TIAGO
– A FÉ EM AÇÃO
Estudo 04
Para esse estudo usei o Comentário Bíblico
Expositivo de Warren W. Wiersbe.
Apenas para estudo com a igreja – não
postar, mesmo citando a fonte
Estudo adaptado para estudar junto à PIB
Muqui
COMO LIDAR COM A TENTAÇÃO
Ø
No estudo anterior vimos que, diante das
dificuldades que passamos na vida, há algumas coisas muito valiosas para Deus,
que possuímos, e que devemos valorizar e nas quais devemos pensar:
1) A nossa posição em Cristo. Qual é?
Está lá em Romanos 5.1, dentre outros textos: Justificados!
2) O nosso nome estar escrito no livro da vida,
e não no documento de um carro, ou de uma casa ou de o que quer que seja nesta
vida. Nem no poder que Deus às vezes nos concede, até para subjugar demônios,
nós devemos pôr nossa alegria – veja Lucas 10.1-20
3) O termos sido feitos, conforme lemos em 1
Pedro 2.9-10: geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido e
que tem o propósito de anunciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas
para a Sua maravilhosa luz. Podemos ser pobres, perseguidos, sofredores,
provados... mas temos uma linhagem divina, acesso contínuo à presença de Deus,
o cuidado do Pai, o privilégio de anunciar as coisas santas de Deus.
Ø Hoje veremos sobre como lidar com a tentação.
Ø Para tanto, leiamos Tiago 1.13-18
Ø O crente maduro, experimentado, é paciente em meio às
tribulações. Por vezes as tribulações apresentam-se na forma de provações
exteriores, e, por vezes, são tentações interiores. As tribulações podem ser
provas enviadas por Deus ou tentações enviadas por satanás e estimuladas pela
nossa própria natureza decaída. É desse segundo aspecto das tribulações – as
tentações interiores – que Tiago trata nesses versos.
Ø No texto mais amplo Tiago mistura, associa as duas
coisas; e podemos perguntar: por que? Qual a relação entre as tribulações
exteriores e as tentações interiores? E segundo Wiersbe, a relação é simples de
entender: se não tivermos cuidado, tribulações exteriores podem tornar-se
tentações interiores. Ao vivenciar circunstâncias difíceis podemos nos
pegar murmurando contra Deus, questionando Seu amor e resistindo à sua vontade.
Nesse ponto, satanás aparece com a oportunidade de escapar das dificuldades. Essa
oportunidade constitui uma tentação.
Ø
Há diversas
ilustrações dessa verdade ao longo de toda a bíblia.
Ø
Por certo, Deus
não quer que caiamos em tentação; no entanto, não nos poupa da experiência de
sermos tentados, até porque, crescemos quando passamos por provações e
tentações e saímos vencedores.
Ø
Pelo menos três
fatos nós devemos considerar ao lidar com as tentações, a fim de superá-las:
I.
PRIMEIRO FATO – O JULGAMENTO DE DEUS (vs. 13-16)
Ø
Veja na versão “a mensagem”, de Eugene Peterson: “Ninguém
que esteja passando por lutas pode ter a cara de pau de dizer: É Deus que está
me tentando. Deus não tem nada a ver com isso, e ele nunca põe o mal no caminho
de ninguém. Ceder à tentação é decisão nossa. Culpar Deus é malandragem A
tentação nasce dos impulsos incontroláveis dentro de nós. Se cedermos a esses impulsos,
logo o pecado mostrará sua cara. E, quando o pecado toma conta da situação, o
resultado é a morte.”
Ø
“Quando o pecado toma conta da situação, o
resultado é a morte”
Ø
Deus nos põe à prova, mas ele não nos tenta para
que pequemos. Nós é que transformamos ocasiões de prova em tentações.
Ø
Às vezes a tentação é uma oportunidade de realizar
algo bom de maneira errada, fora da vontade de Deus. Por exemplo, não é errado
querer passar em uma prova, mas colar para conseguir esse algo bom faz parte do
campo da tentação e é pecado. Ganhar dinheiro é necessário, e é bom, mas se
corromper para ganhar dinheiro faz parte do campo da tentação e é pecado. E são
muitos os exemplos possíveis.
Ø
Mas Tiago diz que chega um momento em que o
julgamento de Deus vem. É uma espécie de processo: desejo (cobiça,
concupiscência) – engano (atração) – desobediência (pecado) – morte.
1)
DESEJOS – Os desejos normais da vida foram dados
por Deus e não são, em si, pecaminosos. Desejar comer, beber água, descansar e
outros desejos mais são perfeitamente normais. Mas quando procuramos satisfazer
esses e outros desejos de maneiras fora da vontade de Deus, aí a coisa
complica. Comer é normal, mas gula é pecado. Dormir é normal, mas preguiça é
pecado. Muitos desejos são normais, mas podem levar ao pecado se não os
controlarmos. Não se trata de reprimir, mas de controlar, pelo menos no que
respeita a muitos deles. Os desejos devem ser nossos servos e não nossos
mestres. Mas é aí que tudo começa.
2)
ENGANO – O engano é a isca sobre a armadilha, “a
isca que esconde o anzol”. “Parecia tão bom” ... O engano (a isca) impede de
ver as consequências do pecado.
3)
DESOBEDIÊNCIA – O próprio pecado.
4)
MORTE – O pecado dá à luz a morte, não a vida. Pode
levar anos, mas o resultado, se não houver arrependimento, é a morte.
Ø
E o fato de crer na Palavra de Deus, em toda ela,
incluindo crer quando ela nos fala sobre as consequências ruins do pecado, que
é o caso aqui, ajuda a superar e vencer as tentações.
Ø
O diabo sabe disso, e, por isso mesmo, ele trabalha
para nos distrair quanto a isso, para nos cegar; e, por isso, às vezes pecamos
deliberadamente sem pensar nas consequências. Davi se deixou distrair não
pensou nas consequências de pecar contra Deus e contra Urias no caso de
Bate-Seba, mas elas vieram. Saul se deixou distrair e não pensou nas
consequências de fazer o que Deus havia dito para não fazer, mas elas vieram.
Ø
Não nos deixemos distrair quanto a isso. A justiça
de Deus, mesmo sendo ele amor, exige o julgamento do pecado.
II.
SEGUNDO FATO – A BONDADE DE DEUS (v. 17)
Ø
A bondade de Deus é uma grande proteção para não
cedermos à tentação. Uma vez que Deus é bom, não precisamos pecar para suprir
as nossas necessidades.
Ø
Se começamos a duvidar da bondade de Deus, as
ofertas de satanás se tornam atraentes, e os desejos naturais dentro de nós
abocanham a sua isca. Moisés advertiu o povo a não se esquecer da bondade de
Deus; precisamos da mesma advertência hoje.
Ø
Tiago apresenta quatro fatos sobre a bondade de
Deus:
1)
Deus nos dá apenas boas coisas. Até o espinho na
carne de Paulo era bom.
2)
O modo de Deus dar é bom, porque Deus dá com amor e
por amor. É possível dar algo sem amor. É possível dar algo apenas por
“constrangimento” (como ir a uma festa de aniversário sem levar um presente?).
Mas o que Deus nos concede Ele concede com amor e graça. Tanto o que ele
concede quanto o modo como concede são bons.
3)
Ele nos dá constantemente. Note a expressão
“descendo do Pai das luzes”. “Descendo” está no gerúndio, e indica algo
constante, contínuo. As dádivas de Deus não são ocasionais; Ele as envia
constantemente, mesmo quando não as vemos ou não prestamos atenção a elas.
4)
Deus não muda. Não há mudança e nem sombra de variação
nele, e, por isso, Ele é constantemente Bom.
Ø
Foi exatamente a bondade de Deus, demonstrada pelas
mãos do patrão de José que refrearam José num momento em que foi tentado. Veja
Gênesis 39.8-9.
Ø
As dádivas de Deus são sempre melhores que as
barganhas de satanás. O inimigo nunca dá coisa alguma; sempre pagamos caro
por aquilo que recebemos dele.
Ø
Quando vierem as tentações, boa coisa é meditarmos
na bondade de Deus.
Ø
Então, a primeira barreira contra a tentação é
negativa: o julgamento de Deus. A segunda é positiva: a bondade de Deus.
Ø
Mas tem a terceira, um terceiro fato que devemos
considerar:
III.
TERCEIRO FATO – A NATUREZA DIVINA DENTRO DE NÓS (v.
18)
Ø
Na primeira barreira à tentação, Deus diz: “Olhe
adiante e guarde-se do julgamento!”
Ø
Na segunda barreira ele diz: “Olhe ao redor e veja
como tenho sido bom para você!”
Ø
E na terceira barreira ele diz: “Olhe para dentro
de si e entenda que você nasceu do alto e possui a natureza divina!” – “Segundo
a Sua vontade Ele nos gerou pela palavra da verdade...”
Ø
Em 1 João 3.9 lemos: “Todo aquele que é nascido
de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina
semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.” (1
João 3:9 RA)
Ø
Essa natureza divina que passamos a possuir após o
novo nascimento deve ser considerada para nos ajudar a vencer a tentação.
Ø
Alguém disse certa vez: “Dois homens vivem dentro
de mim: o antigo Adão e Jesus. Quando a tentação bate à porta, alguém precisa
atender. Se eu deixar Adão atender, cairei em pecado; assim, eu peço que Jesus
atenda. Ele sempre vence!
CONCLUSÃO
Ø
Então, está aí como devemos lidar com a tentação,
os fatos que temos que considerar quando formos tentados: o julgamento de Deus,
a bondade de Deus e a natureza divina dentro de nós.
Ø
Agora, que Deus nos ajude a fazermos essas
considerações e cairmos o menos possível diante das tentações.
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