A Língua que Constrói Pontes
Em uma manhã comum, Clara caminhava pela praça da cidade, refletindo sobre as palavras que dissera nos últimos dias. Ela sempre fora conhecida por ser direta, mas ultimamente se questionava: será que sua franqueza edificava ou derrubava?
No meio de seus pensamentos, ela se deparou com uma cena que parecia tirada de um conto. Dois pedreiros, lado a lado, construíam uma ponte sobre um pequeno riacho. Um deles murmurava enquanto trabalhava, reclamando das pedras difíceis de encaixar e do calor que não dava trégua. O outro, com um sorriso, cantava baixinho uma melodia enquanto colocava cada pedra no lugar com cuidado. Clara parou para observar.
—
Por que você está tão feliz? — perguntou ao pedreiro que cantava.
— Porque sei que essa ponte será útil para muitos. Cada pedra que coloco é uma
conexão para alguém que precisa atravessar.
Clara sorriu, agradeceu e seguiu seu caminho. Aquela simples resposta ecoava em sua mente. "Cada palavra que proferimos é como uma pedra colocada em uma ponte. Será que elas estão conectando ou separando?"
A língua, pequena mas poderosa, pode construir pontes ou erguer muros. Uma palavra de incentivo em um dia difícil pode transformar o ânimo de alguém. Um elogio sincero pode ser a faísca que reacende a confiança de uma pessoa. Mas, da mesma forma, uma crítica destrutiva, dita sem reflexão, pode arruinar a autoestima e deixar feridas difíceis de cicatrizar.
Clara, ao chegar em casa, decidiu revisitar as palavras de Paulo em Efésios 4.29: "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem." Aquele versículo soou como um convite: ser um pedreiro de pontes com suas palavras, promovendo entendimento, graça e paz.
No dia seguinte, Clara colocou em prática. Durante uma reunião no trabalho, ao invés de criticar severamente o colega que errara um relatório, ela usou um tom gentil e sugeriu formas de melhorar. No almoço em família, elogiou o esforço do sobrinho nos estudos, mesmo que a nota final não tivesse sido a esperada. E, ao final do dia, mandou uma mensagem a uma amiga que enfrentava um momento difícil, reafirmando sua presença e apoio.
Para sua surpresa, as reações foram imediatas. No trabalho, o colega se mostrou mais motivado. Em casa, o sobrinho brilhou com um sorriso de orgulho. E a amiga, emocionada, respondeu com gratidão. Clara percebeu que suas palavras, simples mas sinceras, estavam se tornando pontes para relacionamentos mais fortes e significativos.
A língua, pensou ela, é como uma ferramenta nas mãos de um artesão. Pode esculpir beleza ou espalhar destroços. Quando guiada pelo amor, pela paciência e pelo propósito de edificar, transforma vidas, restaura corações e une pessoas.
E você? Como tem usado suas palavras hoje? Estão edificando pontes ou derrubando muros? Talvez seja hora de cantar enquanto coloca as pedras no lugar, sabendo que, com cada palavra certa, você pode conectar mundos e trazer graça aos que estão ao seu redor.
Autor: anônimo
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