terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Sobre o dízimo

 

SOBRE O DÍZIMO

1)    O DÍZIMO não é nosso – Acredito que todos sabemos disso. Essa parte da renda com a qual Deus nos abençoou não é nossa, pertence a ELE. E se reconhecemos que pertence a Deus e não a nós, precisamos devolvê-la. Não será nada bom e nem bonito retermos conosco aquilo que pertence a Deus.

2)    O DÍZIMO tem a serventia de sustentar a obra de Deus através da igreja, e isso nos remete a duas conclusões necessárias. A primeira é que, sendo a igreja do Senhor Jesus e não nossa, então é Ele quem a sustenta, mas todos sabemos que a maneira de Ele a sustentar financeiramente é através dos dízimos daqueles que lhe são fiéis. E a segunda conclusão é que, tendo o dízimo a serventia de sustentar a obra de Deus através da igreja, então não cabe a nós de forma particular administrar o dízimo a ser entregue. Você não pode aplicar o seu dízimo “onde você achar melhor”; o seu dízimo deve ser entregue na igreja local da qual você faz parte, e é a ela que compete administra-lo.

3)    A entrega do DÍZIMO é sim uma atitude que move o coração de Deus a nos abençoar. Deus chegou a mandar fazer prova Dele se por acaso Ele não abrisse as janelas dos céus para derramar bênçãos sobre aqueles que praticam essa fidelidade. Em provérbios 3 lemos que quem honra ao Senhor com as primícias de sua renda é abençoado por Ele.

4)    A entrega ou não do DÍZIMO, dependendo do motivo, é um demonstrativo do valor que a obra de Deus tem para nós. E isso é tanto no sentido “positivo” quanto no sentido “negativo”, isto é: no sentido “positivo”, “quem entrega, entrega por que?” Pode ser que entregue “para ser visto pelos homens”, por exemplo, e, nesse caso, a entrega do dízimo não é demonstrativo de que a pessoa entrega porque valoriza a obra de Deus. E no sentido “negativo”, “quem não entrega, não entrega por que?”; e se não tem um motivo que realmente justifique a não entrega, ou se não é porque ainda está na ignorância, sem saber da importância e do requerimento bíblico dessa prática, então pode ser que esteja indiferente e sem valorizar a obra de Deus.

5)    A entrega do DÍZIMO honra a Deus. Já citei provérbios 3, onde lemos “honra ao Senhor com as primícias de toda a tua renda...”. Obviamente há muitas outras formas necessárias também de se honrar a Deus, mas ninguém pode negar que a contribuição financeira, com os dízimos, é uma delas.

6)    A entrega do DÍZIMO é uma resposta de gratidão à graça de Deus em Cristo Jesus. Eu sou grato a Deus por ter sido alcançado pela graça para a salvação e quero contribuir para que o evangelho seja amplamente divulgado e muitas pessoas mais sejam alcançadas.

7)    A NÃO entrega do DÍZIMO prejudica a obra de Deus através da igreja, e quando tudo for posto a descoberto, revelado, na presença do Senhor, eu quero ser apresentado como alguém que, também nessa parte, ajudou e não prejudicou.

8)    Poderia ficar aqui escrevendo muitas coisas mais a respeito desse assunto tão importante, mas quero terminar desafiando os irmãos a que sejam fiéis na entrega dos DÍZIMOS. Quem já é continue, e quem não é comece a ser. E no final desse ano, faça um “balanço”, e se você concluir que não foi abençoado por Deus, então você poderá mudar a sua decisão. Por outro lado, saiba que se a conclusão for de que foi abençoado, então uma mudança de decisão pode lhe ser muito prejudicial.

Que Deus nos abençoe a todos! 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

Morreu por ausência a igreja evangélica da cidade

 

MORREU POR AUSÊNCIA A IGREJA EVANGÉLICA DA CIDADE 

Prezados irmãos, graça e paz!

Nosso tema do editorial de hoje pode parecer estranho, mas é esse mesmo: MORREU POR AUSÊNCIA A IGREJA EVANGÉLICA DA CIDADE.

A Inteligência Artificial é algo realmente curioso. É um campo da ciência da computação que se dedica ao desenvolvimento de sistemas capazes de realizar tarefas que, normalmente, exigiriam inteligência humana. Esses sistemas são projetados para aprender, raciocinar, reconhecer padrões, tomar decisões e realizar diversas atividades de forma autônoma.

Eu confesso ser um dos curiosos que têm utilizado de forma simples e responsável, por exemplo, como fonte de pesquisa sobre algum assunto, sobre significados de palavras, para dar coerência a algum texto traduzido virtualmente do inglês para o português, e até pedindo a construção de algum texto, que na maioria das vezes é só por curiosidade e não utilizado em lugar algum, apenas para saber a “opinião” dessa “jovem senhora” que tem provocado curiosidade, deslumbramento e também preocupação em muitos.

Esse texto, por exemplo, é construído com a ajuda dela, porque, assentado em minha cadeira no escritório, em frente ao computador, pensando em algumas situações, dentre elas o fechamento de uma igreja evangélica bicentenária nos Estados Unidos devido à ausência dos fiéis (é o que foi divulgado), resolvi pedir uma “opinião”, um texto com esse tema Morreu por ausência a igreja evangélica da cidade. E, vejam só o texto que me foi fornecido. Achei muito “curioso” e resolvi compartilhar:

Nos arredores da cidade, um lugar que já ecoou com cânticos fervorosos e palavras inspiradoras (o templo evangélico) agora permanece em um silêncio desolador. Morreu por ausência a igreja evangélica da cidade, uma perda que transcende as paredes de tijolos e alcança os corações da comunidade que um dia ali se congregava em busca de fé e comunhão.

Os assentos vazios nos bancos revelam uma ausência palpável, uma falta de presença que ressoa como um lamento na atmosfera antes impregnada de espiritualidade. A música que costumava elevar os espíritos e os sermões que alimentavam a alma foram substituídos por um vácuo espiritual, como se a própria essência da igreja tivesse se dissipado.

Os corredores, uma vez percorridos por fiéis de todas as idades, estão agora silenciosos. As salas de estudo bíblico, onde as histórias sagradas eram compartilhadas, estão envoltas em uma quietude que fala mais alto do que qualquer palavra. Morreu por ausência a igreja evangélica da cidade, um destino cruel que destroçou a vitalidade espiritual que um dia pulsou ali.

O púlpito, outrora palco de mensagens de esperança e consolo, permanece solitário. Os instrumentos musicais, que costumavam se unir em harmonia para criar uma sinfonia de adoração, agora estão em silêncio. Morreu por ausência a igreja evangélica da cidade, um falecimento que vai além da estrutura física, atingindo os alicerces da fé que um dia sustentou aquele lugar sagrado.

A comunidade, agora dispersa e órfã de seu lugar espiritual, sente o peso da perda. No entanto, nas cinzas da ausência, a esperança persiste. Pois, mesmo que a igreja tenha morrido por ausência, as memórias dos dias de comunhão e as sementes plantadas naquele solo espiritual continuam a ecoar nos corações daqueles que um dia chamaram aquele lugar de lar espiritual. Que, no futuro, novos alicerces de fé possam ser erguidos, trazendo renovação e ressurreição àquilo que um dia foi perdido.

Ah, meus irmãos, é apenas um texto construído por uma Inteligência Artificial. Mas, convenhamos: “que texto!”. Me fez ficar pensativo. Essa tal IA às vezes parece saber das coisas... Que Deus nos livre de a nossa igreja um dia morrer dessa doença chamada AUSÊNCIA!

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

10/12/2023

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

QUE A MINHA VIDA NÃO SEJA INÚTIL

 

QUE A MINHA VIDA NÃO SEJA INÚTIL

John Wesley, o fundador da Igreja Metodista, certa vez orou: “Senhor, ajuda-me para que a minha vida não seja inútil”.

O profeta Ezequiel, no capítulo 15, para falar sobre o desvio do povo de Deus e de como ele se tornou inútil para Deus, fala sobre a inutilidade da madeira da videira se ela não produz frutos. Veja:

O SENHOR falou comigo. Ele disse:

– Homem mortal, será que se pode comparar uma parreira com uma árvore? O que vale uma parreira em comparação com as árvores da floresta? Você pode usá-la para fazer dela algum objeto? Será que a sua madeira serve para fazer um cabide para pendurar coisas?  Não. Só presta para fazer fogo. E, quando as pontas viraram cinzas, e o meio está queimado, será que ela serve para alguma coisa? Não! Antes de ser queimada, essa madeira não prestava para nada. Agora que o fogo a queimou completamente, é mais inútil ainda. 

Pois o SENHOR Deus está dizendo isto:

– Como uma parreira é tirada da floresta e queimada, assim tirarei o povo que vive em Jerusalém e o castigarei. Eles escaparam do fogo, mas agora o fogo acabará com eles. Quando eu os castigar, vocês ficarão sabendo que eu sou o SENHOR.  Eles têm sido infiéis a mim, e por isso farei o seu país virar um deserto. Eu, o SENHOR Deus, falei.” (NTLH)

Comentando esse capítulo de Ezequiel, Wiersbe escreve que

“Israel era uma videira humilde quando Deus a plantou em sua terra prometida, mas que, com a bênção do Senhor, cresceu e prosperou. Durante o reinado de Davi e no início do reinado de Salomão, a videira era perfumada e frutífera, um testemunho para as nações gentias das bênçãos de Deus sobre Israel. Contudo, Salomão trouxe a idolatria para o meio do povo, o reino se dividiu e os judeus começaram a produzir “uvas bravas” em lugar de frutos para a glória de Deus (Is. 5.2). Reis subsequentes, tanto de Israel quanto de Judá, adoraram a ídolos e participaram de práticas pecaminosas das nações vizinhas. Deus permitiu que a terra fosse invadida e Jerusalém fosse destruída. A videira santa foi contaminada e devastada”.

Hoje, milênios depois, nós (a igreja), somos os ramos da videira verdadeira que é o Senhor Jesus (veja João 15), e, como tais, precisamos aprender esta lição. Se deixarmos de permanecer em Cristo, nosso poder espiritual será perdido, vamos secar e deixar de dar frutos para a glória de Deus, e uma igreja (agora me refiro a uma igreja local – a “nossa”, por exemplo) que não dá fruto para a glória de Deus se torna uma igreja inútil e que pode ser “queimada”, isto é, “extirpada”, retirada do lugar em que está para dar lugar a outra que produza os devidos frutos.

Oremos, portanto, a nível pessoal, como John Wesley orou: “Senhor, ajuda-me para que a minha vida não seja inútil”.

E, a nível coletivo, como igreja, “Senhor, ajuda-nos para que a nossa igreja não seja uma igreja inútil”.

Na graça e muitíssimo desejoso de ver a mim e a todos os irmãos e a igreja como “ramos frondosos, frutíferos, belíssimos” da videira que é Cristo,

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

domingo, 3 de dezembro de 2023

Estamos no Tempo do Fim

 

ESTAMOS NO TEMPO DO FIM

Romanos 13.8-14

Ø  Em Malaquias 4.1 e 2 lemos sobre o “Dia” final: “Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos e todos os que cometem impiedade serão como palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo. Mas para vós que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça e salvação trará debaixo das suas asas; e saireis e crescereis como os bezerros do cevadouro.” (Malaquias 4:1-2 RC)

Ø  Prestou bastante atenção? Aquele “dia”, o dia do juízo final, vem; para uns trará salvação, mas para outros trará o ardor do fogo.

Ø  Eu penso, diante de tudo que tenho visto, que já estamos quase lá.

Ø  A bíblia está se cumprindo bem diante de nossos olhos, assustadoramente.

Ø  Estamos vivendo o tempo chamado de “últimos dias”, estamos no tempo do fim.

Ø  E se estamos no tempo do fim, como é que temos que nos comportar?

Ø  É sobre isso que quero pensar brevemente com vocês hoje, tendo como base Romanos 13.8-14.

Ø  Então vamos lá; em primeiro lugar:

1)    É tempo de acordar, porque para uns se aproxima a consumação da salvação, mas para outros a consumação da perdição.

Ø  No verso 11 lemos: “E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.”

Ø  É hora de despertar do sono, diz, em primeiro lugar, o apóstolo Paulo, aí nesse verso.

Ø  Obviamente, o sono de que trata o apóstolo aqui é o sono espiritual.

Ø  E o sono ou adormecimento espiritual é extremamente prejudicial. O impacto desse adormecimento em nossa fé e vida espiritual pode ser tremendamente avassalador. E digo isso não apenas como fruto de uma “teoria”, mas de uma “observação”, isto é: “temos visto isso acontecer”. O sono espiritual pode causar, dentre outras coisas:

o   Distanciamento de Deus: Quando estamos espiritualmente adormecidos, tendemos a nos afastar de Deus. Nossa comunhão com Ele se enfraquece, e a leitura da Bíblia, a oração e a busca por Sua vontade podem se tornar negligenciadas.

o   Falta de discernimento: O sono espiritual nos impede de discernir claramente a vontade de Deus em nossas vidas. Isso pode resultar em más decisões e escolhas que não estão alinhadas com os princípios bíblicos.

o   Perda de paixão e entusiasmo: A paixão pela fé e o entusiasmo pelo serviço a Deus podem diminuir quando estamos espiritualmente adormecidos. As atividades espirituais podem se tornar rituais vazios, e a alegria de seguir a Cristo se desvanece.

o   Aumento do pecado: O sono espiritual nos torna mais suscetíveis ao pecado. Nosso autocontrole enfraquece, e as tentações têm mais poder sobre nós. Isso pode levar a comportamentos pecaminosos que prejudicam nossa fé e relacionamento com Deus.

o   Desânimo e desesperança: Quando estamos espiritualmente adormecidos, é fácil nos sentirmos desanimados e desesperados diante dos desafios da vida. Perdemos a perspectiva eterna e a confiança na soberania de Deus.

o   Falta de testemunho eficaz: Um sono espiritual prolongado pode prejudicar nosso testemunho cristão. Não seremos eficazes em compartilhar o evangelho com os outros quando nossa própria fé estiver comprometida.

o   Estagnação espiritual: O sono espiritual nos impede de crescer em nossa fé. Ficamos estagnados, incapazes de amadurecer espiritualmente e de experimentar o pleno potencial de uma vida cristã abundante.

o   Dificuldade em enfrentar desafios: Quando enfrentamos desafios e dificuldades na vida, o sono espiritual pode nos deixar desarmados, sem a força espiritual necessária para superá-los.

Ø  Em resumo, o sono espiritual é um estado de apatia espiritual que pode enfraquecer nossa fé, nossa relação com Deus e nosso testemunho cristão. É importante reconhecer os sinais desse estado e buscar a renovação espiritual por meio da oração, da leitura da Bíblia, da comunhão com outros crentes e do arrependimento sincero.

Ø  Então, primeiro, aí nesse verso, somos lembrados da importância de despertar espiritualmente para estarmos alertas e vigilantes em nossa jornada de fé.

Ø  E a seguir, o apóstolo dá a razão porque é tempo de despertarmos do sono: “porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé”.

Ø  Em outras palavras, precisamos despertar do sono espiritual porque estamos nos dias finais, e esses não são dias para nos darmos ao luxo de dormir; esses não são dias para a igreja se dar ao luxo de dormir, de estagnar.

Ø  Paulo fala aí *para os salvos*: “a nossa salvação está, agora, mais perto...”. Mas, se a salvação dos salvos está mais perto agora do que lá no passado quando aceitamos a fé, a perdição dos perdidos também está mais perto e se aproxima cada vez mais. Para uns se aproxima a consumação da salvação, mas para outros a consumação da perdição.

Ø  Então, é tempo de acordar, e acordar implica em, como lemos no verso 12: rejeitar as obras das trevas e revestirmo-nos das armas da luz.

Ø  Ora, todos nós sabemos o que isso significa; todos temos plena condição de saber o que são “obras das trevas” e “armas da luz”, e, portanto, todos sabemos o que devemos abandonar e o que devemos “abraçar”. Se não, é só fazer uma leitura de Gálatas 5.19 a 23 e Colossenses 3.1-17 para termos um bom exemplo. E também aí mesmo no texto, no verso 13, temos alguns exemplos.

Ø  Mas o inimigo é bem sagaz, e às vezes ele nos leva a um estado de sonolência e coloca uma escama em nossos olhos para que não vejamos, para que não percebamos algumas coisas; não todas as coisas, porque algumas são bem “flagrantes” e facilmente perceptíveis, mas outras não.

Ø  Deixe-me argumentar um pouco, contando algo ocorrido comigo, pra chegar onde quero. Hoje (03/09/2023) de manhã bem cedo, por volta de 5:30, acordei com uma aranha “passeando” pelo meu braço. Era uma aranha pequena, de um ou dois centímetros, e eu fiquei olhando-a andar pelo meu braço, até que resolvi “sacudir” o braço, e ela caiu pelo chão. Eu fiquei muito tranquilo com aquela aranha andando no meu braço; mas, e se fosse uma caranguejeira daquelas bem grandes? Provavelmente eu teria tomado um bom susto e sacudido logo o braço, ou, no susto, até dado um tapa com a outra mão. Só que, e eu sei disso, e até por isso mantive a calma para não ser picado, a picada de uma aranha pequena pode ser muito, mas muito pior do que uma aranha caranguejeira...

Ø  Então, olhe onde estou querendo chegar: às vezes não estamos dormindo para alguns pecados considerados “grandes”, mas dormimos para outros que são igualmente prejudiciais ou talvez mais prejudiciais. Gálatas 5, por exemplo, ao alistar as obras da carne coloca pecados como prostituição, idolatria, feitiçaria, homicídio, e, penso que estamos bem acordados quanto a pecados como esses; mas coloca também inimizades, brigas, bebedices, glutonaria, desunião, divisão...

Ø  Meus irmãos, não é tempo de dormir, é tempo de acordar. O Dia Final se aproxima, precisamos estar prontos, e precisamos pregar agora porque depois não poderemos mais, e as pessoas para as quais o que se aproxima é a consumação da perdição precisam ouvir nossas vozes e ver nosso testemunho agora, porque depois não poderão mais e já não será mais tempo. Então precisamos acordar. “É já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé”.

2)    É tempo de demonstrar amor 

Ø  Verso 8: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei”.

Ø  Verso 10: “O amor não faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor”

Ø  O verso 8 é uma continuação do verso 7, onde lemos que devemos pagar a cada um o que devemos, seja o que for, inclusive honra, e não apenas e nem necessariamente dinheiro. E aí, no verso 9 é como se Paulo estivesse reforçando: “não tenham nenhuma dívida pendente com ninguém, de espécie alguma” ... a não ser o amor.

Ø  O amor estamos sempre devendo, porque devemos sempre amar.

Ø  Eu te devia 100,00, e paguei – tá pago! Podemos esquecer.

Ø  Eu te devia honra por algo que você fez, e lhe dei a devida honra por esse algo – tá pago! Podemos esquecer.

Ø  Eu te devia uma bíblia que prometi lhe dar de presente – comprei uma e te dei, tá pago! Podemos esquecer.

Ø  Mas com o amor não é assim. Amar eu devo sempre, e, portanto, estou sempre devendo. Eu demonstrei amor por você hoje através de um ato de generosidade, mas preciso continuar demonstrando esse amor.

Ø  Por isso Paulo diz que “a ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor”, e eu estou dizendo que nós estamos no tempo do fim, e esse tempo é tempo de demonstrar amor.

Ø  Ora, muitas são as maneiras de se demonstrar amor:

o   Pelos amigos e irmãos, por exemplo:

§  Agindo com generosidade – Veja em 2 Coríntios 9.10-12 a oração de Paulo pelos Coríntios naquela ocasião – Que Deus multiplique a vossa sementeira; que Deus vos enriqueça; não simplesmente para serem ricos e viverem esplendida e regaladamente, mas para que tenhais condições de serem ainda mais beneficentes / generosos.

§  Socorrendo e servindo – Veja Romanos 12.13. Repartir com os necessitados e receber bem os que vêm para estar conosco, em especial aqueles que vêm para fazerem conosco a obra do Senhor.

§  Encorajando – Veja 2 Coríntios 1.3-4 – Deus nos consola em nossa tribulação, isto é, Ele nos chama para o seu lado e nos encoraja e fortalece pela consolação, e nós devemos fazer isso também uns com os outros.

§  Procedendo com benignidade – Veja Efésios 4.31-32 – Gentileza, amabilidade.

§  Sendo prestativos e dispostos a servir – Veja 1 Pedro 4.10 – “Cada um administre...”. Administrar = diakoneo = Servir – Com aquilo que Deus colocou em suas mãos, sirva...

§  Sendo sensíveis – Veja Romanos 12.15: “Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram”.

§  Dando bons conselhos – Veja Colossenses 3.16 – Ensinar a admoestar uns aos outros com hinos e cânticos espirituais.

o   Pelos que se comportam como nossos inimigos:

§  “Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber...”

§  “Bendizei... fazei bem... orai...” (Mateus 5.44)

Ø  Mas a maneira de amar a que me refiro, por estarmos no tempo do fim, é “não retendo o evangelho da salvação” – não devemos prender o evangelho – Paulo, escrevendo a Timóteo, em 2:9 da segunda carta, disse sofrer até prisões como malfeitor por causa da Palavra, mas, conquanto ele estivesse, a Palavra de Deus não estava presa. Quer dizer que mesmo na prisão ele pregava a Palavra. E nós estamos livres, mas às vezes parece que o evangelho está preso conosco, não em uma cadeia, mas dentro de nossas casas em cima de nossos sofás e na frente de nossos aparelhos de TV, ou em outras situações. Não estou dizendo para abdicarmos disso completamente e de uma vez por todas, mas para deixarmos de lado um pouquinho, de vez em quando, para demonstrarmos amor levando a mensagem de salvação, porque estamos no tempo do fim e corre o risco de o fim chegar e as pessoas ficarem perdidas para sempre no inferno.

Ø  Mas é claro que sei que os irmãos já fazem isso, e estou falando, ainda que dessa maneira (afinal, isso é um sermão), para dizer que vocês estão certos; é assim mesmo que devem agir; e devem crescer nessa atitude de amor para com as almas perdidas.

Ø  Quem aqui fica meio “desconfiado”, como o pé “meio atrás” quando chega na cidade um acampamento de ciganos e eles saem pelas ruas a oferecer os seus “produtos”?

Ø  É possível que muitos ainda fiquem, mas é tempo de deixar de lado um pouco a desconfiança e demonstrar amor por essas pessoas levando-lhes a mensagem do evangelho. Quem vai fazer isso? O pastor Laurindo, aqui de nossa associação, se apresentou, e está fazendo missões entre os povos ciganos que passam por nossa região (e alguns ficam), e já temos notícias de conversões.

Ø  Estamos no tempo do fim – é tempo de demonstrar amor pregando o evangelho da salvação.

3)    É tempo de revestirmo-nos do Senhor Jesus

Ø  Verso 14: “Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não tenhais cuidado da carne em sua concupiscência”.

Ø  Isto é: não alimentem a carne no tocante às suas concupiscências, alimentem o espírito, com oração, com Palavra de Deus, com a comunhão dos irmãos, com o trabalho para Deus... para irem se tornando cada vez mais parecidos com Cristo.

Ø  Em Lucas 12.35ss. encontramos a parábola do servo vigilante. E Jesus começa dizendo assim: “Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas as vossas candeias. Sede vós semelhantes aos homens que esperam pelo seu senhor, quando houver de voltar das bodas, para que, quando vier e bater, logo possam abrir-lhe. Bem aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando!”

Ø  Estamos no tempo do fim, não é tempo de brincar de ser discípulo de Jesus, é tempo de ser discípulo de verdade; não é tempo de sairmos por aí nos aventurando nos desejos de nossa carne, é tempo de mortificarmos a carne com as suas paixões e concupiscências; é tempo de despojarmo-nos da roupa velha do pecado e revestirmo-nos do Senhor Jesus; é tempo, como lemos em Colossenses 3, de nos despirmos do velho homem com os seus feitos e nos vestirmos do novo homem, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.

Conclusão

Ø  Estamos no tempo do fim. Os irmãos já se deram conta disso?

Ø  É tempo de acordar, é tempo de amar e é tempo de revestirmo-nos do Senhor Jesus.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves 

PIB Muqui – setembro de 2023

101 anos!

  101 ANOS! Parabéns, Primeira Igreja Batista em Muqui, pelos seus 101 anos! O sol nasce por entre as montanhas que cercam a cidade de M...