustrados. Depois Moisés orientou ao povo em Êxodo 13.13: “Lembrai-vos deste mesmo dia, em que saístes do Egito, da casa da servidão; pois, com MÃO FORTE, o Senhor vos tirou daqui...”
                               iv.    O profeta Jeremias, em uma oração que está registrada a partir do verso 17 do capítulo 32 (depois veja lá o teor todo da oração), começa se expressando assim diante de Deus: “Ah! Senhor JEOVÁ! Eis que tu fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; não te é maravilhosa demais coisa alguma. Tu usas de benignidade com milhares e tornas a maldade dos pais ao seio dos filhos depois deles; tu és o grande e poderoso Deus cujo nome é SENHOR dos Exércitos, grande em conselho e magnífico em obras; porque os teus olhos estão abertos sobre todos os caminhos dos filhos dos homens, para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas obras. Tu puseste sinais e maravilhas na terra do Egito até o dia de hoje, tanto em Israel como entre os outros homens, e te criaste um nome, qual é o que tens neste dia. E tiraste o teu povo de Israel da terra do Egito, com sinais, e com maravilhas, e com MÃO FORTE, e com braço estendido, e com grande espanto; e lhe deste esta terra que juraste a seus pais que lhes havias de dar; terra que mana leite e mel.” (Jeremias 32:17-22 RC)
                                v.    As muralhas de Jericó caíram...
                               vi.    Gideão, com 300 homens, venceu um exército de 132.000 homens...
                              vii.    Estes e muitos outros acontecimentos mostram que nada escapa ao poder de agir do Deus a quem servimos; nenhum de seus planos pode ser impedido.
b.    Mas também essa paz é uma paz que independe das circunstâncias porque o Senhor é o escudo e o ajudador daqueles que a tem.
                                  i.    “Depois destas coisas veio a palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão.” (Gênesis 15:1 RC)
                                ii.    “Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei. E, assim, com confiança, ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem. ” (Hebreus 13:5-6 RC)
c.    Ainda essa paz é uma paz que independe das circunstâncias porque o Senhor  toma pela mão aqueles que a tem, está com eles e age favoravelmente a eles em todas as situações.
                                  i.    “Porque eu, o SENHOR, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: não temas, que eu te ajudo.” (Isaías 41:13 RC)
                                ii.    "Estou convosco todos os dias..." disse Jesus...
                               iii.    Romanos 8.28-29 diz que Deus agem em todas as coisas para o bem daqueles que o amam e que são chamados segundo o Seu propósito.
d.    Me permitam falar ainda mais uma razão que não pode faltar: essa paz é uma paz que independe das circunstâncias por sabermos que quando cruzarmos a linha que divide esta vida da eternidade tudo irá bem conosco
                                  i.    Deus tem um reino preparado para nós: “Não temas, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o Reino.” (Lucas 12:32 RC)
                                ii.    Deus tem uma cidade para nós: “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas. (Filipenses 3:20-21 RC)
                               iii.    Nessa cidade que Deus tem preparada para nós seremos livres, como lemos no apocalipse, da fome, da sede, das maldiçoes, das lágrimas de tristeza... enfim, de todo e qualquer tipo de sofrimento e seremos apascentados por Jesus para as fontes das águas da vida.
                               iv.    Nada pode nos separar do amor de Deus a nós manifestado em Cristo Jesus... nem a morte... (Romanos 8)
                                v.    Ao cruzarmos a linha que divide esta vida da eternidade, seja hoje, seja amanhã, seja quando for e de que forma for, tudo irá bem conosco se já foi estabelecida a paz entre nós e Deus.
6.    Então, essa paz não depende de circunstâncias.
7.    A paz que o mundo oferece é uma paz circunstancial, e, como tal, passageira, mas a paz produzida pela presença do Espírito em nós não é circunstancial e é duradoura.
8.    Mas, notemos uma coisa interessante: a Palavra de Deus parece nos indicar que, apesar de Deus em Jesus ter essa paz disponível para nós através do Seu Espírito que a produz em nós, ela é algo que precisamos desenvolver, pela fé.
9.    Vejamos o que está escrito em Filipenses 4.6 e 7:

“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.”

10. Veja o comentário de Russel P. Shedd:

O antídoto da ansiedade e descontentamento não se encontra em outra ação senão na oração de fé... Pensamentos que trazem ao coração revoltantes e horríveis possibilidades devem ser vencidos pela comunhão com Deus na oração...
           
11. Repetindo o que já foi dito anteriormente, apesar de Deus em Jesus ter essa paz disponível para nós através do Seu Espírito que a produz em nós, ela é algo que precisamos desenvolver, pela fé.
12. Pela fé reconhecemos que Deus trabalha em todas as coisas para o bem daqueles que O amam (Romanos 8.28).
13. Pela fé lançamos sobre Deus toda a nossa ansiedade, certos de que Ele cuida de nós (I Pedro 5.7).
14. Não andeis ansiosos de coisa alguma... em tudo, porém, isto é, ao invés de ficarem ansiosos, tenham fé e orem, façam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. Mesmo antes de receber e sem saber se vai receber o que se deseja como se deseja, deve-se agradecer a Deus, e esse agradecimento não é porque se espera receber o desejado; antes, é um reconhecimento de que o que Deus fizer será o melhor. Assim, com essa fé, a paz de Deus, que excede todo o entendimento, e que é fruto do Espírito, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.
Recordando: “O fruto do Espírito é: 1) amor, 2) alegria, 3) paz... E depois da paz vem a Longanimidade.




  






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