É DIFÍCIL, MAS
NECESSÁRIO, SE SOMOS DISCÍPULOS DE CRISTO
DOMINAR O ORGULHO
Ø O
orgulho é um dos pecados mais sutis, traiçoeiros e perigosos, especialmente
porque, muitas vezes, se esconde até mesmo atrás de uma capa de religiosidade,
serviço e aparente espiritualidade. A Palavra de Deus é clara: “Deus resiste
aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tiago 4:6). Isso significa que, se
queremos andar com Deus, agradá-lo e ser instrumentos nas Suas mãos, precisamos
enfrentar e dominar o orgulho.
Ø É
difícil? Sim. Mas é absolutamente necessário.
Ø A caminhada cristã exige esse enfrentamento constante contra a tentação de se achar melhor, mais certo, mais espiritual, mais santo, mais ativo, como se tudo que temos e fazemos não fosse unicamente pela graça e pela misericórdia de Deus.
POR QUE É TÃO DIFÍCIL DOMINAR O ORGULHO?
1. É difícil porque o orgulho é natural na nossa carne
Ø A
natureza humana, desde a queda, é inclinada a querer ser o centro, a ser
reconhecida, elogiada, valorizada. Isso se manifesta até mesmo na vida cristã,
quando começamos a achar que somos melhores do que os outros por orar mais,
jejuar mais, servir mais, conhecer mais da Bíblia ou ter mais tempo de
caminhada.
Ø Mas o que diz as Escrituras? Diz: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo” (Filipenses 2:3).
2. É difícil porque o orgulho se disfarça de zelo espiritual
Ø É
possível cair na armadilha do orgulho espiritual, que é quando a pessoa se
orgulha até mesmo de sua própria humildade, de sua santidade, de sua
consagração. Isso gera uma falsa piedade, onde a pessoa se sente mais santa e
mais correta do que os outros.
Ø Exemplo:
O fariseu da parábola de Lucas 18, que orava dizendo: “Ó Deus, graças te dou
porque não sou como os demais homens...” (Lucas 18:11).
Ø “O orgulho é o único pecado que se alimenta até da aparência de santidade.”
3. É difícil porque o mundo incentiva a soberba e a vaidade
Ø Vivemos
numa sociedade que prega o “seja o melhor”, “mostre seu valor”, “seja
admirado”, e isso facilmente entra no coração, até mesmo dentro da igreja,
quando a pessoa começa a querer status, cargos, reconhecimento, posições, e não
simplesmente servir a Deus e aos irmãos.
Ø Exemplo:
Alguém que fica ofendido se não é citado publicamente após um trabalho na
igreja, ou se não recebe um cargo que acha que merece.
Ø Mas o que diz a Escritura? Diz que “se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo” (Gálatas 6:3). E “quem” somos nós diante de Deus? Se somos alguma coisa é apenas e sempre por causa de Cristo e nunca por causa de nós mesmos. Eu admirava alguém, que já faleceu alguns anos atrás, pelo que escrevia e pela forma como escrevia. Mas, depois de seu falecimento, escândalos sexuais vieram à tona, e, pior ainda: ele dizia que se relacionar sexualmente com mulheres por onde quer que ele ia (vários lugares do mundo) era uma compensação, um prêmio pelo muito que ele já havia feito pela igreja. Tão inteligente, mas mal sabia que, agindo assim, não passava de um “miserável, pobre, cego e nu” diante de Deus.
4. É difícil porque o orgulho muitas vezes é inconsciente
Ø Muitas
vezes, a pessoa não percebe que está agindo por orgulho. Ela acha que está
apenas “defendendo o que é certo”, quando, na verdade, está se colocando acima
dos outros, desprezando quem não pensa ou não age como ela.
Ø Exemplo: Aqueles que acham que sua teologia é perfeita, seu ministério é o melhor, sua prática é a mais correta, e olham com desprezo para quem faz diferente.
MAS SE É DIFÍCIL, COMO PODEMOS DOMINAR OU SUPERAR?
1. Podemos dominar ou superar reconhecendo que tudo é pela graça
Ø Tudo
que somos, tudo que temos, toda a nossa capacidade de servir, de pregar, de
orar, de trabalhar na obra, absolutamente tudo vem de Deus. “Porque dele, e
por ele, e para ele, são todas as coisas...” (Romanos 11:36).
Ø Comece
e termine tudo na sua vida lembrando disso. Ao acordar, diga: “Senhor, tudo
que sou, é pela Tua graça”.
Ø “A graça não nos faz melhores que os outros; a graça nos faz entender que sem ela, não somos nada.”
2. Podemos dominar ou superar cultivando a gratidão, não a comparação
Ø O
antídoto contra o orgulho é ser grato, não se comparar. Quem vive comparando
seu ministério, sua espiritualidade, sua igreja, sua vida com os outros, cairá
no orgulho. Quem vive agradecendo, permanece humilde.
Ø Toda
vez que perceber que está comparando, troque isso por uma oração de gratidão.
Ø Exemplo: Ao invés de pensar “Eu oro mais do que fulano”, diga: “Senhor, obrigado por me dar forças para buscar a Tua presença. E ajuda também meu irmão a crescer em Ti”
3. Podemos dominar ou superar praticando o servir sem esperar reconhecimento
Ø Sirva,
ajude, faça, doe, trabalhe, sem esperar palmas, elogios, nem retorno humano. O
servo de Deus vive para agradar ao Senhor, não aos homens.
Ø “E
tudo quanto fizerdes, fazei-o de coração, como ao Senhor, e não aos homens”
(Colossenses 3:23).
Ø Como bem observou alguém: o servo fiel é como uma vela: ilumina os outros enquanto se consome, sem fazer barulho, sem chamar atenção para si.
4. Podemos dominar e superar tendo Jesus como modelo de humildade
Ø Se
alguém tinha razão para ser orgulhoso, era Jesus. Ele é Deus! Mas Ele se
esvaziou, se humilhou, lavou os pés dos discípulos, serviu, sofreu e morreu.
Ø Antes de qualquer ação, palavra ou pensamento, pergunte-se: “Jesus se sentiria assim? Jesus agiria assim? Jesus falaria assim? Jesus pensaria assim?”
CONCLUSÃO
Ø É
difícil? Sim.
Ø É
trabalhoso? Sim.
Ø É
uma luta constante? Com certeza.
Ø Mas é absolutamente necessário dominar o orgulho, especialmente aquele orgulho disfarçado de zelo, espiritualidade e justiça própria.
Ø Lembre-se:
o Deus
não divide Sua glória com ninguém.
o Quem
se exalta, será humilhado; quem se humilha, será exaltado. (Mateus 23:12)
o A vida cristã é pela graça e pela misericórdia, não pelos nossos méritos.
Ø Examine
seu coração. Onde o orgulho tem se escondido? Onde você tem se sentido “mais”
do que os outros? Leve isso diante de Deus hoje. Peça que Ele te revista da
verdadeira humildade, aquela que não anula quem você é, mas que reconhece que “tudo
vem dEle, por Ele e para Ele”.
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