QUANDO A VIDA
VIROU UM BANQUETE PARA SI MESMO
Eles
estavam comendo, bebendo, casando, comprando, vendendo, plantando e
construindo. Era a vida que todo mundo queria: sem sobressaltos, sem
preocupações, sem aquela sensação chata de que existe um Deus que governa o
mundo. Assim Jesus descreveu os dias de Noé e Ló (Lucas 17.26-30). Dias comuns.
Dias confortáveis. Dias de pessoas ocupadas com elas mesmas — e só com elas
mesmas.
O
problema não era o casamento, nem a comida, nem o trabalho. O problema era
viver como se nada mais importasse além do “meu” momento. Eles viviam
anestesiados, satisfeitos consigo mesmos, indiferentes a Deus.
Olho
ao meu redor e percebo: a história se repete. Nossos dias são os mesmos.
As pessoas estão correndo para todos os lados, mas sempre em direção ao próprio
umbigo. Querem dinheiro para si, prazer para si, reconhecimento para si. E o
céu? A eternidade? O reino de Deus? Ficam como uma aba esquecida no navegador
da alma.
E,
pasmem, até nós os que cremos caímos nessa armadilha. O crente que passa
horas escolhendo a próxima série, mas não consegue separar quinze minutos para
orar. O que só se envolve com a igreja quando sobra tempo na agenda lotada de
si mesmo. O que fala de missões, mas nunca se move para ajudar ninguém. O que
defende a verdade com firmeza online, mas não tem coragem de negar uma
oportunidade de pecado offline.
Sim,
às vezes os salvos se tornam turistas do próprio conforto. Corremos o
risco de viver como se Jesus tivesse inventado essa história da volta dEle só
para o final de um culto de domingo. Mas Ele não inventou. Ele alertou. Ele
está voltando. E como foi nos dias de Noé e Ló, muitos estarão tão ocupados
consigo mesmos que não perceberão que o céu já começou a se mover.
Quando
a vida se torna apenas um banquete para si mesmo, a alma morre de fome.
E só desperta quando a porta da arca já está fechada ou quando o fogo já
começou a cair.
Se
Jesus voltasse hoje, onde estaria o meu coração? Vivendo para Ele ou
distraído com o meu próprio mundo?
Pensemos nisso!
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