CRÔNICAS SOBRE AS SETE IGREJAS DO APOCALIPSE - 6
FILADÉLFIA: A PORTA QUE NINGUÉM PODE FECHAR
Filadélfia, uma cidade pequena e sem grandes destaques históricos, recebeu uma das mais calorosas mensagens de Jesus às igrejas do Apocalipse. Para a comunidade cristã que ali vivia, as palavras do Senhor não vieram como uma repreensão, mas como um encorajamento.
“Estas são as palavras daquele que é santo e verdadeiro, que tem a chave de Davi. O que ele abre, ninguém pode fechar; e o que ele fecha, ninguém pode abrir.”
Jesus se apresenta como o Santo e Verdadeiro, aquele que tem autoridade soberana, simbolizada pela chave de Davi. Essa chave é o poder de abrir ou fechar portas no Reino. E as decisões de Cristo são definitivas. Quando Ele abre, nenhuma força pode fechar; quando fecha, ninguém pode forçar a entrada.
“Conheço as suas obras. Veja! Coloquei diante de você uma porta aberta que ninguém pode fechar. Sei que você tem pouca força, mas guardou a minha palavra e não negou o meu nome.”
Filadélfia era uma igreja pequena, talvez composta por pessoas humildes e sem grande influência social. Ainda assim, eles haviam guardado a Palavra de Cristo e permanecido fiéis, mesmo em tempos difíceis. Sua força podia ser limitada, mas sua fidelidade era grande aos olhos do Senhor.
A “porta aberta” representava uma oportunidade, talvez para evangelismo ou para entrar na presença de Deus com ousadia. Era uma declaração de que a fidelidade deles tinha valor eterno, e que Deus estava agindo a favor deles.
“Farei com que aqueles que são da sinagoga de Satanás, e que se dizem judeus, mas não são, venham e se prostrem aos seus pés e reconheçam que eu amei você.”
A perseguição que enfrentavam, possivelmente de grupos religiosos opostos, não passava despercebida aos olhos de Jesus. Ele prometeu vindicação: aqueles que os humilhavam reconheceriam, no tempo certo, que eles eram amados por Deus.
“Visto que você guardou a minha palavra de exortação à perseverança, eu também o guardarei da hora da provação que está para vir sobre todo o mundo, para pôr à prova os que habitam na terra.”
A perseverança da igreja em Filadélfia seria recompensada com proteção divina. Jesus prometeu guardá-los da tribulação que viria, talvez referindo-se a um evento futuro de julgamento ou provação universal. Essa promessa ecoa a fidelidade de Deus em cuidar daqueles que permanecem firmes.
“Venho em breve. Retenha o que você tem, para que ninguém tome a sua coroa.”
As palavras de Jesus são um chamado à vigilância. A promessa de Sua vinda é um lembrete para que a igreja continue apegada ao que tem: a fé, a esperança e a fidelidade. Eles já tinham uma coroa, um símbolo de vitória espiritual, e deveriam protegê-la.
“Aquele que vencer farei uma coluna no santuário do meu Deus, e dali nunca sairá. Escreverei nele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a Nova Jerusalém, que desce do céu da parte de Deus, e também o meu novo nome.”
A recompensa para os vencedores é rica em significado. Ser uma “coluna” no templo de Deus significa estabilidade e permanência na presença divina. Ter os nomes escritos neles — de Deus, da Nova Jerusalém e de Cristo — simboliza pertencimento, identidade e um relacionamento eterno com o Senhor.
Filadélfia nos ensina que, mesmo na fraqueza, é possível agradar a Deus com fidelidade e perseverança. Não é o tamanho da igreja ou a influência social que importa, mas o coração disposto a guardar a Palavra e a não negar o nome de Cristo.
A porta que Jesus abriu para Filadélfia permanece aberta para todos os que confiam Nele. É uma porta de acesso à presença de Deus, de oportunidades para servir e de esperança em tempos difíceis.
Assim como os cristãos de Filadélfia, somos chamados a reter o que temos, perseverar na fé e nos lembrar de que o Senhor que é santo e verdadeiro tem o controle de tudo. Sua autoridade é inabalável, e Suas promessas são firmes.
Que também possamos ser encontrados fiéis, com nossos olhos fixos na porta aberta por Cristo, sabendo que ninguém pode fechá-la, e que nossa vitória está garantida Nele.
Autor: anônimo
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