PECADO, JUSTIÇA, JUÍZO E A TAREFA DO ESPÍRITO DE CONVENCER O MUNDO DESTAS COISAS
A certa altura de seu ministério terreno Jesus começou a dizer a seus discípulos acerca de sua “partida”.
No capítulo 13 de João, a partir do verso 21, ele diz que dentre os discípulos havia um que o haveria de trair. A seguir, Jesus diz mais claramente: “Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco; buscar-me-eis, e o que eu disse aos judeus também agora vos digo a vós outros: para onde eu vou, vós não podeis ir.” E depois Jesus lhes diz que assim como ele os amara eles deveriam amar-se uns aos outros, e que se isso eles fizessem, seriam então reconhecidos pelas outras pessoas como seus discípulos.
Eu fico a imaginar como estava o coração dos discípulos diante destas palavras de Jesus. Imagine você
a. convivendo com alguém por algum tempo,
b. construindo um fortíssimo laço de amizade,
c. vivendo experiências fantásticas,
d. e depois esse alguém lhe diz que dentro em pouco estará indo embora.
Ainda hoje eu consigo fechar os olhos e me ver em vários momentos de minha história com pessoas com quem convivi e sentir muita saudade no meu coração. E alguns desses momentos já se passaram há mais de vinte e cinco anos.
Os discípulos tinham com Jesus um fortíssimo laço de amizade, tinham vivido experiências as mais diversas com ele, e ainda mais:
a. ele era o líder deles;
b. eles haviam deixado tudo para segui-lo;
c. eles haviam aprendido e ainda estavam aprendendo muita coisa com Jesus
d. e ainda pensavam que era naquele tempo que o Messias (Jesus) tomaria para si o reino (terreno).
E agora Jesus estava a lhes dizer que iria partir.
Mas Jesus conhecia o coração dos seus discípulos, e, por isso lhes diz para que não se preocupassem e apenas cressem. Ele iria, mas voltaria, e em sua volta reuniria (reunirá) a si todos os que são seus (na casa do Pai há muitas moradas). Enquanto aqui eles deveriam permanecer ligados a ele, como as varas na videira, e em isso eles fazendo dariam muito fruto, porque Jesus os havia escolhido e nomeado para darem muitos frutos.
Mas eles não estariam sozinhos. Jesus enviaria o Consolador, o Espírito Santo, que os ajudaria, dentre outras coisas, nessa tarefa de dar frutos.
Se você ainda não leu, então leia agora João 16.1-11.
Eles teriam a responsabilidade de pregar, mas de quem seria a tarefa de convencer as pessoas? Se você respondeu “do Espírito Santo”, acertou.
E de que o Espírito Convenceria?
Isso mesmo! Do pecado, da justiça e do juízo.
Vamos considerar um pouco sobre cada um destes.
Consideremos, em primeiro lugar, o pecado.
Notemos, primeiramente, o que diz Jesus:
a. No versículo 8 ele diz que quando o Espírito vier Ele convencerá o mundo do pecado...,
b. e no versículo 9 ele continua dizendo: “do pecado, porque não crêem em mim”.
A minha intenção aqui não é desenvolver um tratado teológico acerca do pecado. Minha intenção é refletir um pouco acerca do pecado a que Jesus se refere aqui, o pecado da incredulidade, que é, na verdade, a base fundamental de toda maldade, a essência do pecado, e no qual muitos têm incorrido para a sua própria perdição.
O que na Bíblia podemos aprender sobre a incredulidade?
Consideremos olhando para um fato ocorrido. Para isso leia primeiro Hebreus 3.18 e 19. Essa passagem é uma referência a algo que está registrado a partir de Números 13 (o relato da ocasião em que espias foram enviados à terra de Canaã. Veja lá, e atente especialmente para 14.1-11, 22-24).
Incredulidade!
a. Eles viram os sinais de Deus no Egito,
b. eles viram o mar vermelho se abrir para que eles o atravessassem a pés enxutos,
c. eles viram águas amargas serem transformadas em água potável,
d. eles viram como Deus os sustentou com água e comida durante toda aquela peregrinação no deserto,
e. eles viram muitos milagres realizados por Deus em favor deles e sabiam que a razão era que Deus os queria levar para uma terra que lhes prometera.
f. Mas agora, quando estavam diante da terra, mesmo tendo experimentado tantos milagres vida afora, não creram, por causa dos homens que habitavam a terra, que Deus seria poderoso para dá-la a eles.
g. Resultado: não entraram! Aquela geração não entrou, a não ser Calebe e Josué (Moisés é um caso à parte). Não porque Deus não podia fazê-los entrar, mas porque Deus não o quis mais fazê-lo por causa da incredulidade deles.
O pecado de não crer é o pecado que nos separa de Deus.
Mas, falando ainda um pouquinho mais, o que é esse “não crer”? O que é essa incredulidade?
a. Essa incredulidade é a falta de reconhecimento vivo e pessoal de Jesus Cristo como O Salvador de todos, falta essa que remove os homens da possibilidade de perdão dos seus pecados, porque é através exclusivamente de Cristo que se chega a esse perdão. (Champlin)
b. Essa incredulidade não é apenas um pecado a mais entre uma grande multidão de outros pecados, ela é o alicerce de todo pecado, pois é ela que faz com que o homem permaneça irregenerado. (Champlin)
c. Essa incredulidade, por ser a falta de reconhecimento de Cristo como O Salvador, é, consequentemente, rejeição do destino eterno de glória que Deu tem oferecido ao homem. (Champlin)
Antes de encerrar esse ponto quero ainda fazer referência, mais uma vez, à história do malabarista que atravessava de um lado para o outro, ia e voltava, por sobre uma cachoeira como as nossas cataratas, e todos aplaudiam. Num dado momento ele perguntou à platéia se eles criam que ele podia fazer a mesma coisa com alguém em seus ombros, ao que todos responderam que sim, especialmente um homem que, muito animado, querendo ver a façanha, gritava que sim. O malabarista, então, convidou exatamente esse homem pra subir em seus ombros, mas quem disse que ele foi? Ele não cria de verdade...!
Crer, amados, falando de forma simples, é isso: é ter a coragem e a confiança para “subir nos ombros de Jesus e deixar que ele nos leve”...
a. que ele nos leve vida afora,
b. que ele dirija os nossos caminhos,
c. que ele nos leve para a “terra prometida”.
Há muita gente que “acredita”, mas não crê de fato.
O Espírito Santo tem como uma de suas atribuições, convencer-nos acerca dessa nossa incredulidade e levar-nos à verdadeira fé.
a. Quem sabe o Espírito não está tocando agora, neste exato momento, em seu coração, acerca deste fato?!
b. Quem sabe o Espírito não está, neste exato momento, mostrando a você que você permanece ainda na incredulidade, e querendo te levar à verdadeira fé?!
c. Abra bem os seus “ouvidos”! Abra bem o seu coração! Ouça o que o Espírito está a lhe dizer! Disto depende o bem estar eterno de sua alma.
Em segundo lugar, consideremos a justiça.
Jesus diz que o Espírito convenceria o mundo da justiça, porque ele iria para o Pai.
a. Jesus seria traído por um dos seus discípulos;
b. Jesus seria preso, julgado e condenado injustamente;
c. Jesus seria crucificado;
d. Jesus morreria na cruz; Jesus seria sepultado;
e. MAS Jesus ressuscitaria e voltaria para o Pai, onde e de quem ele receberia a glória total que lhe pertence.
A ida de Cristo para o Pai convence os homens da justiça, então, porque mostra que a cruz não foi o fim de tudo; pelo contrário, teve valor expiatório.
a. Cristo não foi derrotado na cruz. Ele ressuscitou dentre os mortos e subiu para o Pai.
b. O que Cristo sofreu na cruz sofreu em nosso favor (Leia Isaías 53). Mas a cruz não o segurou.
O preço do nosso pecado foi pago por ele; e ele, depois de morrer pelos nossos pecados, venceu a morte e agora está à direita do Pai a interceder por aqueles que são seus.
Em terceiro lugar, consideremos o juízo.
Jesus disse que o Espírito convenceria acerca do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado.
Os irmãos já pararam pra pensar nisso?
a. Satanás já está julgado, e condenado, esperando apenas a consumação de tal condenação.
b. O mundo jaz nele;
c. Ele é o príncipe deste mundo;
d. O mundo em geral permanece e age de uma forma que é da vontade dele e não de Deus;
e. Conseqüentemente, não só ele, mas o mundo também já está julgado e condenado, aguardando apenas a consumação de tal condenação.
Um dos significados disso, amados, é que todos quantos insistem em permanecer sob a direção de si próprio e dos costumes do mundo, sem Cristo na vida como salvador e Senhor, estão aderindo a uma causa condenada, entrando na viagem da vida em um navio cujo naufrágio é certo e iminente.
Vamos imaginar uma situação hipotética: imaginemos que tenhamos que atravessar o oceano atlântico. Dois aviões estão parados no aeroporto nos esperando. Você chega e alguém lhe leva até onde estão os aviões e lhe informa que um está perfeito e chegará ao destino final, mas o outro tem um defeito e cairá com certeza no meio do oceano atlântico, e você pode escolher em qual você quer entrar. Em qual você entraria?
a. Quem sabe o Espírito não está tocando agora, neste exato momento, em seu coração, acerca deste fato?!
b. Quem sabe o Espírito não está, neste exato momento, mostrando a você que você, insistindo em dirigir sua própria vida ao invés de entregá-la a direção de Cristo, está investindo em uma causa condenada?!
c. Abra bem os seus “ouvidos”! Abra bem o seu coração! Ouça o que o Espírito está a lhe dizer! Disto depende o bem estar eterno de sua alma.
Concluindo...
Primeiro quero me dirigir a você que diz que já crê em Cristo:
b. Reconhece-o como o seu salvador?
c. Já se arrependeu de sua incredulidade?
d. Já entregou a ele a direção de sua vida?
e. Já vive de maneira que o nome dele seja honrado e glorificado em você?
Agora me dirijo a você que ainda não crê, no verdadeiro sentido de crer, conforme vimos durante a mensagem bíblica:
a. A sua permanência na incredulidade pode levá-lo para onde você, com certeza, não quer ir.
b. Em Apocalipse 20 lemos sobre o “Lago de Fogo”, o lugar onde o tormento será “para todo o sempre”.
i. Lá está escrito que para dentro desse lugar serão lançados o Diabo, a besta, o falso profeta e todos cujos nomes não estiverem escritos no Livro da Vida.
ii. Você gostaria de ser lançado para dentro desse lugar?
iii. Certamente que sua resposta é um grande NÃO!
iv. Então você precisa arrepender-se de sua incredulidade e crer... reconhecer a Cristo como seu Salvador e entregar a ele a direção de sua vida?
v. Você gostaria de fazer isso hoje?
Você gostaria de entregar sua vida a Jesus e ser salvo? Faça isso! Diga a Ele, em uma oração particular, com suas próprias palavras, do seu arrependimento de viver sem Ele até aqui e de seu desejo que Ele te salve e seja o Senhor de sua vida.
Boa palavra Pastor Deus te abençoe de forma grandiosa!
ResponderExcluirPastor, eu queria agradecer, sua palavra foi realmente esclarecedora. Não sabe como me ajudou, sou um jovem pregador e estava intrigado com este texto, quando eu comecei a ler, as lágrimas encheram os meus olhos. obrigado
ResponderExcluirPastor, eu queria agradecer, sua palavra foi realmente esclarecedora. Não sabe como me ajudou, sou um jovem pregador e estava intrigado com este texto, quando eu comecei a ler, as lágrimas encheram os meus olhos. obrigado
ResponderExcluirPor nada Filipe. Fico feliz em ter ajudado.
ExcluirParabéns pastor, que o Senhor continue te inspirando para outras palavras abençoadas, grande abraço e fique na paz do Senhor.
ResponderExcluirObrigado. Paz do Senhor.
ExcluirMuito esclarecedor, parabéns!
ResponderExcluirObrigado!
ExcluirAgradecido estou por esta mensagem
ResponderExcluirPerfeito!Deus continue te abençoando .
ResponderExcluirQue palavra abençoada
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