A
VOZ QUE ECOA NO SILÊNCIO
(Baseado em Hebreus 2)
Naquele instante de silêncio, algo se destacava mais do que as palavras que ecoavam no coração: a urgência. Era como estar à beira de um precipício e ouvir a voz de alguém amado gritar veementemente: “Não pule, há um caminho melhor!”
Hebreus 2 ressoava como esse grito de advertência, não de quem quer controlar, mas de quem ama intensamente.
Vivemos em um mundo barulhento. Notificações piscam, compromissos se acumulam, e até nossos momentos de descanso são preenchidos com ruídos. Em meio a isso, muitas vezes negligenciamos o que realmente importa. A pergunta de Hebreus 2.3 é um desafio direto: “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?”
Negligenciar não é apenas ignorar. Negligenciar é não dar o devido valor. Negligenciar é tratar o precioso como comum e o eterno como se passageiro fosse. Essa negligência não acontece de uma vez, mas aos poucos, como um barco à deriva que se afasta do porto sem que percebamos.
E então, o texto nos convida a olhar para Cristo. Ele, que foi feito "um pouco menor que os anjos", escolheu a humilhação. Ele entrou na história, vestiu nossa humanidade e enfrentou nossa dor.
Por quê?
Para nos resgatar!
Para segurar nossa mão quando estávamos à beira do abismo e trazer-nos de volta à vida!
Pense nisso: o próprio Criador, que sustenta o universo com Sua palavra poderosa, experimentou a fragilidade da carne para vencer aquilo que mais tememos – a morte. E Ele não fez isso por obrigação, mas por amor. E agora, como Sumo Sacerdote, Ele conhece nossas dores, nossas lutas e as tentações que todos os dias se apresentam diante de nós. Ele sabe o que é ser humano.
MAS NÓS TEMOS DADO ATENÇÃO A ESSA VOZ? Ou estamos permitindo que a pressa, o medo ou a indiferença abafem o chamado?
A pergunta persiste: “Como escaparemos?”
Hoje, olhando para Hebreus 2, quero convidar você a refletir. Não há nada mais urgente, mais belo, mais poderoso do que esta verdade: Cristo se humilhou para nos exaltar. Ele morreu para que vivêssemos. Não permita que isso se perca no barulho do cotidiano.
Que
ao mergulharmos na profundidade de Hebreus 2, nosso coração seja despertado
para ouvir essa voz que ecoa no silêncio, a voz de um Salvador que não apenas
nos adverte, mas também nos ama incondicionalmente.
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