quarta-feira, 11 de junho de 2025

1 Crônicas 29.14

 

1 CRÔNICAS 29:14 (ARA) 

"Porque, quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos."

Este versículo faz parte da oração de Davi logo após a grande oferta voluntária feita por ele e pelo povo de Israel para a construção do Templo. Davi está profundamente emocionado, não apenas pelo volume da oferta, mas pelo espírito voluntário e generoso com que ela foi feita.

· "Quem sou eu, e quem é o meu povo" – Aqui Davi expressa humildade profunda. Apesar de ser rei, ele reconhece sua pequenez diante da grandeza de Deus. O povo, mesmo sendo escolhido por Deus, é lembrado como dependente e indigno, não por desprezo, mas por reverência.

· "para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas?" – A ênfase está na vontade e não na obrigação. Davi vê como algo surpreendente e maravilhoso que eles tenham conseguido doar de forma tão generosa e espontânea. Ele enxerga isso como uma graça de Deus.

·   "Porque tudo vem de ti" – Este é o coração teológico do versículo. Davi reconhece que tudo que possuímos já pertence a Deus. Nada é nosso por mérito próprio. Qualquer doação que fazemos é, na verdade, uma devolução.

·  "e das tuas mãos to damos" – Esta frase é uma joia de sabedoria espiritual. É como se Davi dissesse: "Senhor, nós só estamos te dando aquilo que tu mesmo nos deste primeiro." Isso elimina o orgulho, o mérito humano e exalta a soberania providente de Deus.

Aplicações práticas

1. Generosidade nasce da gratidão e da consciência de que tudo é de Deus. Quando compreendemos que Deus é o dono de tudo, a generosidade não nos parece perda, mas privilégio. Davi e o povo não ofertaram por obrigação, mas por gratidão.

2. Humildade verdadeira reconhece que até nossas boas obras são pela graça. Davi não se orgulha do que deu. Pelo contrário, ele se admira do fato de Deus os ter permitido dar. É a humildade que vê até os atos nobres como fruto da graça divina.

3. Nossa mordomia deve ser sempre com espírito de adoração. A forma como lidamos com o que temos — tempo, dinheiro, talentos — deve refletir o reconhecimento de que tudo vem de Deus e tudo volta para Ele.

"Ofertar não é dar o que é nosso, é devolver o que já é de Deus, com alegria e reverência."

Imagine um filho pequeno que, no dia das mães, quer comprar um presente. Ele pede dinheiro ao pai, vai à loja, compra algo simples e entrega para a mãe. A mãe se emociona não pelo valor do presente, mas porque ele veio do coração do filho, mesmo sabendo que o recurso veio do pai. Assim é quando damos algo a Deus: foi Ele quem nos deu primeiro, mas se damos com o coração, isso Lhe agrada profundamente.


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quarta-feira, 4 de junho de 2025

Ele não é mais ateu... mas é tarde demais

 

"ELE NÃO É MAIS ATEU… MAS É TARDE DEMAIS"

(Esse texto foi idealizado depois de ouvir, numa mensagem, acerca de um ateu que já morreu, e que era respeitado, porém debochado)

Ontem… sim, ontem ele era ateu. Durante toda a sua vida rejeitou a ideia de Deus. Zombava dos cristãos, desprezava a Bíblia, ignorava os apelos amorosos do Evangelho. Para ele, céu, inferno, juízo, eternidade… tudo não passava de mitos religiosos, fruto da imaginação humana. Ele estava certo — pelo menos, assim acreditava — de que, ao fechar os olhos na morte, simplesmente deixaria de existir.

Mas ontem ele morreu.

E hoje… hoje ele já não é mais ateu. Seus olhos se abriram, mas não mais para este mundo. Eles se abriram para a eternidade, para as realidades espirituais que ele negou com tanta veemência. Agora, ele sabe — sabe de forma absoluta, incontestável, inquestionável — que Deus é real, que o juízo é real, que o céu é real e que o inferno também é.

Ele não é mais ateu… mas é tarde demais.

O tempo de crer passou. O tempo de se arrepender ficou para trás. A oportunidade de se voltar para Deus cessou. Aquilo que ele tratou como fantasia se revelou a mais absoluta verdade, mas agora não há mais possibilidade de salvação. Agora ele está perdido… perdido para sempre.

Que tragédia terrível! Que dor eterna!

Mas, permita-me dizer algo com todo amor e seriedade: essa realidade não se aplica apenas aos ateus. Talvez você, que lê este texto, não se considere um ateu. Você até acredita que Deus existe, que Jesus é real, que a Bíblia é verdadeira. Mas, mesmo assim, você segue vivendo como se Deus não existisse. Postergando, adiando, deixando para depois a decisão mais importante da sua vida: entregar-se a Cristo, render-se a Ele, viver para Ele.

Deixe-me ser claro: muitos crerão... mas crerão tarde demais. Muitos dobrarão seus joelhos... mas será diante do trono do juízo. Muitos reconhecerão que Jesus é Senhor... mas ouvirão, do próprio Cristo, as palavras mais assustadoras que alguém pode ouvir: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.” (Mateus 25.41)

Sabe por quê? Porque deixaram para decidir depois… porque pensaram que teriam mais tempo… porque achavam que a eternidade era um assunto para se resolver mais tarde.

Mas a Bíblia é clara, enfática, urgente: “Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação.” (2 Coríntios 6.2)

Amanhã pode ser tarde. Daqui a pouco pode ser tarde. A única garantia que você tem é o “hoje”.

Se até ontem aquele homem era ateu, e hoje já não é mais… se hoje ele reconhece que Deus é real, que Jesus é Senhor e que o inferno é verdadeiro… você pode fazer hoje, em vida, o que ele só fez depois da morte — mas você pode fazer de forma salvadora. Ele não.

Por isso, ouça a voz de Deus: “Se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos corações.” (Hebreus 3.7-8)

Cristo te chama. A cruz está de pé. O sangue de Jesus ainda clama por misericórdia. O convite do Evangelho ainda está ecoando.

Mas, se você recusar… um dia, você também não será mais incrédulo. Seus olhos se abrirão para a eternidade… mas se você partir sem Cristo, será tarde demais.

Não jogue com a sua alma. Não brinque com a eternidade. Não confie no tempo que você não sabe se terá.

Decida hoje.
Conserte sua vida com Deus hoje.
Entregue-se a Jesus hoje.

Enquanto há vida, há esperança. Enquanto há fôlego, há oportunidade. Mas, quando a morte chega, o destino se sela para sempre.

Que você não precise descobrir, tarde demais, aquilo que Deus te convida a crer agora.

 

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segunda-feira, 26 de maio de 2025

É difícil, mas necessário, se somos discípulos de Cristo: controlar a língua

 

É DIFÍCIL, MAS NECESSÁRIO, SE SOMOS DISCÍPULOS DE CRISTO

CONTROLAR A LÍNGUA

Ø  Controlar a língua é, sem dúvida, uma das tarefas mais difíceis na vida cristã. Tiago, inspirado por Deus, não minimiza essa verdade. Ele afirma claramente: "A língua, porém, ninguém consegue domar. É um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero." (Tiago 3.8)

Ø  Mas, embora seja difícil, é absolutamente necessário. Se não podemos domar de forma total e absoluta, podemos controlar. Aquele que professa ser servo de Deus não pode negligenciar essa batalha diária. Afinal, a boca reflete o que há no coração (Mateus 12.34).

Ø  Controlar a língua é uma questão de testemunho, de obediência e de santificação. É uma luta contra nossa própria natureza pecaminosa, contra as pressões externas e contra as armadilhas que o inimigo sutilmente coloca no caminho.

POR QUE É TÃO DIFÍCIL CONTROLAR A LÍNGUA?

1.     É difícil porque a língua é um reflexo do coração humano caído

Ø  Jesus declarou: “Porque a boca fala do que está cheio o coração.” (Mateus 12.34)

Ø  O problema não está apenas na língua, mas na fonte – o coração contaminado pelo pecado.

Ø  Nossos impulsos, emoções descontroladas, mágoas, orgulho e raiva, muitas vezes escapam pela boca.

2.     É difícil porque o mundo estimula o falar irresponsável

Ø  Vivemos em uma sociedade onde:

o   Fofoca virou entretenimento.

o   Calúnia e difamação são comuns nas redes sociais.

o   Pessoas falam sem filtros, sem pensar, e até se orgulham de “falar tudo o que dá na cabeça”.

3.     É difícil devido à pressão interna: vontade de se defender ou ter razão

Ø  Muitas vezes queremos:

o   Rebater ofensas.

o   Ter a última palavra.

o   Mostrar que estamos certos.

Ø  Isso acende o pavio da língua descontrolada.

4.     É difícil por causa da atuação do inimigo – ardis espirituais

Ø  Satanás sabe o estrago que a língua pode fazer. Por isso, lança armadilhas como:

o   Mal-entendidos: alguém fala algo e entendemos distorcido.

o   Provocações: pessoas usadas para nos tirar do sério.

o   Alimentar mágoas: para que palavras venenosas saiam no calor das emoções.

5.     Além disso, é difícil também devido a coisas como:

Ø  Reação Instintiva: Falar é mais rápido do que pensar. A emoção sobe e a palavra já saiu.

Ø  O Orgulho Ferido: Quando somos ofendidos, sentimos o desejo de reagir imediatamente.

Ø  Falta de Vigilância Espiritual: Relaxamos na oração, na leitura da Palavra, e o velho homem assume o controle.

Ø  Ambientes Tóxicos: Quando estamos cercados de pessoas que praticam a maledicência, somos facilmente influenciados.

Ø  Ausência de Disciplina no Pensamento: O que não é filtrado na mente, escapa pela boca.

COMO SUPERAR ESSA DIFICULDADE?

1.     Encher o coração da palavra de Deus

Ø  O coração cheio da Palavra transborda vida, e não morte.

Ø  A Bíblia é um freio para a língua.

2.     Orar diariamente pedindo ajuda ao Espírito Santo

Ø  O Espírito Santo é quem nos capacita a ter domínio próprio (Gálatas 5.22-23).

Ø  Salmo 141.3: “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios.”

3.     Praticar o silêncio sábio

Ø  Provérbios 17.28: “Até o tolo, quando se cala, é tido por sábio...”

Ø  Nem tudo precisa ser dito. Silêncio, muitas vezes, é resposta mais poderosa que palavras.

4.     Pensar antes de falar

Ø  Perguntar-se:

o   Isso é verdade?

o   Isso é necessário?

o   Isso é edificante?

o   Isso agrada a Deus?

5.     Fugir da roda dos escarnecedores

Ø  Salmo 1 nos ensina que o bem-aventurado não se assenta na roda dos escarnecedores.

Ø  Evite ambientes que estimulam a conversa destrutiva.

6.     Confessar e reparar

Sempre que falhar:

o   Confesse a Deus (1 João 1.9).

o   Peça perdão a quem ofendeu.

o   Busque restaurar o relacionamento e ser exemplo.

7.     Cultivar a humildade

Ø  Quem é humilde não precisa vencer discussões, nem se afirmar pela fala.

Ø  Tiago 4.6: “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.”

Conclusão:

Ø  De fato, controlar a língua é difícil. É uma batalha diária, constante, que exige vigilância, dependência do Espírito Santo e humildade.

Ø  Mas, se somos servos de Deus, não temos opção. Não é uma questão de escolha, mas de obediência.

Ø  Tiago 1.26 diz que “se alguém cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a sua religião é vã”.

Ø  Que Deus nos ajude a sermos crentes que abençoam com a boca, que edificam, que consolam, que encorajam e que brilham a luz de Cristo até mesmo nas palavras.


“Palavras são sementes: pense bem no que está plantando.”

“Falar o que pensa não é virtude; virtude é pensar se o que vai falar agrada a Deus.”


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terça-feira, 20 de maio de 2025

É difícil, mas necessário se somos discípulos de Cristo - resistir aos ardis de satanás

É DIFÍCIL, MAS NECESSÁRIO SE SOMOS DISCÍPULOS DE CRISTO 

RESISTIR AOS ARDIS DE SATANÁS

Ø  A vida cristã é um constante campo de batalha espiritual. Ao nos rendermos a Cristo, passamos a viver em oposição ao reino das trevas, e por isso nos tornamos alvos dos ataques e astúcias de Satanás. A Palavra de Deus nos alerta em Efésios 6.11: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.”

Ø  Observe a palavra usada: "astutas ciladas". Satanás é ardiloso, astuto, estrategista. Ele não vem com chifres e tridente; ele vem com engano, disfarce, sutileza. Por isso, resisti-lo é difícil – mas resisti-lo é necessário, urgente, indispensável para quem é servo do Senhor.

1.     POR QUE É DIFÍCIL RESISTIR AOS ARDIS DE SATANÁS

a)    É difícil porque ele é sutil, disfarçado e inteligente

Ø  Satanás se apresenta como “anjo de luz” (2 Co 11.14), ou seja, ele não se mostra como inimigo. Muitas vezes, seus ardis vêm através de coisas aparentemente boas.

Ø  Exemplo bíblico: Quando Jesus foi tentado no deserto, Satanás usou a própria Escritura (Mateus 4.1-11) para tentar desviá-lo.

b)    É difícil porque ele trabalha com nossas fraquezas

Ø  Ele estuda nossas tendências, conhece nossa carne, e atua exatamente onde somos mais vulneráveis.

Ø  Exemplo prático: Para alguém com tendência à vaidade, ele oferece elogios e oportunidades de destaque. Para alguém com tendência à tristeza, ele semeia desânimo e isolamento.

c)    É difícil porque ele opera através do sistema mundano

Ø  O mundo jaz no maligno (1 João 5.19). A cultura, os valores sociais, o entretenimento, tudo pode ser uma ferramenta satânica para distorcer a verdade e nos fazer tolerar o pecado.

2. QUAIS SÃO OS ARDIS MAIS COMUNS DE SATANÁS

a)    A dúvida

Ø  “Será que Deus disse isso mesmo?” (Gênesis 3.1) – foi com essa pergunta que Eva foi enganada.

Ø  Satanás semeia dúvidas sobre a Palavra, sobre o amor de Deus, sobre nossa identidade em Cristo.

b)    A tentação disfarçada de necessidade

Ø  Ele nos tenta através do que é legítimo, mas fora do tempo ou da vontade de Deus: prazer, descanso, justiça própria, alimento, sexo, poder.

c)    O engano religioso

Ø  Há uma aparência de piedade, mas que nega o poder de Deus. Muitos caem em doutrinas distorcidas, legalismo, triunfalismo, ou em uma fé superficial.

d)    A distração

Ø  Um coração sobrecarregado com as “coisas desta vida” (Lucas 21.34) perde o foco do Reino.

Ø  Satanás não precisa fazer você pecar, basta te ocupar demais com o que não edifica.

e)    O isolamento

Ø  Ele faz o crente acreditar que está só, que ninguém o entende, que ele não precisa mais congregar. Mas o isolamento é o terreno ideal para o desânimo e a queda.

3. COMO SUPERAR ESSAS DIFICULDADES

a)    Vestindo toda a armadura de Deus (Efésios 6.10-18)

Ø  Não é possível resistir a Satanás com força humana. Precisamos da armadura espiritual: verdade, justiça, fé, salvação, Palavra, oração.

Ø  Cada peça da armadura é uma prática espiritual e uma verdade bíblica que fortalece nossa posição em Cristo.

b)    Renovando a mente com a Palavra

Ø  Romanos 12.2: “Transformai-vos pela renovação da vossa mente...”

Ø  Satanás trabalha no campo da mente. Somente a Palavra nos dá discernimento e clareza para não cairmos em suas ciladas.

c)    Vigiando e orando constantemente

Ø  Jesus alertou: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Mateus 26.41).

Ø  A vigilância é uma atitude atenta, e a oração nos mantém conectados com a fonte da força.

d)    Mantendo comunhão com outros servos de Deus

Ø  O corpo de Cristo é um meio de proteção. O ferro afia o ferro. A comunhão traz encorajamento, ensino e disciplina.

Ø  Um animal isolado é mais facilmente atacado pelo predador do que quando está com o rebanho.

e)    Confessando e resistindo com firmeza

Ø  Tiago 4.7: “Sujeitai-vos a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.”

Ø  Submissão a Deus é o primeiro passo. A resistência vem da firmeza na fé e da autoridade que temos em Cristo.


Ø  Imagine um soldado em campo de guerra, mas sem armadura, sem estratégia e sem alarme. Ele será vencido facilmente. Mas aquele que se veste, vigia, permanece em contato com o comando, e anda com seus companheiros, pode até ser atacado, mas não será derrotado.

 

CONCLUSÃO 

Ø  Resistir aos ardis de Satanás é difícil, sim. É cansativo, exige disciplina, vigilância e renúncia. Mas é necessário, se realmente somos servos de Deus.

Ø  Servir a Cristo é caminhar contra o fluxo do mundo, contra a carne, contra o diabo.

Ø  Por isso, encorajo você a se examinar. Em que áreas você tem sido mais vulnerável? Onde o inimigo tem atacado com sutileza?

Ø  Não aceite passivamente os ardis do diabo. Reaja! Lute com as armas espirituais. Busque a presença de Deus diariamente. Viva em comunhão. Fortaleça-se na graça.

Porque maior é o que está em nós do que o que está no mundo (1 João 4.4).

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quinta-feira, 15 de maio de 2025

É difícil, mas necessário se somos discípulos de Cristo: resistir à paixões pecaminosas da carne

 

É DIFÍCIL, MAS NECESSÁRIO SE SOMOS DISCÍPULOS DE CRISTO 

RESISTIR ÀS PAIXÕES PECAMINOSAS DA CARNE

A vida cristã é uma caminhada que exige constante vigilância, renúncia e luta espiritual. E um dos maiores desafios que enfrentamos como servos de Deus é a batalha contra as paixões pecaminosas da carne. O apóstolo Paulo escreveu em Gálatas 5.17: “Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.”

A guerra é real, interna, diária, desgastante. Resistir é difícil, sim... mas absolutamente necessário, se queremos agradar a Deus e viver como verdadeiros servos d’Ele.

POR QUE É TÃO DIFÍCIL RESISTIR ÀS PAIXÕES PECAMINOSAS DA CARNE?

1.     É difícil resistir às paixões porque a carne é persistente e enganosa

A natureza humana decaída continua agindo mesmo após a conversão. Está presente, ativa, e usa todo tipo de argumento para nos convencer de que "não é tão grave assim", "todo mundo faz", ou "você merece esse alívio".

Por isso Jeremias escreveu: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" (Jeremias 17.9)

2.     É difícil resistir às paixões porque vivemos em um mundo que incentiva o pecado

A sociedade atual estimula o prazer, a autoindulgência, a sensualidade e o egoísmo. A mídia, as redes sociais, os costumes populares, tudo nos bombardeia com mensagens contrárias à santidade.

Por isso Paulo escreveu: "Não vos conformeis com este mundo..." (Romanos 12.2)

3.     É difícil resistir às paixões porque o pecado muitas vezes promete o alívio imediato que queremos

Pecados como a ira, a luxúria, a mentira ou a vingança oferecem alívio momentâneo, mas deixam um rastro de destruição. Eles são prazeres passageiros que mascaram suas consequências eternas.

Por isso ficou registrada, em Provérbios, a advertência: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” (Provérbios 14.12)

4.     É difícil resistir às paixões porque o inimigo trabalha com astúcia e paciência

Satanás conhece as fraquezas da carne e atua com estratégia, lançando dardos, oportunidades e armadilhas no momento em que estamos mais vulneráveis.

Por isso Pedro escreveu: "Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar." (1 Pedro 5.8)

POR QUE É NECESSÁRIO RESISTIR ÀS PAIXÕES PECAMINOSAS DA CARNE?

1.     É necessário pomos chamados para a santidade

Não somos apenas crentes nominais; somos servos, propriedade exclusiva de Deus. Nosso corpo e nossa vida não nos pertencem mais.

É como lemos em 1 Coríntios 6.20: “Fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus”.

2.     É necessário porque o pecado nos afasta da comunhão com Deus

A carne deseja o pecado; o Espírito deseja a santidade. Não há como caminhar com Deus e ao mesmo tempo satisfazer os desejos da carne.

“Se eu atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá.” (Salmo 66.18)

3.     É necessário porque o pecado escraviza, mas o Espírito liberta

Muitos pensam que estão sendo “livres” ao ceder às paixões, mas na verdade estão se tornando escravos. A verdadeira liberdade é dizer “não” ao pecado e “sim” a Deus.

“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8.32)

COMO PODEMOS VENCER ESSAS DIFICULDADES?

1.     Podemos vencer alimentando o espírito, não a carne

O que você alimenta é o que ganha força. Se encher sua mente com a Palavra, com oração, com louvor e comunhão, o Espírito será fortalecido em você.

“Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.” (Gálatas 5.16)

Exemplo: Uma pessoa viciada em pornografia não vence apenas com força de vontade, mas trocando o que consome, colocando filtros, buscando ajuda, ocupando a mente com o que edifica.

2.     Podemos vencer fugindo das ocasiões do pecado

Não brinque com fogo. Se você sabe que determinada situação pode levar à queda, afaste-se, mude a rota, busque outro ambiente. Se a pessoa acabou de sair de uma situação de uso de drogas ou bebida alcoólica, por exemplo, não deve frequentar aqueles ambientes que lhe sirvam de tentação.

Com escreveu Paulo a Timóteo: “Foge também das paixões da mocidade...” (2 Timóteo 2.22)

Está muito certo o seguinte dizer: “Você não vence o pecado se ficar fazendo amizade com ele.”

3.     Podemos vencer tendo vida de oração constante

Sem oração, somos fracos. A oração nos conecta com o poder do alto. Jesus, mesmo sendo o Filho de Deus, orava constantemente para resistir ao mal.

E Jesus disse: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação.” (Mateus 26.41)

4.     Podemos vencer confessando nossos pecados e prestando de contas

Ter alguém maduro na fé com quem você pode abrir o coração e que possa orar com você é um grande passo para a libertação e fortalecimento.

Tiago escreveu: “Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis.” (Tiago 5.16)

Mas tem que ser alguém comprovadamente maduro que vá manter o assunto em segredo.

5.     Podemos vencer lembrando-nos do preço pago por nós

Na hora da tentação, pense na cruz. Jesus sofreu para te dar vitória sobre o pecado. Ceder ao pecado é desprezar esse sacrifício.

Por isso o autor aos Hebreus escreveu: “Considerai, pois, aquele que suportou tal contradição dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais...” (Hebreus 12.3)

CONCLUSÃO

Resistir às paixões da carne não é fácil. O próprio apóstolo Paulo falou de sua luta interior (Romanos 7). Mas ele também declarou vitória: “Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.” (1 Coríntios 15.57)

É difícil... mas é necessário

Difícil para a carne, mas possível pelo Espírito. Difícil para o homem natural, mas glorioso para o homem espiritual.

Se você está lutando contra paixões da carne – e todos nós lutamos – não se entregue. Não viva de aparências, não aceite o pecado como “normal”. Clame ao Senhor. Busque ajuda. Confesse. Alimente-se da Palavra. Viva em Espírito.

Você não foi chamado para viver como escravo, mas como filho de Deus. Lute. Resista. E vença.

“Sede santos, porque eu sou santo.” (1 Pedro 1.16)


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terça-feira, 13 de maio de 2025

Jesus, o Salvador

 

JESUS, O SALVADOR

v “... na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” (Lucas 2:11 RC)

v “... o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo.” (1 João 4:14 RC)

v “... o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” (Lucas 19:10 RC)

 

INTRODUÇÃO:

Ø  Jesus, o Salvador! Esse é o tema da pregação de hoje.

Ø  Vivemos em um mundo marcado por muitos tipos de "salvadores":

o   Políticos – que se arrogam os “salvadores” da pátria;

o   Sistemas, especialmente sistemas políticos;

o   Filosofias;

o   E até figuras religiosas.

Ø  Mas a Bíblia apresenta um Salvador único e verdadeiro: Jesus Cristo.

Ø  Ele não veio apenas para dar conselhos, ou oferecer uma melhora de vida – Ele veio para salvar.

o   Salvar do pecado – não apenas das consequências do pecado, mas do próprio pecado. ".... ele salvará o seu povo dos seus pecados." (Mateus 1:21)

o   Salvar da ira de Deus – isto é, da justa reação de Deus frente ao pecado humano.  “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo;” (Romanos 5:1 RC) / "Logo muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira." (Romanos 5:9)

o   Salvar da condenação eterna / da morte espiritual e eterna – Sem Jesus, o destino eterno do ser humano é a separação definitiva de Deus – o que a Bíblia chama de inferno. O pecado gera morte espiritual (separação de Deus agora) e eterna (separação para sempre). Mas Cristo veio nos livrar dessa condenação e nos dar vida eterna com Deus. "Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele." (João 3:17)

Ø  Jesus é o Salvador completo. Ele salva do pecado, da condenação, da ira, da morte, do vazio interior – e a salvação que Ele oferece é eterna e suficiente.

Ø  "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos." (Atos 4:12)

Ø  Dada essa palavra inicial, vejamos, a partir de agora, a quem Jesus salva e a quem ele não salva.

 

I.     JESUS SALVA O HOMEM OPRIMIDO

Ø  Oprimidos são aqueles que estão debaixo de dores, pesos e misérias – espirituais, emocionais ou até sociais. Pode ser o pecador que carrega culpa, o pobre que sofre injustiças, ou aquele que vive debaixo de vícios, doenças e abandono.

Ø  Exemplos bíblicos:

o   O cego de Jericó – Lucas 18.35-43

o   O endemoninhado gadareno (Marcos 5) – Um homem oprimido espiritualmente, mas que foi liberto e restaurado.

o   A mulher que tinha um fluxo de sangue (Mateus 9) – doze anos sofrendo e gastando tudo que tinha. Mas ouviu falar de Jesus e foi até onde ele estava crendo que se simplesmente tocasse na orla de suas vestes seria curada. Foi curada e salva.

Ø  São muitos os possíveis exemplos.

Ø  Jesus não menospreza os oprimidos. Ele não apenas nos vê na opressão – Ele entra nela para nos tirar de lá!

 

II.   JESUS SALVA O HOMEM OPRESSOR

Ø  Essa é uma verdade surpreendente. O opressor é aquele que pratica o mal, que domina, que abusa. Porém, mesmo esse homem pode ser alcançado pela graça, se reconhecer seus caminhos maus e se arrepender.

Ø  Exemplos bíblicos:

o   Zaqueu (Lucas 19) – Um cobrador de impostos, opressor do povo, mas que teve um encontro com Jesus e foi transformado.

o   Saulo de Tarso (Atos 9) – Perseguidor da Igreja, mas salvo e transformado no apóstolo Paulo.

Ø  A graça de Deus é tão poderosa que alcança até o pior dos pecadores e o transforma no melhor dos servos!

Ø  Por isso Paulo escreveu: “Esta é uma palavra fiel: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.” (1 Timóteo 1:15)

 

III. JESUS SALVA O “HOMEM NORMAL”

Ø  Há quem pense: "Não sou nem muito bom, nem muito mau... não preciso de salvação". Esse é o “homem comum”, que vive sua vida, paga seus impostos, mas está longe de Deus. Esse também precisa ser salvo.

Ø  Exemplo bíblico:

o   Nicodemos (João 3) – Homem religioso, culto, moral – mas Jesus lhe disse: “necessário vos é nascer de novo”.

Ø  O que nos separa de Deus não é o quão maus somos, mas o quão perdidos estamos sem Jesus.

 

IV.    MAS JESUS NÃO SALVA O HOMEM QUE NÃO QUER, DECIDIDAMENTE, SER SALVO.

Ø  A graça é oferecida, mas não imposta. O convite é feito, mas é preciso aceitar. O homem que resiste ao Espírito, que endurece o coração, que se recusa a crer, permanece perdido.

Ø  Exemplo bíblico:

o   Jovem rico (Mateus 19:16-22) – Queria a vida eterna, mas não quis abrir mão do seu coração preso ao dinheiro.

Ø  O único pecado que impede a salvação é o pecado de recusar ser salvo.

Ø Por isso Jesus lamentou sobre Jerusalém: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não quiseste?” (Lucas 13:34 RC)

Ø  É como um homem caminhando perdido no deserto e que vê um helicóptero de resgate, mas diz: “Estou bem, posso caminhar mais”. Vai morrer tentando salvar a si mesmo.

Ø  Você pode ouvir, pode admirar, pode até se emocionar com a história de Jesus, mas se não decidir entregar-se a Ele, continua perdido. A salvação é um presente que precisa ser recebido.

 

CONCLUSÃO

Ø  Jesus é o Salvador:

o   Do oprimido – que sofre.

o   Do opressor – que causa dor.

o   Do homem comum – que vive sem perceber que está perdido.

Ø  Mas não salva quem não quer ser salvo.

Ø  Ele nasceu para salvar (Lucas 2:11).

Ø  Ele foi enviado para salvar (1 João 4:14).

Ø  Ele veio para buscar e salvar o que se havia perdido (Lucas 19:10).

Ø  Quem ainda não foi salvo pode ser, ainda hoje, agora! Você quer?

Ø  Eu vou fazer uma oração final e quero orar com você que hoje quer entregar sua vida a Jesus. Venha orar comigo.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves – Pregado na PIB Muqui em abril de 2025

1 Crônicas 29.14

  1 CRÔNICAS 29:14 (ARA)   "Porque, quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tu...