sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

A língua que constrói pontes

 

A Língua que Constrói Pontes

Em uma manhã comum, Clara caminhava pela praça da cidade, refletindo sobre as palavras que dissera nos últimos dias. Ela sempre fora conhecida por ser direta, mas ultimamente se questionava: será que sua franqueza edificava ou derrubava?

No meio de seus pensamentos, ela se deparou com uma cena que parecia tirada de um conto. Dois pedreiros, lado a lado, construíam uma ponte sobre um pequeno riacho. Um deles murmurava enquanto trabalhava, reclamando das pedras difíceis de encaixar e do calor que não dava trégua. O outro, com um sorriso, cantava baixinho uma melodia enquanto colocava cada pedra no lugar com cuidado. Clara parou para observar.

— Por que você está tão feliz? — perguntou ao pedreiro que cantava.
— Porque sei que essa ponte será útil para muitos. Cada pedra que coloco é uma conexão para alguém que precisa atravessar.

Clara sorriu, agradeceu e seguiu seu caminho. Aquela simples resposta ecoava em sua mente. "Cada palavra que proferimos é como uma pedra colocada em uma ponte. Será que elas estão conectando ou separando?"

A língua, pequena mas poderosa, pode construir pontes ou erguer muros. Uma palavra de incentivo em um dia difícil pode transformar o ânimo de alguém. Um elogio sincero pode ser a faísca que reacende a confiança de uma pessoa. Mas, da mesma forma, uma crítica destrutiva, dita sem reflexão, pode arruinar a autoestima e deixar feridas difíceis de cicatrizar.

Clara, ao chegar em casa, decidiu revisitar as palavras de Paulo em Efésios 4.29: "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem." Aquele versículo soou como um convite: ser um pedreiro de pontes com suas palavras, promovendo entendimento, graça e paz.

No dia seguinte, Clara colocou em prática. Durante uma reunião no trabalho, ao invés de criticar severamente o colega que errara um relatório, ela usou um tom gentil e sugeriu formas de melhorar. No almoço em família, elogiou o esforço do sobrinho nos estudos, mesmo que a nota final não tivesse sido a esperada. E, ao final do dia, mandou uma mensagem a uma amiga que enfrentava um momento difícil, reafirmando sua presença e apoio.

Para sua surpresa, as reações foram imediatas. No trabalho, o colega se mostrou mais motivado. Em casa, o sobrinho brilhou com um sorriso de orgulho. E a amiga, emocionada, respondeu com gratidão. Clara percebeu que suas palavras, simples mas sinceras, estavam se tornando pontes para relacionamentos mais fortes e significativos.

A língua, pensou ela, é como uma ferramenta nas mãos de um artesão. Pode esculpir beleza ou espalhar destroços. Quando guiada pelo amor, pela paciência e pelo propósito de edificar, transforma vidas, restaura corações e une pessoas.

E você? Como tem usado suas palavras hoje? Estão edificando pontes ou derrubando muros? Talvez seja hora de cantar enquanto coloca as pedras no lugar, sabendo que, com cada palavra certa, você pode conectar mundos e trazer graça aos que estão ao seu redor.

Autor: anônimo

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A balança da eternidade

 

A Balança da Eternidade

Ao término de 2024, estima-se que mais de 62 milhões de vidas deixaram este mundo. Sessenta e dois milhões de nomes apagados da lista dos vivos, sessenta e dois milhões de histórias encerradas. Uma multidão tão grande que ultrapassa a nossa capacidade de imaginar. Um número que enche planícies, cidades, continentes. E, no entanto, a pergunta que ecoa não é "quantos morreram?", mas "quantos estavam preparados?".

Dentre esses milhões, quantos encontraram em Cristo a porta estreita que leva à vida eterna? E quantos, pelo contrário, seguiram pela estrada larga que conduz à perdição? É uma questão que arrepia, porque as estatísticas celestiais não são medidas por gráficos, mas pelo impacto eterno.

Quantos nunca ouviram falar de Jesus, apesar de viverem em um mundo conectado e repleto de possibilidades de acesso ao Evangelho? Quantos ouviram, mas não creram? E, ainda mais inquietante: quantos creram de forma vaga, sem compromisso, sem a transformação que testifica a verdadeira salvação?

A responsabilidade da Igreja brilha como um farol em meio a essa reflexão. Jesus nos confiou a missão: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15). Mas será que temos feito isso com a urgência que a morte impõe? Ou estamos distraídos, confortáveis, tratando as questões eternas como se fossem adiáveis?

Fica a pergunta: se a Igreja falha, vidas se perdem? Talvez a resposta seja NÃO! Mas se for SIM, cada cristão, cada pastor, cada evangelista carrega uma parcela dessa responsabilidade.

E se os mais de 62 milhões de mortos fossem trazidos diante de nós em um instante, como testemunhas de nossa fidelidade ou omissão? O que diriam? Talvez houvesse um clamor vindo daqueles que nunca ouviram, mas poderiam ter ouvido. Talvez houvesse uma acusação contra a nossa falta de zelo, a nossa preocupação excessiva com programas e eventos internos, enquanto as almas pereciam sem Cristo.

A verdade é que a morte não é o fim; é o começo da eternidade. E a pergunta que fica para cada um de nós é: o que temos feito para que essa eternidade seja com Deus para o maior número possível? Não podemos mudar o destino dos que já partiram em 2024, mas podemos influenciar os milhões que ainda estão vivos.

Que essa crônica nos desperte a sermos mais dedicados. Que a Igreja se levante em 2025 com compaixão, ousadia e fidelidade. Que cada cristão entenda que sua vida é um convite vivo à eternidade com Deus. Porque, no final, quando os números se dissiparem e estivermos diante do trono de Deus, a única coisa que contará será: quem conheceu a Cristo por nosso intermédio?

Autor: anônimo

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terça-feira, 24 de dezembro de 2024

A semente e o jardim

 

A SEMENTE E O JARDIM: UMA CRÔNICA SOBRE MATEUS 15:13

Era uma manhã ensolarada quando decidi cuidar do meu jardim. As flores pareciam sorrir ao vento, mas algo me incomodava: algumas ervas daninhas começavam a invadir o espaço que eu cuidadosamente cultivava. Peguei minhas ferramentas e comecei a arrancá-las, mas logo percebi que nem todas saíam com facilidade. Algumas pareciam fincar raízes profundas, como se insistissem em pertencer àquele lugar.

Enquanto trabalhava, lembrei-me das palavras de Jesus em Mateus 15:13: “Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada.”

Parei por um momento, refletindo sobre como aquelas ervas daninhas representavam mais do que um simples problema no jardim. Elas eram como as coisas que permitimos crescer em nossos corações e mentes, sem perceber o mal que causam. Ideias, atitudes, hábitos – muitas vezes elas começam pequenas, quase imperceptíveis, mas com o tempo suas raízes se aprofundam e sufocam as boas sementes plantadas por Deus.

Fiquei pensando: quantas vezes carregamos pesos que não foram plantados pelo Pai? Quantas vezes permitimos que mágoas, orgulho ou preocupações ocupem espaço no terreno fértil da nossa alma?

Enquanto continuava meu trabalho, percebi algo interessante. As flores que eu tinha plantado com carinho eram mais frágeis do que as ervas daninhas. O cuidado que elas exigiam era constante: água, sol na medida certa, adubo e, claro, vigilância contra pragas. Já as ervas daninhas pareciam crescer sozinhas, fortes e resistentes. Não precisavam de nada, apenas de descuido.

Assim é na vida espiritual. O que vem de Deus exige cultivo, tempo e dedicação. A fé, a bondade, a humildade e a paz são como flores que precisam ser alimentadas com a Palavra, oração e comunhão. Já as ervas daninhas da inveja, da preguiça ou da incredulidade não precisam de incentivo para crescer. Basta deixá-las à vontade.

No final daquela manhã, meu jardim estava mais limpo, mas o trabalho não havia terminado. Sabia que precisaria voltar ali em poucos dias, porque as ervas daninhas sempre tentam voltar. Mas não me senti desanimado. Lembrei-me da promessa implícita nas palavras de Jesus: aquilo que o Pai não plantou não permanecerá. Deus nos dá as ferramentas – Sua Palavra, Seu Espírito – para arrancar o que não pertence a Ele.

Voltei para dentro de casa com a certeza de que o mesmo princípio se aplica ao meu coração. Decidi começar a semana com uma oração: "Senhor, arranca de mim tudo o que não vem de Ti. Planta apenas aquilo que dá frutos para a Tua glória. E ajuda-me a cuidar do meu jardim espiritual com diligência."

O jardim externo ficou bonito naquele dia, mas o mais importante foi o trabalho que Deus começou a fazer no meu interior. Afinal, o verdadeiro jardineiro das nossas almas é Ele, e sua obra é perfeita.

E você, como está cuidando do seu jardim?

Autor: anônimo

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A Urgência da Eternidade

 

A URGÊNCIA DA ETERNIDADE

O mundo parece desmoronar sob nossos pés. O noticiário, em tom alarmante, repete a lista: fomes devastadoras, terremotos arrasadores, pestes que desafiam a ciência, destruição em massa, guerras que não cessam e rumores de novas que se formam a cada dia. Enquanto isso, o caos político se agiganta, a imoralidade é aplaudida, a violência se banaliza, e o amor ao próximo se dissolve no egoísmo gritante das multidões.

Para quem conhece as Escrituras, esses sinais soam como sinos de alerta, um chamado de Deus ecoando através das páginas da história: "Erguei as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima" (Lucas 21:28). O que para muitos parece apenas desespero e confusão, para nós, que cremos, é o cumprimento das profecias que apontam para a volta de Cristo.

E, no entanto, em meio ao ruído desse mundo, é fácil se perder. É fácil ser seduzido pela ideia de que ainda há tempo, de que a eternidade pode esperar, de que o amanhã sempre virá. Mas a urgência não está em um alarme apocalíptico que nos encha de pavor, mas em uma certeza serena: precisamos estar seguros em Cristo hoje, agora, sem adiamentos ou desculpas.

Pense nas pessoas ao seu redor. Quantas vivem como se esta vida fosse tudo o que há? Quantas correm atrás de prazeres momentâneos, acumulam riquezas ou disputam status como se pudessem encontrar segurança no que é efêmero? A urgência não é apenas para nós mesmos, mas também para quem amamos, para quem cruza nosso caminho, para aqueles que ainda não ouviram sobre a esperança que temos.

Jesus disse: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6). Essa afirmação não é apenas um convite, mas uma advertência amorosa. Não há outro caminho para a segurança eterna. Não há atalhos, nem exceções. A porta é estreita, mas está aberta a todos que quiserem entrar.

As guerras e os rumores, os terremotos e as pestes, não são o fim em si mesmos. São lembretes de que este mundo não é nosso lar permanente. Nossa pátria está nos céus, de onde aguardamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.

Talvez você, leitor, se pergunte: "Estou realmente seguro em Cristo?" Não se trata de mérito, nem de esforço humano. Trata-se de fé. Fé naquele que venceu o mundo, que nos prometeu vida eterna e que um dia enxugará dos nossos olhos toda lágrima.

Não podemos mais adiar essa decisão. O amanhã é incerto, mas a eternidade é garantida para aqueles que depositam sua confiança no Senhor. O tempo para nos prepararmos não é "um dia". É hoje. É agora.

O apóstolo Paulo nos lembra: "E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto do que quando no princípio cremos" (Romanos 13:11).

Que não sejamos encontrados despreparados, mas com as lâmpadas cheias de azeite, prontos para encontrar o Noivo. A urgência da eternidade não é um peso; é a maior dádiva que podemos abraçar. Cristo está às portas. Você está seguro n’Ele?

 

Autor: anônimo 

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quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Entre luz e escuridão

 

ENTRE LUZ E ESCURIDÃO

A cidade adormecia enquanto ele caminhava pelas ruas desertas. Nicodemos era seu nome, um homem respeitado, líder entre o povo. Mas naquela noite, o peso de suas dúvidas o conduziu a um encontro inesperado. Ele buscava respostas, talvez luz para a confusão que escurecia sua alma.

Ao chegar, encontrou Jesus. Não havia multidões, nem discursos formais. Apenas o Mestre, esperando calmamente. Nicodemos começou com palavras cautelosas, exaltando o que já sabia: "Sabemos que vieste da parte de Deus..." Mas antes que pudesse continuar, Jesus o desarmou com uma verdade avassaladora:

– Quem não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.

As palavras pairaram no ar como um convite e uma sentença. Nicodemos tentava entender. Como alguém poderia nascer de novo? E Jesus continuou, pacientemente, como quem acende uma vela em um quarto escuro. Explicou sobre o Espírito, o vento que sopra onde quer. Falou sobre a salvação e o amor de Deus, que enviou Seu Filho ao mundo não para condenar, mas para salvar.

E então, a verdade mais dura:

– Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porque não creu no nome do Filho unigênito de Deus.

O coração de Nicodemos pesou. Ele pensava em sua vida, suas crenças, tudo o que havia construído. Estaria pronto para crer? Ou a condenação já pairava sobre ele, uma sombra que ele próprio não queria admitir?

Jesus continuou, apontando o que talvez fosse o maior dilema da humanidade:

– A luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque suas obras eram más.

Nicodemos compreendeu que não era apenas uma questão de lógica ou entendimento. Era uma questão de escolha. A luz estava ali, diante dele, brilhando em meio à noite. Mas o que faria? Permaneceria nas sombras, agarrado ao conforto das trevas familiares, ou daria um passo em direção à luz, mesmo que isso revelasse as falhas e pecados que ele tanto tentava esconder?

A escolha de Nicodemos é também a nossa. A cada dia, somos convidados a crer ou a rejeitar. Não há neutralidade quando se trata da luz. Permanecer nas trevas é uma decisão tão ativa quanto correr para a luz.

Talvez seja isso que nos assusta. A luz expõe quem somos, mas também nos mostra quem podemos ser. Ela não apenas ilumina nossos erros; ela revela a graça que nos transforma.

Nicodemos, naquela noite, saiu diferente. Não sabemos ao certo o que ele escolheu naquele momento, mas mais tarde o encontramos, defendendo Jesus e ajudando a cuidar de Seu corpo após a crucificação.

A luz havia triunfado.

E quanto a nós? O que faremos diante da luz? Continuaremos amando as trevas, ou daremos o passo que nos liberta da condenação? A escolha, como sempre, é nossa.

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Eternos insatisfeitos

 

ETERNOS INSATISFEITOS

A praça estava cheia. Havia crianças que brincavam, corriam, e gargalhavam. Algumas imitavam músicos e fingiam tocar flautas. Outras, mais sérias, encenavam lamentos e choros de enterro. Mas, no canto da praça, um grupo assistia a tudo de braços cruzados e expressão carrancuda. Não dançavam, não choravam. Apenas criticavam.

— Tocamos a flauta, e vocês não dançaram! — gritaram as crianças alegres.
— Choramos, e vocês não se entristeceram! — disseram os pequenos que encenavam lutos.

Mas o grupo, imutável, apenas resmungava. Era um retrato de algo muito maior: a insatisfação que permeia corações endurecidos, incapazes de se conectar com o momento, com a proposta, ou até com a vida que pulsa ao redor.

Foi assim nos dias de Jesus. Quando João Batista veio, com sua mensagem dura e sua vida de simplicidade extrema, diziam:

— Ele tem demônio!

Depois, veio Jesus, com Sua mesa aberta para pecadores e Seu convite à alegria no Reino de Deus. E o que disseram?

— É um comilão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!

No fundo, não importava a abordagem. Sempre havia algo para criticar. O problema não era João, nem Jesus. Era o coração deles. Eternos insatisfeitos, encontravam defeitos em tudo, exceto neles mesmos.

Essa atitude não é exclusiva daqueles dias. Ainda hoje, encontramos pessoas incapazes de se alegrar com o sucesso alheio ou de acolher uma proposta de mudança. Elas sempre veem algo errado no que lhes é oferecido, seja na rigidez de um João ou na liberdade de um Jesus.

Mas a vida não é uma praça de espectadores. Não somos chamados a cruzar os braços e julgar o show. Somos convidados a participar, a dançar ao som da flauta quando a alegria é necessária e a nos entristecer quando o luto é inevitável.

A insatisfação crônica é um reflexo de um coração que se recusa a se abrir, seja para o desafio da correção ou para o consolo da graça. Para os eternos insatisfeitos, o problema nunca está no convite, mas em sua própria disposição.

Talvez, seja hora de descruzar os braços, soltar a crítica, e simplesmente viver. Afinal, a graça e o convite de Deus estão aqui, tanto nos tons austeros de João quanto nas melodias suaves de Jesus. O que nos impede de aceitar?

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

A razão do nascimento de Jesus

 

A RAZÃO DO NASCIMENTO DE JESUS

Na penumbra da história, entre a simplicidade de uma manjedoura e o brilho de uma estrela que despontava no céu de Belém, nasceu Aquele que dividiu o tempo. Jesus veio ao mundo de forma tão singela que quase passou despercebido por muitos. Os grandes reis da terra não perceberam o brilho daquela luz. Os homens poderosos estavam distraídos com seus tronos e conquistas, mas pastores humildes, guardando seus rebanhos, ouviram as boas novas de grande alegria.

Por que Jesus veio? Essa pergunta pode ser respondida com as próprias palavras d’Ele, registradas em Lucas 19.10: "Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido." O nascimento de Cristo não foi apenas um evento histórico, foi uma missão clara e determinada: resgatar a humanidade de sua condição caída.

Um resgate necessário

A humanidade, desde o Éden, afastou-se de Deus. Cada ato de desobediência e egoísmo aprofundou o abismo entre o Criador e Sua criação. A lei, com seus mandamentos, mostrou o pecado, mas não tinha poder para transformar o coração humano. As ofertas e sacrifícios eram sombras, insuficientes para apagar o mal arraigado. Um preço infinito precisava ser pago, e nenhum ser humano poderia quitá-lo.

Então, Deus tomou a iniciativa. Ele não enviou anjos nem delegou a tarefa. Ele próprio desceu, na pessoa de Jesus. O Deus eterno fez-se carne, um bebê envolto em panos, frágil aos olhos humanos, mas carregando em Si o poder de transformar vidas. Jesus nasceu para ser o Salvador, o mediador entre Deus e os homens, Aquele que daria Sua vida por muitos.

A busca pelo perdido

Ao longo de Seu ministério, Jesus demonstrou o significado de Sua missão. Ele tocou leprosos, comeu com pecadores e aceitou a adoração de uma mulher arrependida, mesmo enquanto fariseus O acusavam. Ele contou histórias de pastores que buscavam a ovelha perdida, de mulheres que procuravam moedas extraviadas e de pais que esperavam o retorno de filhos pródigos. Cada gesto e palavra revelavam o coração de um Deus que não desistiria de encontrar e salvar o que estava perdido.

E o clímax dessa busca foi a cruz. Ali, Jesus carregou sobre Si os pecados de toda a humanidade. O que começou na simplicidade do nascimento culminou na entrega máxima de amor, quando Ele deu Sua vida para que pudéssemos viver.

Nossa resposta a tão grande amor

Diante de tamanha demonstração de amor e sacrifício, surge uma questão inevitável: como devemos responder? O Natal não é apenas sobre luzes, presentes e reuniões familiares. É sobre reconhecer o valor inestimável do nascimento de Jesus e dedicarmos nossa vida a Ele.

Se Ele veio para nos buscar e salvar, cabe a nós permitir que Ele nos encontre e transforme. A dedicação que devemos a Jesus não é apenas um ato religioso, mas uma entrega genuína de coração. É amar como Ele amou, viver como Ele viveu e proclamar Sua mensagem a um mundo ainda perdido.

 

Em um tempo onde o brilho das festas pode obscurecer o verdadeiro significado, que possamos lembrar: Jesus nasceu para nos dar vida. E, em resposta, vivamos para honrá-Lo. Se Ele dedicou Sua vida para nos salvar, não seria justo dedicarmos a nossa para amá-Lo e servi-Lo?

O Natal é mais que uma data; é um chamado para viver em gratidão e devoção àquele que deu tudo por nós. Afinal, Ele não apenas nasceu em Belém; Ele deseja nascer em nossos corações. Que assim seja, hoje e sempre.

 

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

A voz que ecoa no silêncio

 

A VOZ QUE ECOA NO SILÊNCIO

(Baseado em Hebreus 2)

Naquele instante de silêncio, algo se destacava mais do que as palavras que ecoavam no coração: a urgência. Era como estar à beira de um precipício e ouvir a voz de alguém amado gritar veementemente: “Não pule, há um caminho melhor!”

Hebreus 2 ressoava como esse grito de advertência, não de quem quer controlar, mas de quem ama intensamente.

Vivemos em um mundo barulhento. Notificações piscam, compromissos se acumulam, e até nossos momentos de descanso são preenchidos com ruídos. Em meio a isso, muitas vezes negligenciamos o que realmente importa. A pergunta de Hebreus 2.3 é um desafio direto: “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?”

Negligenciar não é apenas ignorar. Negligenciar é não dar o devido valor. Negligenciar é tratar o precioso como comum e o eterno como se passageiro fosse. Essa negligência não acontece de uma vez, mas aos poucos, como um barco à deriva que se afasta do porto sem que percebamos.

E então, o texto nos convida a olhar para Cristo. Ele, que foi feito "um pouco menor que os anjos", escolheu a humilhação. Ele entrou na história, vestiu nossa humanidade e enfrentou nossa dor.

Por quê?

Para nos resgatar!

Para segurar nossa mão quando estávamos à beira do abismo e trazer-nos de volta à vida!

Pense nisso: o próprio Criador, que sustenta o universo com Sua palavra poderosa, experimentou a fragilidade da carne para vencer aquilo que mais tememos – a morte. E Ele não fez isso por obrigação, mas por amor. E agora, como Sumo Sacerdote, Ele conhece nossas dores, nossas lutas e as tentações que todos os dias se apresentam diante de nós. Ele sabe o que é ser humano.

MAS NÓS TEMOS DADO ATENÇÃO A ESSA VOZ? Ou estamos permitindo que a pressa, o medo ou a indiferença abafem o chamado?

A pergunta persiste: “Como escaparemos?”

Hoje, olhando para Hebreus 2, quero convidar você a refletir. Não há nada mais urgente, mais belo, mais poderoso do que esta verdade: Cristo se humilhou para nos exaltar. Ele morreu para que vivêssemos. Não permita que isso se perca no barulho do cotidiano.

Que ao mergulharmos na profundidade de Hebreus 2, nosso coração seja despertado para ouvir essa voz que ecoa no silêncio, a voz de um Salvador que não apenas nos adverte, mas também nos ama incondicionalmente.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

A Promessa de Belém

 

A PROMESSA DE BELÉM

A noite estava tranquila. O silêncio cobria os campos, e as estrelas bordavam o céu de uma pequena vila, insignificante aos olhos dos homens, mas preciosa aos olhos de Deus. Belém, a cidade de Davi, mal sabia que estava prestes a ser o palco do evento mais extraordinário da história humana.

Há séculos, o profeta Miqueias, em meio a um tempo de crise, revelou uma promessa divina:
"E tu, Belém-Efrata, pequena demais para estar entre os milhares de Judá, de ti sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade." (Mq 5.2).

Belém, cujo nome significa "casa do pão", era um lugar comum. Pequena, esquecida, um ponto no mapa que ninguém se preocupava em destacar. E, no entanto, Deus escolheu o que parecia insignificante para revelar a Sua glória. A promessa de um Rei eterno, com raízes na eternidade, sairia dali. Não de Jerusalém, a grande capital, mas de uma vila modesta.

Naquela noite, anos depois da profecia, Belém fervilhava com a presença de viajantes. Homens e mulheres vinham de todos os cantos para o recenseamento. Entre eles estavam José e Maria, que carregava em seu ventre o Filho prometido. Sem espaço nas hospedarias, encontraram abrigo entre os animais, e foi ali, no silêncio de uma estrebaria, que o Rei nasceu.

O Salvador do mundo não veio em um palácio, não foi embalado em lençóis de seda, nem recebido por nobres. Ele nasceu em uma manjedoura, cercado pelo cheiro de feno e pelo calor de animais simples. Sua entrada no mundo foi tão humilde quanto a vila que o acolheu.

Belém, outrora esquecida, tornou-se o centro da história. Não por seu tamanho, mas porque Deus escolheu mostrar que a grandeza não está na aparência, mas em Seu plano soberano. A profecia de Miqueias se cumpriu, e a eternidade se encontrou com o tempo.

Naquele momento, o céu não conseguiu conter sua alegria. Os anjos proclamaram aos pastores a boa notícia: "Hoje vos nasceu na cidade de Davi o Salvador, que é Cristo, o Senhor." (Lc 2.11).

E assim, o Rei eterno, anunciado pelo profeta, começou sua jornada entre os homens. Não em tronos de ouro, mas em corações dispostos a recebê-Lo. Belém, a pequena, tornou-se a porta pela qual Deus trouxe ao mundo o pão da vida.

O nascimento de Jesus em Belém nos lembra que Deus usa o simples para confundir o sábio. Ele transforma o comum em extraordinário e cumpre Suas promessas em Seu tempo perfeito. De Belém veio o Rei que governa com amor, justiça e paz, cujas origens são desde a eternidade e cujo reino nunca terá fim.

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

A Parábola do Filho Pródigo em 12 Palavras

 

A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO EM 12 PALAVRAS

Lucas 15.11-32

Ø  A parábola do filho pródigo (Lucas 15.11-32) pode ser resumida com essas 12 palavras que marcam sua narrativa e os principais pontos espirituais que ela ensina. Vamos detalhar brevemente cada uma delas:

1.     Insatisfação

Ø  O filho mais novo não estava satisfeito com sua vida junto ao pai. Ele desejava algo além, acreditando que a liberdade e os bens materiais trariam felicidade.

2.     Controle

Ø  Ele exige sua parte na herança, demonstrando um coração rebelde e controlador. Não queria estar sob a autoridade do pai, mas seguir seus próprios caminhos.

3.     Distanciamento

Ø  O filho parte para uma terra distante, simbolizando o afastamento de Deus. Este ato reflete a separação espiritual quando buscamos autonomia fora da presença divina.

4.     Desperdício / Gasto

Ø  Ele esbanja tudo o que recebeu com uma vida desregrada. Isso simboliza o pecado e como as bênçãos de Deus podem ser mal utilizadas fora do plano d’Ele.

5.     Sofrimento

Ø  Sem recursos e enfrentando uma fome severa, ele passa a sofrer as consequências de suas escolhas, representando o vazio que o pecado gera.

6.     Arrependimento

Ø  Ao cair em si, o filho percebe seu erro e reconhece que longe do pai não há vida verdadeira. Esse é o primeiro passo para a restauração.

7.     Volta

Ø  Ele decide retornar ao pai, demonstrando uma ação prática do arrependimento. A decisão de mudar de rumo é essencial no processo de reconciliação.

8.     Confissão

Ø  Ao reencontrar o pai, ele admite seu pecado com sinceridade: "Pequei contra o céu e contra ti". A confissão é uma parte vital do relacionamento restaurado com Deus.

9.     Humildade / Submissão

Ø  O filho se oferece para ser tratado como um servo, demonstrando humildade e disposição para aceitar sua nova posição, mesmo que inferior.

10. Perdão

Ø  O pai, cheio de compaixão, o perdoa antes mesmo de ouvir toda a confissão, representando o amor e a graça de Deus para com os pecadores.

11. Restauração

Ø  O filho não apenas é aceito, mas também restaurado à sua posição de filho, com direito a roupa nova, anel e festa. Isso reflete a plenitude da reconciliação com Deus.

12. Ressurreição

Ø  O pai declara: "Este meu filho estava morto e reviveu; estava perdido e foi achado". Isso simboliza a nova vida em Cristo, quando somos restaurados ao Pai.

Conclusão

Nunca se afaste da presença de Deus

Ø  A parábola do filho pródigo nos ensina que a insatisfação com a presença de Deus nos leva a caminhos perigosos e desastrosos. Muitas vezes, como o filho mais novo, acreditamos que podemos viver melhor seguindo nossos próprios desejos e abandonando o controle e a autoridade de Deus sobre nossas vidas. No entanto, essa decisão só nos conduz ao sofrimento, ao vazio e, eventualmente, à miséria espiritual.

Ø  A mensagem para nós hoje é clara: nunca se afaste da presença de Deus! Ele é a fonte de tudo o que precisamos – vida, amor, paz e propósito. Quando estamos com o Pai, temos sustento, direção e segurança. O mundo pode oferecer prazeres temporários, mas nada se compara à satisfação de estar em comunhão com o Criador.

Se você já se afastou, é hora de voltar

Ø  Se, de alguma forma, você se encontra distante de Deus, lembre-se de que o Pai celestial está de braços abertos, esperando pelo seu retorno. Não importa o quanto você tenha errado ou o quão longe você tenha ido, Deus não rejeita aquele que volta com um coração arrependido. O filho pródigo pensou que seria tratado como servo, mas foi recebido como filho. Assim é com Deus: Ele não quer apenas nos perdoar; Ele deseja restaurar nossa posição como filhos amados.

O Caminho para o Retorno é Jesus

Ø  Jesus disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6). O caminho para retornar ao Pai não é baseado em nossos méritos, mas na graça de Deus, revelada em Cristo. Foi através do sacrifício de Jesus que nos tornamos capazes de nos aproximar de Deus, não como servos, mas como filhos reconciliados.

Ø  Se você está distante hoje, confesse seu pecado, reconheça que errou e dê o passo de fé em direção ao Pai. Jesus é a ponte entre o seu coração e o coração de Deus. Ele não apenas aponta o caminho, mas é o próprio caminho para o perdão, a restauração e a vida eterna.


Ø  Deixe essa história ser um convite para sua vida: não viva longe do Pai. Se você está em Sua presença, valorize-a e permaneça firme. Se já se afastou, volte agora. O Pai celestial não está esperando para lhe condenar, mas para correr ao seu encontro, abraçá-lo, restaurá-lo e declarar: "Este meu filho estava morto e reviveu; estava perdido e foi achado."

Ø  Que hoje você decida permanecer ou retornar à presença de Deus, por meio de Jesus Cristo, e experimente a verdadeira vida e alegria que somente Ele pode oferecer.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

Buscando Primeiro o Reino de Deus

  BUSCANDO PRIMEIRO O REINO DE DEUS "Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentada...