quarta-feira, 25 de novembro de 2009

CUIDADO COM O QUE VOCÊ FALA

CUIDADO COM O QUE VOCÊ FALA

 

"Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem." (Efésios 4:29 RC)

 

Um irmão muito preocupado com seu temperamento, procurou ajuda com o pastor. - "Pastor, o que devo fazer quando estou dirigindo e fico nervoso, com vontade de xingar os outros motoristas?" O pastor coçou a cabeça e respondeu: - "Antes de mais nada, você deve tirar do carro aquele adesivo "Jesus te Ama"

Luiz Vives assim se expressou sobre aquilo que dizemos: "Não há espelho que melhor reflita a imagem do homem que suas palavras".

P. E. Holdcraft também disse: "Conhecemos um pássaro pelo seu canto, e um homem, pelas suas Palavras".

E ainda citando Bert Estabrook: "Você pode se lamentar muitas vezes por por ter pronunciado uma palavra indelicada, mas nunca por ter pronunciado uma palavra bondosa"

Uma das exortações que se encontra em abundância na Palavra de Deus é a exortação para que o crente não continue na prática dos antigos costumes. Das tentações o crente nunca estará, nesta vida, livre, mas ele pode oferecer resistência e vencer às tentações ao invés de ceder às mesmas. Tiago diz que se o crente resiste ao diabo, este foge dele (4:7), e que este crente que suporta com perseverança a provação é bem-aventurado e aprovado por Deus (1:12).

Pois bem, uma das tentações pela qual o crente é assediado é a tentação de pecar com a língua. Deus deu ao homem a capacidade de falar, e o homem desenvolveu a capacidade de falar o que não deve.

Na Bíblia encontramos várias exortações a respeito do pecar com a língua. Dentre elas:

 

"Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano;" (1 Pedro 3:10 RC)

 

"Se alguém entre vós cuida ser religioso e não refreia a sua língua, antes, engana o seu coração, a religião desse é vã." (Tiago 1:26 RC)

 

"Assim também a língua é um pequeno membro e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniqüidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno." (Tiago 3:5-6 RC)

 

"Mas, agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicên-cia, das palavras torpes da vossa boca." (Colossenses 3:8 RC)

 

E também o nosso texto inicial é um exortação. Ele nos diz três coisas:

 

I. Não devemos falar palavras torpes

 

"Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe..."

 

Torpe = "desonesto; infame; repugnante; nojento; obsceno; indecente; vil". A palavra grega utilizada é saproz. Essa palavra no original significa: "po-dre, decadente", e era usada para indicar peixe, carne ou vida vegetal estra-gados. Figuradamente então, indica palavreado mau, corrupto, imoral. Não se trata apenas de palavras obscenas; uma fofoca também é um "peixe podre" (e como é!); uma mentira também é um "peixe podre"; uma palavra carregada de ira também é um "peixe podre"; um palavreado sempre 'acusativo' também é um "peixe podre"; usar a língua para, constantemente, reclamar, também é um "peixe podre"; palavras precipitadas podem ser um "peixe podre"; até mesmo algumas palavras certas mas no lugar completamente errado, onde e no momento em que elas não podem transmitir graça e edificação, podem ser um "peixe podre".

Temos que ser sábios no falar. Digo sábios não no sentido de termos um palavreado difícil, e sim no sentido de sabermos o que falar, e onde e quando falar; também no sentido de saber ouvir para depois falar. Provérbios 18:13 diz que "Quem responde antes de ouvir mostra que é tolo e passa vergonha." (BLH), e alguém já disse que não foi à toa que Deus nos deu uma boca só, mas dois ouvidos.

 

II. Nossa fala deve ser útil na promoção da edificação

 

"...mas só a que for boa para promover a edificação..."

 

Não só as palavras, mas a vida inteira de um crente deveria visar a edifica-ção e o benefício alheios.

As nossas palavras devem ter o objetivo de ajudar as pessoas e fazê-las crescer ou vencer um obstáculo, e não de desanimálas.

Essa palavra que edifica pode vir em algum momento em forma de exortação e em outro em forma de consolo e encorajamento. O tempo e o lugar é que vão nos indicar se uma determinada palavra será boa ou ruim, será edi-ficante ou prejudicial.

Um homem chamado Faucett disse que "nossas palavras deveriam ser quais pregos fincados em lugar seguro, palavras que se adaptam ao tempo presente da pessoa com quem falamos no presente".

Para sermos edificantes em nossas palavras é necessário que desenvolvamos o hábito de pensar. Temos que pensar em o que queremos dizer, por que queremos dizer, com que objetivo queremos dizer.

Eu conheço irmãos que "não levam desaforo prá casa"; mas se eles levassem e pensassem em palavras que exortariam acerca daquele desaforo sofrido, com o objetivo não de "responder à altura", mas de ajudar o desafo-rado a enxergar o erro que comete e a consertar-se, e dissessem essas pa-lavras à pessoa no tempo e lugar certo, eles seriam edificantes em suas pa-lavras. Quando isso não acontece, o desaforado e o que sofreu o desaforo mas não o "levou para casa" acabam cometendo o mesmo erro: o de não contribuir para a edificação um do outro.

 

III. Nossa fala deve ser repleta de palavras que ministrem graça

 

"...só a que for boa...  para que dê graça aos que a ouvem."

 

A própria edificação, comentada acima, é uma graça.

Qualquer palavra que confira algum favor, algum bem espiritual é bem vinda.

Um consolo, uma reprimenda, um encorajamento, uma correção, bem aplicados, com amor e no momento certo, é sempre bem vindo.

Para cada encontro com o nosso próximo deveríamos ter uma palavra transmissora de graça para aplicarmos conforme a ocasião nos permita. Isso é bom e agradável aos olhos do Senhor.

 

Concluindo

 

O nosso palavreado precisa ser rico. Não rico de palavras difíceis e de perfeita concordância verbal, e sim, rico por ser edificante, transmissor de gra-ça e não repugnante e afastador como um peixe podre.

A nossa língua é um fantástico órgão que Deus nos deu, mas pode ser altamente destrutivo se não o colocarmos sob o controle do Espírito de Deus.

Vamos fazer isso diariamente, em nome de Jesus! Amém!

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

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