sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Crônicas sobre as sete igrejas do Apocalipse - Esmirna: o tesouro dos pobres de Esmirna

 

CRÔNICAS SOBRE AS SETE IGREJAS DO APOCALIPSE 

2. ESMIRNA: O TESOURO DOS POBRES DE ESMIRNA

Esmirna, a cidade entre colinas, tinha ares de grandeza e prosperidade. Suas ruas eram adornadas por comerciantes ambiciosos, nobres altivos e templos dedicados a deuses que exigiam devoção. Mas no meio de todo o luxo e ostentação, havia uma igreja diferente.

Era uma comunidade pequena, de gente simples. Não havia pompa em suas reuniões, nem influência entre as autoridades locais. Aos olhos do mundo, eram pobres — tão pobres que até mesmo os pequenos luxos da vida lhes eram negados.

Mas o Senhor, aquele que é o Alfa e o Ômega, olhava para Esmirna e via um tesouro: “Eu sei das suas aflições e da sua pobreza; contudo, você é rico.”

Que paradoxo sublime! O mundo via escassez, mas o céu enxergava abundância. Seus membros eram desprezados pelos vizinhos, perseguidos pelos governantes e caluniados por aqueles que se diziam religiosos. Contudo, sua fé brilhava como ouro refinado pelo fogo.

Jesus, aquele que morreu e voltou à vida, conhecia muito bem o peso da dor e da rejeição. Por isso, sua mensagem para Esmirna não era de promessas fáceis, mas de coragem diante do inevitável: “Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias.”

A mensagem era clara: tempos difíceis viriam, e o preço da fidelidade seria alto. Mas, em vez de prometer livramento imediato, o Senhor oferecia algo ainda maior — uma recompensa eterna: “Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida.”

A coroa da vida. Não uma coroa de ouro enfeitada com pedras preciosas, mas uma recompensa muito mais valiosa: a certeza de estar com Cristo para sempre. Para Esmirna, que conhecia a dor da exclusão e a realidade da morte iminente, essa promessa era tudo.

Talvez você, como os cristãos de Esmirna, também já tenha sentido o peso do desprezo ou enfrentado o fogo das provações. Talvez já tenha experimentado a dor de perder o que é material ou o medo de um futuro incerto.

A mensagem de Jesus para Esmirna é um lembrete de que, mesmo em meio à pobreza ou perseguição, há uma riqueza que o mundo não pode roubar. É a riqueza de uma fé que resiste, de um amor que não se apaga e de uma esperança que olha para além da dor presente: “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. O vencedor de modo algum sofrerá a segunda morte.”

Essa frase ecoa como um convite e uma promessa. O Senhor não prometeu livrar Esmirna da primeira morte, mas garantiu que a segunda — a morte eterna — jamais tocaria aqueles que permanecessem fiéis.

E assim, Esmirna nos ensina que a verdadeira riqueza não está em cofres cheios, mas em corações rendidos ao Senhor. Que o verdadeiro poder não é escapar da dor, mas permanecer firme em meio a ela. E que a verdadeira vida não é a que termina na morte, mas a que transcende para a eternidade.

No final, Esmirna, a pobre e afligida, será vista como rica e vitoriosa. E nós, inspirados por sua coragem, somos chamados a enfrentar nossas próprias lutas, sabendo que o mesmo Senhor que falou àquela igreja fala a nós hoje: “Não tema. Eu sou o primeiro e o último, aquele que venceu a morte por você. Permaneça fiel, e a coroa da vida será sua.”

Autor: anônimo

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