1 CRÔNICAS 29:14 (ARA)
"Porque, quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos."
Este versículo faz parte da oração de Davi logo após a grande oferta voluntária feita por ele e pelo povo de Israel para a construção do Templo. Davi está profundamente emocionado, não apenas pelo volume da oferta, mas pelo espírito voluntário e generoso com que ela foi feita.
· "Quem sou eu, e quem é o meu povo" – Aqui Davi expressa humildade profunda. Apesar de ser rei, ele reconhece sua pequenez diante da grandeza de Deus. O povo, mesmo sendo escolhido por Deus, é lembrado como dependente e indigno, não por desprezo, mas por reverência.
· "para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas?" – A ênfase está na vontade e não na obrigação. Davi vê como algo surpreendente e maravilhoso que eles tenham conseguido doar de forma tão generosa e espontânea. Ele enxerga isso como uma graça de Deus.
· "Porque tudo vem de ti" – Este é o coração teológico do versículo. Davi reconhece que tudo que possuímos já pertence a Deus. Nada é nosso por mérito próprio. Qualquer doação que fazemos é, na verdade, uma devolução.
· "e das tuas mãos to damos" – Esta frase é uma joia de sabedoria espiritual. É como se Davi dissesse: "Senhor, nós só estamos te dando aquilo que tu mesmo nos deste primeiro." Isso elimina o orgulho, o mérito humano e exalta a soberania providente de Deus.
Aplicações práticas
1. Generosidade nasce da gratidão e da consciência de que tudo é de Deus. Quando compreendemos que
Deus é o dono de tudo, a generosidade não nos parece perda, mas privilégio.
Davi e o povo não ofertaram por obrigação, mas por gratidão.
2. Humildade verdadeira reconhece que até nossas boas obras são pela graça. Davi não se orgulha do que
deu. Pelo contrário, ele se admira do fato de Deus os ter permitido dar. É a
humildade que vê até os atos nobres como fruto da graça divina.
3. Nossa mordomia deve ser sempre com espírito de adoração. A forma como lidamos com o que temos — tempo, dinheiro, talentos — deve refletir o reconhecimento de que tudo vem de Deus e tudo volta para Ele.
"Ofertar não é dar o que é nosso, é devolver o que já é de Deus, com alegria e reverência."
Imagine um filho pequeno que, no dia das mães, quer
comprar um presente. Ele pede dinheiro ao pai, vai à loja, compra algo simples
e entrega para a mãe. A mãe se emociona não pelo valor do presente, mas porque
ele veio do coração do filho, mesmo sabendo que o recurso veio do pai.
Assim é quando damos algo a Deus: foi Ele quem nos deu primeiro, mas se damos
com o coração, isso Lhe agrada profundamente.
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