O FRUTO DO
ESPÍRITO
Gálatas 5.22-23
Pr. Walmir Vigo Gonçalves
Parte 6 de 10 – Benignidade
BENIGNIDADE
– O fruto do Espírito é... benignidade...
1. Benignidade é a
característica por causa da qual praticamos atos de bondade. Talvez por isso,
como evidencia William Barclay, “até
mesmo filósofos pagãos teriam definido que é a benignidade que torna o homem
semelhante a Deus”, porque o nosso Deus é benigno, e por causa da Sua
benignidade Ele age com bondade para conosco.
2. Falando sobre a
benignidade nos homens, Plummer, segundo Barclay, diz que ela é “a
gentileza simpática ou doçura de gênio que deixa os outros à vontade e recua
diante da ideia de provocar dor”.
3. Então,
benignidade tem a ver com o caráter da pessoa. Ela age naturalmente com bondade
porque o seu caráter é benigno. A malignidade não, a malignidade faz a pessoa
agir como os inimigos de Daniel, que procuraram alguma coisa que pudesses usar
contra ele e, em não encontrando, elaboraram todo um plano para que pudessem
prejudica-lo.
4. Agora,
lembremo-nos e não nos esqueçamos de uma coisa: a partir do momento em que fomos
alcançados pela graça de Deus em Cristo Jesus, isto é, a partir do momento em
que fomos salvos, o Espírito Santo passou a habitar em nós, porque quem não tem
o Espírito de Cristo não é dele, lemos em Romanos 8.9; e é o Espírito que é o
selo e o penhor de nossa salvação; então, se fomos e somos salvos, o temos. E se
o temos, nosso caráter necessariamente foi ou está sendo transformado por Ele, e
nesse processo de transformação um fruto está sendo produzido e este fruto
inclui a benignidade, e, portanto, todos os que são verdadeiramente crentes
devem ser benignos. A benignidade, necessariamente, é uma de suas
qualidades.
5. É como quando
estudamos o sermão da montanha e vimos que Jesus o começa com as
bem-aventuranças e que essas bem-aventuranças são características necessárias
daqueles que realmente pertencem a Jesus.
a. Os que
pertencem a Jesus e que, portanto, são bem-aventurados, são pobres de espírito,
isto é, reconhecem a sua miséria espiritual e sua absoluta necessidade do favor
divino;
b. Os que
pertencem a Jesus e que, portanto, são bem-aventurados, choram, isto é, lamentam
o pecado presente no mundo e em suas próprias
vidas;
c. Os que
pertencem a Jesus e que, portanto, são bem-aventurados, são mansos, isto é,
entregam a Deus todas as questões, não buscando vingança ou
retaliações...
d. Os que
pertencem a Jesus e que, portanto, são bem-aventurados, têm fome e sede de
justiça, isto é, anelam por ser positivamente santos, por despojar-se do velho
homem que se corrompe pelas concupiscências do engano e revestir-se do novo
homem que é criado segundo Deus, em verdadeira justiça e santidade, e por
conhecer a Deus e desfrutar de companheirismo com Ele e ser parecido com o
próprio Senhor Jesus.
e. Os que
pertencem a Jesus e que, portanto, são bem-aventurados, são misericordiosos,
isto é, são ativamente compassivos para com os outros que
sofrem;
f. Os que
pertencem a Jesus e que, portanto, são bem-aventurados, são limpos de coração,
isto é, têm um coração santificado a Deus;
g. Os que
pertencem a Jesus e que, portanto, são bem-aventurados, são pacificadores, são
promotores da paz, inclusive da paz entre o homem e Deus; e promove-se a paz
entre o homem e Deus quando se age positivamente para levar esse homem à
conversão.
h. E por causa de
tudo isso, aquele que pertence a Jesus às vezes é perseguido, mas até nisso ele
é bem-aventurado.
6. Pois bem, a
benignidade não está explicitamente incluída nas bem-aventuranças proferidas por
Jesus e que são características necessárias dos que pertencem a ele. Entretanto,
ela é também característica necessária por fazer parte do fruto que o Espírito
produz no crente.
7. Então, meu
prezado irmão, se você é crente de verdade, o Espírito Santo habita em você e
está produzindo um fruto e esse fruto inclui a benignidade, e isso significa que
deve haver em você aquela gentileza simpática, aquela doçura de gênio ou
personalidade que, diante da ideia de vingança ou de provocar alguma espécie de
dor, recua, não vai adiante. Se assim não é, se não há pelo menos um sinal de
que uma personalidade assim está sendo formada em você, então algo está errado
com você.
8. Ser benigno é
ser gentil. Os crentes precisam ser gentis.
9. Uma das
vantagens de se ser gentil é que nos tornamos pessoas de fácil
abordagem.
10. É
muito mais fácil nos aproximarmos de uma pessoa a quem magoamos, para pedir
perdão, se a mesma for uma pessoa gentil e não rude.
11. É
muito mais fácil as pessoas se aproximarem de nós, inclusive para serem
perdoadas por nós, se somos gentis.
12. Foi
Martinho Lutero quem disse:
“Os seguidores do evangelho não devem ser inflexíveis e
amargos, mas antes, gentis, suaves, corteses e de fala mansa, o que deveria
encorajar outros a buscarem sua companhia... A gentileza pode dar-se bem até
mesmo com pessoas ousadas e difíceis...”
13. Se
você é crente, o Espírito está desenvolvendo um fruto em seu interior, e esse
fruto inclui a benignidade; então, você precisa ser benigno, gentil. Você
precisa exercitar a gentileza.
14. Vamos
ao próximo resultado: Bondade
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