quarta-feira, 6 de novembro de 2024

101 anos!

 

101 ANOS!

Parabéns, Primeira Igreja Batista em Muqui, pelos seus 101 anos!

O sol nasce por entre as montanhas que cercam a cidade de Muqui, mas hoje sua luz tem um brilho diferente, como que celebrando uma marca especial. Cem anos ficaram para trás, e mais um ano se somou à história da Primeira Igreja Batista em Muqui. São 101 anos de fé, de dedicação, de mãos postas em oração e de corações unidos para viver e proclamar o amor de Cristo.

É impossível passar por este aniversário sem lembrar de todos que, ao longo das décadas, foram instrumentos nas mãos de Deus para fazer crescer este jardim de fé em terras capixabas. Tantos rostos! Tantas mãos que construíram, com sacrifício e amor, a história desta igreja! As gerações se sucedem, mas o legado de fé permanece firme, inabalável, como aquelas montanhas que cercam a cidade. Cada banco deste templo carrega as histórias de oração, de adoração, de lágrimas e de esperança de um povo que encontrou no evangelho a força para seguir.

Em cada esquina de Muqui há memórias de celebrações, de evangelismos e de risos partilhados. É como se a cidade também fosse parte da igreja, como se a rua ao redor conhecesse as vozes dos hinos, como se as casas dos vizinhos soubessem de cor o compasso de cada hino entoado. A Primeira Igreja Batista em Muqui não apenas celebra seus 101 anos; ela testemunha 101 anos de fidelidade de um Deus que nunca abandonou aqueles que Ele mesmo chamou.

Para cada um dos membros, desde os mais jovens aos mais experientes, este é um marco que vai muito além do número. É o sinal de que a Palavra de Deus não voltou vazia, de que os frutos semeados brotaram e encheram a cidade com a beleza do evangelho. Hoje, celebramos não apenas um aniversário, mas também a esperança de que o que foi plantado e regado com oração e dedicação continuará a florescer, trazendo vida e renovação a cada geração que se achegar a este altar.

Que a Primeira Igreja Batista em Muqui seja, por muitos e muitos anos, um lugar de acolhimento, um refúgio para quem busca paz e um lar para quem encontra em Cristo a razão para viver. Que o amor, o zelo e a comunhão que fizeram parte destes 101 anos continuem sendo a marca de cada nova história que surgir.

Parabéns, Primeira Igreja Batista em Muqui! Que o Senhor continue abençoando este rebanho e a todos que se reúnem em Seu nome.

Passando por Muqui, visite a Primeira Igreja Batista.

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

A lição inesperada

 

A LIÇÃO INESPERADA

Prezados e amados irmãos, graça e paz!

No editorial de hoje, através do texto abaixo, uma crônica, tenho a pretensão de incentivar os amados à participação ativa na Escola Bíblica Dominical. O texto, apesar de ser uma crônica, é expressão fiel da verdade de que quando participamos da EBD, ainda que não percebamos a princípio, aprendemos bastante acerca de Deus e Sua Palavra. Espero que os irmãos leiam com atenção.

Então vamos ao texto, à crônica, com o tema “A Lição Inesperada”:

Todos os domingos, na pequena igreja batista da cidade, lá estava ele. João, um jovem de uns vinte e poucos anos, sentava-se sempre no mesmo banco da Escola Bíblica Dominical. Era quase um ritual. Seus pais o levavam desde criança, e, por força do hábito, ele continuava a ir, mesmo agora que já era adulto. No entanto, ultimamente, João se pegava pensando se toda aquela rotina realmente estava fazendo alguma diferença em sua vida.

As lições, os versículos decorados, as discussões sobre as cartas de Paulo e os profetas do Antigo Testamento… tudo parecia tão distante da sua realidade. Ele até respeitava os professores e o esforço que faziam para explicar as Escrituras, mas não conseguia evitar a sensação de que aquilo não estava realmente moldando sua vida.

“Será que é só isso?”, pensava ele.

“Estudo, escuto, e a vida segue igual.”

Foi numa tarde de terça-feira que sua visão mudou para sempre. João havia combinado de encontrar alguns colegas da faculdade para um trabalho em grupo. O tema era livre, e, como era comum em conversas universitárias, em algum momento, a fé entrou na pauta. Um dos colegas, de postura cética, lançou uma provocação sobre a Bíblia e os cristãos. Ele argumentava que seguir a fé cristã era algo ultrapassado, que não havia lógica em acreditar em um livro tão antigo e, segundo ele, cheio de contradições. Outros no grupo pareciam concordar, e a conversa começou a ficar pesada.

João, que até então estava apenas ouvindo, sentiu algo diferente. Uma espécie de calor subiu pelo seu peito. Era como se todas aquelas horas na Escola Bíblica Dominical se agitassem dentro dele. As lições que pareciam tão distantes de sua realidade agora começavam a tomar forma. Sem perceber, começou a responder. Falou sobre a coerência das Escrituras, explicou como a Bíblia é um registro de fé e história, sobre o propósito da redenção em Cristo. Ele lembrava-se de versículos, de contextos históricos e de explicações teológicas que seus professores da Escola Dominical haviam incansavelmente ensinado.

O silêncio caiu entre os colegas. Alguns olhavam surpresos, outros pareciam repensar suas posições. João não estava tentando ganhar uma discussão, apenas queria compartilhar o que estava no seu coração, aquilo que, de forma inesperada, estava brotando de seus anos de estudo bíblico.

Quando tudo terminou, ao voltar para casa, João sentiu uma mistura de alívio e surpresa. Percebeu que, durante todo esse tempo, a Escola Bíblica Dominical não estava apenas sendo um ritual sem sentido. As lições, os debates, as histórias que ele aprendera estavam lá, guardadas no seu coração, moldando sua fé sem que ele notasse. Naquele momento de confronto, tudo fez sentido.

Ao chegar na igreja no domingo seguinte, João sentou-se no mesmo banco de sempre. O professor começou a lição do dia. E desta vez João ouviu com um novo olhar, reconhecendo o valor de cada palavra. Afinal, ele havia percebido que estava sendo formado, lentamente e de maneira firme, para viver sua fé, para entender mais profundamente o que significa caminhar com Cristo e, principalmente, para defender essa caminhada quando necessário.

A Escola Bíblica Dominical, pensou ele, era mais do que ele imaginava.

Pense nisso!

Escrito para o Editorial do boletim da PIB Muqui do dia 27 de outubro de 2024

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

E se esse jovem fosse você?

 

E SE ESSE JOVEM FOSSE VOCÊ?

Imagine-se numa manhã comum, em que o sol brilha sem exageros e a vida segue seu curso habitual. Você caminha com uma mistura de entusiasmo e inquietação. Algo dentro de você clama por respostas. Afinal, por mais que você tenha conquistado algumas coisas, existe um vazio, uma pergunta que ecoa no fundo da sua alma: “O que preciso fazer para ser verdadeiramente feliz? Para alcançar algo que dure além desta vida?”

E então, você encontra Jesus. Sim, você ouve falar desse Mestre que traz respostas que ninguém mais parece ter. Ele não é só mais um sábio; as multidões se maravilham com Suas palavras e ações. E você sente que Ele tem o que você tanto procura. Com coragem, aproxima-se e pergunta, talvez até ansioso: “Mestre, o que preciso fazer de bom para ter a vida eterna?”

Agora, pense um pouco. Se você estivesse diante de Jesus com essa pergunta, o que estaria esperando ouvir? Talvez uma lista de tarefas, uma fórmula que inclua ações específicas que você já se orgulha de praticar, como ser honesto, respeitar os outros e ser uma boa pessoa. E de certa forma, foi o que o jovem rico ouviu. Ele respondeu prontamente que já cumpria os mandamentos. Em outras palavras: “Estou bem, certo? Já estou no caminho da vida eterna!”

Mas então, Jesus olha para você com olhos que veem além das suas ações, que enxergam o profundo do seu coração. E Ele lhe diz algo inesperado: “Falta-lhe uma coisa. Se você quer ser perfeito, vá, venda tudo o que tem, dê o dinheiro aos pobres, e terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me.”

Nesse momento, a crônica da sua vida muda. E se você fosse aquele jovem? Como reagiria? Porque a verdade é que, assim como ele, você também tem algo que valoriza demais. Talvez não sejam riquezas materiais, mas há algo que está ocupando o lugar que deveria ser de Deus no seu coração. Algo que você tem dificuldade de abrir mão.

O jovem, diante de Jesus, baixou a cabeça. Seu rosto, antes ansioso por respostas, tornou-se abatido. Ele foi embora triste. Não porque não gostava da ideia de ajudar os pobres, mas porque o custo para segui-Lo parecia alto demais. Ele queria a vida eterna, sim, mas sem precisar abrir mão do que lhe dava segurança e identidade.

Agora, volto a perguntar: e se esse jovem fosse você? Qual seria o seu tesouro? O que Jesus te pediria para deixar para trás? Dinheiro? Status? Um relacionamento que te afasta de Deus? O apego ao conforto e à segurança? Pode ser que não seja algo fácil de identificar, mas, assim como Jesus fez com aquele jovem, Ele faz conosco. Ele nos convida a olhar para o que realmente tem valor. Ele não pede o que temos de mais caro para nos privar de felicidade, mas porque deseja nos oferecer algo infinitamente melhor.

O jovem rico foi embora triste porque escolheu ficar com o que era temporário e deixar passar o que era eterno. E se fosse você? Será que deixaria que esse momento de decisão passasse também?

Ao final da história, Jesus diz algo que ecoa pela eternidade: “Muitos primeiros serão últimos, e os últimos, primeiros”. A pergunta que fica é: onde você vai estar nessa fila? O que está disposto a abrir mão para seguir Aquele que tem a vida eterna em Suas mãos?

Talvez o convite de Jesus para deixar tudo para trás seja assustador, mas também é libertador. Ele nos chama a uma vida onde a verdadeira riqueza não está em posses ou conquistas, mas em estar ao lado dEle, com o coração livre de pesos e cheio da alegria que só o céu pode oferecer.

E se esse jovem fosse você, qual seria sua escolha hoje?

Autor: anônimo 

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quinta-feira, 17 de outubro de 2024

O que tens em tuas mãos?

O QUE TENS EM TUAS MÃOS? 

Quando Deus perguntou a Moisés: "O que tens em tuas mãos?" (Êxodo 4:2), Ele estava chamando a atenção para algo aparentemente simples: um cajado de pastor. Aquele cajado, comum no dia a dia de Moisés, foi o instrumento que Deus usou para realizar sinais e maravilhas diante do faraó e do povo de Israel. Essa pergunta revela uma verdade profunda: Deus usa o que já está em nossas mãos, por mais simples ou insignificante que pareça, para cumprir Seus propósitos.

Muitas vezes, olhamos para nossos recursos, habilidades ou talentos e os consideramos insuficientes. Porém, nas mãos de Deus, até o mais comum pode se tornar uma ferramenta poderosa. A lição aqui é que não importa o que temos, mas o que Deus pode fazer com o que entregamos a Ele. Assim como o cajado de Moisés, o que temos em nossas mãos, quando consagrado a Deus, pode ser transformado em algo extraordinário.

O que você tem em suas mãos? O que você sabe e pode fazer para Deus através da igreja? Faça! Deus pode fazer uma grande obra com as coisas e pessoas mais simples. 

O perigo de acumular tesouros só na terra

 

O PERIGO DE ACUMULAR TESOUROS SÓ NA TERRA

Texto Base: Lucas 12.13-21 (ARC)

Propósito: Conduzir o ouvinte a refletir sobre o perigo de viver apenas para os bens materiais e despertar a necessidade de uma vida dedicada a Deus.

Introdução:

Ø A passagem de Lucas 12.13-21 apresenta uma advertência de Jesus sobre o apego aos bens materiais, principalmente quando se esquece de “ser rico para com Deus.

Ø Um homem interrompe Jesus para resolver uma questão de herança – nada de anormal nisso.

Ø No judaísmo do primeiro século, as disputas por herança eram comuns e frequentemente levadas a rabinos ou mestres para resolução, já que eles eram reconhecidos como autoridades morais e legais. A Lei Mosaica (Deuteronômio 21.17) determinava que o filho mais velho recebesse uma porção dobrada da herança, o que, muitas vezes, causava disputas entre os irmãos. Quando o homem no versículo 13 pede a Jesus que interfira na divisão da herança, ele está tratando Jesus como um juiz ou árbitro (aquele que arbitra, que resolve questões), algo que era comum para mestres da lei. Então, nada de anormal. No pensamento do homem estava “tudo certo”.

Ø Mas Jesus recusa a função, enfatizando que Seu ministério era voltado para algo muito mais importante que questões materiais. E Jesus usa a oportunidade para ensinar uma lição importante sobre o verdadeiro tesouro e a futilidade de acumular riquezas terrenas – ou às vezes nem riquezas no sentido literal, mas “coisas” materiais.

Ø Na cultura judaica, a riqueza era, em grande parte, vista como um sinal da bênção divina (Salmos 128; Provérbios 10:22). Ter posses e prosperidade era visto como algo positivo, e muitas pessoas acreditavam que as bênçãos materiais indicavam o favor de Deus. No entanto, Jesus frequentemente reverte essa lógica ao longo dos Evangelhos, advertindo contra o perigo de confiar nas riquezas e esquecer-se da necessidade espiritual (como em Mateus 6.19-21, a respeito de acumular tesouros no céu).

Ø No versículo 20, Deus chama o homem rico de "louco" (aphron no grego). No pensamento judaico, ser chamado de “louco” vai além de mera falta de sabedoria. Representa alguém que age como se Deus não existisse ou não fosse relevante para a vida. O Salmo 14.1, por exemplo, diz: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus”. O "louco" da parábola, portanto, é alguém que coloca sua confiança unicamente nos bens materiais, sem reconhecer a soberania de Deus sobre sua vida e seu destino.

Ø Na cultura judaica, havia uma forte consciência da brevidade da vida. O homem rico da parábola, ao planejar "descansar, comer, beber e folgar" (v.19), ignora a fragilidade da vida humana. Textos como Eclesiastes 9:12 e Salmos 90:12 lembram que o tempo da vida é breve e incerto. O termo "esta noite te pedirão a tua alma" (v.20) reflete a certeza cultural de que a morte pode chegar a qualquer momento, e que o homem, apesar de seus planos, não tem controle sobre o tempo que lhe resta.

Ø Feita essa introdução, estando inteirados do contexto cultural do texto, vamos agora a algumas observações, mais precisamente três observações.

Ø E a primeira observação é sobre o pedido materialista que revela a cegueira espiritual do homem.

I.   O pedido materialista – A cegueira espiritual (v.13-15)

Ø Um homem se aproxima de Jesus, não em busca de salvação ou ensinamento, mas para resolver um problema financeiro: a divisão de uma herança.

Ø Ele enxergava Jesus como um juiz, um solucionador de questões materiais.

Ø Agora, me digam se não é assim que muitas vezes enxergamos e nos aproximamos de Jesus também hoje – como um solucionador de problemas materiais / terrenos.

Ø É claro que não há nenhum problema em buscar a ajuda de Jesus em oração no que respeita aos problemas que enfrentamos na vida. Somos ensinados pelas Escrituras de uma forma geral a fazermos isso:

o   “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças.” (Filipenses 4:6 RC)

o   “Lancem sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1 Pedro 5.7)

o   Pedi e dar-se-vos-á ... disse Jesus

o   Etc

Ø Mas acontece que muitos de nós queremos que Jesus solucione nossos problemas, dando-nos saúde, prosperidade e outras coisas mais, mas é só isso. Viver para ele e para a glória dele não queremos. Podemos “pagar alguma coisa” (um carnê), fazer um “propósito”, um “ato de fé”... mas entregar a nossa vida, apresentarmo-nos a Ele em sacrifício vivo santo e agradável, fazer como o apóstolo Paulo: não viver mais para que Ele viva em nós... isso daí não!

Ø Alguns até “dizem”, mas não “fazem”; “dizem”, mas não vão além das palavras – eu disse “alguns”, mas temo que sejam muitos.

Ø Jesus é visto por muitos como era visto por aquele homem: um solucionador de problemas materiais / terrenos.

Ø Jesus, contudo, rejeita o pedido daquele homem e dá um alerta: "Guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui" (v.15).

Ø O coração desse homem estava focado nas coisas temporais. Muitas pessoas, ainda hoje, buscam a Deus apenas para resolver seus problemas materiais, esquecendo-se do que realmente importa.

Ø A palavra "avareza" no grego é pleonexia, que significa um desejo insaciável de ter mais. Jesus não condena as posses em si, mas a obsessão por elas.

Ø "Você pode até ganhar o mundo inteiro, mas o que isso vale se perder a sua alma?"

Ø Imagine alguém que trabalha toda a vida para acumular uma grande fortuna. No fim, morre sozinho e sem paz, sem ter investido em relacionamentos, amor ou fé. De que valeu tanto esforço?

Ø Muitos hoje estão cegos pelas preocupações com dinheiro, status, beleza, poder, prazer ... mas Deus está nos chamando a abrir os olhos para a verdadeira vida, aquela que está além do material.

Ø Repito: Deus está lhe chamando hoje para abrir os olhos para a verdadeira vida, aquela que está além do material.

Ø A segunda coisa que observo aí no texto é que Jesus conta uma parábola, e, com essa parábola ele enfatiza o erro de se confiar nas riquezas – nas coisas materiais.

II. A parábola do rico insensato – O erro de confiar nas riquezas (v.16-20)

Ø Jesus conta a história de um homem rico que teve uma colheita abundante e decidiu armazenar tudo, pensando que poderia viver tranquilamente por muitos anos. (E ainda é assim hoje – os homens têm dificuldade de mudar)

Ø No entanto, Deus lhe diz: "Louco! Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?" (v.20).

Ø O rico fez planos apenas para esta vida, esquecendo-se que a alma é o bem mais precioso.

Ø Quero enfatizar isso, e você deve abrir bem os ouvidos e prestar bastante atenção: a alma é o bem mais precioso que você tem – qual é a atenção que você tem dado a ela?

Ø Me diga se não é verdade que você tem se ocupado muito em trabalhar, prover para você coisas materiais, momentos de lazer, conforto... mas pouco tem feito pelo bem estar de sua alma? Quero dizer para você que a única coisa que “vai” para a eternidade é a sua alma (sua parte espiritual) e depois o corpo ressuscitado e transformado. A casa fica, o carro fica, as joias ficam, a fama fica... e a alma vai... pra onde? ...

Ø Ele, o homem da parábola, acumulou bens, mas era pobre diante de Deus.

Ø O termo "louco" aqui implica falta de sabedoria espiritual. O homem foi sábio aos olhos do mundo, mas tolo aos olhos de Deus.

Ø "Riqueza não é medida pelo que você tem no banco, mas pelo que você tem no coração."

Ø Um grande empresário pode acumular fortuna ao longo da vida e se gabar de sua habilidade de fazer negócios. Porém, em seu leito de morte, se não cuidou de sua alma confiando-a a Jesus, irá perceber que, apesar de todo seu sucesso, está vazio e sem esperança para a eternidade.

Ø Não há segurança em riquezas ou em qualquer coisa material. Tudo o que acumulamos na terra, muito ou pouco, ficará para trás. O verdadeiro tesouro está em investir em nossa alma e em nosso relacionamento com Deus.

Ø E assim chegamos à terceira coisa a observar pelo texto: é preciso ser rico para com Deus.

III.  Rico para Deus – A verdadeira riqueza (v.21)

Ø Jesus conclui a parábola com uma advertência: "Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus." (v.21).

Ø Ele nos chama a buscar as coisas eternas e a sermos ricos espiritualmente.

Ø Ser rico para Deus significa viver uma vida que agrada a Ele,

o   uma vida cheia de fé,

o   uma vida de obediência,

o   uma vida de amor ao próximo.

Ø A verdadeira riqueza é aquela que nem a traça nem a ferrugem corroem, e o ladrão não pode roubar (Mateus 6:19-20).

Ø "A riqueza eterna não é medida pelo que você possui, mas por quem você conhece – Jesus Cristo."

Ø Pense em alguém que viveu uma vida simples, sem grandes posses, mas que impactou profundamente a vida de outras pessoas através de sua fé, bondade e amor. No céu, ele será contado entre os mais ricos.

Ø O desafio de Jesus é claro: em vez de gastar nossas vidas só em busca de bens materiais, devemos gastar nossas energias em cultivar um relacionamento profundo com Deus, investindo em nosso caráter e em ações que tenham valor eterno.

Conclusão

Ø A parábola do rico insensato nos ensina que a vida não se resume ao que possuímos. Nosso maior tesouro deve estar no céu, em Deus, e não nas coisas passageiras deste mundo.

Ø Hoje, Deus nos chama a refletir sobre onde estamos depositando nossos esforços e desejos.

Aplicações Práticas:

Ø Avalie sua vida, mas avalie mesmo: onde está o seu foco? Nos bens materiais ou em Deus? – você pode fazer um teste: nestes vinte dias de outubro (hoje é 20/10/2024), o quanto você foi dedicado em trabalhar por você mesmo e sua família, provendo recursos para subsistência, conforto, crescimento, lazer...? Espero que muito, e parabenizo quem assim o faz. Mas o quanto você foi dedicado às “coisas de Deus”? Quanto você orou? Quanto você leu a bíblia? Quanto você participou dos trabalhos da igreja – cultos de adoração, evangelismo, reuniões de oração, EBD? E você que tem filhos, o quanto se dedicou a coloca-los nesse caminho das “coisas de Deus? E com que motivação você fez essas coisas?

Ø Faça um compromisso de dedicar mais tempo à busca do Reino de Deus e de Sua justiça.

Ø E se ainda não entregou sua vida a Jesus, saiba que Ele é o único tesouro que nunca se perderá.

Ø Não saia deste lugar sem ajustar suas prioridades. Deus está te chamando hoje para viver uma vida plena, rica, não em bens materiais, mas em fé e obediência a Ele. “Hoje!” “Amanhã pode ser muito tarde” – quantas pessoas terminaram o mês de setembro conosco, só aqui em Muqui, mas que hoje, 20 de outubro, já não estão mais aqui porque partiram pra eternidade – gente nova ainda e aparentemente saudável.

Ø Seja rico para Deus!

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

Primeira Igreja Batista em Muqui – de outubro de 2024

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Como escaparemos nós?

 

COMO ESCAPAREMOS NÓS?

A vida corre rápida, com seus compromissos e distrações, e, muitas vezes, nos esquecemos das coisas que realmente importam. Entre uma tarefa e outra, nos distanciamos das grandes verdades que um dia nos tocaram de forma tão profunda. Essa sensação de distanciamento, essa facilidade em deixar para trás o que é essencial, é o ponto central de uma pergunta que ecoa nas palavras da carta aos Hebreus: "Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?" (Hebreus 2.3).

Parece uma pergunta simples à primeira vista, mas ela carrega uma profundidade que nos faz parar e pensar. O escritor aos Hebreus está nos alertando: há uma verdade que não pode ser ignorada, uma mensagem que não pode ser deixada de lado, porque ela foi proclamada pelo próprio Filho de Deus. Mas, no turbilhão da vida, há o perigo de negligenciá-la.

Pense na força dessa palavra: "negligenciar". Não se trata de rejeitar abertamente, mas de deixar de lado, de não dar a devida atenção. Não é necessário odiar a mensagem da salvação para perdê-la; basta ser indiferente, distraído, ocupado demais com as coisas que nos cercam. E é assim que, silenciosamente, muitos se distanciam de Deus, sem perceber que a cada dia se afastam mais e mais da grande salvação oferecida.

A pergunta "Como escaparemos nós?" nos leva a um ponto crucial. A salvação oferecida por Jesus é o maior presente já dado à humanidade. É o cumprimento das promessas de Deus, confirmada por sinais, milagres e pelo Espírito Santo. Foi anunciada pelos próprios apóstolos, testemunhada com poder. Não é uma mensagem qualquer, é a chave para a vida eterna. Como então escapar, se voltarmos nossas costas para algo tão precioso?

Vivemos em um tempo onde a distração reina. Estamos sempre conectados, sempre ocupados, sempre com algo que nos prende a atenção. E, nesse ritmo frenético, a fé pode se tornar algo secundário, algo que não desperta mais o nosso coração como antes. Assim, a salvação, que deveria ser o centro de nossas vidas, pode ser empurrada para as margens. Não porque a rejeitamos de forma deliberada, mas porque simplesmente a deixamos de lado.

Mas o alerta de Hebreus nos chama de volta à seriedade da mensagem. Deus nos falou de muitas maneiras, ao longo dos tempos, através dos profetas, mas, nestes últimos dias, Ele falou através do próprio Filho (Hebreus 1.1-2). E essa mensagem não é algo que podemos tratar com descuido. Ela é a âncora para nossa alma, a resposta para o vazio que existe em nós. E, ao negligenciá-la, estamos, na verdade, negligenciando a própria vida.

"Como escaparemos nós?" A resposta implícita é clara: não escaparemos. Não há outra salvação, não há outro caminho. Se virarmos as costas para Cristo, estamos virando as costas para a única fonte de vida verdadeira.

Por isso, a advertência de Hebreus é mais urgente do que nunca: "Convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas" (Hebreus 2.1). A fé é algo que precisa ser nutrido, guardado com zelo, tratado como a pérola de grande valor que ela é. Não podemos nos permitir negligenciar essa grande salvação, porque o tempo é curto e a eternidade é certa.

No fim, somos todos responsáveis pela maneira como lidamos com o que ouvimos. A voz de Deus continua a chamar, mas a pergunta permanece: "Como escaparemos nós?" Que não sejamos encontrados entre aqueles que, no dia do encontro com o Senhor, terão que admitir que negligenciaram o maior presente de todos. Que sejamos aqueles que atentaram, valorizaram e viveram a grande salvação oferecida por Cristo.

Pense nisso!

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segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Os convidados não eram dignos

 

OS CONVIDADOS NÃO ERAM DIGNOS

Em uma pequena vila, um homem rico decidiu dar um grande banquete. A mesa estava preparada com todo esmero: pratos refinados, as melhores bebidas, uma fartura que enchia os olhos e aquecia o coração. Tudo estava pronto, e os convites foram enviados aos que eram considerados dignos, aqueles que faziam parte da elite, pessoas influentes e bem-vistas pela sociedade. O banquete seria uma celebração inesquecível, um momento de alegria e honra para todos os presentes.

Mas, um a um, os convidados começaram a dar desculpas. Um disse que havia comprado um campo e precisava ir vê-lo. Outro alegou que tinha acabado de adquirir cinco juntas de bois e precisava experimentá-las. Um terceiro informou que havia se casado e, por isso, não poderia comparecer. Desculpas atrás de desculpas, e a mesa permanecia vazia.

O dono da festa, indignado com a rejeição, tomou uma decisão inesperada. “Vão depressa às ruas e becos da cidade, tragam os pobres, os aleijados, os cegos e os mancos”, ordenou ele aos servos. E assim foi feito. Aqueles que nunca imaginariam ser convidados para um banquete tão grandioso começaram a ocupar os lugares de honra. Pessoas simples, marginalizadas, gente sem nome ou status, agora partilhavam de uma refeição que os convidados originais haviam desprezado.

Ao final, o banquete estava cheio. O dono da festa, agora cercado por pessoas que jamais esperaria ver em sua mesa, declarou algo impressionante: “Os primeiros convidados não eram dignos”.

Essa história, contada por Jesus em Lucas 14.16-24, é um retrato claro da inversão do Reino de Deus. Aqueles que, aparentemente, eram os mais preparados, os mais dignos, foram os que rejeitaram o convite. Suas desculpas demonstravam que, para eles, as coisas deste mundo – propriedades, negócios e até relacionamentos – eram mais importantes do que o chamado de Deus. A mesa da graça estava diante deles, mas eles preferiram as distrações da vida.

E, assim, aqueles que eram considerados indignos pela sociedade – os marginalizados, os esquecidos, os que não tinham nada a oferecer – foram chamados para o lugar de honra. Eles não tinham desculpas. Eles sabiam da sua necessidade, sabiam que não mereciam estar ali, mas aceitaram o convite com alegria.

Essa parábola nos faz refletir profundamente sobre o nosso lugar diante de Deus. Quantas vezes, em nossa vida, não agimos como os primeiros convidados? Quantas vezes não rejeitamos o convite de Deus para participar de Sua comunhão porque estamos ocupados demais com os nossos próprios interesses? E o mais doloroso é pensar que, em muitos casos, fazemos isso sem perceber, como se o convite pudesse esperar, como se sempre houvesse tempo.

A grande verdade é que a dignidade, no Reino de Deus, não está no status ou nas posses, mas na disposição do coração em atender ao Seu chamado. Aqueles que achavam que eram dignos se afastaram. E os que se consideravam indignos, mas aceitaram o convite, foram os que se sentaram à mesa.

A crônica dessa parábola é uma chamada para acordarmos. Deus nos convida todos os dias para participar de Sua presença, para nos sentarmos à mesa com Ele. O convite está diante de nós, mas será que, em nossa correria diária, estamos aceitando ou dando desculpas? Que não sejamos aqueles que desprezam o convite divino, mas sim os que correm para a mesa, reconhecendo que, embora indignos, somos chamados pela graça incompreensível de Deus.

No fim das contas, a verdadeira dignidade está em quem aceita o convite. Porque, no Reino de Deus, os que se acham dignos demais podem acabar ficando de fora.

Estando em Muqui, visite a Primeira Igreja Batista

101 anos!

  101 ANOS! Parabéns, Primeira Igreja Batista em Muqui, pelos seus 101 anos! O sol nasce por entre as montanhas que cercam a cidade de M...