O FRUTO DO
ESPÍRITO
Gálatas 5.22-23
Pr. Walmir Vigo Gonçalves
Parte 4 de 10 – Paz
PAZ – O fruto do Espírito é...
paz...
1. O terceiro gomo
do Fruto do Espírito é a paz.
2. Mas não se
trata de uma paz que é dependente das circunstâncias em que estamos vivendo. É
uma paz que se faz presente mesmo quando tudo parece desabar sobre nossa
cabeça.
3. No Dicionário
Aurélio assim lemos sobre paz:
a. Ausência de
lutas, violências ou perturbações sociais; tranquilidade pública; concórdia,
harmonia: O respeito às leis
assegura a paz de uma comunidade.
b. Ausência de
conflitos entre pessoas; bom entendimento; entendimento, harmonia: Vive
em paz com os vizinhos e colegas.
c. Ausência de
conflitos íntimos; tranquilidade de alma; sossego: Goza
de paz absoluta.
d. Situação de um
país que não está em guerra com outro: Grandes são os benefícios das épocas
de paz.
e. Ausência de
agitação ou ruído; repouso, silêncio, sossego: “a
paz do campo”.
4. Mas não é essa
a paz que o Espírito produz em nós. Essa paz é dependente das circunstâncias;
ela é dependente de algumas “ausências”, como vemos nas definições, ou, talvez
melhor dizendo, ela é a própria ausência dessas circunstâncias desfavoráveis, e
se porventura a “ausência” der lugar à “presença”, foi-se embora a
paz.
5. A paz fruto do
Espírito não depende de circunstâncias. Por que? Eis algumas
razões:
a. Porque
os que a têm sabem que estão sob o cuidado de um Deus que sabe de todas as suas
circunstâncias e que nada escapa ao Seu poder de
agir.
i. E até
mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; mais
valeis vós do que muitos passarinhos.” (Mateus 10:30-31
RC)
ii. Jó,
depois de passar por grandes provações permitidas por Deus, e posteriormente
pela experiência de Deus se manifestar a ele e falar com ele, reconheceu:
“Bem sei que tudo podes e nenhum de Teus planos pode
ser frustrado”.
iii. Os
planos dele de libertar Israel do Egito por intermédio de Moisés da forma com
libertou, demonstrando seu grande poder, não puderam ser frustrados. Depois
Moisés orientou ao povo em Êxodo 13.13: “Lembrai-vos deste mesmo dia, em que saístes do Egito,
da casa da servidão; pois, com MÃO FORTE, o Senhor vos tirou
daqui...”
iv. O
profeta Jeremias, em uma oração que está registrada a partir do verso 17 do
capítulo 32 (depois veja lá o teor todo da oração), começa se expressando assim
diante de Deus:
“Ah! Senhor JEOVÁ! Eis que tu fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e
com o teu braço estendido; não te é maravilhosa demais
coisa alguma. Tu usas de benignidade com milhares e tornas a maldade dos pais
ao seio dos filhos depois deles; tu és o grande e poderoso Deus cujo nome é
SENHOR dos Exércitos, grande em conselho e magnífico em obras; porque os teus
olhos estão abertos sobre
todos os caminhos dos filhos dos homens, para dar a cada um segundo os seus
caminhos e segundo o fruto das suas obras. Tu puseste sinais e maravilhas na
terra do Egito até o dia de hoje, tanto em Israel como entre os outros
homens, e te criaste um nome,
qual é o que tens neste dia. E
tiraste o teu povo de Israel da terra do Egito, com sinais, e com maravilhas, e
com MÃO FORTE, e com braço estendido, e com grande espanto; e lhe deste esta
terra que juraste a seus pais que lhes havias de dar; terra que mana leite e
mel.” (Jeremias 32:17-22 RC)
v. As
muralhas de Jericó caíram...
vi. Gideão,
com 300 homens, venceu um exército de 132.000
homens...
vii. Estes e
muitos outros acontecimentos mostram que nada escapa ao poder de agir do Deus a
quem servimos; nenhum de seus planos pode ser
impedido.
b. Mas
também essa paz é uma paz que independe das circunstâncias porque o Senhor é o
escudo e o ajudador daqueles que a
tem.
i. “Depois
destas coisas veio a palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo: Não temas,
Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão.” (Gênesis 15:1
RC)
ii. “Sejam
vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele
disse: Não te deixarei, nem te desampararei. E, assim, com confiança,
ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que me
possa fazer o homem. ” (Hebreus 13:5-6
RC)
c. Ainda
essa paz é uma paz que independe das circunstâncias porque o Senhor toma pela mão aqueles que a tem, está com eles e age favoravelmente a
eles em todas as situações.
i. “Porque
eu, o SENHOR, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: não temas, que
eu te ajudo.” (Isaías 41:13 RC)
ii. "Estou
convosco todos os dias..." disse
Jesus...
iii. Romanos
8.28-29 diz que Deus agem em todas as coisas para o bem daqueles que o amam e
que são chamados segundo o Seu
propósito.
d. Me
permitam falar ainda mais uma razão que não pode faltar: essa paz é uma paz que
independe das circunstâncias por
sabermos que quando cruzarmos a linha que divide esta vida da eternidade tudo
irá bem conosco
i. Deus
tem um reino preparado para nós: “Não
temas, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o Reino.”
(Lucas 12:32 RC)
ii. Deus
tem uma cidade para nós: “Mas a nossa
cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,
que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso,
segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.”
(Filipenses 3:20-21 RC)
iii. Nessa
cidade que Deus tem preparada para nós seremos livres, como lemos no
apocalipse, da fome, da sede, das maldiçoes, das lágrimas de tristeza... enfim,
de todo e qualquer tipo de sofrimento e seremos apascentados por Jesus para as
fontes das águas da vida.
iv. Nada
pode nos separar do amor de Deus a nós manifestado em Cristo Jesus... nem a
morte... (Romanos 8)
v. Ao
cruzarmos a linha que divide esta vida da eternidade, seja hoje, seja amanhã,
seja quando for e de que forma for, tudo irá bem conosco se já foi estabelecida
a paz entre nós e Deus.
6. Então, essa paz
não depende de circunstâncias.
7. A paz que o
mundo oferece é uma paz circunstancial, e, como tal, passageira, mas a paz
produzida pela presença do Espírito em nós não é circunstancial e é
duradoura.
8. Mas, notemos
uma coisa interessante: a Palavra de Deus parece nos indicar que, apesar de Deus
em Jesus ter essa paz disponível para nós através do Seu Espírito que a produz
em nós, ela é algo que precisamos desenvolver, pela
fé.
9. Vejamos o que
está escrito em Filipenses 4.6 e 7:
“Não
andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de
Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a
paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa
mente em Cristo Jesus.”
10. Veja
o comentário de Russel P. Shedd:
O
antídoto da ansiedade e descontentamento não se encontra em outra ação senão na
oração de fé... Pensamentos que trazem ao coração revoltantes e horríveis
possibilidades devem ser vencidos pela comunhão com Deus na
oração...
11. Repetindo
o que já foi dito anteriormente, apesar de Deus em Jesus ter essa paz disponível
para nós através do Seu Espírito que a produz em nós, ela é algo que precisamos
desenvolver, pela fé.
12. Pela
fé reconhecemos que Deus trabalha em todas as coisas para o bem daqueles que O
amam (Romanos 8.28).
13. Pela
fé lançamos sobre Deus toda a nossa ansiedade, certos de que Ele cuida de nós (I
Pedro 5.7).
14. Não
andeis ansiosos de coisa alguma... em tudo, porém, isto é, ao invés de ficarem
ansiosos, tenham fé e orem, façam conhecidas, diante de Deus, as vossas
petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. Mesmo antes de
receber e sem saber se vai receber o que se deseja como se deseja, deve-se
agradecer a Deus, e esse agradecimento não é porque se espera receber o
desejado; antes, é um reconhecimento de que o que Deus fizer será o melhor.
Assim, com essa fé, a paz de Deus, que excede todo o entendimento, e que é fruto
do Espírito, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo
Jesus.
Recordando: “O fruto do Espírito é: 1) amor, 2)
alegria, 3) paz... E depois da paz vem a Longanimidade.
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