terça-feira, 21 de junho de 2022

CHUÁÁÁÁ

 CHUÁÁÁÁ!

A reflexão abaixo foi escrita por Mauro Clark, é muito interessante, e reflete uma verdade; triste, é certo, mas uma verdade. Vamos ler, refletir e, se for o caso, fazermos alguma aplicação da mesma a nível pessoal.

Certo dia, no final do banho, fui fechando tranquilamente a torneira do chuveiro, jamais imaginando que aquela peça redonda ousaria me desafiar. Pois não deu outra. Quando já devia estar fechada, continuava pingando. Dei um aperto forte, na tentativa de convencer aquela torneira teimosa a ficar com as suas próprias gotas. Que susto! De repente começou a jorrar água, como se estivesse totalmente aberta. Voltei à estaca zero.

A luta começara. De um lado, eu, tremendo de frio, mas disposto a ir até às últimas consequências para conseguir evitar que aqueles chatíssimos pingos continuassem caindo. Chamar um encanador? Era sexta-feira de noite. Claro! Do outro lado do ringue, quer dizer, do box, uma mal encarada torneira com toda a sua frieza metálica, impassível na sua obstinação. Não fechava, e pronto!

Tentei jogo bruto duas vezes. Fechava com força, mas ela abria novamente.

"Tenho uma ideia!", pensei, orgulhoso de ter "bolado" uma nova estratégia de ataque. Fui girando lentamente a cabeça dura da torneira. Os pingos foram diminuindo, pouco a pouco. Cada vez menos. "Vai funcionar!", pensei. “Estou indo tão devagar que ela nem está percebendo que já se encontra quase fechada. Vou pegá-la de surpresa. Só preciso liquidar mais esses três pingos e pronto. A vitória me espera!” Prendi a respiração. Com precisão cirúrgica, dei um giro milimétrico e... CHUÁÁÁ! O chiado da água caindo parecia um sorriso maquiavélico daquela torneirazinha marota. Novamente ela levara a melhor.

Depois de vários rounds, terminei por descobrir um jeitinho sutil e precário que conseguiu vedá-la. Pelo menos agora eu já poderia esperar em paz pelo encanador, entendido do mecanismo e da intimidade de uma torneira. Ele sim teria condições de consertá-la definitivamente, fazendo-a voltar a funcionar como uma torneira de respeito.

Não é difícil encontrar alguém que se diz comprometido com Cristo, mas está constantemente "com defeito, derramando água". Sua vida espiritual é fraca, sempre às voltas com problemas e mau comportamento. Parece que não há método eficiente para corrigi-lo. Quando leva um aperto forte, fica pior. E se, com todo o cuidado, alguém tenta ajudar com orientação e conselhos, viva! Parece que vai funcionar. Fica sensibilizado, mostra-se arrependido e demonstra disposição a orientar seu rumo. Mas, diante de qualquer "vento de doutrina", qualquer perspectiva de "prazeres transitórios do pecado", chuáááá! Lá vem água de novo.

A solução definitiva terá que vir do seu Senhor, profundo conhecedor do seu interior, que o sonda, o conhece e de longe penetra os seus pensamentos. E com ele fará um paciente trabalho de recuperação, pondo-o a funcionar de maneira perfeita, de modo a cumprir fielmente o propósito para o qual foi criado e salvo.

Boletim PIB Muqui – outubro de 2021

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