sábado, 17 de fevereiro de 2018

DEVEMOS SER CRENTES COMO NOÉ

DEVEMOS SER CRENTES COMO NOÉ

 

Ø  Abra a sua bíblia em Gênesis 6. Leiamos com atenção todo este capítulo. Leiamos de forma alternada.

Ø  Agora olhe o verso 8. Leiamos juntos esse verso.

Ø  Noé “achou graça”, isto é: alcançou o favor do Senhor; foi aceito pelo Senhor. Em meio a uma geração reprovada pelo Senhor por causa de sua extrema pecaminosidade, Noé foi aprovado por Deus.

Ø  Jesus, ao falar sobre sua volta, faz referência a esse tempo de Noé, o tempo anterior ao dilúvio quando a humanidade estava totalmente corrompida pelo pecado, totalmente voltada para si mesma. E é interessante o fato de que Jesus nem cita a extrema pecaminosidade deles, mas simplesmente se refere a coisas normais da vida para as quais eles estavam vivendo. Eles “comiam, bebiam, casavam-se e davam-se em casamento... até que veio o dilúvio...”.

Ø  Mas não é fato que Noé também comia, bebia, casou-se e deu-se em casamento? Qual a diferença dele para os demais?

Ø  Havia diferença, muita diferença, “diferença que fez toda a diferença”, diferença que deve haver também hoje entre aqueles que professam serem servos do Senhor e o mundo corrompido pelo pecado; e é sobre essa diferença que vamos pensar hoje.

Ø  Qual era a diferença? A diferença era múltipla, e a primeira era que:

 

1.   Em meio a uma geração corrupta e perversa Noé foi encontrado justo e reto

 

Ø  Assim lemos no verso 9 de Gênesis 6: “... Noé era varão justo e reto (íntegro) em suas gerações... (Gênesis 6:9 RC)

Ø  Noé era “justo”, e isso significa que Noé era correto, e correto em tudo:

o   No governo, se ele governava ou liderava algum grupo, ele era correto;

o   Na causa de alguém ele era correto no julgamento;

o   Na conduta geral e no caráter ele era correto.

Ø  E certamente que Noé era justo também no sentido de alguém justificado por Deus, porque diante de Deus qualquer pessoa só pode ser considerada justa se por Ele for justificada. Mas creio que quando o texto diz que Noé era varão justo é no sentido acima que está falando.

Ø  E Noé era “reto” ou “íntegro”, isso significa que ele era moral e espiritualmente saudável e estava inteiramente de acordo com a Palavra de Deus conhecida de então.

Ø  Então, Noé, mesmo vivendo em meio a uma geração totalmente corrompida pelo pecado, ao ponto de Deus enviar um dilúvio destruidor, manteve-se justo e reto.

Ø  Noé é, então, um exemplo do tipo de crentes que nós devemos ser vivendo em meio a uma geração corrompida pelo pecado: crentes corretos.

o   Crentes que, se estão “devendo na praça”, só se for por uma “infelicidade”, algo que eventualmente fugiu ao controle, e nunca por irresponsabilidade, má fé, “esperteza” ...

o   Crentes que nos negócios são corretos e não “passam a perna” para levar alguma vantagem;

o   Crentes que fogem da aparência do mal e aborrecem até a roupa manchada da carne;

o   Crentes que evitam determinadas práticas às vezes até simplesmente por elas serem capazes de dar motivos a alguém para se afastar da fé;

o   Crentes de elevada moral;

o   Crentes que falam a verdade com amor;

o   Crentes que fogem do adultério, da prostituição, da fornicação... de qualquer pecado de natureza sexual;

o   Crentes que se despem da roupa velha do pecado e se vestem da roupagem celestial;

o   Crentes que são “inteiros” do Senhor e não divididos;

o   Crentes que são o que devem ser segundo o padrão apresentado por Deus em Sua Palavra;

o   E por aí vai... veja lá na Bíblia, por exemplo, em Gálatas 5.19-21 quais são as obras da carne; use um dicionário e veja o significado de cada palavra ali encontrada. Depois faça o mesmo com o verso seguinte, o 22, que descreve o fruto do Espírito.

Ø  Noé viveu numa geração corrompida e perversa, mas Noé foi achado justo e reto; nós vivemos numa geração corrompida e perversa, e em meio a essa geração corrompida e perversa devemos ser como Noé. Tem muito crente “pegando a onda” dessa geração, “seguindo o fluxo”... se vivesse nos tempos de Noé ia “pegar onda nas águas do dilúvio”... Pense nisso!

Ø  A segunda diferença de Noé é que:

 

2.   Em meio a uma geração que se afastava de Deus, Noé andava com Deus

 

Ø  Não é isso que diz o texto? “... Noé andava com Deus.” (Gênesis 6:9 RC)

Ø  Jesus diz que os contemporâneos de Noé, no mínimo, “andavam consigo mesmos”, isto é, viviam apenas para si. O negócio deles era “comer, beber, casar-se e dar-se em casamento”, “eu, eu, eu e eu”, “curtir a vida”. E “curtindo a vida”, “vivendo consigo mesmos e para si mesmos”, eles foram se afastando cada vez mais do Criador. Mas Noé não; Noé andava com Deus. Noé comia e bebia, mas Deus estava com ele à mesa; Noé casou-se, mas Deus foi convidado para a festa e para a casa de Noé. Noé “ia para o trabalho” e convidava Deus para ir com ele; Noé “ia para a faculdade” e convidava Deus para ir com ele; Noé “ia para o lazer” e convidava Deus para ir com ele; Noé “ia fazer um negócio, vender um carro”, e convidava Deus para ir com ele... e interferir... E quando Noé ia para algum lugar ou alguma atividade onde Deus “não podia” estar com ele, então ele não ia. Noé andava com Deus.

Ø  Noé não andava com os filósofos, ele andava com Deus;

Ø  Noé não andava nem com a esquerda e nem com a direita política, ele andava com Deus;

Ø  Noé não andava no curso deste mundo, ele andava com Deus;

Ø  Noé não seguia a moda, ele seguia a Deus;

Ø  E quando veio o dilúvio, Noé não pereceu com os demais, porque ele não estava com eles, estava na Arca, com Deus.

Ø  Por onde você tem andado? Com quem você tem andado? Os caminhos por onde você tem andado aproximam ou afastam você de Deus?

Ø  Noé viveu numa geração corrompida e perversa, mas Noé andou com Deus; nós vivemos numa geração corrompida e perversa, e em meio a essa geração corrompida e perversa devemos ser como Noé. Tem muito crente andando “consigo mesmo”, andando “segundo o curso deste mundo”, dando mais ouvidos aos “filósofos” deste mundo... se vivesse nos tempos de Noé ia ter que “andar sobre as águas do dilúvio” ... Pense nisso!

Ø  A terceira diferença de Noé é que:

 

3.   Em meio a uma geração descrente, Noé era “crente”.

 

Ø  Ele, por exemplo, creu que Deus mandaria de fato um dilúvio sobre a terra, e temeu, e tratou logo de providenciar a arca que Deus mandara fazer para salvar a ele e sua família.

Ø  Isso me leva a pensar que muitas vezes nós temos sido “crentes” “descrentes”, e evidenciamos essa descrença quando não tememos viver no erro, mesmo com Deus dizendo que há consequências para quem vive no erro. Na verdade, há até quem escolha viver no erro, “curtir” por um pouco de tempo o gozo do pecado (diferentemente de Moisés que recusou-se a ser chamado filho da filha de Faraó e que escolheu antes ser maltratado com o povo de Deus do que por um tempo ter o gozo do pecado). Parece que não estamos crendo que Deus fará o que disse – os cristãos de hoje parecem crer que Deus vai perdoar os seus pecados e sarar a sua terra; parecem crer que Deus vai cobri-los de bênçãos; mas, por outro lado, parecem descrer que Deus NÃO fará isso se eles não se humilharem, não orarem, não buscarem a Sua face e não se converterem de seus maus caminhos, e vão vivendo no erro, no pecado, e até escolhendo o pecado, e esperando que Deus derrame abundantemente sobre eles as mais ricas bênçãos. Somos “crentes” “descrentes”

Ø  Mas Noé era “crente”. Essa foi uma grande diferença entre eles e os demais de sua época. Eles comiam, e Noé também comia; eles bebiam, e Noé também bebia; eles casavam-se e davam-se em casamento, e Noé também se casou e deu-se em casamento. Mas Noé era “crente”, enquanto que eles não. Quando Deus disse que a maldade do homem era grande sobre a face da terra e que por isso mandaria um dilúvio para destruí-los, eles não creram, mas Noé creu, e temeu, e fez a arca conforme Deus os mandara fazer.

Ø  Meus irmãos, crer em Deus, crer de verdade, seriamente, refletidamente, faz uma grande diferença na vida de qualquer pessoa... Mas é crer integralmente, crer naquilo que Ele revelou e que soa muito bem aos nossos ouvidos, mas também naquilo que talvez não nos agrade muito ou até mesmo nada.

Ø  E a quarta e última diferença na qual quero pensar com vocês é que:

 

4.   Noé, porque creu e temeu, fez o que Deus mandou – foi obediente a Deus.

 

Ø  Em Gênesis 6 vemos Deus mandando Noé fazer a arca e dando instruções sobre como ela deveria ser feita. E Noé fez conforme Deus mandou e orientou.

Ø  Agora, veja o que está escrito em Hebreus 11.7: “Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu, e, para salvação de sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé”.

Ø Noé, porque creu, fez... Temeu e fez. Ele creu que Deus era poderoso para levar a cabo o que Ele estava dizendo que iria fazer e creu que Ele realmente iria cumprir a Sua Palavra; então ele temeu e fez o que Deus o mandou fazer. Fé e temor!

o  Noé creu (Deus é poderoso para fazer isso),

o  Noé temeu (com Deus não se brinca; Deus é cumpridor de Sua Palavra)

o  e Noé obedeceu.

Ø  Por que às vezes nós somos tão desobedientes?

o   Falta-nos fé? O quanto nós cremos em Deus? O quanto nós cremos que Deus pode fazer o que Ele quiser fazer?

o   Falta-nos temor? O quanto nós cremos que Deus vai cumprir a Sua Palavra (a que nos é “positiva” e a que nos é “negativa”)?

o   Não cremos na correção de nosso Pai Celestial? Não tememos essa correção?

Ø  Precisamos crer e temer e obedecer – viver uma vida de obediência... como Noé.

 

Conclusão

 

Ø  Relembremos:

o   Em meio a uma geração corrupta e perversa Noé foi encontrado justo e reto;

o   Em meio a uma geração que se afastava de Deus Noé andava com Deus;

o   Em meio a uma geração descrente Noé era “crente”;

o   Noé, porque creu e temeu, fez o que Deus mandou – foi obediente.

Ø  Nós vivemos em meio a uma geração corrupta e perversa. Nunca se pôde ver tanto quanto nesta geração que o mundo realmente jaz no maligno;

Ø  Mas em meio a esta geração tão corrompida e tão pervertida, nós somos chamados a ser crentes como Noé: justos, retos, que andam com Deus, com uma fé tal que leva ao temor e à obediência. Deus não espera menos que isso de nós.

Ø  Desafio:

o   Você gostaria de fazer ou de reafirmar esse compromisso de ser um crente assim? ... Então venha orar comigo...

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

IBMuqui – fevereiro de 2018

prwalmir@hotmail.com

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