TIAGO
– A FÉ EM AÇÃO
Estudo 07
Fontes de consulta:
–
Destruindo com a língua o que com as mãos se construiu –
Tiago
1.26
Ø No estudo anterior
vimos os versos 21 a 25 do
capítulo 1, sob o tema: NÃO SE ENGANE. E consideramos que:
1) Precisamos receber
a Palavra com mansidão – rejeitar toda imundícia e acúmulo de malícia, isto é:
todo pecado, e receber a palavra com mansidão, isto é: com humildade o bastante
para sujeitarmo-nos a um processo de transformação moral;
2) Precisamos ser cumpridores da Palavra e não somente
ouvintes que se enganam com falsos discursos, com suposições falsas de que Deus
se agrada de quem conhece as escrituras, independentemente de se praticar ou
não.
Ø Hoje vamos considerar o verso 26, sob o tema Religião
Vã – destruindo com a língua o que com as “mãos” se construiu. Não
religião no sentido depreciativo, no sentido ritualístico, mas no sentido de
alguém que pratica algumas coisas que são próprias de quem tem uma vida com
Deus.
Ø Leiamos o texto – Tiago 1.26
Ø Uma história ilustrativa nos dá conta de que
havia na antiga Grécia uma escola célebre de homens piedosos e refletidos,
chamados Pitagorianos. Se alguém quisesse entrar nessa sociedade, devia
comprometer-se a guardar silêncio durante três anos. Se cumpria fielmente... os
filósofos acolhiam-no no seu grêmio (círculo, sociedade).
Ø Talvez a razão dessa condição resida no fato
de que uma das coisas mais difíceis para o homem seja dominar a língua.
Ø F. W. Foester disse certa vez: “Para que serve a bondade de coração se a
língua sem freio não lhe obedece? As maiores divisões entre os homens e as
maiores desgraças do mundo provém de línguas soltas demais. Por uma palavra
injuriosa (ofensiva, humilhante), às vezes sem importância, os homens se matam
uns aos outros, e as mais velhas amizades são frequentemente rompidas por uma
tagarelice tola”
Ø É um fato bastante claro que Jesus costumava
ensinar e exortar sempre contra o mal. Em Lucas 12.1, por exemplo,
encontramo-lo falando aos seus discípulos, exortando-os à cautela quanto ao que
ele chamou de “fermento dos fariseus”, símbolo da influência corruptora do mal.
No texto em questão, Jesus diz que esse “fermento” é a hipocrisia. Com isso
Jesus estava dizendo que os fariseus mascaravam com religiosidade aparente a sua
condição corrupta intrínseca.
Ø Tiago parece seguir o mesmo método de ensino
de Jesus, procurando “desiludir os que se contentam só com os princípios e
cerimônias da religião, esquecendo-se da sua influência sobre o procedimento; e
fá-los ver que, nesse caso, a religião se lhes torna vã”.
Ø No versículo inicial podemos identificar
alguns aspectos possíveis na vida religiosa de uma pessoa. Vejamos:
1)
A Pessoa Supõe Ser Religiosa –
Tiago não fala sobre uma pessoa que, conscientemente, põe uma máscara religiosa.
A pessoa de quem Tiago fala é alguém que realmente se considera religiosa na
prática; uma pessoa que até cumpre princípios externos exigidos por sua
religião. Segundo o costume atual: vai aos cultos, contribui com o dízimo,
abstém-se de algumas coisas que causam dificuldades, como fumo, bebida, jogos
de azar, etc. É uma pessoa que está ali não com a intenção de enganar qualquer
dos irmãos. Até certo ponto poderíamos dizer tratar-se de uma pessoa sincera.
2)
Mas Essa Pessoa Não Refreia a Sua Língua – A
pessoa a que Tiago se refere tem esse problema. A sua língua é desgovernada;
ele não é capaz de refreá-la. Refrear significa dominar com freio; por freio em
alguma coisa ou algum animal. Figuradamente é moderar, sujeitar, reprimir,
conter. Língua não refreada é, pois, língua desgovernada, língua sem controle.
Freio é o aparelho com que se regula o movimento das máquinas... e dos animais.
Língua não refreada é veículo sem freio, que ocasiona desastre... a língua não
refreada não é outra coisa senão um vulcão em lavas, a espalhar terror e morte
por todos os lados; é um barco sem leme, um fogo no bosque, um veneno na boca:
incendeia, apunhala, mata, retalha, infama, num caudal de misérias por entre
disputas, contendas, maledicências, difamação, mexerico, calúnias, insultos,
obscenidades, impropérios e maldições, levando de roldão a dignidade, a honra,
o caráter, a reputação, com uma voracidade infernal”. (Veja ainda Tiago 3.3-12)
3)
A Pessoa Engana a Si Mesma – A
pessoa se considera religiosa, mas está sendo vítima de um auto-engano. Nas
palavras de Tozer: “Ela comete fraude em dano próprio”.
Temos
vários textos na Bíblia que nos exortam a não nos deixarmos enganar. Efésios
5.6 diz: “Ninguém vos engane com palavras
vãs...”. Às vezes somos enganados pelos outros, mas Tiago mostra que às
vezes somos nós quem nos enganamos a nós mesmos, por não refrearmos a nossa
língua.
4)
A Pessoa Tem Uma Religião Vã – “Ter
religião e não refrear a língua é desvirtuar a religião, é torna-la vã na sua
aplicação”.
Se plantarmos uma grande floresta e depois
atearmos fogo nela, terá sido vão o nosso esforço. Se conseguimos trazer alguém
pra igreja, mas depois a afastamos porque não conseguimos controlar a nossa
língua, o esforço foi em vão.
A religião implica
Não tem muito valor a religião da pessoa
cuja língua é peçonhenta.
Ø Concluindo
– A língua não é algo que alguém de fora
possa dominar. Só o dono dela poderá fazê-lo, no poder do Espírito Santo. Se a
pessoa não se dispõe a isso, seria melhor deixar de ter religião. Religião
nenhuma é melhor que religião vã.
“...
quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os
seus lábios não falem engano” (1 Pedro 3:10 RC)
“...
de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no Dia do Juízo.
... por tuas palavras serás justificado... [ou] condenado” (Mateus 12:36-37 RC)
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